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IGCP diz que peso do retalho na dívida pública não deve superar 10%

A presidente do IGCP defendeu esta sexta-feira, no Parlamento, que não deve haver demasiada dívida pública nas mãos de investidores privados do retalho, considerando que não deve superar 10% do peso no total da dívida pública portuguesa.

Pedro Elias
14 de Julho de 2017 às 12:06
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"Não me parece saudável que haja dependência do retalho de mais de 10%", afirmou Cristina Casalinho na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

A responsável da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) disse que mesmo em Itália e na Bélgica, países em que é importante a detenção de dívida pública pelas famílias, o contributo do retalho "anda na ordem dos 5% a 6%".

Esta quinta-feira, 13 de Julho, foi conhecido que o IGCP vai emitir a partir da próxima semana uma nova série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) dirigida ao público em geral.

Estas obrigações são emitidas por um período de cinco anos, com reembolso em Agosto de 2022, dando aos seus titulares o direito a receber um juro variável e igual à Euribor a seis meses acrescida de 1,60%. Como esta taxa está a valores negativos, significa que o juro mínimo pago é de 1,60%.

Cada subscritor pode investir no mínimo mil euros e no máximo um milhão de euros neste instrumento, devendo as ordens ser transmitidas em múltiplos de mil e subscritas junto de uma instituição de crédito.

Desde Abril de 2016 que esta é a quinta série de OTRV, instrumento de dívida pública de retalho, que o IGCP lança.

São também títulos de dívida pública de retalho os mais conhecidos certificados de aforro e certificados de tesouro, que se compram aos balcões dos CTT - Correios de Portugal ou dos bancos.
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