Notícia
FT: Portugal é "história de sucesso do socialismo na Zona Euro"
Num artigo publicado esta terça-feira, o periódico britânico distribui méritos pelo anterior e actual governos da saída de "lixo", mas diz que Costa teve a sorte de ter as "estrelas alinhadas" quando chegou ao Governo, o que lhe permitiu manter o ritmo da consolidação orçamental e distribuir benefícios.
19 de Setembro de 2017 às 10:51
O filho pródigo à casa torna. É com uma expressão mais ou menos neste sentido que o Financial Times caracteriza a retirada de Portugal do nível de investimento especulativo por parte da Standard & Poor's na sexta-feira passada.
Num artigo publicado esta terça-feira, 19 de Setembro, o jornal britânico diz que a decisão tomada por uma das maiores casas de rating do mundo, depois de o país ter saído de um processo de ajustamento com um resgate de 78 mil milhões de euros e reduzido o défice orçamental, coloca Portugal como uma "raridade na Zona Euro: um governo liderado por socialistas que realizou uma consolidação orçamental com a popularidade em alta".
Em resumo, o trabalho do Governo resultou também porque as "estrelas económicas internacionais estavam alinhadas" quando Costa chegou a São Bento e porque o Executivo teve a "boa sorte" de não ser "cilindrado pelas políticas impopulares de um governo em tempos de crise".
A sustentar fundamentalmente a melhoria da situação do país estiveram, defende, as boas perspectivas para a Zona Euro e para a economia global, que permitiram reforçar as exportações e estimular o investimento. Mas também há contributos que vêm de trás: "Os socialistas estão também a beneficiar dos frutos das reformas dolorosas no mercado do trabalho do anterior governo de centro-direita," defende o texto assinado pela jornalista Mehreen Khan.
Ao Executivo de António Costa é reconhecido o mérito pela implementação de leis para estabilizar o sector bancário e a manutenção da linha de consolidação orçamental "apesar de uma série de aumentos do salário mínimo," salvaguarda. Já o controlo do défice, permitindo sair do procedimento dos défices excessivos, valeu aplausos de Bruxelas, nota.
Aqui chegados, o que tem Portugal a ensinar aos partidos do centro-esquerda e socialistas que ficaram intimamente ligados às políticas de austeridade nos últimos anos na Europa? "A principal ideia a reter pelos partidos socialistas invejosos que olham Lisboa de Paris a Berlim? É que o 'timing' é tudo," argumenta a correspondente do FT em Bruxelas.
O jornal termina a escrever que os últimos meses colocaram a confiança dos portugueses num patamar tão elevado que já se espera que o país apresente a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, à liderança do Eurogrupo. A ideia foi assumida na sexta-feira por António Costa. E este domingo Centeno deixou a porta aberta à possibilidade.
Num artigo publicado esta terça-feira, 19 de Setembro, o jornal britânico diz que a decisão tomada por uma das maiores casas de rating do mundo, depois de o país ter saído de um processo de ajustamento com um resgate de 78 mil milhões de euros e reduzido o défice orçamental, coloca Portugal como uma "raridade na Zona Euro: um governo liderado por socialistas que realizou uma consolidação orçamental com a popularidade em alta".
A sustentar fundamentalmente a melhoria da situação do país estiveram, defende, as boas perspectivas para a Zona Euro e para a economia global, que permitiram reforçar as exportações e estimular o investimento. Mas também há contributos que vêm de trás: "Os socialistas estão também a beneficiar dos frutos das reformas dolorosas no mercado do trabalho do anterior governo de centro-direita," defende o texto assinado pela jornalista Mehreen Khan.
Ao Executivo de António Costa é reconhecido o mérito pela implementação de leis para estabilizar o sector bancário e a manutenção da linha de consolidação orçamental "apesar de uma série de aumentos do salário mínimo," salvaguarda. Já o controlo do défice, permitindo sair do procedimento dos défices excessivos, valeu aplausos de Bruxelas, nota.
Aqui chegados, o que tem Portugal a ensinar aos partidos do centro-esquerda e socialistas que ficaram intimamente ligados às políticas de austeridade nos últimos anos na Europa? "A principal ideia a reter pelos partidos socialistas invejosos que olham Lisboa de Paris a Berlim? É que o 'timing' é tudo," argumenta a correspondente do FT em Bruxelas.
O jornal termina a escrever que os últimos meses colocaram a confiança dos portugueses num patamar tão elevado que já se espera que o país apresente a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, à liderança do Eurogrupo. A ideia foi assumida na sexta-feira por António Costa. E este domingo Centeno deixou a porta aberta à possibilidade.