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Dívida da UE desvaloriza após ser negada entrada no principal índice do MSCI

A rejeição põe fim a uma onda de especulação de que o bloco poderia vir a ser adicionado aos índices de referência soberanos mais seguidos do MSCI e de outros gestoras de índice.

Bruxelas vê investimento estagnar e avisa que PRR serão chave.
Kacper Pempel/Reuters
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As obrigações da União Europeia desvalorizam esta quinta-feira depois de terem saído defraudadas as expectativas de que fossem adicionadas aos principais índices de referência soberanos do grupo MSCI.

A "yield" da dívida a 10 anos sobe seis pontos base para 3,15%, liderando as perdas na região, depois de a MSCI ter anunciado na quarta-feira que não vai acrescentar a dívida do bloco à sua gama de índices de obrigações soberanas por recebido respostas divididas à consulta que fez sobre o assunto.

A UE é atualmente tratada como um emitente supranacional pelos gestores de índices, o que o bloco considera como uma das principais razões para ter custos de financiamento mais elevados do que os governos europeus com notação semelhantes.

A rejeição põe fim a uma onda de especulação de que o bloco poderia vir a ser adicionado aos índices de referência soberanos mais seguidos do MSCI e de outros gestoras de índices. Esta expectativa tinha vindo a ajudado as obrigações a valorizar nos últimos meses.

A decisão da MSCI "não correspondeu às nossas expectativas nem às do mercado", escreveu uma equipa do Citigroup, liderada por Jussi Harju, numa nota enviada aos clientes a que a Bloomberg teve acesso. "A rejeição poderá dissuadir outros fornecedores de índices de lançarem tais consultas a curto prazo", diz.

A reclassificação da dívida da UE divide politicamente o bloco, mas é apoiada entre os investidores. Um inquérito realizado no ano passado concluiu que a inclusão num índice era "o passo mais importante que faltava para que as obrigações da UE fossem negociadas e cotadas de forma semelhante à dívida pública dos países europeus".

A MSCI não foi a primeira empresa a lançar formalmente uma consulta relativa à reclassificação. A Intercontinental Exchange fê-lo também em abril, sendo esperada uma decisão em agosto.

"A médio prazo, a questão crucial continua a ser a reação dos outros grandes gestores de índices, uma vez que têm estado calados sobre planos semelhantes", afirmou ainda Hauke Siemssen, analista do Commerzbank, à Bloomberg.
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