Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Custo da dívida emitida pelo Estado sobe de 2,5% para 3,4% este ano

Portugal está a pagar mais para se financiar. Entre Janeiro e Março o custo médio da dívida emitida foi de 3,4%, o mais elevado desde 2014 e acima do custo do stock da dívida.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Março de 2017 às 17:22
  • 17
  • ...

Tem sido uma constante nas emissões de Obrigações do Tesouro este ano. As taxas dessas operações têm subido face a operações comparáveis e, em alguns casos, atingido o juro mais elevado desde a saída da "troika" em 2014. Em média o custo da dívida que foi emitida este ano é de 3,4%, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela agência que gere o crédito público, o IGCP. Está acima do custo do "stock" de dívida, que é de 3,2%.

É o valor mais elevado desde 2014, ano em que o custo médio das emissões foi de 3,6%. E é quase um ponto percentual mais elevado que o custo médio de 2016, que se situou em 2,5%. O ano mais barato para o novo financiamento tinha sido 2015, com um custo médio de 2,4%. No mercado secundário, as taxas das obrigações portuguesas têm mostrado uma tendência de subida, principalmente desde o início de Novembro. A taxa a dez anos sobe de 3,318% para 4,195% nesse período.
Existe um conjunto de factores que os analistas têm dito que penalizam as taxas portuguesas. As expectativas de mais inflação a nível global e de políticas monetárias menos expansionistas, que têm levado a subidas generalizadas dos juros. As três principais agências de "rating" continua a avaliar Portugal num nível visto como "lixo" pelos mercados, pedindo mais reformas estruturais e soluções para os problemas do sector bancário. As obrigações nacionais têm também sofrido com a diminuição do efeito BCE através do menor ritmo de compras ao abrigo do programa alargado de compras de activos

Ver comentários
Saber mais Obrigações do Tesouro IGCP BCE Portugal economia negócios e finanças
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio