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Cristas: Manter ratings três anos após saída da troika é sinal de país a regredir

A presidente do CDS-PP considerou ser sinal de que o país está a regredir o facto de as agências de notação financeira manterem os níveis de rating de Portugal, que, disse, deviam estar a ser revistos em alta.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou a morte do antigo Presidente da República Mário Soares, destacando o seu 'papel único na definição do Portugal Democrático Europeu'. 'Em muitas alturas, o CDS teve grandes divergências políticas com o dr. Mário Soares, mas não esquecemos o seu papel fundador no Portugal Democrático, especialmente no difícil período revolucionário em que se opôs à hegemonia política e totalitária - e em que, tendo vencido, ajudou a democracia a vencer e a ser consolidada em Portugal', assinalou Assunção Cristas, numa nota enviada à Lusa. Falando em nome do partido, Cristas apresentou 'sentidas condolências' à família e amigos do antigo Presidente da República.
Miguel Baltazar
21 de Abril de 2017 às 22:12
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"O que me parece ser de sinalizar como profundamente negativo é que nós, nesta altura, devíamos estar a melhorar os nossos ratings, seja pela DBRS, seja pelas restantes agências de rating, que continuam a colocar-nos no 'lixo', e nem sequer com perspectivas de melhoria", afirmou Assunção Cristas esta sexta-feira à agência Lusa, à margem da apresentação da candidatura do centrista Pedro Morais Soares à Junta de Freguesia de Cascais/Estoril.

 

A líder do CDS-PP reagiu assim à manutenção do nível de notação pela DBRS em 'BBB' (baixo), argumentando que se estão a "manter níveis baixos e negativos que correspondiam a níveis de pré-bancarrota e início de saída de uma situação difícil".

 

"Que hoje, passados quase três anos da saída da troika de Portugal, se continue a falar do mesmo nível de rating é sinal de que estamos a regredir", declarou.

 

A agência de notação financeira DBRS anunciou hoje que decidiu manter o rating atribuído a Portugal em 'BBB' (baixo), o primeiro nível de investimento acima do 'lixo', com perspectiva estável.

 

Cristas começou por dizer que "tudo o que não seja deteriorar a posição de Portugal" pelas agências de notação "é positivo", mas argumentou que, comparando com a posição em que o país devia estar, esses dados "não são positivos".

 

"Não podemos ficar satisfeitos, não nos podemos contentar com manutenções de níveis de análise de risco muito inferiores àqueles que os nossos parceiros europeus têm e que penalizam o Estado português", disse.

 

"É preciso ter outro fôlego, ter outras políticas e ter continuado um caminho de crescimento económico sustentado e de contas públicas sólidas, sem aumento de dívida, para hoje as agências de rating estarem a rever em alta os ratings, dando sinal de terem compreendido o esforço sustentável, sólido e duradouro que o Estado português estaria a fazer", sustentou.

 

No Teatro Gil Vicente, em Cascais, a presidente do CDS-PP esteve com o presidente da Câmara local e coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, a apoiar a recandidatura de Pedro Morais Soares (o também secretário-geral do CDS-PP) à junta de Estoril/Cascais.

 

Assunção Cristas disse sentir-se inspirada pelo trabalho de Pedro Morais Soares: "É uma grande inspiração para mim, que ambiciono tornar-me autarca brevemente", disse, referindo-se à sua candidatura a Lisboa.

 

Na primeira fila do teatro sentaram-se figuras dos dois partidos que governam Cascais em coligação: o vice-presidente da Câmara de Cascais e líder da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, o vereador e deputado do PSD Ricardo Batista Leite, os centristas Teresa Anjinho, Pedro Mota Soares e Telmo Correia, entre outros.

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