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Certificados captam valor mais baixo do ano em Junho

Continua a entrar dinheiro nos certificados, mas o ritmo de captação de poupanças através destes produtos abrandou no último mês. O saldo em Junho foi mesmo o mais baixo desde o final de 2015.

Pedro Elias
Paulo Moutinho 25 de Julho de 2016 às 16:32

Os certificados captaram menos dinheiro no último mês. Depois de vários meses acima da fasquia dos 300 milhões de euros, em Junho o saldo foi positivo mas num valor bem mais baixo: 255 milhões de euros. O valor captado está no nível mais baixo desde o final do ano passado.


De acordo com os dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), os certificados de aforro registaram um saldo líquido positivo de dez milhões de euros em Junho (entraram 57 milhões mas foram resgatados 47 milhões de euros). Foi o saldo mais baixo desde Novembro.


Ao mesmo tempo, os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), que em vez dos 0,731% dos certificados de aforro, paga uma taxa bruta média anual de 2,25%, captaram 245 milhões de euros. Em Maio tinham captado 321 milhões, sendo este o valor mais baixo desde Dezembro.


Assim, no acumulado, em Junho estes dois produtos de poupança do Estado captaram 255 milhões (ainda assim mais que os 101 milhões um ano antes). Em Dezembro de 2015, mês do Natal, tinham captado 243 milhões de euros. Ou seja, há aqui uma relação entre a quebra do investimento em certificados e os períodos de férias e Natal.


Saldo elevado


Apesar da quebra no mês passado, o saldo com os certificados está bastante positivo no acumulado do ano. Considerando os primeiros seis meses, com os certificados de aforro o Estado conseguiu captar 121 milhões de euros apesar da reduzida remuneração associada a estes títulos. Com os CTPM já captou 1.738 milhões.


Considerando os dois produtos, o saldo vai em 1.859 milhões de euros, a meio do ano. O Governo pretende captar ainda mais 1.400 milhões de euros até ao final deste ano, elevando para cerca de 3.300 milhões de euros o valor obtido junto das famílias, no retalho. Isto sem contar com as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).


Mais OTRV


Além dos certificados, o Estado lançou este ano as OTRV. A primeira emissão foi feita entre Abril e Maio, registando uma elevada procura. Os investidores apresentaram ofertas para 1.234 milhões de euros, sendo que o Executivo acabou por colocar 750 milhões de euros.


Actualmente está a decorrer mais uma emissão, com uma taxa de 2,05% (abaixo da de 2,2% da primeira emissão). A meta é a de obter 500 milhões de euros em financiamento, mas logo no primeiro dia do prazo subscrição as ofertas arrasaram com o objectivo. Aproximaram-se, segundo apurou o Negócios, dos mil milhões de euros. O prazo de subscrição termina a 9 de Agosto.

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