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Rússia avança para tribunal para recorrer das sanções do Ocidente. Juros de Portugal em máximos desde 2018

Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
Zelensky diz que Rússia está preparada para ataque ao Donbass
Zelensky diz que Rússia está preparada para ataque ao Donbass

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que as forças militares russas já estão a iniciar o ataque ao Donbass. As declarações foram feitas no habitual vídeo partilhado durante a noite. 


"É possível dizer que as tropas russas já começaram a batalha pelo Donbass, algo para o qual se estão a preparar há muito tempo", disse Zelensky. "No este e sul do país, os ocupantes estão a tentar atacar de uma forma mais pensada."


"Estão a aumentar a pressão, a procurar um ponto fraco na defesa do nosso estado para explorar com as forças principais". 


A Rússia, que tem recusado admitir que está em guerra com a Ucrânia, recorrendo à expressão "operação militar", já apontou a região do Donbass como o objetivo principal a atingir. 

Futuros da Europa apontam para quedas no regresso à negociação após a Páscoa
Futuros da Europa apontam para quedas no regresso à negociação após a Páscoa

Os futuros das bolsas europeias estão a antecipar um arranque no vermelho, num dia em que os principais índices voltam à negociação após a pausa da Páscoa. Os futuros do Stoxx 50 apontam para uma desvalorização de 0,715%. 

A guerra na Ucrânia está, mais uma vez, no centro das atenções, numa altura em que o conflito caminha para a marca de dois meses. Esta segunda-feira, Putin comentou que a política de sanções não estará a resultar; por sua vez, Zelensky apontou que a Rússia já está preparada para iniciar a batalha pelo Donbass. 

A juntar a estes fatores, há ainda as declarações de membros da Fed, como James Bullard, que voltou "à carga" para defender uma política monetária mais "hawkish" e uma subida de juros. 

Na Ásia, a sessão decorreu de forma mista, ainda com os mercados a avaliar a evolução da covid-19 na China. No Japão, o Topix ganhou 0,83% e o o Nikkei 0,69%. Na Coreia do Sul, o Kospi registou ganhos de 0,95%. Em Hong Kong, o Hang Seng tombou 2,26%, mais uma vez pressionado pelo recuo das tecnológicas, depois de a China anunciar que vai banir as transmissões em direto de jogos de vídeo não autorizados. Assim, a Bilibili afundou mais de 10%, enquanto a Tencent e a Alibaba recuaram quase 3% e 4,03%, respetivamente. 

Ouro alivia mas continua a rondar máximo de cinco semanas
Ouro alivia mas continua a rondar máximo de cinco semanas
O ouro está a aliviar na sessão desta terça-feira, a recuar 0,16% para 1.975,76 dólares por onça. 

Ainda assim, este metal continua a rondar um máximo de cinco semanas, já que na sessão anterior fechou muito próximo dos 1.979 dólares e, durante a sessão, tocou nos 1.998 dólares.

Os investidores estão a analisar o desenvolvimento da guerra na Ucrânia e também as declarações de James Bullard, da norte-americana Fed, que defende a subida dos juros. Além disso, também a revisão em baixa das previsões de crescimento económico global, feitas pela Banco Mundial, estão a ser analisadas. 

A prata também acompanha esta desvalorização do ouro, a recuar 0,19% para 25,81 dólares por onça. Já a platina segue um caminho inverso e está a valorizar 0,6% para 1.021,54 dólares por onça.
Iéne regista a 13.ª sessão no vermelho, a série mais longa em quase meio século
Iéne regista a 13.ª sessão no vermelho, a série mais longa em quase meio século
O iéne continua a desvalorizar perante o dólar norte-americano, naquela que é a décima terceira sessão consecutiva no vermelho. A moeda japonesa está a desvalorizar 0,85% perante o dólar, para um mínimo de 128,31 por dólar.

De acordo com os dados compilados pela Bloomberg, esta é a série mais longa de desvalorização desde os registos de dados em 1971. O iéne chegou a desvalorizar 1% perante o dólar norte-americano durante esta sessão.

O euro está a valorizar 0,06% perante o dólar, para 1,0788 dólares, a recuperar após três sessões no vermelho. 

Nota ainda para a libra esterlina, que está a ceder 0,08% para 1,3008 dólares, naquela que é a quarta sessão no vermelho. 

Por sua vez, o dólar norte-americano está na "linha de água", a avançar 0,05% perante um cabaz de divisas rivais. Esta é a quarta sessão consecutiva de ganhos do dólar.
Petróleo no vermelho com notícias de confinamentos na China
Petróleo no vermelho com notícias de confinamentos na China

O petróleo está a recuar na sessão desta terça-feira, perante a incerteza que os confinamentos na China estão a trazer, assim como as declações de líderes europeus sobre o petróleo russo.

Com o número de casos de covid-19 a subir na China, o país que mais importa petróleo, surgem os receios sobre um recuo na procura. Embora os responsáveis chineses considerem o impacto da pandemia na economia chinesa como algo de curto prazo, garantindo que as condições normais serão "retomadas rapidamente", os "traders" estão atentos a este tema. 

"O impacto dos confinamentos da China na procura e as falhas na Líbia estão no radar do petróleo", nota Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, em declarações à Bloomberg. "Mas as perspetivas de a União Europeia estar gradualmente a deixar as importações de petróleo russo é o principal fator no sentimento", completa. 

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse esta terça-feira, em entrevista à rádio Europe 1, que "mais do que nunca" é necessário parar as importações de petróleo da Rússia.

O West Texas Intermediate (WTI) está a recuar 0,78% em Nova Iorque, para 107,37 dólares. 

Já o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para o mercado português, está a recuar 0,57% para 112,51 dólares. 

Juros da dívida alemã em máximos de 2015
Juros da dívida alemã em máximos de 2015
Os juros das dívidas soberanas estão a subir de forma generalizada na Zona Euro, depois de as declarações de James Bullard, da Fed, chamarem à atenção.

Os juros das bunds alemãs a dez anos, vistas como a referência para a Zona Euro, estão a subir 5,7 pontos base para 0,894%, já a negociar em máximos de julho de 2015. 

Também os juros italianos a dez anos estão a avançar 4,7 pontos base para 2,526%, regressando a valores de junho de 2019. 

Na Península Ibérica, os juros portugueses estão em valores de novembro de 2018, registando uma subida 3,8 pontos base para 1,86%. Em Espanha, nos juros também a dez anos, regista-se um agravamento de 3,5 pontos base para 1,809%. 
PSI na "linha de água" em dia de bolsas europeias no vermelho
PSI na 'linha de água' em dia de bolsas europeias no vermelho
As bolsas europeias estão a negociar no vermelho, à exceção do PSI, que está na "linha de água" (+0,02%). 

O Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, está a recuar 0,8% para 456,16 pontos. A pesar está sobretudo a desvalorização do setor alimentar, que tomba 1,8%, seguido pelas empresas de media, que recuam 1,72%. 

Com a maioria dos setores no vermelho, destacam-se entre as subidas a valorização de 1,14% do petróleo e gás e os 1,07% dos recursos básicos.

O índice espanhol IBEX está a recuar 0,46%; o alemão DAX tomba 0,47%, enquanto o francês CAC40 desliza 0,63%. O inglês FTSE está na "linha de água" (-0,07%), enquanto em Amesterdão se regista uma queda de 0,72%. A bolsa de Milão recua 1,15%, a maior desvalorização entre as bolsas europeias.
Ministro das Finanças francês pede urgência no embargo ao petróleo russo
Ministro das Finanças francês pede urgência no embargo ao petróleo russo
Bruno Le Maire, o ministro das Finanças francês, disse esta terça-feira que é urgente avançar com um embargo ao petróleo russo. 

Em entrevista à rádio francesa Europe 1, o ministro francês indicou que ainda poderão ser precisas "algumas semanas" para conseguir unir os países da União Europeia neste esforço para terminar gradualmente as importações de petróleo russo. 
 
Le Maire negou ainda as notícias que avançavam que a França estaria a acalmar os esforços nesta questão antes da segunda volta das eleições presidenciais, que são disputadas este domingo, dia 24 de abril. 

"Se ainda não chegámos a esse ponto, não é porque a França não quer, é porque certamente alguns parceiros europeus estão ainda a hesitar", declarou Le Maire. 

O governante referiu ainda que, com a Rússia mais próxima de iniciar o assalto ao Donbass, talvez isso possa finalmente convencer alguns governos europeus de que agir é mais necessário "agora do que nunca".
Biden em chamada com líderes europeus e responsáveis da NATO
Biden em chamada com líderes europeus e responsáveis da NATO
Joe Biden, o Presidente dos Estados Unidos, tem na agenda da tarde desta terça-feira uma chamada com os líderes de França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá, Polónia, Roménia, Reino Unido e ainda com os responsáveis da União Europeia e da NATO. 

Esta informação consta da agenda de Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadiano, refere a Bloomberg. 

O tema da guerra na Ucrânia estará na agenda desta conversa, numa altura em que os Estados Unidos e os aliados estão a trabalhar para coordenar esforços para enviar armamento para a Ucrânia.
Stellantis suspende produção na Rússia
Stellantis suspende produção na Rússia
A gigante automóvel Stellantis anunciou a suspensão da produção na fábrica de Kaluga, perto de Moscovo. 

Em comunicado, a empresa liderada pelo português Carlos Tavares indicou que esta suspensão das operações pretende "garantir a conformidade total com todas as sanções e ainda proteger os trabalhadores". 

A Stellantis indica ainda que esta fábrica, que faz cerca de 11 mil carrinhas comerciais por ano, estava a operar em níveis mínimos. 

A empresa, que é responsável por marcas como a Peugeot, Fiat ou a Jeep, já tinha parado as exportações e importações no mercado russo. 
"É iminente": Pedro Sánchez vai visitar Kiev
'É iminente': Pedro Sánchez vai visitar Kiev

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez , vai visitar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Kiev "nos próximos dias", de acordo com fontes do gabinete do chefe de Governo citadas pela imprensa do país.

 

Segundo as fontes do palácio de Moncloa, citadas pelo diário espanhol El País, o objetivo desta visita é manifestar a solidariedade de Espanha para com o povo ucraniano.

As mesmas fontes referem que para já não é possível divulgar a data da visita, por questões de segurança, mas asseguram que a mesma "será iminente".

 

A notícia surge depois esta segunda-feira, Madrid ter anunciado, seguindo o exemplo de Roma e Paris, de que vai voltar a instalar a missão diplomática na Ucrânia, após ter retirado a sua representação no país devido à invasão russa.

 

Zelensky discursou no Parlamento espanhol no passado dia 5 de abril, tendo condenado algumas das empresas espanholas que ainda operam em território russo e comparado a invasão russa à Ucrânia com o bombardeamento da região espanhola de Gernika, há 85 anos, por alemães e italianos.

 

"É abril de 2022, mas parece que é abril de 1937, quando o mundo ouviu falar do ataque à vossa cidade", comparou o presidente ucraniano.

Navio com pavilhão russo apreendido na Grécia

A Grécia apreendeu um petroleiro russo ao largo da ilha de Evia, obedecendo assim ao pacote de sanções imposto pela União Europeia (UE).

 

O "Pegas", com 19 membros da tripulação russa a bordo, foi apreendido perto de Karystos, na costa sul de Evia, perto da capital Atenas.

A embarcação foi bloqueada pelas autoridades gregas depois de ter sido obrigada a parar ao Karystos, devido a falhas no motor.

 

Um funcionário do Ministério dos Transportes, citado pela Reuters, explicou que a apreensão foi realizada no âmbito das sanções impostas pela UE. Outra fonte da Guarda Costeira assegurou à agência britânica que a mercadoria transportada não foi, no entanto, confiscada.

 

Desde este sábado que os navios com pavilhão russo ficaram impedidos de aceder aos portos dos 27 Estados membros da UE.

 

Rússia vai avançar para os tribunais para recorrer das sanções
Rússia vai avançar para os tribunais para recorrer das sanções

A Rússia vai avançar para os tribunais para recuperar os 300 mil milhões de dólares em reservas denominadas em moeda estrangeira, congelados pelo Ocidente em resposta à invasão do Kremlin à Ucrânia.

 

"Este é um congelamento [de ativos] sem precedentes, por isso estamos a preparar [a entrega] de processos judiciais", assegurou Elvira Nabiullina, governadora do Banco Central da Rússia, citada pela Interfax.

 

Atualmente, a instituição russa não consegue aceder a quase metade das suas reversas de 609,4 mil milhões de dólares, tendo por isso imposto restrições financeiras e monetárias à economia russa, obrigando o pagamento de gás russo em rublo e dando ordens às empresas exportadoras do país para converterem as receitas angariadas no estrangeiro em rublos.

 

Até ao momento, depois de os EUA terem proibido o acesso do Kremlin às reservas mesmo para pagamentos a credores de dívida denominada em moeda estrangeira, a Rússia está em situação de incumprimento relativo a duas linhas de dívida.

 

Contactada pelo Financial Times, fonte oficial da Comissão Europeia sublinhou que as sanções aplicadas são baseadas num "quadro jurídico muito claro".

"O mecanismo de sanções da UE permite que todos aqueles que foram sancionados possam recorrer desta decisão ao tribunal europeu", esclareceu Peter Stano, porta-voz da Comissão Europeia.

 

"Há um caminho jurídico que pode ser explorado. O que as autoridades russas farão está nas suas mãos", acrescentou o porta-voz que fez ainda questão de frisar que a "a razão para impormos as sanções é muito clara, baseada num quadro jurídico claro: a agressão ilegal [da Rússia] contra a Ucrânia e o seu povo."

Bruxelas quer dar parecer sobre candidatura da Ucrânia à UE até junho
Bruxelas quer dar parecer sobre candidatura da Ucrânia à UE até junho

A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, pretende ter uma opinião formada até junho sobre a candidatura da Ucrânia para o bloco dos 27. A informação é avançada pela agência Bloomberg, citando fontes próximas do assunto.


A Ucrânia anunciou esta segunda-feira que já concluiu o questionário que marca o início do processo. O questionário em questão foi entregue pela própria presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na visita que fez à Ucrânia a 8 de abril. 


Depois de concluída essa primeira fase do questionário, a Ucrânia diz que já está a trabalhar na próxima ronda de questões para a candidatura a Estado-membro. 


A Comissão Europeia já disse que está a analisar o processo, sendo expectável que exista uma posição tomada na reunião do Conselho Europeu, marcada para 23 e 24 de junho, indicam estas fontes à Bloomberg.

Wall Street acorda em terreno positivo. Johnson & Johnson dispara 4%
Wall Street acorda em terreno positivo. Johnson & Johnson dispara 4%

Wall Street arrancou a sessão pintada predominantemente de verde, num dia marcado pela aceleração da "earnigs season" norte-americana e à medida que os investidores digerem a possibilidade de uma política monetária "falcão" mais agressiva, para fazer frente à escalada da inflação.

 

O "benchmark" mundial por excelência começou o dia a somar 0,15% para 4.398,96 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que ganha 0,39% para 34.545,53 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite segue a negociar na linha de água, estando a desvalorizar 0,04% para 13.329, 48 pontos.

 

Os mercado está a digerir as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) de St.Louis, James Bullard, que afirmou que o banco central não descarta a possibilidade de um aumento da taxa de fundos federais em até 75 pontos base. A última vez que os EUA registaram um aumento das taxas de juro desta magnitude foi em 1994.

 

Segundo a Bloomberg, os investidores apontam para que a Fed suba as taxas de juro em meio ponto percentual já em maio, dando continuidade à política monetária "falcão" definida da última reunião do banco central que ocorreu em março.

 

"Os comentários de Bullard resumem o dilema vivido por muitos bancos centrais em todo o mundo", observou Jeffrey Halley, analista da Oanda. "Os bancos centrais podem agora recuperar do atraso subindo agressivamente [as taxas de juro], mas correm o risco de recessão", adverte o especialista.

 

Durante a sessão desta terça-feira é a vez de o presidente da Fed de Chicago, Charles Evans, discursar. O mercado estará ainda atento à divulgação dos resultados referentes do terceiro trimestre da Netflix, estando já a digerir os números apresentados antes do início da sessão pela Johnson & Johnson referentes ao mesmo período.

 

A empresa-mãe de uma das mais conhecidas vacinas contra a covid-19 registou um lucro 5,15 mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2022, uma contração de 17% em termos homólogos, e uma subida ligeira face às estimativas dos analistas.

 

O lucro por ação da J&J entre janeiro e março foi de 2,67 dólares do por título, acima da projeção de analistas consultados pela FactSet que apontou para 2,58 dólares.

 

Há momentos as ações da empresa de streaming valorizavam 0,28% para 338,67 dólares, enquanto os títulos da farmacêutica disparavam 4,06% para 184,88 dólares.

"Falcão" americano ataca petróleo. Brent perde quase 4%

O petróleo não resistiu à subida do dólar motivado pelas declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) de St.Louis e perdeu quase 4%.

 

O Brent – referência paras as importações europeias – tomba 3,84% para 108,81 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate –negociado no mercado nova iorquino – afunda 4,04%, para 103,84 dólares por barril, depois de quatro dias de ganhos.

 

O facto de o líder "falcão" da Fed de St. Louis, James Bullard, ter admitido a possibilidade de o banco central subir a taxa de fundos federais em até 75 pontos base de uma só vez deu força ao dólar, o que afetou as matérias-primas negociadas na moeda norte-americana.

 

O petróleo ganhou mais de 40% este ano, com a invasão russa à Ucrânia a agravar o desequilíbrio entre oferta e procura sentido neste mercado.

Esta terça-feira, o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire sublinhou que neste momento "é mais importante que nunca travar as importações de petróleo russo". O JPMorgan Chase alerta que se tal acontecer, o petróleo pode tocar nos 185 dólares por barril.

Dólar renova máximos de 20 anos contra o iene. Euro na linha de água
Dólar renova máximos de 20 anos contra o iene. Euro na linha de água

O dólar norte-americano é o grande protagonista do mercado cambial durante a sessão desta terça-feira.  

Quando comparado com a moeda japonesa, a nota verde disparou para 128,765 ienes, como não era visto desde maio de 2002, tendo entretanto aliviado ligeiramente para 128,589 ienes, segundo os dados do Google Finance.

 

Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara o desempenho da nota verde com 16 divisas rivais – passou esta terça-feira a fasquia dos 101 pontos, máximo de dois anos, estando entretanto a aliviar com uma subida de 0,13% para 100,911 pontos.

 

Este disparo foi motivado pela divergência nas políticas monetárias seguidas pelo Banco Central do Japão -- que insiste em manter as taxas de juro em mínimos - enquanto a Reserva Federal norte-americana está determinada em continuar a subir as taxas de juro.

Esta disparidade foi ampliada pelas palavras do presidente do banco central dos EUA em St.Louis, James Bullard, que não descartou uma subida da taxa de fundos federais em 75 pontos base de uma só vez.

 

Na zona euro, a moeda única europeia segue a ser negociada na linha de água, estando a valorizar 0,02% para 1,0784 dólares.

Juros da dívida disparam. Taxa de Portugal em máximos de 2018

Os juros das obrigações soberanas na Europa estiveram a disparar esta terça-feira, com os investidores a anteciparem um movimento de normalização das taxas de juro por parte dos bancos centrais mais rápido, para conter a inflação. Em Portugal, a "yield" a 10 anos negociou no valor mais elevado desde novembro de 2018, em torno de 1,9%.

 

A taxa a 10 anos de Portugal segue a escalar 7,5 pontos base para transacionar em 1,897%, o valor mais elevado desde novembro de 2018, tendo já superado a fasquia dos 1,9% durante a sessão.

 

Os juros da República estão a acompanhar o movimento de subida vivido no mercado da dívida europeu, perante a expectativa que o Banco Central Europeu (BCE) acelere o ritmo de retirada de estímulos monetários, perante taxas de inflação galopantes na região.

 

Entre os outros países da periferia do euro, os juros da dívida italiana aceleraram 6,2 pontos para 2,541%, enquanto a taxa espanhola subiu para 1,84%.

 

Já a "yield" implícita das alemãs bunds æscalou perto de sete pontos base para 0,9%,

máximos de 2015

 

Na semana passada, o BCE anunciou que vai acelerar a retirada de estímulos. É "muito provável" que as compras líquidas de dívida pública e privada no âmbito do programa regular de aquisições (APP) terminem no terceiro trimestre do ano. Atualmente, as compras estão a ser conduzidas a um ritmo mensal de 40 mil milhões de euros, passando depois para 30 mil milhões em maio e 20 mil milhões em junho.

 

Também nos Estados Unidos está a ser antecipada uma política monetária mais agressiva. Ainda hoje, o presidente da Reserva Federal de St Louis, James Bullard, adiantou que não se pode descartar uma subida dos juros de 75 pontos base, algo que já não acontece desde 1994.

Países Baixos vão enviar blindados e armamento pesado para a Ucrânia
Países Baixos vão enviar blindados e armamento pesado para a Ucrânia
Depois da Alemanha, também os Países Baixos vão enviar armamento pesado e blindados para a Ucrânia.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, na sua conta do Twitter.

"Os Países Baixos vão enviar material mais pesado para a Ucrânia, incluindo blindados", escreveu.

O anúncio foi feito após uma conversa telefónica com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.


Yields pressionam ouro. Metal amarelo perde mais de 1%
Yields pressionam ouro. Metal amarelo perde mais de 1%

O ouro registou a maior queda das útlimas três semanas, depois de esta segunda-feira ter atingido o nível intradiário mais alto desde o dia 11 de março. O "rei" dos metais preciosos está a ser condicionado pelo agravamento expressivo dos juros da dívida norte-americana.

 

O metal amarelo está a mergulhar 1,32% para 1.952,86 dólares a onça. Os números da construção de novas casas nos EUA renovou inesperadamente máximos de 2006 durante o mês de março, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

Após a divulgação destes números, a yield da dívida soberana norte-americana a 30 anos tocou acima dos 3%, como não era visto há três anos.

 

Por sua vez, os juros das obrigações norte-americanas a dez anos continuam a renovar máximos de 2018 estando a subir 4,7 pontos base para 2,899%.

 

Para Rhona O´Connell, analista do StoneX Group, citada pela Bloomberg, a queda do ouro "pode ser explicada por duas palavras: ‘juros da dívida".

Bolsas europeias encerram no vermelho

As praças do Velho Continente estiveram a contrariar o movimento de subida registado pelas bolsas norte-americanas, numa sessão marcada pelo agravamento dos juros da dívida na região.

 

O índice Stoxx 600 recuou 0,77% para 456,28 pontos, arrastada pela queda superior a 2% do setor imobiliário e de 1,5% do retalho e da saúde. Em Lisboa, o PSI desceu 0,44%, pressionado pela queda das ações do setor da energia.

 

A contribuir para a deterioração do sentimento na região continua o conflito na Ucrânia e o impacto do conflito na economia.

 

As novas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial apontam para um crescimento de 3,6% este ano, menos 0,8 pontos percentuais do que o previsto em janeiro, devido sobretudo aos impactos da invasão militar russa à Ucrânia. Inflação nas economias avançadas dispara para 5,7%.

Ao contrário das praças europeias, as bolsas norte-americanas estão a negociar em alta, com subidas superiores a 1%, com os investidores focados na "earnings season" do primeiro trimestre, que arrancou esta semana.

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