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Fecho dos mercados: Bolsas, dólar, metais e matérias-primas agrícolas afundam com guerra comercial. Petróleo dispara

A guerra comercial entre os EUA e a China provocou hoje novas "baixas". As bolsas, o dólar, os metais e as matérias-primas agrícolas estiveram entre os destaques pela negativa. Já o petróleo disparou com a possibilidade de a OPEP prosseguir com o corte de produção. Os juros espanhóis, por seu lado, caíram para mínimos de 16 meses na expectativa de uma subida do rating soberano do país.

Bruno Simão/Negócios
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,57% para 5.342,53 pontos

Stoxx 600 perdeu 1,08% para 365,15 pontos

S&P 500 cai 0,48% para 2.631,05 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 3,3 pontos base para 1,721%

Euro ganha 0,48% para 1,2361 dólares

Petróleo avança 1,58% para 72 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias recuam com guerra comercial

As praças do Velho Continente continuaram em queda, devido aos receios em torno do intensificar de uma guerra comercial, depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinado um memorando que dá ordem para a aplicação de novas tarifas aduaneiras às importações oriundas da China, uma medida que já levou a segunda maior economia do mundo a avisar que deverá retaliar.

Por cá, o PSI-20 caiu 0,57% para 5.342,53 pontos, com 10 cotadas em queda, sete em alta e uma inalterada. As quedas superiores a 1% da Jerónimo Martins e da Galp Energia foram determinantes para o comportamento negativo do índice de referência nacional.

 

Juros de Espanha em mínimos de 16 meses com possível de subida de rating

Os juros das dívidas pública dos países-membros da Zona Euro estão a negociar em queda generalizada. O maior destaque vai para as obrigações de dívida soberana espanhola que, no prazo a 10 anos, recuam 2,3 pontos base para 1,270%, tendo já tocado mesmo no valor mais baixo desde Novembro de 2016. A justificar esta forte descida está a perspectiva dos analistas de que a agência de notação financeira Standard & Poor’s reveja hoje em alta o rating atribuído ao país para duplo A.

A taxa de juro associada às obrigações de dívida lusa a 10 anos também recua 3,3 pontos base para 1,721%, enquanto as "bunds" germânicas recuam ligeiros 0,2 pontos base para 0,527%.

 

Euribor mantêm-se a 3 e 9 meses e sobem a 6 e 12 meses

As Euribor voltaram a registar um movimento misto nos diferentes prazos. A Euribor a três meses, que está em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, subiu hoje para -0,270%, mais 0,001 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor voltou a ser fixada em -0,221%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, avançou hoje para -0,190%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Guerra comercial atira dólar para perto de mínimo de um mês

A tensão provocada pela imposição de novas tarifas aduaneiras às importações da China por parte dos Estados Unidos atirou o dólar para valores próximos de mínimos de um mês.

Nesta altura, o dólar segue a desvalorizar 0,43% no índice da Bloomberg que mede a evolução da divisa norte-americana face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais.


Em sentido inverso seguem o euro e a libra, que estão a apreciar contra o dólar. A moeda única europeia valoriza 0,48% para 1,2361 dólares e a libra aprecia 0,38% para 0,7068 dólares. A moeda britânica regista mesmo a maior valorização semanal em dois meses, isto depois de a União Europeia ter dado luz verde à passagem para a segunda fase das negociações do Brexit. 

 

Petróleo dispara com ajuda da Arábia Saudita e de Trump

O petróleo segue a subir nos principais mercados internacionais, animado pelo facto de a OPEP poder manter o corte de produção até 2019 e pelos receios de novas sanções dos Estados Unidos ao Irão, que é um grande produtor desta matéria-prima.

No mercado nova-iorquino, o crude de referência segue a ganhar 1,66% para 65,37 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 70 dólares com uma subida de 1,58%.


Na próxima semana, a reflectir as recentes subidas, os combustíveis ficarão mais caros nas bombas portuguesas, com os preços da gasolina a subirem 3 cêntimos e meio por litro e os do gasóleo dois cêntimos e meio.

 

Soja, alumínio e muitas outras matérias-primas atingidas pela guerra EUA-China

A já há muito antecipada guerra comercial entre os Estados Unidos e a China rebentou. Depois de ontem Donald Trump ter assinado um memorando de accionamento de novas tarifas aduaneiras às importações de mais de 100 produtos provenientes da China, hoje foi a vez de Pequim retaliar. E as "commodities" estão em primeiro plano nos alvos.

O governo chinês anunciou planos para impor tarifas recíprocas, sobre o equivalente a três mil milhões de dólares de importações oriundas dos EUA, em resposta às medidas proteccionistas da Casa Branca. Entre os produtos contam-se, por exemplo, soja, alumínio, aço, fruta, vinhos, carne de porco, alfafa, algodão e sorgo.

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