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Europa fecha em alta impulsionada por recuo da inflação nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha em alta impulsionada por recuo da inflação nos EUA
As bolsas europeias fecharam com ganhos, num dia em que o recuo da inflação nos Estados Unidos aumentou a expectativa de que a Fed poderá concluir o ciclo de subidas das taxas de juro mais cedo.
A inflação nos Estados Unidos abrandou para 3% em junho, tendo crescido ao ritmo mais baixo em mais de dois anos, o que sinaliza que a batalha da Fed contra a inflação está a surtir efeito. Uma "pool" de economistas ouvidos pela Bloomberg esperavam que a inflação se situasse em 3,1%.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 1,51% para 458,54 pontos, com os 20 setores que compõem o índice a registar ganhos. O setor dos recursos naturais, do imobiliário e o da tecnologia foram os que mais subiram (3,76%, 3,13% e 2,64%, respetivamente).
As empresas de semicondutores estiveram entre os melhores desempenhos, com a ASML e outras, a valorizarem depois de analistas da Jefferies terem dito que o setor embarcou num novo ciclo de subida à boleia da inteligência artificial. As ações da ASML cresceram 2,98% para os 654 euros, enquanto as da Aixtron somaram 4,07% para os 29,44 euros.
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax somou 1,47%, o francês CAC-40 cresceu 1,57%, o italiano FTSE Mib avançou 1,75%, o espanhol Ibex 35 saltou 1,31% e o AEX, em Amesterdão, subiu 1,63%. Já o britânico FTSE 100 valorizou 1,83%.
Juros aliviaram na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro aliviaram, num dia em que foi divulgado que a inflação nos Estados Unidos recuou para os 3% em junho, abaixo das estimativas dos economistas. Isto significa que os investidores estão a reforçar a aposta em ativos mais seguros - como é caso de algumas divisas e das obrigações -, sendo que neste caso priveligiaram a dívida soberana.
Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos recuaram 9,6 pontos base para 3,265%, num dia em que o Estado português emitiu 749 milhões de euros em duas linhas de obrigações com juros acima de 3% a seis e 12 anos.
Segundo Henrique Tomé, analista da XTB, os juros pagos nesta emissão são mais baixo do que na última, o que "demonstra que os mercados esperam que os juros a longo prazo sejam revistos em baixa". Isto, acrescenta, "terá impacto nas yields, tanto a curto como a longo prazo, uma vez que é esperado que o abrandamento económico possa vir a obrigar o Banco Central Europeu a parar de subir os juros, se a economia entrar em recessão ou a inflação recuar para níveis próximos dos 2%".
Já a "yield" das Bunds alemãs mantiveram-se inalteradas nos 2,554%, enquanto os juros da dívida italiana com a mesma maturidade recuaram 15,6 pontos base para 4,253% e os juros da dívida espanhola cederam 12,4 pontos base para 3,583%.
Os juros da dívida francesa, por sua vez, desceram 11,6 pontos base para 3,087%.
Petróleo valoriza com sinais de redução de oferta
Os preços do petróleo estão a subir, impulsionados por sinais de redução da oferta da matéria-prima e de uma inflação nos Estados Unidos mais baixa do que o esperado em junho. O aumento dos preços no consumidor recuou para os 3%, abaixo dos 3,1% estimados pelos economistas.
No que à redução da oferta diz respeito, o entusiasmo instalou-se após um relatório da Administração de Informação de Energia ter indicado que o mercado global deverá encolher na segunda metade do ano. O otimismo permaneceu mesmo depois de ter sido reportado que as reservas de crude nos Estados Unidos aumentaram em perto de 6 milhões de barris na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI na sigla em inglês), negociado em Nova Iorque, valoriza 1,07% para 75,63 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,77% para 80,01 dólares por barril, estando a negociar acima desta fasquia pela primeira vez desde o início de maio.
Recuo da inflação nos EUA tira tapete ao dólar
O euro está a valorizar 0,85% para os 1,1103 dólares, num dia em que o recuo da inflação nos Estados Unidos acima do esperado pelos economistas deu um golpe ao dólar.
A divisa norte-americana perde também frente ao franco suíço, que após a divulgação da inflação naquele país subiu para o valor mais alto desde 2015 face ao dólar. A moeda dos EUA perde 1,47% para 0,8666 francos suíços e desliza 1,34% face à moeda japonesa, estando um dólar a valer 138,48 ienes.
Já face à moeda britânica o dólar recua 0,50% para 0,7693 libras.
A inflação nos Estados Unidos abrandou para 3% em junho, tendo crescido ao ritmo mais baixo em mais de dois anos.
Os investidores tentam agora avaliar de que forma este dado irá afetar as decisões da Fed em termos de política monetária.
Inflação mais baixa do que o esperado nos EUA dá força ao ouro
O ouro está a valorizar, impulsionado pelo recuo da inflação nos Estados Unidos em junho, que cresceu ao ritmo mais baixo em mais de dois anos. O aumento dos preços no consumidor abrandou para 3% no mês passado, ligeiramente abaixo das expectativas dos economistas.
O recuo da inflação está a dar alento ao metal amarelo, com os investidores a considerarem que os dados aliviam a pressão sobre a Reserva Federal (Fed) norte-americana para continuar a subir as taxas de juro, apesar de o índice de preços no consumidor (IPC) continuar acima da meta de 2% definida pela Fed.
As atenções dos investidores vão agora centrar-se nas reações dos governadores do banco central dos Estados Unidos a estes números, uma vez que nos últimos dias foram vários os membros da Fed a defender a necessidade de subidas adicionais dos juros este ano.
Mas certo é que, numa primeira instância, o metal precioso - que tende a sair prejudicado de uma política monetária mais restritiva por não remunerar juros - está a valorizar.
O ouro a pronto, negociado em Londres, sobe 1,26% para 1.956,59 dólares por onça, enquanto a platina soma 3,23% para 958,88 dólares, o paládio valoriza 3,48% para 1.298,86 dólares e a prata cresce 3,82% para 24,01 dólares.
Inflação a abrandar nos EUA dá ganhos a Wall Street
Os principais índices em Wall Street abriram a sessão pintados de verde, após ter sido divulgada a inflação de junho nos Estados Unidos que mostrou um abrandamento para 3%, face ao mesmo mês do ano passado.
A evolução dos preços avançou ao ritmo mais baixo de sempre, tal como era esperado pelo mercado, uma vez que os analistas esperavam uma subida dos preços em 3,1%.
O índice de referência S&P 500 ganha 0,88% para 4.478,15 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,85% para 34.551,15 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite sobe 1,14% para 13.915,96 pontos.
Estes dados são decisivos para futuras decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana, sendo que para julho é esperado um aumento de 25 pontos base, como foi já anunciado pelo presidente do banco central, Jerome Powell.
Com as declarações de Powell em conta o mercado indica em 92% uma subida dos juros diretores este mês, de acordo com a CNBC.
"O que vemos nestes números é que isto é um jogo que requere paciência... mas estamos a ver uma descida [da inflação]", disse Betsy Stevenson, professora de economia e políticas públicas, em entrevista à CNBC.
"O índice de preços no consumidor foi mais baixo do que o esperado tanto na inflação geral, como na subjacente e os mercados estão a reagir de forma positiva", acrescentou o estratega Art Hogan, da B. Riley Wealth, à Reuters.
"As suas implicações políticas são claras, a Fed já está, ou está perto, do fim deste ciclo de subida de juros", concluiu.
Euribor cai a 3 meses, toca novo máximo a 6 meses e sobe a 12 meses
As taxas Euribor desceram esta quarta-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,191%, mais 0,007 pontos, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu hoje, ao ser fixada em 3,955%, mais 0,015 pontos que na terça-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu hoje para 3,657%, menos 0,015 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,672%, verificado em 11 de julho.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 04 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa abre no verde. Mercado focado na inflação nos Estados Unidos
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, sustentados por sentimento positivo proveniente da sessão de terça-feira Wall Street, que terminou também com ganhos. Os investidores esperam que a inflação nos Estados Unidos, conhecida esta quarta-feira, tenha abrandado em junho, o que poderá influenciar futuras decisões de política monetária da Reserva Federal.
O índice de referência, Stoxx 600, sobe 0,24% para 452,79 pontos, com o setor da banca e tecnologia a registarem as maiores subidas, próximas de 1%.
Depois de ter registado a maior queda semanal desde março do ano na semana passada, o "benchmark" europeu tem estado a tentar recuperar. Uma leitura da inflação nos EUA que mostrasse um abrandamento nos preços poderia ser o que falta para ganhos mais substanciais, indicam analistas da Bloomberg Economics numa nota.
"O facto continua a ser que a política monetária está a apertar e os seus efeitos ainda estão por ser sentidos, mas os múltiplos têm estado a aumentar - o que faz muito pouco sentido", começa por explicar o analista James Athey da Abrdn à Bloomberg.
"A longo-prazo, não há sítio nenhum para os ativos com mais risco se esconderem. Os resultados das empresas devem cair e a taxa de desconto deve permanecer elevada. O que significa que nem os lucros, nem os múltiplos devem salvar o mercado de uma evolução simples", estimou ainda.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,23%, o francês CAC-40 valoriza 0,4%, o italiano FTSEMIB ganha 0,48%, o britânico FTSE 100 sobe 0,33% e o espanhol IBEX 35 pula 0,16%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,77%.
Dólar mais fraco dá ganhos ao ouro
O ouro está a valorizar e a capitalizar face a um dólar em queda, o que torna o metal mais barato para compradores em moeda estrangeira. Os investidores estão mais cautelosos antes de ser conhecida a inflação nos Estados Unidos referente a junho, que deverá ser crucial para compreender o caminho a seguir pelo banco central dos EUA.
O ouro sobe 0,16% para 1.935,33 dólares por onça. Em sentido contrário, o dólar perde 0,12% para 0,9073 euros e o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – desce 0,31% para 101,421 pontos, tendo chegado a tocar mínimos de maio.
"Tem havido renovada confiança nos preços do ouro ultimamente, dadas as expectativas para a inflação nos Estados Unidos mostrar uma maior moderação na subida dos preços", comentou Yeao Jun Rong, da IG Asia, à Reuters.
"Estamos a começar a ver os mercados movimentar-se em antecipação de uma leitura mais 'soft' da inflação", acrescentou Matt Simpson, analista do City Index, também à mesma agência.
Juros da Zona Euro aliviam com menor apetite pelo risco
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar, com os investidores com maior aversão ao risco, uma vez que uma descida nos juros significa uma maior aposta na dívida soberana, que é vista também como um ativo mais seguro.
Esta quarta-feira as atenções irão centrar-se na inflação nos Estados Unidos relativa a junho, mas antes disso é conhecida a inflação final do mesmo mês em Portugal.
Em Espanha, a inflação foi esta quarta-feira confirmada em 1,9% em junho, o valor mais baixo em 27 meses e 1,3 pontos percentuais abaixo dos valores de maio.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, está inalterada nos 2,648%, enquanto os juros da dívida pública italiana recuam 3,2 pontos base para 4,376%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade aliviam 2,4 pontos base para 3,337%, ao passo que os juros da dívida francesa descem 2,9 pontos base para 3,174% e os da dívida espanhola decrescem 2,8 pontos base para 3,679%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica a dez anos alivia 3,1 pontos base para 4,623%.
Petróleo interrompe ganhos, mesmo com menos crude russo no mercado
O petróleo está a negociar em ligeira baixa, interrompendo assim os ganhos registados nas sessões dos últimos dias em que os ganhos têm sido sustentados por menor crude no mercado, depois de um corte na produção por parte da Arábia Saudita e da Rússia.
Da parte de Moscovo já se começa a ver uma redução dos fluxos petrolíferos, uma vez que os carregamentos com recurso a cargueiros diminuíram substancialmente nas últimas semanas.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,05% para 74,79 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cede 0,08% para 79,34 dólares por barril.
Um dólar mais fraco está também a dar algum apoio aos investidores em "commodities", particularmente em moeda estrangeira, uma vez que fica mais barato.
"Uma quebra acima dos 80 dólares por barril pode fazer caminho para uma reavaliação das perspetivas para o resto ano", escreveram analistas da IG Asia, numa nota vista pela Bloomberg.
Europa aponta novamente para ganhos. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos no início de sessão desta quarta-feira. As atenções do mercado devem virar-se para uma leitura da inflação nos Estados Unidos de junho que deverá mostrar um abrandamento dos preços, permitindo melhor compreender o caminho que poderá ser levado a cabo pela Reserva Federal no seu percurso de política monetária.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 avançam 0,4%.
Entre os dados que vão estar a receber atenções dos investidores está ainda a inflação final de junho em Portugal e em Espanha.
Na Ásia, a negociação foi mista, com ganhos na China sustentado por "momentum" nas ações tecnológicas, depois de o governo do país ter assinalado que está a chegar ao fim o período mais incisivo de regulação no setor.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de mais estímulos na economia chinesa está também a suportar algumas subidas, principalmente em Hong Kong. Ainda assim, explica o analista Jun Rong Yeap, da IG Asia à Bloomberg, "sinais políticos de sucesso através da melhoria das condições económicas ainda são necessários para gerar ganhos mais sustentados".
Na China, Xangai recuou 0,47% e, em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,1%, enquanto no Japão, o Topix perdeu 0,4% e o Nikkei desceu 0,6%.