Notícia
Volatilidade domina Europa após dados da inflação nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta quarta-feira.
Volatilidade domina Europa após dados da inflação nos EUA
As principais bolsas europeias fecharam mistas mas com variações pouco expressivas num dia em que a negociação se mostrou volátil após ser divulgado que a inflação nos EUA em março acelerou mais do que o estimado.
O Stoxx600, índice pan-europeu, valorizou 0,15%, enquanto o alemão DAX30 ganhou 0,11% e o londrino FTSE100 subiu 0,33%. Já o italiano FTSEMib valorizou 0,28%.
O espanhol Ibex-35 cedeu 0,38%, ao passo que o parisiense CAC-40 deslizou 0,05%.
Os setores da banca, "oil & gas" e tecnológico foram os que melhor desempenho registaram. Já as principais quedas pertenceram aos setores do imobiliário e das "utilities" (água, luz e gás).
Entre os movimentos do dia destacou-se a retalhista alimentar britânica Tesco, com uma subida de 3,3%, após ter revelado que os seus lucros triplicaram no ano passado, alimentados pela inflação.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, o que sinaliza menos apetite por obrigações pelos investidores, um dia antes da reunião de política monetária do Banco Central Europeu.
O cenário mais provável é de que o banco mantenha os juros inalterados e continue a remeter o primeiro corte para junho, apesar de as apostas nesta hipótese terem diminuído, após conhecidos os dados da inflação nos EUA, que pressionam o banco central norte-americano a adiar o corte dos juros – decisão que pode contagiar o homólogo europeu.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, subiram 6,2 pontos base, para 3,084%, enquanto em Espanha a "yield" agravou-se em 5,9 pontos, para 3,238%.
Os juros das "bunds" alemãs e a rendibilidade da dívida francesa avançaram 6,4 pontos base, para 2,432% e 2,922%, respetivamente.
A rendibilidade da dívida italiana subiu 5,4 pontos, até aos 3,798%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, deram um salto de 11,7 pontos base, para 4,144%.
Petróleo desliza após dados de inflação nos EUA
Os preços do petróleo estão a descer, num dia em que os investidores analisam os mais recentes dados relativos à inflação. Os números hoje conhecidos levantam dúvidas sobre se a Reserva Federal (Fed) norte-americana poderá adiar o início do alívio da política monetária.
A queda do preço do petróleo poderá, em parte, ser justificada pela força do dólar. Isto porque, sendo cotado na nota verde, torna-se menos apelativo para quem negoceia com outras moedas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,52% para 84,79 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,39% para 89,07 dólares por barril.
Apesar da queda a esta hora, o petróleo acumula ganhos de 19% este ano, beneficiando do corte na produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e do conflito no Médio Oriente, que tem alimentado os receios de uma disrupção no fornecimento da matéria-prima.
O mercado está a preparar-se para uma eventual retaliação do Irão, na sequência de um ataque israelita a uma consulado na Síria na semana passada.
Ouro tropeça com dados da inflação mais altos nos EUA
Os preços do ouro estão a derrapar à boleia de um dólar norte-americano mais forte e novos dados da inflação nos EUA, mais elevada do que o previsto pelo mercado.
O metal precioso cai 0,12% para os 2,349.96 dólares por onça, ainda assim perto do nível máximo atingido ontem, fixado nos 2.365 dólares.
Nos EUA, o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,4% em março em relação ao mês anterior e aumentou 3,8% comparativamente ao período homólogo, valores acima das expectativas dos economistas.
A inflação mais alta fez os investidores acreditar na possibilidade de um adiamento do primeiro corte nas taxas de juro pela Reserva Federal e na descida das apostas de cortes ao longo do ano (de três para duas). "No entanto, vamos esperar para ver. O ouro tem sido resiliente diante de dados fortes durante esta notável corrida", disse à mesma agência Tai Wong, investidor independente.
"A escalada de riscos geopolíticos reforça significativamente o ouro, à medida que dados quentes e frios, assim como o número recorde de eleições deste ano, mantêm o termómetro de risco elevado", escreveu o banco HSBC, em nota.
Os investidores consultados pela Bloomberg acreditam que o metal amarelo corrija para valores abaixo dos 2.230 dólares por onça.
Noutros metais preciosos, a prata continua a somar ganhos de 1,02% para os 28,44 dólares. Em sentido contrário seguem o paládio e a platina.
Euro cede face ao dólar após dados da inflação e antes de reunião do BCE
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, num dia em que a nota verde está a beneficiar das expectativas de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos poderá adiar o início do alívio das taxas de juro e antes de mais um reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
A moeda da Zona Euro cede 0,85% para 1,0765 dólares.
O aumento dos preços no consumidor acelerou, em termos homólogos, para 3,5% em março, tratando-se do terceiro mês consecutivo em que a inflação regista uma subida, abrindo a porta a que a Fed adie o início da descida dos juros.
Além do euro, o dólar ganha também 0,87% frente ao franco suíço, 0,61% perante o iene e 0,8% face à libra.
Depois de conhecidos os dados da inflação nos Estados Unidos, a expectativa dos investidores face à dimensão dos cortes este ano desceu ligeiramente, com o mercado a esperar agora uma descida de 44 pontos base este ano.
Wall Street cai mais de 1% após inflação acima do esperado
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, com os investidores a digerirem os números da inflação acima do esperado.
O índice de preços no consumidor registou uma subida homóloga de 3,5% em março, acima dos 3,2% registados em fevereiro e do esperado pelos economistas (3,4%). Também a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos, aumentou 3,8% face a março do ano passado.
Os dados conhecidos esta quarta-feira estão a dar força às preocupações de que a Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos possa manter os juros elevados durante mais tempo. Isto porque é o terceiro mês consecutivo em que a inflação se mostra ligeiramente acima do esperado.
O S&P 500, referência para a região, desliza 1,07% para 5.154,09 pontos, o industrial Dow Jones recua 1,2% para 38.417,33 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cede 1,06% para 16.134,52 pontos.
"Os números de hoje são os mais recentes de uma série de dados que contrariam a necessidade ou probabilidade de cortes dos juros", afirmou Steve Sosnick, da Interactive Brokers, em resposta à Bloomberg. O analista considera que é necessário avaliar a trajetória da inflação, "sobretudo se parece que nos estamos a afastar da meta dos 2%".
Matt Maley, analista na Miller Tabak + Co, defende que uma descida dos juros pela Fed em junho está "fora de hipótese". "Não há dúvidas de que está fora de hipótese um corte dos juros em junho. E como o mercado é expansivo e está em níveis de sobrecompra [overbought], isto é suficiente para levar os investidores a procederem à tomada de mais-valias", disse, em declarações à Bloomberg.
O próximo foco dos investidores é a divulgação das atas da última reunião do banco central, durante o dia de hoje. O encontro, em março, terminou sem qualquer alteração nos níveis das taxas de juro, mas a expectativa é que o documento permita obter pistas sobre o que antecipam os decisores políticos.
Europa em alta. BCE, Fed e inflação nos EUA centram atenções
Os principais índices europeus abriram em alta esta quarta-feira, a recuperar das perdas desta terça-feira, em que a ansiedade que antecipa mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) levou a melhor sobre os investidores.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, soma 0,65% para 509,11 pontos, com o setor da tecnologia a comandar os ganhos, seguido pelas telecomunicações e o imobiliário. Os três valorizam mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a fabricante de chocolates suíça Barry Callebaut pula mais de 7% depois de ter revelado que a receita do primeiro trimestre fiscal ultrapassou as estimativas dos analistas, devido a um aumento dos volumes de vendas.
Já a retalhista britânica Tesco soma 0,5% após ter revelado que perspetiva um aumento dos lucros dado que o abrandamento da subida dos preços vai permitir à empresa cortar preços e atrair maior número de clientes.
O "rally" dos mercados acionistas estagnou este mês, com os investidores a recalibrarem as perspetivas para cortes das taxas de juro. Esta quarta-feira, as atenções estarão centradas nos dados da inflação nos EUA, com os economistas a preverem que os preços registem uma aceleração mensal de 0,3% em março.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,67%, o francês CAC-40 valoriza 0,46%, o italiano FTSEMIB ganha 0,53%, o britânico FTSE 100 sobe 0,57% e o espanhol IBEX 35 avança 0,27%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 1,09%.
Juros aliviam ligeiramente na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar ligeiramente esta quarta-feira, o que significa uma maior aposta em obrigações.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão inalterados nos 3,022% e os juros da dívida espanhola cedem 0,4 pontos para 3,176%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 1 ponto base para 2,359%.
Os juros da dívida italiana recuam 0,8 pontos base para 3,737% e os da dívida francesa registam um decréscimo de 0,1 pontos para 2,857%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 1,1 pontos base para 4,0384%.
Dólar em modo de espera. Inflação nos EUA e atas da Fed na mira dos investidores
O dólar está a negociar sem tendência definida esta quarta-feira com os investidores a aguardarem dois catalisadores para a divisa norte-americana: a divulgação das atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal e os números da inflação de março nos Estados Unidos.
O dólar avança 0,01% para 0,9212 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - desliza 0,05% para 104,097 dólares.
"Uma leitura robusta da inflação subjacente com um crescimento mensal de 0,3% ou mais provavelmente vai retirar de cima da mesa a possibilidade de um corte das taxas de juro de referência em junho porque há mais duas leituras da inflação antes da reunião [da Fed] que provavelmente não são suficientes para mostrar uma tendência de desaceleração da inflação", explicou à Reuters Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia.
Já face ao iene, o dólar avança 0,03% para 151,81 ienes, mantendo-se perto de máximos de 34 anos. Isto numa altura em que os responsáveis japoneses continuam a reforçar a narrativa de que estão prontos para intervir no mercado cambial quando for necessário.
Riscos inflacionistas continuam a impulsionar os preços do ouro
O ouro segue a valorizar, depois de ter ontem atingido novos máximos históricos pela oitava sessão consecutiva chegando aos 2.365,35 dólares por onça. Um misto de riscos inflacionistas e tensões geopolíticas estão a impulsionar o metal precioso.
O ouro soma 0,11% para 2.355,32 dólares por onça.
"O ouro está a divergir dos seus principais condutores tradicionais. Devido à tensão geopolítica, os bancos centrais de mercados emergentes estão a armazenar ouro para diversificarem o risco", começa por explicar à Reuters Soni Kumari, estratega do ANZ.
Ao mesmo tempo, "alguma volatilidade na moeda chinesa e o surgimento de riscos inflacionistas estão também a impulsionar os preços neste momento", acrescentou.
Petróleo em alta ligeira. "Rally" mantém-se em pausa à espera de novos catalisadores
Os preços do petróleo estão a valorizar ligeiramente esta quarta-feira após duas sessões em queda, numa altura em que o impasse nas negociações com vista a um cessar-fogo em Gaza está a gerar novas preocupações sobre possíveis disrupções junto dos produtores petrolíferos do Médio Oriente.
Estas incertezas vão-se sobrepondo aos dados sobre os "stocks" de crude nos EUA que subiram mais do que o esperado. Isto porque caso a guerra continue há um crescente risco de envolvimento de outros países da região, particularmente o Irão, o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,2% para 85,4 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, avança 0,18% para 89,58 dólares por barril.
Os inventários de crude nos Estados Unidos aumentaram 3,03 milhões de barris, de acordo com números não oficiais citados pela Reuters, quando os analistas esperavam um aumento de 2,4 milhões de barris.
"Parte do impulso - um cessar-fogo em Gaza e um aumento dos 'stocks' de crude - que estiveram a motivar o 'rally' nos preços do petróleo estão a desvanecer-se neste início de semana", afirmou à Reuters o analista da IG, Tony Sycamore.
"Qualquer coisa, desde uma leitura da inflação nos EUA mais baixa do que o esperado a outro ataque de drones ucranianos a infraestruturas petrolíferas russas, a uma resposta do Irão depois de Israel ter matado dois dos seus generais na Síria na semana passada, são mais do que capazes de reacender a tendência de subida do crude", acrescentou.
Futuros da Europa apontam para abertura em alta. Ásia negativa
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em alta esta quarta-feira, recuperando das perdas desta segunda-feira em que foram penalizados por uma maior cautela por parte dos investidores. Isto antes de mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que se realiza esta quinta-feira.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,6%.
Os investidores deverão atentar ainda nos números da inflação de março nos Estados Unidos, bem como nas atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal, que são também conhecidos hoje.
Na Ásia, as principais praças estiveram a desvalorizar com os ganhos das tecnológicas chinesas a não serem suficientes para balançar as quedas no Japão. Vários mercados da região estiveram encerrados para feriado.
"O movimento de hoje está a ser liderado pela Tencent e pela Alibaba, que foram sustentadas por recompras de ações, bem como por notícias mais positivas sobre a indústria de videojogos chinesa", explicou o analista Marvin Chen da Bloomberg Intelligence.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 1,81% e o Shanghai Composite desvaloriza 0,64%. No Japão, o Nikkei recuou 0,48% e o Topix desceu 0,43%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi cede 0,43%.