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Verde domina na Europa, com Stoxx 50 em máximos de finais de 2007
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Verde domina na Europa, com Stoxx 50 no nível mais alto desde final de 2007
As bolsas europeias fecharam o dia maioritariamente em terreno positivo, num dia em que foi conhecido que a atividade empresarial da Zona Euro manteve o crescimento em abril.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, somou 0,34% para 469 pontos, com o setor da tecnologia a dar o maior impulso (1,07%). Já o dos recursos naturais foi o que mais perdeu (-3,86%).
Por sua vez, o índice que reúne as 50 maiores empresas da região, o Stoxx 50, fechou nos 4.408,59 pontos, o nível mais alto desde 12 de dezembro de 2007.
Entre as principais movimentações, a EssilorLuxottica - dona da RayBan - valorizou 6,27% para os 186,52 euros por ação, após ter divulgado que as receitas atingiram os 6,15 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano, acima dos 5,94 mil milhões previstos pelos analistas.
Já a Salvatore Ferragamo deslizou 5,93% para os 16,35 euros, penalizada por resultados abaixo das previsões. A marca italiana viu as receitas atingirem os 278 milhões no primeiro trimestre do ano, menos 4% do que no ano anterior e abaixo dos 281 milhões esperados pelo mercado.
Nos principais índices europeus, o alemão Dax valorizou 0,54%, o francês CAC-40 cresceu 0,51%, o italiano FTSE Mib subiu 0,43%, o britânico FTSE 100 somou 0,15% e o Aex, em Amesterdão, somou 0,14%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro agravaram-se na sessão desta sexta-feira, o que mostra uma menor aposta dos investidores nas obrigações. O mercado segue atento à época de resultados e aos comentários que vão surgindo por parte dos governos centrais de modo a tentar perceber quais os próximos passos em termos de política monetária.
Na região, já é dada como certa uma subida das taxas de juro em maio, devendo esta ser de 25 pontos base, de acordo com os economistas ouvidos pela Bloomberg.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 3,6 pontos base para 2,476%, enquanto os juros da dívida pública italiana subiram 4 pontos base para 4,344%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade aumentaram 1 ponto base para 3,296%, os da dívida francesa pontos base cresceram 4,1 pontos base para 3,038% e os da dívida espanhola avançaram 3,6 pontos base para 3,512%.
Fora da Zona Euro, a tendência é inversa, tendo as rendibilidades da dívida britânica caído um ponto base para 3,752%.
Euro cede face ao dólar
O euro desvaloriza face à divisa norte-americana, que está a beneficiar das expectativas crescentes de que a Fed vai voltar a subir a taxa dos fundos federais em maio.
A moeda única europeia cede 0,05% para 1,0965 dólares, num dia em que novos dados económicos nos Estados Unidos mostram que a maior economia do mundo se mantém resiliente. Os índices de gestores de compras (PMI) da S&P Global Manufacturing referentes a abril, esta sexta-feira divulgados, mostram uma melhoria face ao mês de março.
A moeda dos Estados Unidos caminha ainda para a primeira semana de ganhos em mais de um mês.
Petróleo recupera na última sessão da semana
Depois de quatro sessões consecutivas a negociarem no vermelho, os preços do "ouro negro" segue hoje a ganhar terreno nos principais mercados internacionais.
A sustentar estão os bons dados económicos na Zona Euro e no Reino Unido, se bem que a incerteza em torno da evolução da economia e dos juros diretores dos grandes bancos centrais continuem a pesar no sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,70% para 77,91 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,65% para 81,63 dólares.
Ouro cai mais de 1% e caminha para fechar semana com perdas
O ouro segue a desvalorizar, pressionado por novos comentários de decisores da Fed a favor de mais subidas das taxas de juro - o que faz subir o dólar e pressiona o metal amarelo, já que é denominado na nota verde e fica menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
O metal precioso está a caminho de um saldo semanal igualmente com perdas.
O metal amarelo cai 1,38% para 1.978,74 dólares por onça, enquanto o paládio sobe 1,42% para 1.616,69 dólares, a platina soma 2,75% para 1.126,93 dólares e a prata cede 0,47% para 25,17 dólares.
O ouro vê assim um ligeiro travão aos ganhos conseguidos nas semanas anteriores, uma vez que, sendo um ativo que não remunera juros, tende a sair prejudicado de taxas de juros mais altas.
Wall Street arranca sessão no vermelho com 'earnings season' debaixo de olho
O S&P 500, índice de referência, cede 0,60% para 4.129,79 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,80% para 12.059,56 pontos e o industrial avança 0,33% para 33.786,62 pontos.
Os investidores seguem atentos à "earnings season", tendo esta sexta-feira sido a vez da norte-americana Procter & Gamble. A P&G reportou vendas líquidas de 20,1 mil milhões de dólares, superando as previsões dos analistas (19,3 mil milhões). Em termos de lucros, a gigante norte-americana de bens de consumo fechou o primeiro trimestre do ano com lucros de 3,4 mil milhões, valor que compara com os 3,36 mil milhões do ano passado.
"Estamos no início da 'earnings season' e os inícios das últimas quatro épocas de resultados coincidiram com um desempenho forte do mercado de ações. Não estamos convencidos de que a tendência irá manter-se", afirma Carol Schleif, da BMO.
Além das expectativas quanto aos resultados das empresas nos primeiros três meses do ano, os comentários vindos de governantes da Fed mantêm-se "hawkish", com a presidente da autoridade de Cleveland, Loretta Mester, a defender a necessidade de mais subidas das taxas de juro para combater a inflação. Também a homóloga de Dallas, Lorie Logan, afirmou que a inflação "tem estado demasiado alta".
Euribor sobe a três meses para novo máximo desde 2008 e cai a seis e 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses para um novo máximo desde novembro de 2008 e desceu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 3,854%, menos 0,001 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, desceu hoje, para 3,601%, menos 0,011 pontos e contra máximo desde novembro de 2008, de 3,612%, verificado em 20 de abril.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, para 3,261%, mais 0,050 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre mista com mercado a digerir dados económicos
Os principais índices europeus estão a negociar mistos, com os investidores a avaliarem os PMI da Alemanha e França, antes de serem divulgado os valores da Zona Euro, bem como os resultados das empresas referentes ao primeiro trimestre do ano.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, desce 0,07% para os 467,09 pontos, com o setor mineiro a cair mais de 2,5% e a dar a maior penalização, bem como o setor do retalho e industrial.
Entre os principais movimentos de mercado, a EssilorLuxottica, dona da Ray-Ban, sobe 5,86%, após ter revelado um forte crescimento das vendas. Já a Salvatore Ferragamo cai 5,55%, depois das vendas do primeiro trimestre terem ficado abaixo das expectativas.
Esta sexta-feira o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, sem dar pistas sobre o que deverá acontecer na próxima reunião do BCE afirmou que a inflação está a provar ser mais persistente do que o esperado.
"O que significa que o BCE vai permanecer 'hawkish' e continuar a subir as taxas de juro agressivamente, quase de forma indiferente face aos dados económicos, argumenta a analista Maria Veitmane, da State Street Global Markets, à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o espanhol IBEX 35 cai 0,6%, o italiano FTSEMIB recua 0,24%, o alemão Dax cede 0,15%, ao passo que o francês CAC-40 está inalterado.
Do lado dos ganhos, o britânico FTSE 100 avança 0,08% e em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,04%.
Juros agravam-se na Zona Euro, como foco nas PMI
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão maioritariamente a agravar antes da divulgação das PMI (Purchasing Manager’s Index) relativas a abril. Os investidores vão estar também atentos aos discursos de vários membros do Banco Central Europeu, à procura de mais pistas sobre a reunião de política monetária de maio.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobe 1,4 pontos base para 2,454% e os juros da dívida soberana italiana avançam 2,3 pontos base para 4,327%.
Os juros da dívida pública portuguesa estão inalterados nos 3,286%, os da dívida espanhola sobem 1,9 pontos base para 3,495%, bem como os da dívida francesa que ascendem a 3,017%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica vão em sentido contrário e aliviam 0,3 pontos base para 3,759%.
Dólar valoriza e caminha para primeiro ganho semanal num mês
O dólar está a valorizar e a caminho da sua primeira semana de ganhos em mais de um mês, com a moeda norte-americana a aproveitar o balanço de uma subida das taxas de juro por parte da Fed,
O dólar avança 0,03% para 0,9118 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – sobe 0,09% para 101,93 pontos, a caminho de um ganho semanal de 0,3%, depois de cinco semanas seguidas de quedas.
"A economia norte-americana está a caminho de uma recessão", garante o analista Joseph Capurso, do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters, acrescentando que a expectativa é que seja "provavelmente a meio do ano".
"Mas o problema para a Fed é que a inflação é ainda persistente e permanece num nível elevado, por isso ainda acreditamos que a Fed vai subir os juros diretores mais uma vez", completou.
Ouro regressa às quedas, com renovada pressão da Fed
O ouro está a negociar em baixa e a ser penalizado pela forte subida do dólar, numa altura em que os investidores mantêm o foco no caminho de política monetária que será levado a cabo pela Reserva Federal norte-americana nas próximas reuniões de política monetária.
Esta quinta-feira, a presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, reiterou que a Fed ainda deverá realizar mais subidas das taxas de juro, notando, no entanto, que este aperto deverá estar a chegar ao fim.
O metal amarelo desce 0,98% para os 1.985,06 dólares por onça.
Os preços do ouro têm sido moderados, devido à falta de notícias que afetem a cotação do metal e é preciso "ver informação mais relevante para dar uma convicção direcional", afirmou o analista Ilya Spivak, da Tastylive à Bloomberg.
Petróleo cai pelo quinto dia e caminha para semana negativa
O petróleo está a negociar em baixa pelo quinto dia e a caminho da primeira queda semanal depois da crise da banca no mês passado, numa altura em que surgem preocupações sobre a procura, bem como a economia norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,23% para 77,19 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 0,23% para 80,91 dólares.
O petróleo está assim a perder a maioria dos ganhos conseguidos, depois de um corte na produção por parte da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), devido a persistentes preocupações de que o "outlook" económico deverá continuar a manter pressão nos preços.
Ainda assim, muitos esperam que a recuperação económica na China possa levar a um aumento da procura e a um "rally" ainda este ano.
"O sentimento de mercado continua a ser de baixa depois de fracos dados económicos nos Estados Unidos, juntamente com expectativas de mais subidas das taxas de juro, gerando preocupações de uma recessão que poderia diminuir a procura por crude", afirmou Hiroyuki Kikukawa, presidente da NS Trading, à Reuters.
"É o esperado que o WTI negoceie entre os 75 e os 80 dólares na próxima semana, com os investidores a tentarem descobrir se a procura de gasolina vai aumentar relativamente ao verão e se a procura por petróleo por parte da China vai mesmo subir na segunda metade do ano", concluiu.
No mercado do gás natural, a matéria-prima negociada em Amesterdão, o TTF, recua 0,18% para os 40,65 euros por megawatt-hora.
Europa aponta de novo para ganhos. Tensão geopolítica penaliza Ásia
Os principais índices europeus estão a apontar para uma negociação em terreno positivo, contrariando assim a tendência geral de fecho desta quinta-feira, numa altura em que os investidores vão avaliando os resultados da "earnings season" relativos ao primeiro trimestre do ano.
Os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Os investidores vão também avaliando dados económicos dos Estados Unidos que mostraram uma desaceleração na produção industrial e do mercado laboral norte-americano, agravando os receios de uma recessão no país.
Na Ásia, a negociação foi negativa, à semelhança do que aconteceu em Wall Street, levando os índices da região a encerrar a pior semana desde março.
A influenciar a negociação, esteve o reacender das tensões geopolíticas, depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter anunciado planos para limitar o investimento em partes-chave da economia chinesa.
A contribuir para o agravar das tensões entre os dois países, a China revelou também planos para conduzir cerca de cinco simulações em várias áreas, que incluem águas fora da sua costa e o mar do sul da China.
A administração Biden "não pode soar demasiado conciliadora ou demasiado preocupada, para tentar acalmar as tensões, porque vão se expor a críticas por serem resolutos sobre a China", disse o analista Gabriel Wildau, da Teneo, à Bloomberg.
"Por isso, apesar das melhores intenções de Taiwan e da administração Biden, creio que temos a receita para um escalar de tensões", completou.
Na China, Xangai perdeu 1,1% e em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,7%. No Japão, o Topix cedeu 0,2%, bem como o Nikkei. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou0,7%.