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Os principais desenvolvimentos de terça-feira, ao minuto

Acompanhe aqui a evolução do conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

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Pequim garante "que não quer fazer parte da crise"
Pequim garante 'que não quer fazer parte da crise'

Depois de os EUA terem alertado para o facto da Rússia ter pedido à China drones armados no final de fevereiro, Pequim garantiu que "não faz parte da crise" e que nem sequer quer "que as sanções afetem a China", sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, num telefonema com o homólogo espanhol, José Manuel Albares.

 

No entanto, o braço direito de Xi Jinping para a diplomacia assegurou que "a China tem direito a defender os seus legítimos interesses".

 

Esta mensagem de Pequim surge depois dos EUA terem alertado os aliados europeus sobre o facto de a Rússia ter pedido drones armados à China no final de fevereiro, quando começou a invasão à Ucrânia, segundo fontes próximas do assunto, citadas pela Bloomberg.

 

Esta notícia surge no mesmo dia em que a Coreia do Sul anunciou o envio de ajuda militar não letal para a Ucrânia.

Europa aponta para o vermelho
Europa aponta para o vermelho

Os futuros sobre os principais índices europeus apontam para um arranque de sessão no vermelho, num dia marcado pela aparição da China no cenário geopolítico no âmbito da invasão da Ucrânia pela Rússia e pelo início de uma reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

Os futuros do índice de referência europeu Euro Stoxx 50 estão a cair cerca 1%, ainda à sombra do sell-off generalizado em Hong Kong e face aos eventos geopolíticos e macroeconómicos que prometem agitar o dia de hoje.

 

A sessão desta terça-feira promete ser marcada pelas palavras dos EUA que alertaram os aliados sobre o facto de a Rússia ter pedido drones armados à China, tendo já Pequim afirmado que não quer fazer parte da crise. Os investidores vão ainda estar de olho no início da reunião de dois dias da Fed, após a qual o mercado espera uma subida das taxas de juro já este mês.

 

Na Ásia, a sessão encerrou mista, à medida que reina a incerteza nos investidores, com o aumento do número de casos de covid-19 na China, a par da evolução do conflito na Ucrânia. O índice da MSCI para Ásia-Pacífico caiu 1,97%, contribuindo para uma perda de 8,2% desde o início de março. O Topix valorizou 0,79% e o Nikkei subiu 0,15%. Por sua vez, em Hong Kong o Hang Seng afundou 5,86%, enquanto Xangai mergulhou 4,86%.

 

"A pergunta que estamos a fazer é se os mercados atingiram o nível mínimo", sublinhou Jack Siu, diretor de investimentos do Credit Suisse para a grande China, citado pela Reuters. "Sabemos que houve muitas más notícias, o pior pode estar por vir, os preços das ações caíram substancialmente e não há sinais claros sobre quais serão as resoluções dos reguladores dos EUA em relação às ações chinesas cotadas lá [em território norte-americano]", acrescentou o especialista.

Petróleo abaixo da fasquia dos 100 dólares

O petróleo caiu abaixo do patamar dos 100 dólares por barril, numa altura em que a aparição de novos casos de covid-19 na China começa a gerar incerteza sobre a procura de "ouro negro".

 

O West Texas Intermediate (WTI) – referência para mercado norte-americano – segue a desvalorizar 4,81%, para 98,06 dólares o barril. Desde que renovou máximos de 2008 na semana passada, o WTI já sofreu uma perda de 20%, de acordo com as contas da Bloomberg.

Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias está a cair 5,03% para 101,52 dólares o barril.

 

A aparição de novos casos de covid-19 na China está a agitar o mercado do ouro negro, já que Pequim é o maior importador de petróleo do mundo e defensor de uma política "zero covid". O mercado está ainda a ser aliviado pela esperança de um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia, devido aos avanços diplomáticos anunciados, antes da interrupção das negociações.

Ouro cai pelo terceiro dia. Euro sobe
Ouro cai pelo terceiro dia. Euro sobe

O ouro segue a cair pelo terceiro dia, à medida que os juros da dívida soberana norte-americana sobem, alimentados pelas previsões sobre o encontro de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed) que arranca esta terça-feira, e após a qual se espera uma subida das taxas de juro já este mês.

 

O metal amarelo está a desvalorizar 0,95% para 1.932,43 dólares a onça, depois de na semana passada a cotação do ouro ter estado bastante perto do recorde histórico alcançado em agosto de 2020. Por sua vez, o paládio segue a corrigir 1,7% para 2.424,66 dólares a onça, depois de ter afundado 15% durante o dia de ontem. Prata e platina seguem a tendência negativa do ouro.

Para os próximos tempos, o desempenho do ouro dependerá em muito das palavras de Jerome Powell proferidas no final do encontro da Fed que arranca esta terça-feira. "A cotação [ do ouro] irá depender dos comentários da Fed, mas não surpreenderia muito ver o ouro subir se as palavras não forem muito agressivas", defendeu John Feeney, gestor de negócios na Guardian Gold Australia, citado pela Bloomberg.

O gestor salientou ainda que, no entanto, "qualquer mudança no conflito na Ucrânia pode provavelmente superar a atenção dada à Fed".

 

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está a cair 0,31% para 98,68 pontos, enquanto o euro, aproveitando em parte esta fraqueza, soma 0,49% para 1,0994 dólares.

Juros aliviam na zona euro e nos EUA em dia de arranque da reunião da Fed
Juros aliviam na zona euro e nos EUA em dia de arranque da reunião da Fed

Os juros das dívidas soberanas a dez anos estão a aliviar tanto na zona euro como nos EUA, à medida que os investidores se viram para este ativo, num dia marcado pelo arranque do encontro de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed), após o qual se espera uma subida de 25 pontos base das taxas de juro no mesmo mês.

 

A yield das bunds alemãs a dez anos– referência para o mercado europeu – está a descer 4,0 pontos base para 0,322%. Desde o dia 31 de janeiro, que os juros da dívida soberana germânica estão predominantemente em terreno positivo, como não era visto desde 2019.

 

Já os juros das obrigações italianas caem 3,2 pontos base para 1,927%, enquanto a yield da dívida francesa alivia 3,0 pontos base para 0,799%.

 

Na Península Ibérica, o sentimento também é de alívio ainda que os juros das dívidas a dez anos continuem acima de 1%. Em Portugal, os juros da dívida com esta maturidade estão a cair 3,5 pontos base para 1,170%, enquanto a yield da dívida espanhola está a descer 3,2 pontos base para 1,311%.

 

Nos EUA, os juros da dívida soberana a dez anos estão a aliviar 4,4 pontos base para 2,089%.

Maré vermelha invade Europa
Maré vermelha invade Europa

Uma maré vermelha invadiu as principais praças europeias que mergulharam mais de 1%, à medida que os investidores se preparam para uma subida das taxas de juro nos EUA, que deve ser anunciada pelo presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell esta quarta-feira depois de uma reunião de dois dias com os membros do banco central.

 

O Stoxx 600, o benchmark financeiro da Europa por excelência, segue a cair 1,69% para 428,96 pontos. Dos 20 setores que compõe o índice, nem um só está no verde, estando a liderar as perdas o setor dos recursos básicos (-3,04%), seguido das viagens (-2,54) e do imobiliário (-2,27%).

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX cai 1,28%, o francês CAC 40 desvaloriza 2,21% e o alemão DAX mergulha 1,78%. Londres cai 1,37%, assim como Amesterdão (-1,84%) e Milão (-1,50%). Por cá, o PSI-20 segue a tendência do bloco, com uma queda de 1,35%, pressionado sobretudo pelo setor da energia, com a Galp à cabeça a afundar mais de 4%.

 

As ações europeias estão sob pressão este ano, com os investidores preocupados com o galopar da inflação e uma intervenção "falcão" por parte dos bancos centrais. A invasão à Ucrânia pela Rússia agravou este cenário, intensificando a venda de títulos e acelerando o preço das matérias-primas para máximos de 13 anos. Os investidores estão agora expectantes sobre o que dirá a Fed depois desta reunião de dois dias.

 

"Os mercados europeus estão claramente à espera de cenários muito negativos", defendeu Esty Dwek, diretor de investimentos do Flowbank, citado pela Bloomberg. "A duração do conflito  [na Ucrânia] e o seu impacto na zona euro ainda permanecem no ar, pelo que as questões sobre crescimento económico e inflação ainda vão persistir por algum tempo", acrescentou o especialista.

 

Bruxelas avança com novo pacote de sanções à Rússia

A União Europeia vai avançar com um quarto pacote de sanções contra a Rússia, alargando impedimentos que ainda não estavam previstos. A lista de oligarcas e de empresas sob sanções também é alargada e a Rússia vai ficar de fora das agências de 'rating' europeias, foi anunciado.

"Estas sanções vão contribuir para aumentar a pressão económica sobre o Kremlin e minar a sua capacidade de financiar a invasão da Ucrânia", afirma a Comissão Europeia num comunicado divulgado nesta terça-feira, 15 de março, saudando a decisão do Conselho. 

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PM da Polónia, República Checa e Eslováquia de visita a Kiev
Os primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslováquia foram esta terça-feira até Kiev, falar com Zelensky. A informação foi avançada por Varsóvia em comunicado.

"O propósito da visiyta é confirmar o apoio inequívoco de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e para apresentar um pacote de apoio ao estado e à sociedade ucranianos", indica a declaração.


A visita conta com o apoio dos líderes da União Europeia: Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão, e Charles Michel, presidente do Conselho.

De acordo com o Polsat News, a delegação partiu para Kiev de comboio, tendo chegado à capital ucraniana pelas 07h00, hora de Lisboa.

Ucrânia fará nova tentativa para entregar mantimentos em Mariupol
Depois de ter falhado na segunda-feira a entrega de alimentos e medicação na cidade de Mariupol, os representantes oficiais ucranianos vão fazer hoje nova tentativa.

No total são 160 viaturas com ajuda e mantimentos, cuja passagem foi assegurada pela Rússia, apesar de uma fonte presidencial, citada pela Reuters, ter indicado que o acordo não foi cumprido por Moscovo.

A abertura do corredor humanitário vai ser esta terça-feira tentada novamente, para deixar passar os apoios e recolher refugiados, nomeadamente mulheres e crianças.

Mariupol tem sido das localidades mais desvastadas desde o início da ofensiva, há mais quase três semanas, estando a população sem aquecimento, eletricidade e água.

A evacuação de civis da cidade tem sido uma das exigências mais pedidas pela Ucrânia nas conversações de paz com as delegações russas.
Biden deve encontrar-se com líderes da NATO em Bruxelas

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, deve deslocar-se a Bruxelas na próxima semana para discutir com os líderes da NATO a invasão russa da Ucrânia, avança a Reuters, nesta terça-feira, 15 de março.

Segundo a agência noticiosa, que cita várias fontes próximas do processo, os detalhes da viagem ainda estão a ser finalizados. Mas o 'ponto forte' será o encontro de Joe Biden com outros líderes da Aliança Atlântica em Bruxelas no dia 23 de março, quarta-feira.

Os encontros ocorrem após a escalada dos ataques à Ucrânia pela Rússia, mas a agenda pode vir a ser alterada, dada a incerteza da guerra na Ucrânia.

Uma fonte da Reuters admitia mesmo que Biden pode vir a viajar até à Polónia. Os receios aumentam na Polónia (país da NATO e da UE), depois do ataque russo a uma base ucraniana a poucos quilómetros da fronteira polaca - e que matou 35 pessoas.

Kiev vai impor recolher obrigatório de 36 horas após novos bombardeamentos

Kiev vai impor um novo recolher obrigatório de 36 horas a partir desta noite, depois de a capital ucraniana ter sido alvo de pelo menos três bombardeamentos esta madrugada, escreve a AFP.

O anúncio foi feito depois de a Rússia ter lançado uma nova ofensiva sobre a cidade, que já foi praticamente cercada pelas tropas de Moscovo na terceira semana desta guerra e que viu fugir cerca de metade da sua população pré-guerra (3,5 milhões). 

A agência noticiosa noticiou que pelo menos três fortes explosões foram ouvidas esta madrugada na cidade. 


"Hoje é um momento difícil e perigoso", afirmou na rede social Telegram o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, citado pela AFP. "Por isso é que peço a todos para se prepararem para ficar em casa por dois dias ou, se as sirenes soarem, nos abrigos", acrescentou.

O recolher obrigatório vai decorrer entre as 20:00 (18:00 GMT, hora de Lisboa) de hoje até às 19:00 locais 
(17:00 GMT) de quinta-feira, em linha com orientações militares.
Negociações entre Kiev e Moscovo retomadas
As negociações entre a Ucrânia e a Rússia foram retomadas esta terça-feira após uma "pausa técnica" na segunda-feira.

"As negociações foram retomadas. Questões gerais de regulação, cessar-fogo, retirada de tropas do território ucraniano", escreveu o negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak no Twitter.
Banca teme ataque informático russo contra SWIFT
Banca teme ataque informático russo contra SWIFT

A banca teme que depois de sete credores russos terem sido expulsos do SWIFT, que o sistema global de pagamentos seja alvo de ataques informáticos perpetrados por piratas russos.

 

O Financial Times contactou várias fontes do setor que manifestaram a sua preocupação já que o SWIFT pode ser um alvo mais atraente de retaliação, do que os próprios bancos individuais. "Há muita preocupação sobre o SWIFT", confessou uma fonte de um regulador financeiro não identificado, citada pelo diário britânico.

 

"Os bancos parecem estar confortáveis com seus próprios níveis de segurança informática, mas um golpe contra o SWIFT seria muito mais prejudicial para todo o sistema bancário", acrescentou  a mesma fonte.

 

Vários executivos responsáveis pelos departamentos e Informação e Tecnologia (IT) de vários bancos  contactados pelo FT esclareceram ainda que já colocaram as suas equipas em alerta para potenciais ataques.  

"Nós preparámo-nos contra ataques contra instituições como a Fed [Reserva Federal norte-americana], mas acreditamos que um ataque ao SWIFT é mais provável de acontecer", acrescentou outra fonte. 

 

O SWIFT desempenha um papel crucial no setor bancário global, contando com a presença de mais de 11 mil instituições financeiras. "Durante a guerra, é o lugar mais eficaz para atacar - é o núcleo do sistema bancário global, o nó que conecta tudo", salientou um executivo sénior do banco, ao diário britânico.


Londres sanciona mais 370 indivíduos e entidades russos e bielorrussos
Londres sanciona mais 370 indivíduos e entidades russos e bielorrussos

O Reino Unido aplicou sanções contra mais 370 entidades e indivíduos russos e bielorrussos, incluindo o co-fundador do grupo Alfa, o multimilionário Mikhail Fridman e o ex-presidente russo, Dmitri Medvedev.

 

A lista conta ainda com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.

Desde que a invasão da Rússia à Ucrânia começou, Londres já sancionou mais de 1000 indivíduos e entidades relacionadas com o Kremlin.  Cerca de 51 alvos desta lista são oligarcas russos e os seus familiares, com uma fortuna combinada, avaliada pelo governo britânico em 100 mil milhões de libras (119,1 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

 

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico esclarece que "vai continuar a pressionar a economia russa nos próximos dias" à medida que os ministros fazem uso pleno dos poderes "necessários para enfrentar a maior crise de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial".

 

 

Wall Street arranca no verde animada pelos números da inflação
Wall Street arranca no verde animada pelos números da inflação

Wall Street arrancou esta terça-feira no verde, depois de três dias de perdas, motivada pelos números da inflação e pelos avanços diplomáticos em torno da guerra na Ucrânia.

 

O índice industrial Dow Jones segue a subir 0,88% para 33.224,93 pontos. Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avança 0,78% para 4.207,17 pontos.  Já o tecnológico Nasdaq Composite registou uma subida de 0,72% para 12.667,35 pontos.

 

Entre os principais movimentos de mercado é de destacar do lado dos ganhos a FedEx que segue a somar mais de 6%, enquanto o lado das perdas é ocupado pelo setor energético, num dia em que o petróleo negociado em Nova Iorque segue abaixo da fasquia dos 100 dólares. A Chevron segue a desvalorizar 4,24%, seguida da Valero Energy que cai 3,04% e da Halliburton que desvaloriza 3,03%.

 

A sessão arrancou horas depois de terem sido divulgados o índice de preços ao produtor nos EUA (PPI). O índice subiu 0,8% em fevereiro, face ao mês anterior, depois de ter acelerado 1,2% em janeiro. O PPI subiu 10% nos 12 meses até fevereiro. Os economistas inquiridos pela Bloomberg esperavam um aumento mensal de 0,9% em termos mensais e de 10% numa ótica a 12 meses.

 

Por outro lado, os investidores estão também a ser motivados pela viagem inesperada dos primeiros-ministros da Polónia, República Checa e Eslovénia a Kiev para anunciar um pacote amplo de medidas de apoio à Ucrânia.

 

Durante o dia de hoje, os investidores vão estar de olho para o início da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana (Fed), após a qual é esperado uma subida das taxas de juro pelo primeira vez desde 2018.

Kremlin riposta e aplica sanções a Biden e Blinken
O anúncio foi feito em comunicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, que salientou, no entanto, que este ataque "não significa que nos estejamos a recusar manter laços oficiais".

As sanções proíbem voos para a Rússia e ainda definem o congelamento de bens dos visados.

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Jornalista russa que fez protesto na televisão arrisca 10 dias de prisão
Marina Ovsyannikova, a jornalista que fez um protesto anti-guerra em direto na televisão russa, entretanto detida, foi presente a um juiz no tribunal de Moscovo.

A jornalista recorreu a um cartaz para protestar em direto num dos programas de maior audiência da televisão russa, contestando a ofensiva militar da Rússia à Ucrânia.

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Juros das dívidas soberanas a aliviar
Juros das dívidas soberanas a aliviar

Os juros das dívidas soberanas estão a aliviar de forma generalizada esta terça-feira, no dia antes do anúncio da Fed, o banco central norte-americano. É expectável que a Fed opte por uma subida dos juros, que deverá ser anunciada esta quarta-feira.


As bunds alemãs, vistas como a referência na zona euro, estão a aliviar 1,5 pontos base para uma taxa de 0,347%. Os juros a dez anos da Alemanha estão em terreno positivo há várias semanas, mais concretamente desde o final de janeiro. 


O alívio mais expressivo na yields é registado em Itália, onde os juros a dez anos estão a recuar 4,9 pontos base para 1,910%. 


Já na Península Ibérica, os juros de Portugal a dez anos aliviam 2,7 pontos base para uma taxa de 1,177%. Em Espanha, os juros com a mesma maturidade aliviam 1,9 pontos base para 1,324%. 

Putin diz que Kiev não está a levar "a sério" esforços para resolver conflito
Putin diz que Kiev não está a levar 'a sério' esforços para resolver conflito
Vladimir Putin, o presidente russo, acusou esta terça-feira a liderança de Kiev de não estar a levar "a sério" os esforços para resolver o conflito entre os dois países. 

Citado pela agência Bloomberg, o líder russo disse ao Conselho Europeu que a Ucrânia "não está a demonstrar uma atitude séria para tentar encontrar soluções mutuamente aceitáveis" para o conflito entre os dois países. 

Estas declarações são citadas a partir de um curto resumo sobre a conversa telefónica entre o Kremlin e o Charles Michel. 
Ouro derrapa quase 1,7% e cai há três sessões
Ouro derrapa quase 1,7% e cai há três sessões

O ouro está a cair há três sessões consecutivas, num dia em que os metais preciosos estão também a negociar com perdas. 

O cenário de conversações entre a Rússia e a Ucrânia estiveram no centro das atenções, mas os investidores estão também já à espera da decisão da Fed, que deverá ser conhecida esta quarta-feira. 

Assim, o ouro está a tombar 1,67% para 1.918,24 dólares, com a onça a negociar no valor mais baixo desde o início de março. 

Esta descida é, ainda assim, menor do que o tombo de 1,89% da sessão anterior. 


Nos restantes metais, a prata está a cair 0,78% para 24,85 dólares por onça, enquanto a platina tomba 3,69% para 996,39 dólares. 

Dólar cai pela primeira vez em quatro dias à espera da Fed

A nota verde segue a desvalorizar pela primeira vez em quatro sessões. Os investidores estão a aguardar o que vai ser decidido amanhã na reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos.

 

O índice do dólar da Bloomberg, que compara o desempenho da divisa face a um cabaz de 10 moedas, segue a ceder 0,2%, depois de ter tocado em máximos de 2020, com os investidores a procurarem refúgio na moeda.

 

Jerome Powell, presidente da Fed, deverá anunciar esta quarta-feira a primeira subida de juros desde 2018. A expectativa do mercado aponta para um aumento de 25 pontos base, apesar de se ter chegado a especular sobre a possibilidade de uma decisão mais agressiva, avançando com uma subida de 50 pontos.

 

Face ao euro, a divisa segue a desvalorizar 0,15% para 1,0956 dólares.

Petróleo regressa ao patamar dos 100 dólares depois de Putin pôr negociações em causa
Petróleo regressa ao patamar dos 100 dólares depois de Putin pôr negociações em causa

Os preços do "ouro negro" seguem a cair mais de 4%, mas já estiveram a ceder mais terreno. Estão agora a recuperar parte das perdas, com o Brent de novo acima dos 100 dólares, depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter lançado dúvidas sobre o sucesso das negociações entre Moscovo e Kiev.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 4,66% para 101,92 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 4,83% para 98,03 dólares por barril.

 

Bolsas europeias caem com riscos de guerra. Fed e covid também estão no radar
Bolsas europeias caem com riscos de guerra. Fed e covid também estão no radar

As bolsas europeias cederam terreno esta terça-feira, devido aos renovados receios em torno da guerra na Ucrânia, numa altura em que os investidores também estão de olhos voltados para a Reserva Federal norte-americana – que amanhã deve anunciar a primeira subida dos juros diretores deste ano – e para o aumento dos casos de covid um pouco por todo o mundo.

 

No radar dos intervenientes de mercado está também a reunião do Banco de Inglaterra, que acontece esta quinta-feira.

 

O Stoxx 600 fechou a ceder 0,3%, naquela que foi a primeira descida em três dias, isto depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter lançado dúvidas sobre o sucesso das negociações entre Moscovo e Kiev.

 

As cotadas do setor mineiro lideraram as perdas, numa altura em que os preços das "commodities" estão a recuar devido ao ressurgimento do coronavírus na China.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recuou 0,085%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,23% e o britânico FTSE 100 cedeu 0,25%. Em contrapartida, o espanhol IBEX 35 somou 0,021%.

Joe Biden vai a Bruxelas para a cimeira da NATO
Joe Biden vai a Bruxelas para a cimeira da NATO
A informação já tinha sido avançada de manhã, pela agência Reuters, e foi entretanto confirmada pela Casa Branca e também por responsáveis europeus. 

O Presidente norte-americano vai rumar à Europa, mais concretamente a Bruxelas, para participar na cimeira da NATO, que decorrerá na próxima semana, mais concretamente a 24 de março.
Jornalista que protestou na televisão russa multada em 238 euros
Marina Ovsyannikova, a jornalista da televisão estatal russa que protestou contra a invasão à Ucrânia num programa em direto, foi multada em 30 mil rublos, o equivalente a cerca de 238 euros. 

A jornalista foi presente a tribunal esta terça-feira e acusada de uma ofensa administrativa por violar as leis russas ligadas a protestos. Em declarações citadas pela BBC, à saída do tribunal, Ovsyannikova indica que fazer o protesto durante a transmissão em direto foi "uma decisão anti-guerra".

"Tomei esta decisão sozinha porque não gosto que a Rússia tenha começado esta invasão. Foi realmente terrível", comentou à imprensa internacional. 

A jornalista deixou ainda acusações sobre as autoridades russas terem, inicialmente, negado ajuda legal no início deste processo. Os próprios advogados também referem que, mesmo em tribunal, ficou durante horas sem acesso a um advogado, embora tenha sido pedido. 

Ovsyannikova protestou em direto na televisão russa, recorrendo a um cartaz anti-guerra.
Macron oferecerá proteção à jornalista russa quando falar com Putin
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que vai propor, na próxima conversa que tiver com Vladimir Putin, a proteção da França à jornalista russa Maria Ovsianikova, que na segunda-feira invadiu o set de um canal de televisão com um poster contra a invasão da Ucrânia.

Falando à imprensa no final de uma visita a um centro de acolhimento para refugiados ucranianos na cidade francesa de Pommeraye (oeste), Macron afirmou que pretende dizer a Putin que a França quer oferecer proteção consular ou asilo a Ovsianikova.

"A França condena veementemente qualquer prisão de um jornalista como qualquer manipulação e vamos iniciar procedimentos para oferecer proteção, seja da embaixada ou asilo a esse jornalista. Na minha próxima conversa com o Presidente (Vladimir) Putin, terei a oportunidade de propor esta solução direta e concretamente, como sempre faço. De qualquer forma, quero que esclareçamos o mais rápido possível a sua situação pessoal e a sua capacidade de continuar o seu trabalho", disse.
Portugal já concedeu mais de 10.000 pedidos de proteção temporária
Portugal já concedeu mais de 10.000 pedidos de proteção temporária
Portugal já concedeu mais de 10.000 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, segundo um balanço hoje atualizado à Lusa por fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo a última atualização, o SEF aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 10.068 pedidos de proteção temporária.

Até ao final do dia de segunda-feira tinham sido registados 8.250 pedidos, que a meio do dia de hoje já tinham ultrapassado os 9.200.

O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

O SEF tem uma plataforma 'online', em três línguas diferentes, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.

A plataforma 'SEFforUkraine.sef.pt' "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer 'online' um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF.

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Kremlin não quis converter jornalista russa em mártir, diz ONG
Kremlin não quis converter jornalista russa em mártir, diz ONG
A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) considerou hoje que a libertação da jornalista Marina Ovsianikova, que na segunda-feira protestou contra a guerra num telejornal russo, significa que o Kremlin não quer convertê-la em mártir.

"Habitualmente a repressão é muito mais dura, mas, sem dúvida que o Kremlin quer banalizar esta ação e não fazer de Marina Ovsianikova uma mártir", disse à agência noticiosa EFE o secretário-geral da Organização Não Governamental (ONG), Christophe Deloire.

A jornalista russa, que protestou em direto na televisão estatal contra a guerra na Ucrânia e foi hoje julgada por "manifestação ilegal" num tribunal moscovita, foi condenada ao pagamento de uma multa e libertada.

Considerada culpada de ter cometido "uma infração administrativa" - por ter irrompido, na segunda-feira, no noticiário mais visto da televisão russa, com um cartaz protestando contra a guerra na Ucrânia e a propaganda da imprensa controlada pelo Kremlin -, Marina Ovsyannikova deverá pagar uma multa de 30.000 rublos (cerca de 250 euros).

"Mas é uma condenação a título administrativo. Não sabemos o que vai acontecer a seguir. Pode haver ainda um processo penal", acrescentou o dirigente da RSF.

As imagens da sua intervenção em direto no jornal da noite do Pervy Kanal correram mundo, e muitos internautas saudaram o seu ato de uma "coragem extraordinária" num contexto de repressão impiedosa contra qualquer voz crítica na Rússia.

Na opinião de Christophe Deloire, esta primeira decisão positiva pode ler-se também no contexto interno: "Começa a haver mau estar em meios de comunicação social oficial russos, jornalistas que acreditam que desta vez se foi demasiado longe. Talvez [esta decisão] seja uma forma de não crispar mais ainda as redações, e os colaboradores dos meios do próprio regime russo".

Para Deloire, a libertação rápida decretada hoje também procura enviar uma mensagem à comunidade internacional "dizendo, vejam, temos uma verdadeira justiça, não reprimimos, portanto o que vocês dizem é falso".

Também hoje, a cadeia norte-americana Fox News anunciou a morte, na região de Kiev, do seu operador de câmara Pierre Zakrzewski, de 52 anos, durante a cobertura da guerra onde foi ferido o seu companheiro, Benjamin Hall.

Contando com Zakrzewski, já foram confirmados pelo menos quatro jornalistas mortos no conflito ucraniano, segundo a comissária dos Direitos Humanos do Parlamento da Ucrânia, Liudmyla Denisova, que responsabilizou as tropas russas.

A RSF abriu no sábado um novo centro em Leópolis, no oeste da Ucrânia, destinado a apoiar jornalistas em perigo, para que os meios de comunicação ucranianos independentes possam continuar a trabalhar, contornando a censura.

Deloire recordou o apelo a todos os países beligerantes em geral, "e, evidentemente a Rússia, potência agressora", para respeitarem a resolução 2222 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas sobre a proteção de jornalistas a trabalhar em cenários de conflito armado.

Lusa
EUA anunciam mais 186 milhões de dólares em assistência humanitária
EUA anunciam mais 186 milhões de dólares em assistência humanitária
O Governo norte-americano anunciou hoje a alocação de mais 186 milhões de dólares (169,8 milhões de euros) para a assistência humanitária direcionada a refugiados e deslocados pela guerra da Rússia na Ucrânia.

Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano indicou que essa ajuda financeira fornecerá mais apoio às organizações humanitárias que respondem à crise e complementará "a generosidade dos países vizinhos que acolhem e apoiam os refugiados".

"Apelamos ao fim imediato da guerra contínua da Rússia contra a Ucrânia e para que a Rússia facilite o acesso humanitário desimpedido e a passagem segura para aqueles que procuram deixar as cidades onde estão presos", declarou o secretário de Estado, Antony J. Blinken.

Ainda de acordo com o comunicado, os Estados Unidos são o maior país doador de assistência humanitária à Ucrânia, tendo em conta os "quase 293 milhões de dólares (267,5 milhões de euros)" cedidos à Ucrânia e à região envolvente desde o final de fevereiro.

"O nosso financiamento até ao momento chega a quase 644 milhões de dólares (588 milhões de euros) para comunidades vulneráveis na região desde que a Rússia invadiu a Ucrânia pela primeira vez, há oito anos", diz o comunicado.
Fitch corta notação de 31 bancos russos e alerta para incumprimentos
Fitch corta notação de 31 bancos russos e alerta para incumprimentos
A agência de notação financeira Fitch reviu reviu em baixa as classificações de 31 bancos russos, relativas ao risco de incumprimento da sua dívida externa de longo prazo, de 'B' para 'CC'.

Estas notações significam, respetivamente, "altamente especulativo" (B) e "probabilidade de algum tipo de incumprimento" (CC).

Uma vez que o risco associado à dívida de curto prazo é maior, a Fitch baixou mesmo a sua nota de 'B' para 'C', que designa situações de início de um processo de incumprimento.

Em comunicado, a Fitch menciona como base da sua decisão um decreto presidencial russo, de 5 de março, que colocou "obstáculos insuperáveis" à capacidade de os bancos realizarem os pagamentos programados da sua dívida a alguns credores internacionais na moeda original.
Explosões e sirenes de raides aéreos em Kiev
Explosões e sirenes de raides aéreos em Kiev

No entrar da 21.ª madrugada da ofensiva russa na Ucrânia, ouvem-se esta noite explosões nos arredores de Kiev, com as sirenes de alerta de raides aéreos a ecoarem pela capital do país, revela uma equipa da CNN no terreno.

 

As explosões começaram ao cair da noite, depois da imposição do presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, de um recolher obrigatório alargado – que será de 35 horas, desde as 20.00 de terça-feira (menos duas horas em Lisboa) até às 7:00 de quinta-feira.

Líderes da Polónia, República Checa e Eslovénia reuniram-se com Zelensky em Kiev

Os líderes da Polónia, República Checa e Eslovénia viajaram de comboio até Kiev, esta terça-feira, para se encontrarem com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e manifestarem o seu apoio em representação do Conselho Europeu.

 

Numa conferência de imprensa após a reunião, Zelensky agradeceu aos primeiros-ministros polaco, Mateusz Morawiecki, esloveno, Janez Janša, e checo, Petr Fiala, pelo seu "maravilhoso apoio" à Ucrânia "quando tantos outros embaixadores deixaram o país devido à invasão em toda a escala da Rússia".

 

Nesta mesma conferência, Fiala disse aos ucranianos: "A Europa está do vosso lado". "O principal objetivo da nossa visita e a principal mensagem da nossa missão é dizermos aos nossos amigos ucranianos que eles não estão sozinhos", acrescentou, citado pelo The Guardian.

 

Já o vice-primeiro-ministro da Polónia, Jaroslaw Kaczynski, que também acompanhou esta delegação, salientou que há que enviar para a Ucrânia uma missão internacional de manutenção da paz. "Acho que é necessário ter uma missão de paz – NATO, talvez uma estrutura internacional mais alargada – que seja capaz de se defender e que opere no território ucraniano", afirmou.

 

Segundo um anúncio oficial do governo polaco, citado pelo Euroactiv, esta viagem foi organizada em concordância com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

 

"O propósito do encontro foi confirmar o inequívoco apoio de toda a União Europeia à soberania e independência da Ucrânia e apresentar um vasto pacote de assistência ao Estado e sociedade da Ucrânia", refere o comunicado.

 

Zelensky disse que a Ucrânia "confia verdadeiramente" nos seus parceiros e acrescentou que "com amigos assim, a Ucrânia pode vencer".

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