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Biden vai reforçar limites às exportações de chips para IA

A poucos dias do final do mandato, a administração cessante quer criar um sistema de controlo da venda de semicondutores para inteligência artificial que funciona por diferentes níveis de acesso à tecnologia. Nvidia e AMD podem ser afetadas.

08 de Janeiro de 2025 às 22:17
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A administração Biden, nos últimos dias de mandato, planeia implementar restrições adicionais sobre as exportações de chips para inteligência artificial (IA) de empresas como a Nvidia ou a Advanced Micro Devices (AMD), procurando travar ainda mais a chegada deste tipo de tecnologia a países como a China e a Rússia, avança a Bloomberg.

De acordo com fontes próximas do assunto, os EUA querem limitar as vendas de chips para IA utilizados em centros de dados e concentrá-las numa base de países e empresas, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento da IA em países aliados e fazer com que as empresas globais se alinhem com os padrões norte-americanos.

O resultado será a expansão dos limites aos semicondutores a grande parte do mundo, numa tentativa de controlar a disseminação da tecnologia de IA num momento de forte procura. As novas regras, que poderão ser anunciadas já na próxima sexta-feira, criarão três níveis de restrições aos chips, de acordo com as fontes.

Num primeiro nível, um número reduzido de países manterá o acesso praticamente ilimitado aos chips dos EUA. Já os países considerados adversários dos EUA serão impedidos de importar os semicondutores. Quando aos restantes, terão limites à capacidade de computação que poderão importar.

Se os países deste último grupo cumprirem uma série de requisitos de segurança e direitos humanos dos EUA, poderão aumentar os limites nacionais. Está a ser planeado um certificado, com a designação de VEU na sigla em inglês (Validated End User), para criar um conjunto de entidades fiáveis para o desenvolvimento e utilização da IA a nível mundial.

Estas medidas somam-se a uma série de outras regras, implementadas ao longo dos últimos anos, que impedem que empresas de topo do setor, como a Nvidia e a AMD, vendam a sua tecnologia avançada a países como a China e a Rússia.

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