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Wall Street fecha entre perdas e ganhos ligeiros antes de dados do emprego
Os principais índices dos EUA negociaram com alguma volatilidade ao longo da sessão, antes da pausa dos mercados para a homenagem a Jimmy Carter. O foco dos investidores esteve já no relatório do emprego, divulgado na sexta-feira.
As ações de Wall Street fecharam entre ganhos e perdas ligeiros esta quarta-feira, numa sessão em que os investidores evitaram fazer grandes apostas antes do importante relatório do emprego dos EUA, que será divulgado na sexta-feira.
Os principais índices negociaram com alguma volatilidade ao longo da sessão, com o S&P 500 a ultrapassar a marca dos 5.900 pontos, subindo 0,09% para 5.914.64 pontos, enquanto o industrial Dow Jones ganhou 0,25% para 42.635,20 pontos e o tecnológico Nasdaq desceu 0,06% para 19.478,88 pontos.
As ações também foram pressionadas pelas yields das obrigações do Tesouro norte-americanas, que ultrapassaram a fasquia dos 4,7%, algo que não acontecia desde a primavera passada.
O elevado nível de rendibilidade fixa dos "Treasuries", impulsionado pela agenda inflacionista da futura administração Trump, faz com que as ações se tornem menos atrativas para os investidores, além de elevar os custos dos empréstimos.
O foco dos traders está agora nos dados do emprego, uma vez que os mercados de ações dos EUA estarão em pausa na quinta-feira, em observação ao luto nacional decretado pela morte do antigo presidente norte-americano Jimmy Carter.
As previsões apontam que os empregadores dos EUA terão moderado as contratações no mês passado para terminar um ano de crescimento modesto, mas ainda saudável, que os economistas esperam que continue em 2025.
Os dados serão seguidos de perto pelos responsáveis da Reserva Federal (Fed) para definir o rumo das taxas diretoras. As atas da mais recente reunião, publicadas esta quarta-feira, não trouxeram grandes novidades, reiterando que o banco central vai avançar mais lentamente com os cortes das taxas de juro, perante os riscos de a inflação continuar elevada.
Ainda assim, o governador da Fed Christopher Waller acredita que a inflação vai continuar a abrandar em direção ao alvo do banco central de 2%.
"Embora a continuação da solidez do mercado de trabalho deva manter as expectativas em torno de um ou dois cortes em 2025 por agora, continuamos a acreditar que a inflação vai continuar com uma tendência de descida lenta, enquanto o emprego se mantém equilibrado, permitindo que a Fed corte três vezes em 2025", refere Chris Senyek, da Wolfe Research, citado pela Bloomberg.