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Ao minuto01.02.2024

Banca penaliza Europa. Euro e petróleo ganham terreno

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.

Investidores portugueses depararam-se com uma redução nos produtos que podiam negociar. Corretoras justificam com regulação europeia.
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01.02.2024

Banca penaliza Europa. BNP Paribas cede mais de 9%

As bolsas europeias terminaram a sessão maioritariamente no vermelho, penalizadas por resultados abaixo do esperado na banca e pela perspetiva de que os bancos centrais não vão descer os juros tão cedo quanto o esperado.

O Stoxx 600, referência para a região, deslizou 0,37% para 483,86 pontos, com o setor da banca a comandar as perdas (-1,97%). A cair mais de 1% encerraram também os setores do imobiliário, do retalho, dos recursos minerais e dos serviços financeiros.

Entre as principais movimentações, o BNP Paribas cedeu 9,21% para 56,79 euros, estando no valor mais baixo desde finais de novembro do ano passado. A queda do banco acontece após ter adiado algumas metas para 2026, em vez de 2025, justificando em parte a decisão com o facto de o BCE ter deixado de pagar juros pelas reservas mínimas dos bancos da Zona Euro.

Também o ING Groep perdeu 6,44% para 12,34 euros, após ter alertado que os resultados líquidos podem diminuir em 2024. Steven van Rijswijk, CEO do banco, disse que os investidores "provavelmente esperavam mais", mas que é necessário "ser realista", adiantando esperar que os cortes dos juros do BCE tenham impactos nas operações dos bancos.

Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 perdeu 0,26%, o francês CAC-40 cedeu 0,89%, o espanhol Ibex 35 recuou 0,63%, o italiano FTSE MIB deslizou 0,18%, o britânico FTSE 100 desceu 0,11%. Já o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,47%.


01.02.2024

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores em obrigações. Isto depois de os investidores terem sido confrontados com o facto de os bancos centrais não estarem com pressa em cortar os juros. 

A posição foi transmitida ontem por Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, e está em linha com o que tem vindo a ser transmitido pelo Banco Central Europeu (BCE), que na semana passada também deixou os juros inalterados.

A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos terminou a sessão inalterada nos 2,948% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo desceram 2 pontos base para 2,144%.

A rendibilidade da dívida soberana espanhola aliviou 0,4 pontos base para 3,078% e a da dívida italiana e francesa recuou 0,5 pontos para 3,715% e 2,654%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, a "yield" da dívida britânica diminuiu 4,8 pontos base para 3,741% no dia em que o Banco de Inglaterra manteve os juros inalterados no nível de 5,25%. 

A autoridade monetária considera que ainda persistem pressões, especialmente ligadas aos salários, que tornam aconselhável não proceder a uma redução das taxas.

01.02.2024

Euro valoriza face ao dólar

O euro está a valorizar face ao dólar, num dia em que os investidores digerem as declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, e novos dados do emprego.

A moeda única europeia valoriza 0,1% para 1,0829 dólares. Isto num dia em que os investidores estão a reagir às palavras de Powell, que afirmou que não é provável um corte dos juros em março.

O mercado vê agora uma maior probabilidade de a primeira descida dos juros ocorrer em maio.

A nota verde cede ainda 0,44% face ao iene japonês e soma 0,02% perante o franco suíço.

Já a libra cede 0,05% face ao dólar, no dia em que o Banco de Inglaterra manteve os juros inalterados.



01.02.2024

Ouro ganha à boleia de dados do trabalho

Apesar da fraca procura por ouro no último ano, um dólar mais fraco poderá alterar esta situação.

O ouro valoriza, com os investidores a digerirem dados do trabalho nos EUA e enquanto aguardam mais  novidades sobre o mercado laboral que podem dar luzes sobre o rumo da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

O metal amarelo avança 0,51% para 2.049,90 dólares por onça.

Os pedidos - novos e recorrentes - de subsídio de desemprego aumentaram para máximos de dois meses, sugerindo algum abrandamento no mercado laboral americano. O indicador da atividade industrial subiu também para máximos de 15 meses no início do ano, impulsionado pelo maior aumento de encomendas desde maio de 2022 - o que sugere que a produção industrial começa a estabilizar.

O presidente da Fed, Jerome Powell, disse na quarta-feira que um corte dos juros em março é improvável, o que levou a mudanças nas apostas dos "traders" sobre o "timing" do alívio da política monetária - agora, as apostas de um corte no mês que vem são de apenas 40%, um grande tombo em relação aos 80% do início do ano.

01.02.2024

Petróleo valoriza com manutenção de cortes extra da OPEP+

A produção pela OPEP+ é um fator chave para os preços.

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) decidiram hoje deixar inalterado o atual acordo de redução da oferta, deixando para março a decisão de estender ou não os atuais cortes voluntários da produção por parte de alguns países e que se mantêm assim em vigor neste primeiro trimestre do ano, avançou a Reuters citando duas fontes do cartel.

 

Os preços do "ouro negro" seguem agora em alta nos principais mercados internacionais, animados por este anúncio.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,87% para 76,51 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,72% para 81,13 dólares.

 

O atual acordo da OPEP+ prevê um corte conjunto da oferta – e que vigora também durante o ano de 2024 – na ordem dos 3,66 milhões de barris/dia. No entanto, em novembro passado, o cartel e seus aliados anunciaram um esforço extra de retirada de barris do mercado, para que a menor oferta sustentasse os preços do "ouro negro" – e que assumiu a forma de cortes voluntários da produção num volume em torno de 2,2 milhões de barris por dia, para vigorarem entre janeiro e março de 2024, com a Arábia Saudita a liderar este esforço.


(Leia mais aqui)

01.02.2024

Wall Street regressa ao verde com tecnológicas a darem força

As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, recuperando das perdas registadas ontem após as declarações de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos. 

O S&P 500, índice de referência, soma 0,48% para 4.868,98 pontos, o industrial Dow Jones sobe 0,18% para 38.218,13 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,72% para 15.273,67 pontos.

O número um da Fed sinalizou ontem que "não é provável" um corte dos juros em março, colocando um travão às expectativas do mercado quanto a um corte dos juros no primeiro trimestre.

Depois da queda de ontem, os investidores mostraram novamente maior apetite pelo risco esta quinta-feira, com as tecnológicas a impulsionarem os índices antes da divulgação de contas de três grandes nomes do setor: a Meta, a Apple e a Amazon.

A Meta sobe 1,91%, a Apple 0,32% e a Amazon 1,63%.

Isto num dia em que  o mercado digere novos dados do emprego. O número de novos pedidos de subsídio de desemprego subiu em 9 mil para 224 mil, superando as estimativas dos economistas ouvidos pela Bloomberg.

"O foco irá estar agora nos dados da criação de emprego. Ainda assim, os investidores não estão a excluir um corte dos juros mais cedo do que o esperado. Essas expectativas podem aumentar se os próximos dados mostraram uma tendência de queda", afirmou Fawad Razaqzada, analista do City Index, à Bloomberg.

01.02.2024

Taxas Euribor caem a seis e 12 meses para mínimos desde junho e março de 2023

A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais longos para mínimos desde respetivamente junho e março do ano passado.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,884%, ficou acima da taxa a seis meses (3,832%) e da taxa a 12 meses (3,505%).

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou hoje para 3,505%, um mínimo desde março de 2023 e menos 0,067 pontos que na quarta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu hoje, para 3,832%, um mínimo desde junho de 2023 e menos 0,003 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,884%, menos 0,021 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

A média da Euribor em janeiro voltou a cair nos três prazos, mas menos acentuadamente do que em dezembro.

A média da Euribor em janeiro desceu 0,010 pontos para 3,925% a três meses (contra 3,935% em janeiro), 0,035 pontos para 3,892% a seis meses (contra 3,927%) e 0,070 pontos para 3,609% a 12 meses (contra 3,679%).

Em dezembro, a média da Euribor baixou 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva, depois de dez aumentos desde 21 de julho de 2022.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

*Lusa

01.02.2024

Resultados penalizam bolsas europeias. BNP Paribas cai mais de 8%

Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida, depois de o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter procurado mudar o "timing" do mercado relativamente ao primeiro corte das taxas de juro.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, avança 0,02% para 485,75 pontos. A pressionar o "benchmark" estão os setores do imobiliário, da banca e do retalho, que perdem mais de 1%.

Entre os principais movimentos de mercado está o BNP Paribas - o maior banco europeu por ativos - que cai 8,47%, depois de ter revelado uma queda nas receitas do quarto trimestre e ter revisto em baixa as perspetivas para 2024.

Também a Adidas desce 7,4%, após ter revelado que os lucros deste ano seriam atingidos por uma desvalorização cambial. Por sua vez, a Roche perde 4%, depois de a empresa ter revelado previsões de vendas e resultados que ficam abaixo do esperado.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recua 0,2%, o francês CAC-40 perde 0,66%, o italiano FTSEMIB cede 0,08%, o britânico FTSE 100 soma 0,29% e o espanhol IBEX 35 avança 0,17%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,25%.

01.02.2024

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, com os investidores atentos aos números da inflação de janeiro na Zona Euro, e à decisão de política monetária do Banco de Inglaterra.

Os juros da dívida portuguesa a dez anos somam 3,8 pontos base para 2,986% e os da dívida espanhola avançam 3,4 pontos para 3,116%.

Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 2,5 pontos base para 2,189%.

Os juros da dívida italiana acrescem 3,6 pontos base para 3,756% e os da dívida francesa registam um acréscimo de 3 pontos para 2,690%.

Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 2,6 pontos base para 3,815%.

01.02.2024

Dólar capitaliza em comentários de Powell

O euro acumula um ganho de 2,57% face ao dólar desde o início do ano, apesar da retoma da divisa dos EUA nas últimas semanas.

O dólar está a negociar em alta e a capitalizar nos comentários do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que afastou a ideia de que os cortes dos juros diretores se possam iniciar já em março.

A divisa norte-americana soma 0,3% para 0,9272 euros, perto de máximos de sete semanas, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - ganha 0,49% para 103,779 pontos.

"O silêncio da Fed relativamente ao 'timing' do primeiro corte de juros mantêm os mercados em suspense e o dólar beneficia desta espera", disse à Reuters James Kniveton, analista da Convera.

A libra, por sua vez, está praticamente inalterada, antes de ser conhecida a decisão de política monetária do Banco de Inglaterra esta quinta-feira.

01.02.2024

Expectativa de cortes de juros significativos pela Fed em 2024 dá ganhos ao ouro

Apesar da fraca procura por ouro no último ano, um dólar mais fraco poderá alterar esta situação.

O ouro está a registar ganhos pela quarta sessão consecutiva com os investidores a agarrarem-se à ideia de que a Fed vai cortar as taxas de juro num valor significativo este ano, mesmo depois de o presidente do banco central, Jerome Powell, ter afastado essa hipótese já na reunião de março.

O metal amarelo avança 0,14% para 2.0042,28 dólares por onça.

Os investidores podem estar também a optar por este ativo-refúgio, depois de o NYCB - que no ano passado comprou grande parte do falido Signature Bank - ter anunciado um corte do seu dividendo, para ter mais capital, e ter revelado prejuízos inesperados, gerando uma onda de incerteza no setor e levando a que fosse castigado em bolsa.

01.02.2024

Petróleo inverte tendência e valoriza

Os preços do crude têm estado a cair nas últimas quatro semanas, à conta do aumento de stocks - conjugado com uma menor procura.

O petróleo está a desvalorizar, com os investidores a avaliarem as palavras de Jerome Powell que deixou claro que não há pressa para começar a descer as taxas de juro e que "não é provável" um corte em março, algo que estava a ser antecipado pelo mercado. Ao mesmo tempo, aguardam uma prometida retaliação por parte dos Estados Unidos ao ataque dos rebeldes houthis à base norte-americana na Jordânia.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,42% para 75,53 dólares por barril. Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, cede 0,37% para 80,25 dólares por barril.

A possibilidade de uma redução dos juros diretores pela Fed esteve a fomentar os ganhos do petróleo esta manhã, uma vez que um cenário de política monetária menos restritivo impulsiona a economia e gera maior consumo.

Ainda a centrar atenções poderão estar novas medidas de estímulo para o setor imobiliário, anunciadas pelo governo chinês.

01.02.2024

Palavras de Powell devem empurrar Europa para o vermelho. Ásia mista

Os principais índices europeus estão a apontar para perdas nos primeiros minutos de negociação desta quinta-feira.

Os investidores estão centrados nas palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, que deixou claro que não há pressa para começar a descer as taxas de juro e que "não é provável" um corte em março, algo que estava a ser antecipado pelo mercado. A Fed optou na quarta-feira por manter os juros diretores inalterados.

Os investidores deverão também avaliar os resultados das empresas europeias.

Os futuros do Euro Stoxx 50 descem 0,3%.

Na Ásia, a sessão foi mista e também penalizada pelas palavras de Powell, com as praças japonesas a acompanharem os índices norte-americanos em baixa.

Na China a sessão foi positiva, sustentada por declarações do vice-ministro das Finanças que afirmou que o governo vai focar-se em desenvolver políticas mais favoráveis na tecnologia e nos "chips", numa altura em que os investidores têm aguardado mais detalhes nos planos de Pequim para relançar a economia e os mercados.

Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,33% e o Shanghai Composite perde 0,64%. No Japão, o Topix cai 0,67% e o Nikkei desvaloriza 0,76%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganha 1,82%.

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