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Más notícias da China pintam Velho Continente de vermelho
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Más notícias da China pintam Velho Continente de vermelho
Os principais índices europeus encerraram a sessão no vermelho, num dia de menor volume de negociação devido a um feriado em vários países do Velho Continente.
A influenciar a negociação esteve uma decisão por parte de Pequim de cortar as taxas de juro de referência para empréstimos de médio-prazo, com o objetivo de estimular a economia, mas que não foi bem recebida pelo mercado.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, perdeu 0,93% para 455,57 pontos, com todos os setores, exceto o retalho, a registarem perdas. O setor mineiro, a banca e as "utilities" (água, luz, gás) foram os que mais desceram.
Ainda a centrar atenções esteve a divulgação das vendas a retalho nos Estados Unidos que subiram 0,7% em julho, face a expectativas de um aumento de 0,4%, o que demonstra que a economia dos EUA permanece robusta e que a Reserva Federal poderá manter os juros diretores inalterados durante mais tempo que o esperado.
Entre os principais movimentos de mercado, a Marks & Spencer foi a que mais subiu na Europa, ao escalar 8%, depois de ter revisto em alta as estimativas de lucros para 2023, justificando o novo "outlook" com o aumento de vendas no segmento de roupa, produtos alimentares e items para a casa.
Também a dinamarquesa Pandora subiu 2,65%%, após ter revisto em altas as perspetivas de receitas orgânicas para o resto do ano.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,86%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,1%, o britânico FTSE 100 perdeu 1,57% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,87%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,9%.
O índice milanês FTSEMIB não negociou devido ao feriado.
Juros da Zona Euro agravam-se com a China a penalizar sentimento
Os juros das dívidas soberanas da área do euro terminaram a sessão a agravar-se, num dia em que as bolsas europeias também se pintaram de vermelho.
O sentimento foi penalizado por dados económicos provenientes da China que mostram um abrandamento da economia e estatísticas das vendas a retalho nos EUA que poderão levar a Fed a manter as taxas de juro elevadas durante mais tempo que o antecipado.
Os juros da dívida pública portuguesa e espanhola com maturidade a dez anos agravaram-se 5,5 pontos base para 3,361% e 3,699%, respetivamente, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, subiu 3,7 pontos base para 2,670%.
Os juros da dívida italiana cresceram 7,4 pontos base para 4,347% e os juros da dívida francesa subiram 4,1 pontos base para 3,209%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se 2,2 pontos base para 4,582%.
China pressiona preços do petróleo. WTI e Brent caem mais de 1,5%
O petróleo está a desvalorizar, penalizado por dados económicos da China abaixo do esperado e que levou inclusive Pequim a cortar as taxas de juro de referência para empréstimos de médio-prazo, por forma a estimular a economia. Apesar da intenção a medida não está a ser vista como suficiente para a recuperação económica do país, o maior importador de crude do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, desce 1,93% para 80,92 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 1,68% para 84,76 dólares.
Os cortes unilaterais da Arábia Saudita, líder "de facto" da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e da Rússia, também líder da OPEP e aliados, tem levado a ganhos no preço desta matéria-prima nas últimas sete semanas.
No entanto, o sentimento económico negativo proveniente da China tem impedido uma maior valorização. I Segundo o analista John Evans da PVM, citado pela Reuters, quando o crude se aproxima dos 90 dólares as estatísticas da economia chinesa arrefecem o mercado.
Ouro inverte tendência à boleia de descida do dólar
O ouro está a valorizar ligeiramente, invertendo as perdas registadas esta manhã que levaram o metal a mínimos de finais de junho, abaixo do patamar dos 1.900 dólares por onça.
A sustentar poderá estar uma queda do dólar face às principais divisas rivais, uma vez que o ouro se encontra cotado na moeda norte-americana e a sua descida torna o metal mais barato para compradores com moeda estrangeira.
O ouro sobe 0,04% para 1.907,79 dólares por onça. Já o par euro-dólar sobe 0,25% para 1,0933 euros. Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a dez divisas rivais - recua 0,17% para 103,013 pontos, descendo de máximos de dois meses.
Praças nova iorquinas retornam às perdas com vendas a retalho acima do esperado
Após uma sessão em que as bolsas nova iorquinas encerraram no verde, Wall Street está hoje a negociar em terreno negativo, pressionado por um aumento superior ao esperado das vendas a retalho nos Estados Unidos em julho, que fomentam expectativas de que a Fed vá manter as taxas de juro de referência elevadas durante mais tempo.
O Departamento do Comércio norte-americano revelou que as vendas a retalho subiram 0,7% no mês passado, face a expectativas de um aumento de 0,4%, o que demonstra que a economia dos EUA permanece robusta.
O índice industrial Dow Jones desce 0,44% para 35.151,93 pontos, ao passo que o S&P 500 perde 0,4% para 4.471,56 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,2% para 13.760,38 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Nvidia vai subindo 2,53%, depois de ontem ter escalado mais de 7%, animada pelo otimismo do Morgan Stanley em relação à empresa de "chips".
Já a Tesla recua 0,29%, depois de a empresa ter revelado que ia baixar os preços do Modelo S e X nos Estados Unidos em versões com menor autonomia.
Finalmente, as cotadas chinesas em Wall Street, que incluem a JD.com, Alibaba e Bilibili descem entre 1% a 2%, depois de um conjunto de dados económicos na China abaixo do perspetivado terem levado Pequim a cortar as taxas de juro de referência para empréstimos de médio-prazo.
Euribor sobe a 12 meses e desce a seis e três
A taxa Euribor subiu hoje a 12 meses e desceu a seis e três meses em relação a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,091%, mais 0,015 pontos do que segunda-feira, depois de ter subido até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
No sentido contrário, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, baixou hoje para 3,943%, menos 0,014 pontos do que no dia anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A Euribor a três meses perdeu 0,012 pontos, em comparação com segunda-feira, para 3.787%.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base -- tal como em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa no vermelho ensombrada pela China
Os principais índices europeus negoceiam todos em baixa, com a decisão inesperada do banco central chinês de cortar as taxas de juro a revelar-se insuficiente para sossegar os mercados em relação ao futuro da economia chinesa. Os resultados menos positivos de grandes empresas britânicas estão também a pesar nas bolsas.
O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, desce 0,77% para 456,33 pontos, com os setores do imobiliário, viagens, seguros e matérias-primas a pesarem mais.
"Apesar de os decisores políticos estarem - corretamente - a tentar prevenir uma derrocada na China, achamos que os problemas do setor imobiliário são um reflexo de uma recessão estrutural que pode definir a economia chinesa nos próximos anos. De qualquer modo, o enfraquecimento do imobiliário e dos setores de consumo na China vai ter repercussões nas empresas europeias e britânicas", disse à Bloomberg Susana Cruz, da Liberum Capital.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 desliza 1,19%, o alemão Dax perde 0,71%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,75%, o espanhol IBEX 35 recua 0,81% e em Amesterdão o AEX registou um decréscimo de 0,72%. A bolsa italiana encontra-se fechada devido ao feriado.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se, numa altura em que a maioria das bolsas se pinta de vermelho.
Os juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 7,2 pontos base para 3,377%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, avançam 5,5 pontos base para 2,688%.
Os juros da dívida italiana aumentam 8,5 pontos base para 4,358%, os juros da dívida espanhola agravam-se 6,7 pontos base para 3,712% e os juros da dívida francesa sobem 5,9 pontos base para 3,227%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravam-se em 5,3 pontos base para 4,613%.
Economia chinesa empurra petróleo
O petróleo está a desvalorizar, com o mercado nervoso em relação à economia chinesa.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, desce 0,46% para 82,13 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,31% para 85,94 dólares.
Há cada vez menos esperança de que a economia chinesa vá voltar aos níveis pré-pandemia, e com ela a procura por petróleo.
Além disso, foi retomada a exportação de crude de Forcados, na Nigéria, cerca de um mês após a sua suspensão, devido a riscos de fuga no terminal - este cenário fez com que a Nigéria se tornasse o segundo maior responsável pela queda na produção de crude da OPEP em julho, uma situação agora amenizada.
Ouro em mínimos desde março. Euro com ligeira vantagem contra o dólar
O ouro atingiu o seu valor mínimo desde março, com os investidores a reduzirem a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana vá fazer cortes nas taxas de juro no próximo ano, o que veio dar força ao dólar.
Rendimentos mais elevados das obrigações e um dólar mais forte, ambos tipicamente negativos para o ouro, que não remunera juros, fizeram o ouro aproximar-se novamente no limiar dos 1.900 dólares por onça, um limite que foi brevemente ultrapassado no final de junho.
O metal amarelo segue a perder 0,16% para 1.903,97 dólares por onça.
O dólar tem beneficiado de uma desvalorização do renmimbi, com vários indicadores menos positivos a pesar na economia chinesa. Ainda assim, esta manhã é o euro que valoriza, aina que ligeiramente, contra a moeda norte-americana, 0,15% para 1,0922 dólares.
Com grande parte da Europa a celebrar um feriado esta terça-feira, os investidores mantêm cautela, já que as condições de negociação podem não permitir um movimento muito decisivo para o par Euro/Dólar.