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Ao minuto12.12.2024

Europa sem rumo após BCE cortar juros e previsões

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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12.12.2024

Europa sem rumo após BCE cortar juros e previsões

Os principais índices europeus negociaram sem rumo, mesmo depois de o Banco Central Europeu ter anunciado uma nova redução das taxas diretoras em 25 pontos base, mas ter sinalizado que espera menor crescimento económico na Zona Euro.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, recuou 0,14% para 519,2 pontos, pressionado pelo setor do retalho e mineiro.

As retalhistas continuaram a ser pressionadas pela espanhola Inditex que, por sua vez, também levou o madrileno IBEX ao vermelho. A dona da Zara tinha ontem afundado mais de 6%, tendo chegado a tombar 7%, depois de ter registado lucros trimestrais abaixo do esperado, e deu continuidade às perdas ao desvalorizar quase 3% na sessão de hoje.

Entre os restantes movimentos de mercado, a Brunello Cucinelli somou mais de 8% para máximos de nove meses, depois de ter revisto em alta as perspetivas em termos de receitas.

Já a britânica SThree mergulhou quase 27%, depois de a empresa ter avisado o mercado que poderia não conseguir alcançar os seus objetivos anuais de lucro, citando difíceis condições de contratação, num contexto de crescente incerteza política e macroeconómica. Já a suíça Lonza cresceu quase 5%, depois de ter confirmado as suas projeções de lucro para 2024.

As bolsas europeias têm recuperado em dezembro, à boleia de um otimismo em relação às medidas de estímulo da economia chinesa, um mercado ao qual os títulos europeus estão particularmente expostos. Em 2024, o Stoxx 600 avança mais de 8% - um valor que fica, no entanto, muito abaixo dos quase 29% do seu congénere norte-americano, o S&P 500.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 cedeu 0,03% e em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,19%.

Pela positiva, o alemão Dax somou 0,13%, o italiano FTSEMIB subiu 0,36% e o britânico FTSE 100 avançou 0,12%.

12.12.2024

Lagarde menos "dovish" leva juros a agravarem-se na Zona Euro. "Yield" da dívida italiana dispara

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se de forma significativa esta quinta-feira, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter cortado juros em 25 pontos base.

No entanto, o facto de os comentários da presidente Christine Lagarde terem sido menos "dovish" do que o esperado. O mercado foi apanhado de surpresa com os comentários de Lagarde relativamente aos riscos inflacionistas ainda permanecem, particularmente devido às tensões geopolíticas, aumento dos salários e margens de lucro mais resilientes do que o esperado.

"Lagarde não está assim tão 'dovish' dada a atualização das projeções económicas e as perspetivas menos positivas para a Zona Euro no rescaldo das eleições norte-americanas", disse à Bloomberg Valentin Marinov, analista do Credit Agricole.

"As mensagens contraditórias durante a conferência de imprensa sobre a trajetória das taxas devido à inflação levaram o mercado a reavaliar o BCE", acrescentou um outro analista, Robert Dishner da Neuberger Berman, também à Bloomberg.


As "yields" da dívida italiana, a dez anos - das mais sensíveis a alterações na política monetária - foram as que mais se agravaram, ao crescerem 15,9 pontos base para 3,348% - a maior subida diária desde abril e o valor mais elevado desde novembro.

Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, de referência para a região, subiram 7,8 pontos para 2,203%, enquanto os da dívida francesa avançaram 9,8 pontos para 2,984%.

Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos agravaram-se 11,9 pontos base para 2,631%, enquanto os juros da dívida espanhola aumentaram 11,2 pontos para 2,868%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos também seguem uma trajetória ascendente, ao crescerem 4,6 pontos base para 4,360%.

12.12.2024

Petróleo em queda após AIE manter previsões de excesso de oferta em 2025

Os preços do petróleo estão a desvalorizar mais de 1% esta quinta-feira, depois de um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) ter renovado os alertas relativamente a excesso de oferta no mercado no próximo ano.

A esta hora, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, cai 1,2%, para 72,64 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) desce 1,41%, para 69,3 dólares por barril.

A AIE indica que, mesmo com o adiamento de um aumento da oferta pela Organização de Países Produtores de Petróleo e aliados (OPEP+) até abril do próximo ano, os mercados enfrentam um cenário em que a procura não será suficiente para equilibrar a oferta.

"Estamos e vamos estar a nadar em petróleo por algum tempo", remata Robert Yawger, diretor da divisão de futuros de energia da Mizuho Securities, dem declarações à Bloomberg.

Esta é uma previsão que contraria a do Departamento de Energia norte-americano que acredita que o mercado estará equilibrado no próximo ano.

12.12.2024

Euro cai após BCE cortar juros. Dólar sobe com preços no produtor nos EUA acima do esperado

O euro está a desvalorizar face ao dólar, depois de o Banco Central Europeu ter avançado para o quarto corte de juros este ano, um cenário que já era largamente esperado pelo mercado. Por outro lado, a divisa norte-americana ganha face às principais moedas rivais, depois de os preços no produtor de novembro nos Estados Unidos terem ficado acima do esperado pelos analistas.

A moeda única europeia desce 0,21% para 1,0474 dólares, já abaixo da fasquia psicológica dos 1,05 dólares. "Embora a alteração das taxas fosse amplamente esperada e totalmente incorporada pelos mercados, as declarações deixaram cair uma referência de longa data de que a política teria de permanecer restritiva", realçam os analistas da Ebury, numa nota.

"A comunicação de hoje deixa-nos cada vez mais confiantes na nossa previsão de um euro mais baixo em relação à maioria das moedas em 2025. A economia doméstica continua frágil, as tarifas de Trump surgem no horizonte e o BCE parece ter pressa em baixar as taxas para um nível neutro ou inferior", destacam também.

Por sua vez, o índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra as principais moedas - soma 0,2%, para 106,925 dólares.

Já face ao franco suíço, o euro segue a valorizar 0,36%, depois de o banco central da Suíça ter cortado as taxas de juro em 50 pontos base esta quinta-feira – a maior redução em quase dez anos.

12.12.2024

Ouro em queda com investidores centrados no futuro da política monetária nos EUA

Após quatro sessões em alta, o ouro está a desvalorizar com os investidores centrados no futuro da política monetária nos Estados Unidos, após o esperado corte das taxas diretoras em dezembro. Os últimos comentários de responsáveis da Reserva Federal têm reiterado a necessidade de uma descida mais gradual dos juros diretores a partir de janeiro, face a elevada resiliência da economia dos EUA.

O metal amarelo perde 1,39% para 2.679,64 dólares por onça. O ouro caminha para a maior valorização anual desde 1979, num 2024 em que foi sustentado por compras por parte dos bancos centrais, alívio da política monetária e aumento da procura por ativos-refúgio dado o aumento dos conflitos armados por todo o mundo.

O caminho das taxas de juro para 2025 permanece ainda incerto face ao impacto esperado do regresso de Donald Trump à Casa Branca. "Os mercados estão a avaliar uma potencial pausa pela Fed em janeiro de 2025 e o risco de um ritmo mais lento de cortes no futuro", afirmou à Bloomberg Christopher Wong, estratega do Oversea-Chinese Banking.

12.12.2024

Wall Street interrompe ganhos após preços no produtor acima do esperado. Trump marca presença no arranque

Depois de uma sessão em que o S&P 500 e o Nasdaq Composite encerraram em alta, com o índice tecnológico a tocar máximos históricos acima dos 20 mil pontos, os principais "benchmarks" em Wall Street estão esta quinta-feira a interromper os mais recentes ganhos, numa altura em que os investidores avaliam os últimos indicadores económicos a serem conhecidos antes da reunião da Reserva Federal.

Ontem os números da inflação ficaram em linha com o esperado pelos analistas e hoje os preços no produtor de novembro nos Estados Unidos mostraram uma aceleração mensal de 0,4% em novembro, ligeiramente acima dos 0,2% esperados pelos analistas. Em termos homólogos a subida foi de 3% face aos 2,6% previstos.

O S&P 500 recua 0,21% para os 6.071,35 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cede 0,36% para 19.962,56 pontos. Já o Dow Jones soma 0,1% para 44.194,34 pontos, num dia em que o presidente-eleito Donald Trump tocou o sino na abertura da sessão, devido a ter sido eleito personalidade do ano pela revista Time.

Os analistas preveem agora mais de 98% de probabilidades de a Fed vir a reduzir as taxas diretoras em 25 pontos base na próxima semana, contra os 86% antes dos dados desta quarta-feira terem sido divulgados, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, citada pela Reuters.

"Embora o índice de preços no produtor de quinta-feira ter sido mais forte do que o esperado, acreditamos que a Reserva Federal ainda irá prosseguir com o corte esperado das taxas em 25 pontos base em dezembro, uma vez que outros pontos de dados de inflação nas últimas semanas e meses se têm movimentado na direção certa", afirmou à CNBC Clark Bellin, diretor de investimentos da Bellwether Wealth.


A próxima reunião da Fed está agendada para os dias 17 e 18 de dezembro. Apesar de ser esperada uma descida em dezembro, o banco central deverá pausar em janeiro, depois de vários comentários de responsáveis terem notado que a resiliência da economia norte-americana exige uma redução mais gradual das taxas diretoras.

Entre os principais movimentos de mercado, a Adobe afunda 11,75% depois de a dona do Photoshop ter revelado "guidance" em termos de receitas para o ano fiscal de 2025 que ficou abaixo das estimativas dos analistas. 

12.12.2024

Euribor cai a três e a 12 meses e sobe a seis meses

A Euribor desceu hoje a três e a 12 meses e subiu a seis meses, num dia em que os investidores antecipam que o Banco central Europeu (BCE) desça as taxas de juro em 25 pontos base.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,886%, continuou acima da taxa a seis meses (2,656%) e da taxa a 12 meses (2,421%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, avançou hoje para 2,656%, mais 0,002 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, desceu hoje, para 2,421%, menos 0,008 pontos.

A Euribor a três meses também recuou hoje, ao ser fixada em 2,886%, menos 0,002 pontos do que na sessão anterior.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.

A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).

Os mercados esperam que o Banco Central Europeu desça hoje, pela quarta vez este ano, e terceira consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base na reunião de política monetária, a última desde ano.

Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

* Lusa

12.12.2024

Europa à espera de "farol" Lagarde para decidir rumo

Em dia de decisão do Banco Central Europeu (BCE), as bolsas da região acordaram em território misto e sem registar grandes movimentações. O "benchmark" para a negociação europeia tem estado a flutuar entre perdas e ganhos, com o setor de retalho a registar o pior desempenho, ainda pressionado pela queda nas ações da Inditex.

A esta hora, o Stoxx 600 encontra-se praticamente inalterado, ao recuar 0,03% para 519,79 pontos. Os investidores aguardam, agora, pela conferência de imprensa que se segue à reunião do BCE, conduzida pela presidente Christine Largarde, de forma a conseguirem pistas sobre como a autoridade monetária vai atuar no próximo ano.

O BCE vai ainda apresentar as suas novas projeções trimestrais, que deverão rever em baixa as perspetivas de crescimento económico para 2025. "É provável que as novas previsões reflitam a deterioração macroeconómica e as incertezas que ameaçam a economia europeia, pelo que se espera uma revisão em baixa das perspetivas de crescimento e de inflação", afirma Germán García Mellado, gestor de fundos do A&G Banco, à Bloomberg.

Entre as principais movimentações, a SThree Plc cai mais de 25%, depois de a empresa britânica ter avisado o mercado que poderia não conseguir alcançar os seus objetivos anuais de lucro, citando difíceis condições do mercado de contratação, num contexto de crescente incerteza política e macroeconómica. Já a suíça Lonza cresce mais de 6%, depois de ter confirmado as suas projeções de lucro para 2024.

As bolsas europeias têm recuperado em dezembro, à boleia de um otimismo em relação às medidas de estímulo económico na China, um mercado que as ações desta região estão extremamente expostas. Em 2024, o Stoxx 600 já conseguiu avançar cerca de 9% - um valor que fica, no entanto, muito abaixo dos quase 29% do seu congénere norte-americano, o S&P 500.

12.12.2024

Juros agravam-se na Zona Euro. Itália regista maior subida

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, mesmo com os investidores a esperarem um novo alívio na política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE). Um corte de 25 pontos base já está dado como certo pelo mercado e os investidores aguardam, agora, pelo discurso da presidente do banco central para conseguirem perceber os planos da autoridade monetária para o futuro. 


As "yields" da dívida italiana, a dez anos, são as que mais se agravam esta manhã, ao crescerem 4,4 pontos base para 3,232%. Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, de referência para a região, sobem 3,1 pontos para 2,155%, enquanto os da dívida francesa avançam 2,8 pontos para 2,914%. 


Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos agravam-se 3,6 pontos base para 2,548%, enquanto os juros da dívida espanhola aumentam em igual medida para 2,792%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos também seguem uma trajetória ascendente, ao crescerem 3,8 pontos base para 4,352%.

12.12.2024

Franco suíço cai após corte de 50 pontos nas taxas de juro. Euro segue a valorizar


As taxas de juro oficiais dos bancos centrais da Suíça, Dinamarca, Suécia e Japão são actualmente negativas, situando-se em -0 .75%, -0.65%, -0.50% e -0.10%, respectivamente. A Zona Euro tem uma taxa de depósito negativa, mas a taxa de refinanciamento principal é de 0%. Já que o alegado “limiar zero” foi quebrado, esperamos que os estrategas políticos voltem a recorrer a taxas negativas no futuro. No entanto, estas constituem uma “ferramenta de emergência”, devido aos problemas que criam à banca, como o Banco Central Europeu (BCE) constatou com sua taxa de juro de -0,4% sobre o excesso de reservas.

Depois de o banco central da Suíça ter cortado as taxas de juro em 50 pontos base esta quinta-feira – a redução de maior magnitude em quase dez anos -, o franco suíço está a perder força face ao dólar. Por sua vez, o euro ganha terreno, numa altura em que um alívio de 25 pontos base por parte do Banco Central Europeu (BCE) já se encontra totalmente incorporado no mercado.

O dólar avança, assim, 0,40% para 0,8877 francos suíços, enquanto a moeda única cresce 0,12% para 1,0509 dólares. Já em relação à divisa nipónica, o dólar consegue recuperar algum do terreno perdido nas últimas sessões, numa altura em que o Banco do Japão deve manter as taxas de juro inalteradas na próxima reunião – embora continue a perspetivar uma restrição da política monetária para o futuro, de acordo com o que fontes contaram à Reuters. 

A divisa norte-americana avança, assim, 0,03% para 152,49 ienes. No entanto, esta valorização pouco expressiva face à moeda japonesa, em conjunto com a subida face ao franco suíço, não estão a ser suficientes para empurrar o índice do dólar – que mede a força da moeda face às suas seis principais rivais – para terreno positivo.

Noutras divisas, o dólar canadiano segue a valorizar face ao dólar norte-americano, depois de o Banco do Canadá ter cortado os juros em 50 pontos base, mas mudado o seu posicionamento para mais "hawkish" em relação a anteriores perspetivas de um maior alívio da política monetária.

12.12.2024

Retirada de mais-valias deixa ouro no vermelho

Depois de ter atingido o valor mais elevado em um mês durante a madrugada, o ouro está agora a recuar ligeiramente com a retirada de mais-valias. A reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana da próxima semana pode materializar-se como um novo catalisador para este metal precioso, numa altura em que os investidores apontam para um corte nas taxas de juro de 25 pontos base em dezembro - mas uma pausa no ciclo de alívio monetário em janeiro.

O ouro perde 0,03% para 2.717,37 dólares por onça, depois de ter atingido os 2.725,79 dólares durante a madrugada - o valor mais elevado desde 6 de novembro. Em finais de outubro, o metal amarelo atingiu máximos históricos de 2790,07 dólares, mas desde aí tem enfrentado dificuldades em conseguir arranjar novos catalisadores.

Esta queda "representa apenas uma retirada de mais-valias, porque assistimos esta semana a uma boa recuperação do ouro devido a diversos fatores, incluindo uma escalada das tensões geopolíticas, retoma das compras pela China e os números da inflação em linha com as expectativas", explica Ajay Kedia, diretor da Kedia Commodities, à Reuters.

De acordo com a FedWatch Tool da CME, os investidores apostam numa probabilidade de quase 100% de um novo corte de 25 pontos base por parte da Fed em dezembro – em contraste com os 86% registados antes de se conhecerem os dados da inflação. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros.

12.12.2024

Petróleo avança com mais restrições em mira

Os preços do petróleo encaminham-se para a quarta sessão em alta, numa altura em que os investidores avaliam comentários das autoridades norte-americanas sobre um possível apertar das restrições sobre o petróleo russo e iraniano. Isto depois de a União Europeia ter avançado com mais um pacote de sanções direcionadas ao crude importado da Rússia.

A esta hora, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, negoceia a subir 0,30%, para 73,74 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,18%, para 70,42 dólares por barril.

A atual secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, afirmou na quarta-feira que o cenário atual no mercado petrolífero, com os preços a ser bastante pressionados pela perspetiva de um excedente de oferta no próximo ano, dão espaço de manobra aos EUA para restringirem ainda mais o crude russo. Ao mesmo tempo, a escolha de Donald Trump para conselheiro de Segurança Nacional prometeu exercer "pressão máxima" sobre as importações iranianas.

"Estes comentários estão a dar algum apoio aos preços do petróleo", começa por explicar Warren Patterson, chefe de estratégia de mercadorias do ING Groep, à Bloomberg. "Embora o crude tenha registado alguma força nos últimos, ainda estamos presos numa faixa bastante restrita. As negociações dentro de um intervalo limitado e a baixa volatilidade não são uma surpresa, dadas as expectativas de um equilíbrio confortável de petróleo em 2025", remata.

12.12.2024

Otimismo regressa à Ásia mas Europa aponta para abertura inalterada

Em dia de decisão do Banco Central Europeu, as bolsas europeias apontam para uma abertura sem grandes movimentações, enquanto as principais praças asiáticas encerram a penúltima sessão da semana com grandes valorizações.

O Japão encabeçou os ganhos na região, com o Topix a valorizar 1,1% e a ultrapassar, pela primeira vez desde meados de outubro, os 40 mil pontos, à boleia de um crescimento das ações do setor dos semicondutores. Também o Nikkei 225 encerrou em alta de 1,6%.

O desempenho destes dois principais índices nipónicos segue-se a um "rally" do tecnológico Nasdaq na sessão de quarta-feira, que o levou a ultrapassar, pela primeira vez na história, os 20 mil pontos. O corte nas taxas de juro esperado para a próxima semana por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana tem estado a dar impulso ao índice, depois de os dados da inflação de novembro nos EUA terem ficado em linha com as expectativas.

Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, valorizou 1,8%, enquanto o Shanghai Composite registou ganhos mais modestos de 0,8%. Esta quinta-feira, termina a reunião anual do "Central Economic Work Conference" (CEWC), onde as autoridades chinesas estão a delinear as políticas que vão definir o caminho económico do país no próximo ano.

"A conclusão do CEWC deve trazer mais clareza sobre a trajetória política na China, o que, por sua vez, se deve refletir no tom da reunião do Politburo [Comité Central do Partido Comunista Chinês] já próximo ano", explica Marvin Chen, analista da Bloomberg Intelligence.

Na Coreia do Sul, o Kospi continua a recuperar das mais recentes quedas espoletadas pela situação de instabilidade política, depois de o Presidente sul-coreano ter instaurado lei marcial no país – uma decisão rapidamente revertida pelo Parlamento. Este índice terminou a sessão a valorizar 1,8%.

Esta quinta-feira, as atenções dos investidores viram-se para a Zona Euro, mais concretamente para o BCE. A autoridade monetária deve voltar a cortar as taxas de juro em 25 pontos base (o quarto alívio do ano nesta magnitude), mas os "traders" vão estar principalmente atentos ao discurso da presidente do banco central, Christine Lagarde, à procura de pistas sobre o futuro da política monetária de uma das maiores zonas económicas do mundo.

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