Euro avança face ao dólar

Depois de esta semana ter atingido o nível mais alto desde há um ano, o dólar está agora a ceder face ao euro.

O índice da Bloomberg para o dólar - que compara a "nota verde" com outras 16 divisas - segue a cair 0,77% para 96,034 pontos.

Para os analistas da Bloomberg Intelligence, esta desvalorização é provocada pela "queda dos juros da dívida norte-americana", depois de os investidores terem visto as taxas de juro subirem, motivadas pela redução histórica do número de pedidos de subsídidos de desemprego na semana passada.

O euro é uma das moedas que segue em alta face à nota verde, a valorizar 0,96% para os 1,1317 dólares, imune à queda das "yields".

Bolsas europeias perdem 495 mil milhões com os receios da nova variante

As praças europeias afundaram esta sexta-feira, num dia em que todas as atenções estiveram voltadas para a nova variante da covid-19 detetada na África do Sul. Os receios de novas restrições para conter esta variante, que aparentemente é mais resiste às vacinas, pesaram no sentimento dos investidores. 

O índice de referência europeu Stoxx 600 perdeu 3,72%, naquela que foi a sua maior queda desde 11 de junho de 2020. Feitas as contas, as bolsas europeias eliminaram num dia quase 495 mil milhões de euros. 

Todos os setores fecharam no vermelho no Velho Continente, com especial destaque as quedas registadas no setor das viagens (8,79%), na banca (6,88%), petróleo & gás (5,81%) e no setor automóvel (5,85%). As menores quedas neste dia a vermelho foram registadas pelo setor das "utilities", que desvalorizou 2,59%. 

A Carnival Cruises liderou as quedas no Stoxx 600, afundando 16,04% em Londres, devido aos receios da nova variante na área do turismo e lazer. A Wizz Air foi a segunda companhia a descer mais no Stoxx 600 (15,23%), seguida pela dona da companhia aérea British Airways, a IAG (14,85%). A queda no setor da aviação foi notória, com a Lufthansa a afundar 12,8%. 

As empresas ligadas a atividades mais caseiras, como a Delivery Hero, virada para as entregas de refeições, ou a HelloFresh valorizaram. A primeira avançou 2,86% e a segunda valorizou 5,07%. A alemã Zalando, dedicada à moda online, registou ganhos de 5,5%.

O índice espanhol IBEX registou a maior queda entre as principais praças europeias, recuando 4,96%%. O alemão DAX caiu 4,15%, o francês CAC 40 depreciou 4,75%, o FTSE cedeu 3,64%, a bolsa de Amesterdão recuou 3,21% e em Itália o tombo foi de 4,6%. Lisboa acompanhou, assim, o movimento de queda do resto da Europa, ao cair 2,43%.

Juros da dívida portuguesa aliviam 8,5 pontos base

Os juros da dívida soberana estão a aliviar de forma significativa na Zona Euro esta sexta-feira, num dia em que a nova variante da covid-19 pesou nas principais praças europeias, trazendo uma 

As "bunds" germânicas estão a recuar 8,9 pontos base, para 0,027%. Em Itália, os juros da dívida estão a ceder 8,9 pontos base para 0,964%. 

Na Península Ibérica, os juros de Espanha recuam 8,8 pontos base para 0,416%. Em Portugal, a descida nos juros com maturidade a dez anos é de 8,5 pontos base para 0,341%. 

Ouro é refúgio dos investidores perante nova variante. "Metal dourado" sobe 0,44%

O ouro continua a reluzir esta sexta-feira, mas já  recuou ligeiramente, depois de ter atingido esta sexta-feira de manhã os 1.802,57 dólares por onça.

O metal precioso segue a subir 0,44% para os 1.796,64 dólares por onça.

Perante a incerteza gerada pela nova variante sul-africana da Covid-19, os investidores estão a refugiar-se neste ativo.

"Perante a nova variante do vírus, o mercado voa para o ouro, à procura de segurança no investimento", observa Tom Mulqueen,responsável do departamento de análise da Amalgamated Metal Trading.

Nova variante da covid assusta em todas as frentes. Petróleo afunda 10%

Os preços do "ouro negro" seguem em terreno francamente negativo, com os receios de que a nova variante de covid identificada na África do Sul endureça as restrições à circulação e penalize a procura por combustíveis.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro mergulha 10,22% para 70,38 dólares por barril, depois de ontem rondar os 78 dólares.

Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, afunda 9,20% para 74,64 dólares – quando ontem transacionou na casa dos 82 dólares.

É a primeira vez, desde finais de setembro, que o Brent negoceia abaixo dos 75 dólares por barril.

A nova variante do coronavírus está a intensificar os receios de novos confinamentos, que ameaçarão a recuperação global da procura.

Os investidores estão agora ainda mais expectantes perante a reunião da OPEP+ no dis 2 de dezembro para decidir as novas quotas de produção.

Depois de os EUA terem anunciado que vão recorrer às suas reservas estratégicas de petróleo, em concertação com a China, Japão, Índia, Coreia do Sul e Reino Unido, na tentativa de moderarem a subida das cotações, agora esta nova variante constitui mais uma pressão que poderá levar o cartel e os seus aliados a não manterem a prevista abertura adicional de torneiras no próximo mês.

"Os preços do petróleo estão em queda com o receio de que uma nova variante do coronavírus identificada na África do Sul possa forçar a reintrodução das restrições às viagens, reduzindo a procura global por combustível", destaca Ricardo Evangelista, analista sénior e diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.

"As preocupações relacionadas ao vírus parecem estar a multiplicar o efeito da recente introdução de grandes quantidades de petróleo das reservas estratégicas dos Estados Unidos e de outros países consumidores", acrescenta.

Maré vermelha na Europa contamina Wall Street. Receios sobre nova variante pressionam

Depois de terem estado encerrados devido ao feriado de Ação de Graças, os principais índices de Wall Street abriram sessão esta sexta-feira com fortes perdas. A sessão desta sexta-feira será mais curta (termina às 18h00 de Lisboa) mas deverá ser marcada pelos receios face à nova variante da covid-19.

A B.1.1.529 foi detetada na África do Sul e é já descrita como "a pior variante de todas", podendo obrigar a novos confinamentos e condicionar a retoma económica global. Vários países já anunciaram a proibição de voos de e para países africanos, incluindo a África do Sul, devido à nova variante. 

Por confirmar está ainda se esta variante é mais contagiosa e mais letal, bem como se poderá ser resistente às vacinas que têm vindo a ser administradas em todo o mundo. Certo é que surge numa altura em que os novos casos de covid-19 têm vindo a aumentar na Europa e nos EUA.

A reagir a isso, o Dow Jones está, neste momento, a tombar 2,16% para os 35.030,04 pontos, o S&P 500 afunda 1,45% para os 4.635,29 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite cai 1,07% para os 15.677,70 pontos.

Na Europa, também os principais índices têm estado a ser fortemente penalizados pelos receios sobre a nova variante. O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, está agora a perder 2,67%. Já o alemão Dax cai 3,99%, o espanhol IBEX perde 4%, o francês CAC derrapa 3,99% e o português PSI-20 tropeça 2,07%.

Bolsas europeias prolongam perdas devido à nova variante da covid-19

A bolsa de Lisboa e as praças europeias em geral continuam no vermelho, com a nova variante de covid-19 detetada na África do Sul a fazer tremer os mercados. Por esta altura, o PSI-20 está a tombar 1,82%.

Das 19 cotadas do índice, todas estão a cair, à exceção da EDP Renováveis, que está a subir 0,53%. A Galp Energia é a cotada que mais afunda. Está neste momento a perder quase 5%, devido ao facto de o petróleo negociado, quer na Europa como nos Estados Unidos, estar a cair mais de 4%.

Com perdas superiores a 2% estão também pesos-pesados como o BCP e a Sonae. Também a Mota-Engil, cujo prazo de subscrição das novas obrigações para o retalho termina no final da semana, está também a derrapar 3,64%. 

Na Europa, mantém-se o cenário de "maré vermelha", numa altura em que vários países já anunciaram a proibição de voos provenientes de seis países africanos, incluindo a África do Sul, devido a esta nova variante. A descoberta surge num momento em que os contágios na Europa estão a aumentar.

Europa tomba com receio sobre nova variante da covid-19

Esta sexta-feira está a ser marcada pela "maré vermelha" nas bolsas europeias, com os receios de que a nova variante da covid-19 que apareceu na África do Sul possa ser resistente às vacinas e possa obrigar a novos confinamentos e mais restrições em todo o mundo.

Neste momento, o Stoxx 600 está a tombar 3,04% para 467,08 pontos. A pressionar o índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias estão os setor dos combustíveis, que caem 5,28%, numa altura em que o petróleo negociado na Europa e nos Estados Unidos está a cair quase 4%. 

O setor do turismo (-4,85%), banca (-4,98%) e o automóvel (4,02%) estão também a pressionar o Stoxx 600. 

O PSI-20 está a tombar 2,03%, com a esmagadora maioria das cotadas no vermelho. O índice alemão DAX está também a cair 3,22%, o espanhol IBEX recua 4,18% e o francês CAC 40 regista uma queda de 3,42%. Nota ainda para a bolsa italiana, que deprecia 3,28%.

Juros da dívida na Zona Euro aliviam

Os juros da dívida soberana da Zona Euro estão a cair esta sexta-feira, com os investidores ainda a digerirem a "preocupação" revelada pelo Banco Central Europeu (BCE) com as expectativas do mercado de que haja uma subida das taxas de juro a curto prazo. 

Isto porque, a presidente do BCE, Christine Lagarde, tem repetido que "é muito improvável" que sejam aumentadas as taxas de juro no próximo ano, apesar da subida da inflação.

A reagir a isso, as "bunds" da Alemanha, que servem de referência na Zona Euro, estão a perder 7,0 pontos percentuais para -0,325%. 

Em Portugal, os juros da dívida com maturidade a dez anos estão a descer 4,9 pontos percentuais para 0,377%.

Na vizinha Espanha, as "yields" com a mesma maturidade estão a aliviar 5,6 pontos percentuais para 0,448% e, em Itália, estão a cair 5,1 pontos percentuais para 1,002%.

Ouro brilha e euro ganha terreno

O ouro está esta sexta-feira em alta, com os investidores a recorrerem a este ativo de refúgio num cenário de grande incerteza quanto à nova variante da covid-19 que apareceu na África do Sul. 

Perante isso, o ouro está neste momento a valorizar 0,77%, com a onça a valer 1.802,57 dólares. Já a prata e a platina estão a cair 0,70% e 0,96%, respetivamente.

No que toca ao câmbio, o euro está em alta. Soma 0,24% frente à moeda norte-americana, para 1,1236 dólares, e avança 0,40%, para 0,8447 libras esterlinas.

Enquanto isso, o dólar está a cair. O índice do dólar, que mede a moeda norte-americana face a um cabaz de divisas rivais, está a ceder 0,16%, para 96,62.

Petróleo derrapa com receio de travagem na procura

O petróleo está esta segunda-feira a negociar no 'vermelho', com os receios de que o aparecimento de uma nova variante da covid-19 possa conduzir a novos confinamentos e restrições em todo o mundo. Com isso, teme-se também um recuo na procura de combustíveis, o que está a fazer cair o preço do 'ouro negro'. 

Nesta altura, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a cair 3,05%, com o barril a valer 79,71 dólares. Já o WTI (West Texas Intermediate), negociado em Nova Iorque, está a desvalorizar 3,65% para 75,53 dólares.

A queda acontece antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), agendada para a próxima semana, onde será debatido um eventual aumento da oferta. Isto depois de os Estados Unidos terem anunciado uma ação coordenada com outros países para recorrer às reservas estratégicas para contrariar a subida dos preços da energia.

Futuros apontam para abertura em baixa na Europa

Os futuros das bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo na pré-abertura desta sexta-feira, aos receios dos investidores de que a nova variante de covid-19, que apareceu na África do Sul, possa ser resistente às vacinas e provocar uma nova vaga da pandemia em todo o mundo. 

Na pré-abertura, o Stoxx 50, índice que reúne as 50 maiores empresas da Europa, regista uma queda acentuada de 2,49%, depois de os investidores terem demonstrado apetite para o risco e, esta quinta-feira, pintaram os mercados da Europa a verde.

Por enquanto, ainda se sabe muito pouco sobre a nova variante da covid-19. As autoridades de saúde alertam, no entanto, que a mutação sul-africana pode ser resistentes às vacinas que estão atualmente a ser administradas para combater o novo coronavírus.

Para travar novos contágios com essa variante, o Reino Unido anunciou o cancelamento de voos para vários países da África do Sul. Os analistas prevêem ainda que vários países possam tomar a mesma medida, o que pode ameaçar a retoma económica global.