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Os principais desenvolvimentos de segunda-feira, ao minuto

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
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Negociações arrancam às 8h30

A semana começa com novas negociações entre os negociadores russos e ucranianos, numa tentativa de alcançar uma solução diplomática que ponha fim ao conflito armado na Ucrânia.

 

O início das conversações está marcado para as 10h30 locais, 8h30 hora de Lisboa, segundo informou o ministro do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, que cita o membro da delegação David Arakhamia.

 

As negociações irão decorrer através de videochamada.

Duas pessoas morrem após bombardeamento em edifício na capital

Pelo menos duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas, após uma bomba ter atingido um edifício residencial no nordeste de Kiev esta manhã, segundo adiantaram os serviços de emergência ucranianos.

 

O edifício de nove andares foi atingido pelos russos depois das 5 da manhã, tendo provocado um incêndio, que resultou nas duas mortes e nos três feridos encaminhados para o hospital. Outras nove pessoas foram tratadas no local.

 

As chamas já foram extintas e 63 pessoas foram evacuadas do local.

Futuros antecipam abertura a verde na Europa. Tecnológicas chinesas pesaram na Ásia
Futuros antecipam abertura a verde na Europa. Tecnológicas chinesas pesaram na Ásia

Os futuros das principais praças europeias apontam para um arranque de semana em terreno positivo, com as notícias de novas negociações entre a Rússia e a Ucrânia a dar algum alento aos investidores. Nesta altura, os futuros do Stoxx 50 avançam 1,246%. 


O início das conversações entre a Rússia e a Ucrânia está marcado para as 10h30 locais, 8h30 hora de Lisboa, segundo informou o ministro do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, que cita o membro da delegação David Arakhamia.


Perante este cenário apontado pelos futuros, as bolsas europeias deverão seguir um caminho diferente da sessão asiática. Os olhos dos investidores estiveram postos em Hong Kong, onde o ‘selloff’ das tecnológicas continuou pela segunda sessão. Além da ligação da China à Rússia, há mais dois factores que estão a pesar no sentimento dos investidores: uma nova leva de pressão regulatória e também a notícia de que Shenzhen, um dos locais mais relevantes da China do ponto de vista tecnológico, vai entrar em confinamento. 


O Hang Seng Tech Index afundou 9% na sessão desta segunda-feira, a caminhar para a maior queda desde julho de 2020. Por sua vez, o Hang Seng caiu 5,07%. 


Esta situação contagiou outros índices no mercado asiático, nomeadamente a bolsa de Xangai, que caiu 2,6%. Já no Japão, o Nikkei e o Topix fecharam em terreno positivo, a avançar 0,58% e 0,71%, respetivamente. 

Ouro a cair pela segunda sessão consecutiva. Prata e platina a recuar
Ouro a cair pela segunda sessão consecutiva. Prata e platina a recuar
O ouro está a cair pela segunda sessão consecutiva, numa altura em que o retomar das negociações entre Rússia e a Ucrânia aparentam dar algum otimismo aos investidores. 

Assim, este metal precioso cai 0,74%, com a onça a negociar nos 1.973,80 dólares. O ouro dá assim continuidade às perdas verificadas no final da semana passada, quando na sexta-feira tombou 0,43%. 

O ouro não é o único metal a desvalorizar esta manhã, já que também a prata e a platina estão a desvalorizar. A prata cai 0,74% em Londres, para 25,68 dólares por onça, enquanto a platina tomba 2,15 para 1.058,85 dólares por onça. 

Nota ainda para a expressiva queda do paládio, que tomba 5,06% para 2.665,79 dólares.
Moeda única ganha terreno ao dólar
Moeda única ganha terreno ao dólar
O euro está a ganhar terreno ao dólar norte-americano, num dia em que o anúncio de conversações entre a Rússia e a Ucrânia, desta feita através de videoconferência, gera algum otimismo. 

Assim, o euro está a valorizar 0,29% face ao dólar, para 1,0944 dólares. A moeda única regressa, assim, aos ganhos, depois das duas sessões anteriores no vermelho. 

O euro não é a única moeda europeia em alta. Com ganhos bem mais ligeiros, a libra esterlina soma 0,02% face ao dólar, para 1,3040 dólares. 

Já o dólar norte-americano está a desvalorizar 0,12% esta manhã contra um cabaz composto por divisas rivais.
Petróleo arranca semana no vermelho. Brent alivia para 110 dólares
Petróleo arranca semana no vermelho. Brent alivia para 110 dólares
O petróleo começa a semana em terreno negativo, depois de uma semana marcada pela volatilidade. Na semana passada, por exemplo, o Brent registou uma queda semanal de 5,72%. 

Já esta segunda-feira, o petróleo está a reagir em baixa às notícias sobre conversações entre a Rússia e a Ucrânia. A expectativa de uma evolução favorável entre as duas partes, que possa pôr fim ao conflito através da via diplomática, está a pesar na negociação do "ouro negro". 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a cair 2,71%, com o barril a cotar nos 106,37 dólares. 

Já o Brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado português, tomba 2,13% para 110,27 dólares por barril.

"O petróleo está a descontar a possibilidade de uma reaproximação, tendo em conta alguns comentários encorajadores", diz Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, à agência Bloomberg. "A maré começou a virar e a favorecer conversações de compromisso entre Moscovo e Kiev na semana passada", destacada. 
Juros das dívidas soberanas a agravar de forma generalizada
Juros das dívidas soberanas a agravar de forma generalizada
Os juros das dívidas da Zona Euro estão a agravar de forma generalizada, num dia em que os investidores estão mais otimistas e a demonstrar algum apetite por risco. 

Já com o anúncio da Fed, o banco central norte-americano, no radar desta semana, é esperado que Jerome Powell anuncie esta quarta-feira uma subida dos juros, que poderá ser na ordem de 25 pontos base, segundo estima a Bloomberg. 

Esta manhã, os juros da dívida alemã, a referência para o bloco europeu, estão a subir 5,4 pontos base para uma taxa de 0,298%. Desde o final de janeiro que as bunds estão em terreno positivo. 

Em Itália, os juros com maturidade a dez anos estão a agravar 6 pontos base, para 1,906%. 

Na Península Ibérica, os juros de Portugal a dez anos estão a agravar 4,9 pontos base para 1,147%. 

Em Espanha, os juros com a mesma maturidade sobem 4,7 pontos base para 1,280%.
Lisboa e Amesterdão em contraciclo com subidas da Europa. Automóvel e banca em destaque
Lisboa e Amesterdão em contraciclo com subidas da Europa. Automóvel e banca em destaque
As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo, à exceção de Lisboa e Amesterdão. Embora Lisboa tenha começado o dia em terreno positivo, já inverteu a tendência e negoceia no vermelho, com cotadas como a Galp, EDP Renováveis, EDP ou a Jerónimo Martins a pesar do lado das quedas.

O Stoxx 600 valoriza 0,52% para 433,43 pontos. O aliviar do petróleo e também o retomar das negociações a propósito da guerra na Ucrânia estão no centro das atenções. A subida do índice pan-europeu está a ser sobretudo impulsionada pelos ganhos do setor automóvel (3,5%) e pela banca (2,46%). 

Com poucos setores no vermelho, destacam-se as quedas dos recursos básicos, que caem 1,53%, e dos produtos de consumo doméstico, que depreciam 1,06%. 

O PSI-20 cai 0,15%, enquanto em Espanha o IBEX avança 1,4% e na Alemanha o DAX soma 1,76%. Em Londres, o FTSE aprecia uns ténues 0,03% e em Paris o CAC40 soma 0,42%. Milão regista ganhos de 1,18%. 

Já Amesterdão está no vermelho, a cair 0,49%, num dia em que a investidora tecnológica Prosus está a pesar. Esta cotada desvaloriza 10,64% para 45,26 euros, um novo mínimo histórico para a empresa. A Prosus está a reagir em baixa ao selloff nas tecnológicas chinesas desta segunda-feira, já que a empresa detém uma participação na gigante chinesa Tencent. O Wall Street Journal avançou que a Tencent poderá pagar uma multa recorde por violações de regras no WeChat.

As ações da Tencent desvalorizaram 9,79% esta manhã em Hong Kong.
Ucrânia quer abrir 10 "corredores humanitários" para tirar civis de território ucraniano
A Ucrânia vai tentar chegar a um acordo com a Rússia, nas negociações desta segunda-feira, para abrir 10 "corredores humanitários" para tirar civis de território ucraniano. 

O anúncio foi feito pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereschuk, numa comunicação ao país feita esta manhã. Não são conhecidos, no entanto, ao pormenor os "corredores" que serão negociados. Sabe-se apenas que um deles será em Mariupol.

"Vamos, mais uma vez, tentar desbloquear o comboio humanitário que transporta alimentos e medicamentos para Mariupol, a partir de Berdiansk [no sudeste do país]", referiu.

A ideia é levar alimentos e medicamentos para Mariupol e, na volta, retirar civis. A concretizar-se, será a primeira vez que será conseguida a retirada de população dessa cidade portuária, depois de essa intenção ter falhado nas últimas semanas.
Petróleo afunda 5%. Brent abranda para 108 dólares

Os preços do petróleo intensificaram a tendência de correção registada esta segunda-feira, com a matéria-prima a desvalorizar mais de 5% no mercado de Nova Iorque. As cotações do Brent seguem a cotar ligeiramente acima de 108 dólares por barril.

 

O WTI, negociado em Nova Iorque, afunda 5,11% para 103,80 dólares por barril, enquanto o Brent, em Londres, cai 4,09% para 108,06 dólares, com a matéria-prima a corrigir perante os sinais que as conversações entre os negociados ucranianos e russos estão finalmente a começar a tornar-se mais produtivas.

 

A invasão da Ucrânia acelerou uma escalada dos preços do petróleo, que chegaram a negociar num máximo de 2008, acima dos 139 dólares por barril, levando os bancos de investimento a rever em alta as suas estimativas para o "ouro negro".

Encontro entre EUA e China poderá clarificar papel de Pequim no conflito na Ucrânia
Encontro entre EUA e China poderá clarificar papel de Pequim no conflito na Ucrânia
Os diplomatas dos Estados Unidos e da China vão sentar-se frente-a-frente, esta segunda-feira, para discutir o conflito na Ucrânia.

O encontro terá lugar em Roma e será importante para perceber qual o posicionamento do Governo chinês relativamente à invasão da Ucrânia.

Na agenda da reunião, estarão "os esforços contínuos para gerir a competição entre os dois países" e a avaliação do "impacto da invasão russa da Ucrânia na segurança regional e global".

O encontro acontece depois de os EUA terem acusado a Rússia de ter pedido à China o envio de armamento militar, bem como ajuda económica para "fintar" as sanções económicas impostas pelo Ocidente. As mesmas fontes não esclarecem, porém, se a China cedeu, ou não, a esse pedido.

A China tem apelado sucessivamente a uma "solução pacífica para a crise", mas sem condenar diretamente a Rússia nem avançar com sanções económicas.

Ler notícia completa aqui.
Wall Street a negociar de forma mista. Ucrânia e Fed no centro das atenções
Wall Street a negociar de forma mista. Ucrânia e Fed no centro das atenções

Os três principais índices norte-americanos arrancaram a sessão divididos entre perdas e ganhos. Enquanto o industrial Dow Jones somou 0,43% no arranque, para 33.085,33 pontos, o tecnológico Nasdaq depreciava 0,57% para 12.770,79 pontos. Já o S&P 500 subia 0,02%. 


A pesar no setor tecnológico está não só a subida dos juros, mas também o ‘selloff’ das tecnológicas chinesas. Com várias destas empresas cotadas em Wall Street, o Nasdaq Golden Dragon China Index tombava 13% no arranque da sessão. 


Além dos desenvolvimentos ligados à guerra na Ucrânia, num dia em que teve arranque uma nova ronda de negociações entre os representantes russos e ucranianos, também a espera pelo anúncio da Fed está já a marcar a agenda. É expectável que, esta quarta-feira, Jerome Powell, o líder da Fed, anuncie uma subida de juros na ordem de 25 pontos base. 


"A reunião da Fed desta quarta-feira é importante porque marca o fim de um ciclo de política monetária ultra-fácil e o início de uma política mais rígida, mas também é importante porque Jerome Powell tem uma oportunidade para começar a falar sobre as expectativas da Fed para a queda económica devido ao conflito e em como a Fed planeia navegar esta situação", diz Chris Low, economista-chefe da FHN Financial, citado pela Bloomberg. 

Forças russas deixam habitantes de Mariupol sair da cidade

As agências internacionais avançam que as forças russas autorizaram alguns habitantes da cidade ucraniana de Mariupol a sair, numa altura em que continuam as negociações entre Moscovo e Kiev. 


A Reuters indica que já mais de 160 carros terão saído de Mariupol esta segunda-feira, naquela que poderá ser a primeira tentativa bem-sucedida para criar um "corredor humanitário". A cidade de Mariupol tem sido alvo das forças russas ao longo dos últimos dias. 


De acordo com o conselheiro presidencial ucraniano Oleksiy Arestovych, citado pela Reuters, já mais de 2.500 habitantes de Mariupol morreram desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro. 

Petróleo abaixo dos 100 dólares em Nova Iorque pela primeira vez em março
Petróleo abaixo dos 100 dólares em Nova Iorque pela primeira vez em março
O preço do barril de West Texas Intermediate (WTI) caiu hoje abaixo da fasquia dos 100 dólares pela primeira vez desde 1 de março.

O aparente avanço nas negociações entre Kiev e Moscovo e o confinamento imposto pela China em Shenzen devido à pandemia da covid-19 pressionam o preço do crude.

Este mês, os futuros do WTI negociaram com uma amplitude de 35 dólares - desde um mínimo de 95,32 dólares até um máximo de 130,50 dólares por barril.

Neste momento, o WTI cede 8,48%, para os 100,06 dólares por barril, depois de ter tocado os 99,76 dólares. O Brent, de referência para a Europa, cai 7,9%, para os 103,77 dólares por barril.
Negociações entre Kiev e Mosco em "pausa técnica" até amanhã
As negociações entre a Rússia e a Ucrânia foram interrompidas para uma "pausa técnica" e serão retomadas amanhã.

A indicação foi divulgada no Twitter por Mykhaylo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano.


ONU vai enviar mais 40 milhões de euros para ajudar a Ucrânia e deixa apelo: "Precisamos de paz agora"
ONU vai enviar mais 40 milhões de euros para ajudar a Ucrânia e deixa apelo: 'Precisamos de paz agora'
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou esta segunda-feira que irá dar mais 40 milhões de dólares para "assistência aos mais vulneráveis" na Ucrânia. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o financiamento destina-se a fazer chegar à população residente em território ucraniano alimentos, água, medicamentos e outros bens essenciais.

António Guterres voltou ainda a apelar ao fim do conflito e sublinhou que, "independentemente do que aconteça, esta guerra não terá vencedores; só perdedores". "Precisamos de paz agora", frisou.

"A Ucrânia está sob fogo. O país tem sido dizimado diante dos olhos do mundo e o impacto [da guerra] nos civis está a atingir proporções aterradoras", referiu, lembrando os milhões de refugiados que já deixaram o país e os civis que foram mortos e as "dezenas de milhares de pessoas que estão sem água e eletricidade".
Petróleo cai mais de 6%
Petróleo cai mais de 6%

Os preços do "ouro negro" seguem a cair mais de 6%, mas já estiveram a mergulhar mais de 8% devido a uma nova ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia. Atendendo a que essa ronda foi entretanto suspensa, o recuo do crude é agora menor.

 

A contribuir para a descida das cotações está o facto de a China ter decretado um lockdown em toda uma província, com o intuito de travar a propagação da covid-19.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 6,27% para 105,61 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 6,44% para 102,29 dólares por barril.

Ouro perde mais de 1%. Paládio afunda 14%
Ouro perde mais de 1%. Paládio afunda 14%

O ouro segue a desvalorizar pelo segundo dia, à medida que os juros das dívidas soberanas sobem, antes da reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) marcada para o final desta semana.

O metal amarelo está a cair mais de 1%, mais concretamente 1,64%, para 1.955,80 dólares a onça, à medida que as yields das obrigações norte-americanas a cinco e dez anos somam mais de 2%, aumentando o apetite dos investidores por dívida, em detrimento do ouro, já que este não remunera juros.

Prata, platina e paládio seguem esta tendência negativa, sendo destacar a queda de 14% deste último para 22.401,72 dólares a onça, depois de Vladimir Potanin,  o maior acionista do principal produtor russo de paládio, MMC Norilsk Nickel, ter anunciado que manteve os números das exportações deste metal precioso, apesar das sanções impostas pelo Ocidente.

"A Fed vai começar a apertar a política monetária esta semana, prejudicando assim a procura por este metal precioso que não rende juros", comentou Margaret Yang, estratega da DailyFX, citada pela Bloomberg. 

Dólar em queda. Volatilidade do euro está até 2,5 vezes maior que o ano passado
Dólar em queda. Volatilidade do euro está até 2,5 vezes maior que o ano passado

No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está a cair 0,36% para 98,76 pontos, dias antes da Reserva Federal norte-americana anunciar uma subida das taxas de juro estimada em 25 pontos base.

Por sua vez o euro está a beneficiar desta fraqueza, estando a valorizar 0,60% para 1,0978 dólares.

A guerra e a recuperação pós-pandémica estão a fazer o euro rolar numa montanha russa. A volatilidade da moeda única europeia está 1,5 vezes a 2,5 vezes maior que a média do ano passado, segundo os dados apurados pela Bloomberg.

Na Rússia, o rublo recupera 8,50% para 0,0082 dólares.

Europa pintada de verde. Amesterdão e Lisboa fecham em contramão
Europa pintada de verde. Amesterdão e Lisboa fecham em contramão

A Europa fechou no verde, à medida que os investidores são motivados, por um lado, pelos avanços diplomáticos nas negociações entre o Kremlin e Kiev e, por outro, enquanto se preparam para a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) agendada para esta semana, de onde se espera que seja decidida uma subida das taxas de juro em 25 pontos base.

O Stoxx 600, o "benchmark" europeu por excelência, terminou o dia a valorizar 1,20%.

Dos 20 setores que compõe o índice, apenas quatros fecharam no vermelho: o setor dos recursos básicos liderou as perdas tendo caído 2,63%, seguido do "oil & gas" (-1,37%), viagens (-0,64%) e tecnologia (-0,60%).

Do lado dos ganhos, a tabela foi liderada pelo setor automóvel (3,26%), banca (3,16%) e serviços financeiros (2,52%).

"As esperanças de que haja um cessar-fogo está a motivar os mercados", explicou Victoria Scholar, responsável pelo departamento de investimentos da Interactive Investors, citada pela Bloomberg.

Nas restantes praças europeias, o IBEX espanhol encerrou a sessão a somar 1,13%, o alemão DAX saltou 2,21%, enquanto o francês CAC 40 cresceu 1,75%. Londres registou uma subida de 0,57%. Amesterdão e Lisboa foram as únicas praças a fechar no vermelho, tendo a primeira deslizado 0,07% e a segunda tendo caído 0,60%.

Já Roger Leem responsável pelo gabinete de estratégia para as ações do Reino Unido na Investec, afirmou, também em declarações à Bloomberg, que no que toca à reunião da Fed marcada para esta semana, "o encontro é um grande catalisador, é difícil subestimar a sua importância".

"O aumento de 25 pontos base das taxas de juro é um dado adquirido, mas são os comentários sobre a política monetária que serão fundamentais para o mercado", acrescentou.

Ataque russo contra torre de TV no oeste da Ucrânia faz nove mortos
Nove pessoas morreram e outras nove ficaram feridas na sequência de um ataque do exército russo contra uma torre de televisão nos arredores da cidade de Rivne, no oeste da Ucrânia.

A informação foi avançada pelas autoridades locais e ainda não foi confirmada por fontes independentes.
Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros da dívida soberana na Europa seguem em alta, com o otimismo em torno das conversações entre a Rússia e a Ucrânia a levar os investidores a apostar nas ações e não tanto nas obrigações.

 

Nos mercados da Zona Euro, os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 10,8 pontos base para 1,205%.

 

Por seu lado, em França os juros no mesmo vencimento avançam 11,4 pontos base para se fixarem em 0,830%.

 

Já as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, acompanham o movimento de subida, a ganharem 11,9 pontos base para 0,362%.

 

Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" sobem 11,3 e 11 pontos base, para 1,959% e 1,343%, respetivamente.

Jornalista da Fox News ferido nos arredores de Kiev
Um jornalista da Fox News foi ferido quando recolhia informações nos arredores da capital ucraniana.

O anúncio foi feito em direto por John Roberts, co-apresentador do programa "America Reports", indicando que "temos muito poucos pormenores, mas as nossas equipas no local estão a tentar conseguir mais informações sobre o que sucedeu".

Leia mais aqui.
Novas perturbações em Chernobyl e "tensão" entre técnicos e russos
A central nuclear ucraniana de Chernobyl continua a registar problemas de interligação elétrica, necessária à refrigeração de reatores, e "tensão" entre técnicos e militares russos ocupantes, indicou o diretor da Agência da ONU para a Energia Atómica.

Em entrevista à Lusa, Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), revelou que, depois de no domingo ter sido restaurado o fornecimento de energia à antiga central nuclear, palco de um grave acidente em 1986, voltaram a registar-se novas perturbações.

"A grande reparação [da interligação elétrica] foi feita, mas depois encontraram alguns problemas de estabilidade do fluxo elétrico. Acredito que será reparado brevemente", adiantou Grossi.

"As situações pontuais de interrupção da eletricidade em Chernobyl e [na outra central ocupada,] Zaporijia, são um problema grande porque as instalações têm de ser refrigeradas", sob risco de sobreaquecimento dos reatores e um potencial acidente nuclear, alertou.

Invadida pela Rússia a 24 de fevereiro, a Ucrânia tem 15 reatores nucleares e a maior central nuclear da Europa, Zaporijia, que já foi atingida devido aos combates entre as forças russas e ucranianas.

Além dos reatores, distribuídos por várias centrais, a Ucrânia tem importantes depósitos de lixo radioativo, que "podem ser também objetivos nucleares" na atual situação. "Essa é uma fonte de grande preocupação", disse Grossi à Lusa.

Outra preocupação da AIEA é a "tensão" entre os técnicos ucranianos de Chernobyl e de Zaporijia e os militares russos que ocuparam as centrais.

"Temos duas instalações nucleares que estão sob ocupação militar das forças russas, temos também o facto de essas instalações ficarem sob controlo operacional de ucranianos, mas num quadro verdadeiramente muito tenso, muito difícil. Essas pessoas têm que trabalhar sob ocupação armada", assinalou o diretor da AIEA.

"Estou muito consciente da fragilidade disto. Temos os peritos técnicos ucranianos, os militares... essa interação é muito volátil. Pode sempre degradar-se e terminar num confronto. Estou muito preocupado, não é uma situação normal, é uma situação contrária a todos os princípios do bom trabalho técnico e científico", adiantou.

Grossi, que está a tentar mediar um acordo de princípio entre russos e ucranianos sobre a segurança de instalações nucleares, manifestou-se igualmente alarmado com a falta de rotação dos técnicos das centrais, cujo trabalho delicado está a ser realizado sob condições de "nervosismo e angústia psicológica".

O diretor da AIEA discutiu o assunto na semana passada, na Turquia, com os chefes da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

Pretende também envolver na questão os peritos da companhia estatal nuclear russa, Rosatom, que têm influência nas atividades do setor no país e agora na Ucrânia.

Segundo Grossi, a AIEA dispõe de momento de um "nível aceitável de monitorização" da situação nas centrais nucleares ucranianas, tendo identificado um aumento de radiação em Chernobyl nos primeiros dias do conflito, quando as forças russas invadiram a central.

Este aumento, explica, deveu-se à movimentação dos blindados russos em solos ainda fortemente contaminados.

Com as ações militares russas, nomeadamente bombardeamentos, a estenderem-se à região ocidental da Ucrânia, onde estão outras importantes centrais nucleares, como Konstantinovka, o responsável da Agência da ONU está também atento à possibilidade de se repetirem os graves incidentes das centrais já sob ocupação russa.

A AIEA mantém contacto permanente com todas as centrais e, até agora, afirmou Grossi, não se confirmam "possibilidades de avanço militar para outra central".
EUA e países europeus abordaram novas sanções à Rússia
EUA e países europeus abordaram novas sanções à Rússia
Os Estados Unidos da América, juntamente com França, Alemanha, Itália e Reino Unido discutiram esta segunda-feira a implementação de novas medidas para responsabilizar a Rússia pela guerra na Ucrânia, incluindo a imposição de mais sanções económicas.

Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, informou que essas discussões envolveram, ao nível dos respetivos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, o secretário-geral francês, François Delattre, o secretário de estado alemão, Andreas Michaelis, o secretário-geral italiano, Ettore Sequi, e o ministro de Estado do Reino Unido para a Europa e América do Norte, James Cleverly, além da vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman.

"Os participantes debateram outras medidas para responsabilizar a Rússia por uma guerra escolhida por Moscovo, inclusive impondo mais custos económicos", detalhou Ned Price.

"Eles falaram sobre a provisão de segurança coordenada adicional e assistência humanitária à Ucrânia. Enfatizaram também o seu apoio contínuo à soberania ucraniana, integridade territorial e a sua determinação de permanecer ao lado da Ucrânia", conclui o comunicado.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais 2,8 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Lusa
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