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Vermelho domina fecho de sessão na Europa. Monte dei Paschi cai mais de 3%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Vermelho domina fecho de sessão na Europa. Monte dei Paschi cai mais de 3%
A Europa encerrou a sessão em terreno negativo, à exceção de Amesterdão que terminou o dia no verde e Lisboa e Milão que fecharam na linha de água.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 recuou muito ligeiramente (-0,04% para 457,96 pontos.
Entre os 20 setores que compõem o índice, os recursos de base e as viagens lideraram os ganhos, enquanto as "telecom" e "utilities" comandaram as perdas.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt perdeu 0,10%, Madrid recuou 0,35% e Paris cedeu 0,24%.
Londres desvalorizou 0,24%, enquanto Milão (-0,01%) e Lisboa (0,02%) terminaram na linha de água. Em contramão, Amesterdão ganhou 0,19%.
Os investidores mantêm-se atentos à China, onde Pequim tem anunciado uma série de medidas para resgatar a economia do país e controlar a crise no setor imobiliários.
Durante esta segunda-feira, o mercado esteve ainda de olhos postos em Frankfurt.O membro do conselho do BCE e governador do banco central da Bélgica, Pierre Wunsch salientou que o BCE precisa de aumentar ainda mais as taxas de juro antes de fazer uma pausa no ciclo de aperto monetário.
Mais tarde, foi a vez de ouvir a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, que reconheceu, durante um seminário em Londres, que a confiança dos europeus no banco central tem vindo a cair e é crucial no combate à inflação.
Os investidores estiveram atentos às ações da Novo Nordisk, as quais somaram 0,74%, batendo em novos máximos históricos, depois de na sexta-feira se ter tornado, ainda que por breves momentos, a empresa mais valiosa da Europa, ultrapassando assim o grupo de luxo LVMH.
Por outro lado, o italiano Monte dei Paschi di Siena derrapou 3,67%, numa altura em que reina a incerteza sobre a estratégia levada a cabo pelo Estado italiano para vender a participação que detém no capital do banco.
Perspetivas de novos cortes na oferta colocam crude em máximos de novembro
O petróleo negoceia em máximos de novembro, tanto em Londres como em Nova Iorque, numa altura em que reina a expectativa de que os Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) continuem reduzir as exportações.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,47% para 85,95 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,45% para 88,95 dólares por barril.
A Rússia deu conta de que os detalhes sobre os próximos cortes nas exportações de crude serão anunciados durante a reunião da OPEP+ nos próximos dias.
Os investidores esperam ainda que a Arábia Saudita mantenha a intenção de mais cortes na oferta de crude para outubro.
Euro sobe face ao dólar
O euro sobe 0,17% para 1,0798 dólares, num dia em que os investidores digerem as mais recentes declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde.
Durante um seminário em Londres, a líder da autoridade monetária admitiu que a confiança dos europeus no banco central tem vindo a cair e é crucial no combate à inflação.
Durante o dia, os investidores ouviram ainda as palavras de Pierre Wunsch, governador do Banco da Bélgica, que salientou que o BCE precisa de aumentar ainda mais as taxas de juro antes de fazer uma pausa no ciclo de aperto monetário.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – cede 0,12% para 104,108 pontos.
Ouro perde brilho em dia morno para os mercados
O ouro recua 0,14% para 1.936,10 dólares por onça, num dia morno, tendo em conta que é feriado nos EUA, por ocasião do "Labor Day".
Prata e platina acompanham esta tendência negativa, enquanto o paládio negoceia em terreno positivo.
O movimento do metal amarelo ocorre no arranque de mais uma semana marcada por uma chuva de dados macroeconómicos.
Estes números são importantes para os investidores encontrarem pistas sobre o futuro da política monetária, que será decidido na reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, marcada para meados de setembro.
Euribor sobe a três e a seis meses mas recua a 12 meses
A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três e seis meses e desceu a 12 meses, face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu hoje para 4,049%, menos 0,006 pontos que na sexta-feira, depois de ter atingido a 7 de julho um novo máximo desde novembro de 2008.
No prazo a seis meses, a taxa Euribor subiu hoje para 3,955%, mais 0,021 pontos face a sexta-feira, mas ainda abaixo dos 3,987% registados na véspera, um máximo desde novembro de 2008.
Por sua vez, a Euribor a três meses aumentou 0,028 pontos para 3,798%.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Estímulos económicos na China levam a ganhos na Europa
Os principais índices europeus abriram a negociar em terreno positivo, com o sentimento do mercado a ser sustentado por medidas de estímulo do governo chinês ao setor do imobiliário.
O Stoxx 600, referência para a região, sobe 0,81% para 461,82 pontos. A registar os maiores ganhos está o setor mineiro e industrial que sobem mais de 1%, à boleia da subida dos preços dos metais. A Glencore, Rio Tinto e Anglo American sobem mais de 2%.
As medidas, anunciadas pelo governo chinês, "são de elevada importância para ajudar a evitar uma queda mais acentuada no crescimento do país, mas a China vai registar sem dúvida um abrandamento no consumo", disse à Bloomberg Susana Cruz, analista da Liberum Capital.
"Na Europa, tal será particularmente negativo para o segmento dos bens de luxo - com o seu segundo maior mercado, os Estados Unidos, também a perderem impulso - bem como os fabricantes de carros", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,66%, o francês CAC-40 valoriza 0,75%, o italiano FTSEMIB ganha 0,8%, o britânico FTSE 100 subiu 0,68% e o espanhol IBEX 35 pula 0,6%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 1,08%.
Maior apetite pelo risco penaliza dólar
O dólar está a desvalorizar contra as principais divisas, numa altura em que os investidores optam por ativos de maior risco como as ações, que vão negociando com ganhos.
O dólar perde 0,15% para 0,9263 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – recua 0,18% para 104, 049 pontos.
O facto de esta segunda-feira ser feriado nos Estados Unidos está também a levar a um menor volume de negociação, antes de serem conhecidos dados sobre os serviços nos EUA e a inflação e comércio chineses na segunda metade da semana.
Ouro aproxima-se de máximos de um mês
O ouro está a valorizar e a aproximar-se de um máximo mensal, numa altura em que os ganhos estão a ser sustentados por uma descida do dólar, face à possibilidade de a Reserva Federal norte-americana manter as taxas de juro inalteradas na reunião de política monetária de setembro.
O metal amarelo sobe 0,19% para 1.943,17 dólares por onça.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que o número de empregos nos Estados Unidos aumentou em agosto, mas a taxa de desemprego aumentou para 3,8% e os ganhos salariais abrandaram, reforçando uma pausa pela Fed este mês.
Maior apetite pelo risco leva juros a agravarem-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se esta segunda-feira, com os investidores a avaliarem comentários do presidente do banco central da Bélgica, Pierre Wunsch, que afirmou que serão necessárias mais subidas de juros para reduzir a inflação.
Hoje as atenções viram-se para um discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, na semana que antecede a reunião de política monetária de setembro, a realizar-se no dia 14 de setembro.
A "yield" dos juros da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos agravam-se 2,7 pontos base para 3,264%, enquanto a das Bunds alemãs, referência para a região, aumentam 1,5 pontos base para 2,558%.
Os juros da dívida soberana italiana com o mesmo prazo somam 2,6 pontos base para 4,253%, a rendibilidade da dívida espanhola cresce 2,2 pontos base para 3,591% e os juros da dívida francesa também a dez anos agravam-se 1,1 pontos base para 3,080%.
Petróleo interrompe ganhos
Os preços do petróleo estão a desvalorizar ligeiramente esta segunda-feira, depois de ter atingido máximos de novembro, sustentado por perspetivas de que os maiores produtores continuem a manter a oferta apertada e que a Reserva Federal mantenha as taxas de juro inalteradas, evitando penalizar ainda mais a economia norte-americana.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 0,12% para 85,45 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,17% para 88,4 dólares por barril.
A influenciar a recente subida dos preços está um anúncio por parte de Moscovo de que irá continuar a colocar em vigor a sua redução de exportações petrolíferas e é largamente esperado que a Arábia Saudita, o outro líder "de facto" da Organização dos Países Exportadores e aliados (OPEP+), mantenha o seu corte na produção no mês de outubro.
"O fornecimento está muito apertado se os sauditas e aliados não reverterem os cortes na produção", disse à Bloomberg Zhou Mi, analista do Chaos Research Institute. Adicionalmente, acrescentou, "os níveis de procura estão agora muito otimistas".
Medidas de apoio ao setor imobiliário dão ganhos na Ásia. Europa aponta para o verde
Os principais índices europeus apontam para um início de semana com ganhos, numa altura em que os investidores se focam no anúncio por parte do governo chinês de mais medidas de apoio ao setor imobiliário, numa tentativa de reforçar a confiança do mercado.
O foco está ainda nas taxas de juro diretoras da Reserva Federal norte-americana, na expectativa de que se possam estar a aproximar de um pico, o que levaria o banco central a terminar com o agressivo ciclo de aperto da política monetária.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,4%.
Na Ásia, a sessão fez-se no verde, com as praças da região a registarem o melhor dia da última semana. Os ganhos foram sustentados pelas cotadas chinesas em Hong Kong, que foram por sua vez impulsionadas pelas medidas tornadas públicas pelo governo chinês.
Ainda a apoiar o sentimento estiveram notícias de que o Country Garden, que está em incumprimento no pagamento de juros de algumas das suas linhas obrigacionistas, já remunerou o cupão de dívida emitida na moeda da Malásia, o ringgit.
No Japão, os índices mantiveram-se em máximos de 1990, com o sentimento a ser reforçado pela revisão em alta do preço-alvo da Toyota pelos analistas da Mizuho.
Pela China, Xangai subiu 1,3%, no Japão, o Topix avançou 0,8% e o Nikkei valorizou 0,6%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,2%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 2,37%.