Notícia
Os principais desenvolvimentos de segunda-feira, ao minuto
Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos do conflito na Ucrânia e os reflexos nos mercados.
- Ucrânia rejeita ultimato do Kremlin: Mariupol não irá render-se
- Futuros da Europa antecipam abertura cautelosa. Evergrande pesa em Hong Kong
- Bolsas europeias a negociar com ganhos ligeiros. Recursos básicos e oil & gas lideram ganhos
- WTI e Brent com valorizações acima de 4% com guerra na Ucrânia e tensão no Médio Oriente
- Juros das dívidas soberanas a agravar na Zona Euro
- Euro na "linha de água" e libra no vermelho
- Ouro de regresso aos ganhos após a maior queda registada desde junho
- Austrália pressiona Índia: quer uma posição mais firme de condenação à Rússia
- Bombardeamento a centro comercial em Kiev provoca oito mortes
- Berlim finta gás russo com acordo de "longo prazo" com Qatar
- Iate de Roman Abramovich contorna águas europeias e ruma à Turquia
- Kremlin diz que não foram feitos "progressos significativos" nas negociações
- UE pondera novas sanções à Rússia. Embargo ao petróleo e carvão russos em cima da mesa
- Kremlin diz que embargo da EUA e Reino Unido ao petróleo russo terá "pouco impacto"
- EDP junta-se à Fundação Biedronka para apoiar refugiados ucranianos na Polónia
- Bruxelas admite "compras conjuntas" de empresas sem que estas violem a concorrência
- Energia puxa Wall Street para o verde, Boeing cai mais de 5%
- Aproximação de Pequim a Moscovo está a deixar a China isolada
- Tribunal russo bane Facebook e Instagram, avança agência noticiosa da Rússia
- Marcelo: negociações de paz exigem "disponibilidade diferente da parte russa"
- Divergências na UE dificultam entendimento sobre embargo ao petróleo e carvão russos
- Durão Barroso diz que Putin admitiu tomar Kiev em 2014: “A NATO e a União Europeia precisam uma da outra”
- Downing Street acusa Kremlin de enganar ministros com "apanhados" ao telefone
- Ouro prolonga ganhos após maior queda semanal desde junho
- Dólar negoceia "flat" a digerir uma possível postura mais acomodatícia da Fed. Libra recupera
- Juros das Bunds em máximos de 2018
- Petróleo continua rally. Brent a negociar nos 113 dólares
- Relação entre EUA e Rússia "à beira do colapso", avisa Kremlin
- Bolsas europeias encerram mistas. Stoxx 600 com pequeno avanço
- Biden quer resposta coordenada dos EUA, UE e G7 para o caso da China apoiar invasão russa da Ucrânia
- Putin atacou a Ucrânia porque pretende conquistá-la, diz Stubb
- Biden pede que empresas se protejam de possíveis ciberataques russos
- Zaporizhzhia: Russos acusados de atacarem autocarros com civis em fuga
- Zelensky garante que a Ucrânia não vai ceder a ultimatos da Rússia
- Bússola da guerra aponta para mais sanções à Rússia
- Russos bloqueiam acesso a website da Euronews
- Quase 10.000 soldados russos já terão morrido na guerra com a Ucrânia
- Trabalhadores ucranianos de Chernobyl puderam sair, mas foram substituídos
- Petróleo acima dos 116 dólares em Londres
- Pentágono está a recolher provas de crimes de guerra cometidos pela Rússia
O governo de Kiev não vai ceder ao ultimato feito pelo Kremlin, que exigia que a cidade de Mariupol, na Ucrânia, se rendesse. Ainda este domingo, a Rússia pediu às forças ucranianas que baixassem as armas e abandonassem a cidade, que tem estado cercada há já vários dias.
O coronel-general russo Mikhail Mizintsev disse que todas as unidades armadas ucranianas teriam de sair de Mariupol entre as 9:00 e as 11:00 de segunda-feira (hora local – atualmente mais duas horas do que em Lisboa). A partir dessa hora, quaisquer combatentes que ainda permaneçam enfrentarão um tribunal militar, acrescentou.
De acordo com a imprensa ucraniana, nomeadamente o jornal online Ukrainska Pravda, Iryna Vereshchuk, a vice-primeira ministra da Ucrânia, reagiu ao ultimato vindo de Moscovo indicando que "não pode ser uma questão de se renderem ou de juntar armas". "Já informámos o lado russo sobre isto", cita o jornal.
Os futuros das bolsas europeias antecipam uma abertura marcada pela cautela, em mais um dia em que as atenções dos investidores estão viradas para o conflito na Rússia. Com Moscovo a lançar ultimatos a Kiev, continuam os receios de que as negociações entre as duas partes não estarão a ter desenvolvimentos relevantes.
Assim, perante este cenário, os futuros do Stoxx 50 estão a recuar 0,131%. Já os futuros de algumas praças, nomeadamente do índice inglês FTSE ou do francês CAC 40 estão a valorizar ligeiramente.
Já na Ásia, o gigante do imobiliário Evergrande voltou a estar no centro das atenções. A negociação de títulos da empresa e das respetivas unidades estiveram suspensas em Hong Kong, após a imprensa local avançar que o grupo irá fazer esta semana uma call para detalhar aos investidores o plano de reestruturação.
O Evergrande, que entrou em ‘default’ no final de 2021, gerando um efeito dominó no setor imobiliário chinês, indicava em janeiro que estava a preparar num plano de reestruturação.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,07%, enquanto a bolsa de Xangai avançou 0,08%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,77%. No Japão, os índices estiveram encerrados devido ao feriado.
Nesta altura da sessão, o Stoxx 600 avança 0,15% para 455,28 pontos.
Os setores estão divididos entre perdas e ganhos, sendo que do primeiro lado estão em destaque as quedas do setor da tecnologia (-0,94%) e do turismo (-0,87%). Já do lado das valorizações nota para a subida de 1,93% dos recursos básicos e a subida de 1,77% do setor de oil & gas, numa sessão em que o petróleo está a somar 4%. Nota ainda para as subidas acima de 1% do setor da banca e do setor automóvel.
O português PSI, que começou o dia com o "pé esquerdo" está agora em terreno positivo, a avançar 0,09%. O espanhol IBEX avança 0,46%, o alemão DAX 0,18% e o francês CAC 40 está no verde por uns ténues 0,05%. Em Londres, o FTSE está a somar 0,52%, enquanto a bolsa de Amesterdão ganha 0,09%. Milão tem de longe a maior subida entre as bolsas europeias, a somar nesta altura ganhos de 1,04%.
Com a guerra na Ucrânia a encaminhar-se para a marca de um mês de conflito, por si só já a fazer subir os preços, também os ataques a infraestruturas na Árabia Saudita estão no centro das atenções.
O West Texas Intermediate está a subir 4,4% para 109,31 dólares. Já o Brent do Mar do Norte, que é a referência para o mercado europeu, está a registar ganhos de 4,24%. O barril de Brent com entrega para maio está, assim, a negociar nos 112,51 dólares.
Assim, os juros a dez anos da dívida alemã, vistos como a referência para a Zona Euro, estão a avançar 1,7 pontos base para 0,384%. As bunds alemãs estão em terreno positivo desde o final de janeiro.
Em Itália, os juros a dez anos avançam 2,5 pontos base para 1,914%.
Já na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha, ambos a dez anos, estão a registar subidas pouco semelhantes. Os juros de Portugal avançam 1,8 pontos base para 1,192%, enquanto no país vizinho os juros sobem 2,3 pontos base para uma taxa de 1,338%.
Os investidores continuam a acompanhar de perto os desenvolvimentos ligados ao conflito na Europa, dando um impulso ao dólar e pesando nas divisas europeias.
Assim, o euro está na "linha de água" (-0,01%) face ao dólar para 1,1050 dólares. Já a libra esterlina está a cair 0,16% para 1,3157 dólares.
O dólar norte-americano está a negociar de forma estável perante um cabaz composto por divisas rivais, a avançar 0,02%. "Os investidores estão a comprar dólares como uma espécie de "hedge" num dia em que Tóquio está encerrada [devido ao feriado] e existe uma liquidez reduzida nos mercados", contextualiza Mingze Wu, trader de divisas no grupo StoneX, citado pela Bloomberg.
A incerteza ligada ao conflito na Ucrânia está a dar um novo fôlego a este metal precioso, que nesta altura avança 0,19% para 1.925,30 dólares.
A Ucrânia rejeitou render a cidade de Mariupol, após ter recebido um ultimato vindo da Rússia. Assim, os investidores estão a pesar todos estes desenvolvimentos e a procurar algum tipo de refúgio no ouro.
Nos restantes metais preciosos, destaca-se a subida de 0,17% da prata, para 25,01 dólares por libra, e os ganhos de 0,47% da platina, para 1.031,82 dólares por libra.
Já nos metais de base, o níquel está a desvalorizar 11,99% em Londres, a cotar nos 36.915 dólares por tonelada. Até este ponto do ano, este é o metal que regista ganhos mais expressivos, acima de 77%. Uma vez que uma boa parte dos fornecimentos deste metal, utilizado em baterias, vem da Rússia, o receio de escassez devido ao conflito na Ucrânia justifica o disparo no preço do níquel este ano.
A Índia tem assumido uma posição de alguma relutância a condenar Moscovo após a invasão à Ucrânia. E, dessa forma, algumas potências têm vindo exigir que a Índia assuma uma posição mais firme perante o país de Vladimir Putin.
"A trágica perda de vidas sublinha a importânica de responsabilizar a Rússia", disse Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália, em declarações à imprensa, citadas epla Bloomberg, antes de uma reunião com Narendra Modi, o primeiro-ministro indiano.
Ao contrário dos restantes membros da aliança "Quad" – Japão, Austrália e Estados Unidos – a Índia absteve-se na votação de três resoluções na ONU para condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Antes do PM australiano, já o primeiro-ministro do Japão tinha ido a Nova Deli reunir com Modi, pedindo que o país condenasse publicamente a invasão ordenada pelo Kremlin.
A Índia continua a comprar petróleo russo, o Urals, a preços reduzidos.
De acordo com a imprensa ucraniana, este ataque por parte das forças russas terá feito oito mortos, citando números avançados pelo gabinete do procurador geral da Ucrânia. Estes números dizem respeito aos dados recolhidos pelas investigações preliminares.
Além deste centro comercial, os ataques das forças russas atingiram ainda um reservatório em Sumykhimprom e ainda uma central química em Sumy, no norte da Ucrânia.
Berlim continua a trabalhar no sentido de contornar a dependência energética do gás russo, tendo assinado um acordo de abastecimento "a longo prazo" com o Qatar, avança o Financial Times, citando o ministro da Economia alemão, Robert Habeck.
No domingo, durante a sua viagem à região do Golfo, o governante explicou que esta parceria "iria abrir portas à economia do país", já que iria reduzir a dependência germânica do gás russo, que atualmente representa mais da metade do abastecimento anual, segundo as contas do diário britânico.
Robert Habeck não avançou mais detalhes sobre o acordo, remetendo para o tecido empresarial do país -- que acompanhou o braço direito de Olaf Scholz para a economia -- a execução desta resolução de entendimento.
"Ainda podemos precisar de gás russo este ano, mas não no futuro", assegurou Habeck. O ministro aproveitou ainda o momento para enviar uma mensagem subtil ao Kremlin, frisando a importância deste acordo: "começa assim, quem tem ouvidos deve começar a ouvir".
O governo do Qatar saudou o acordo em comunicado, elogiando a decisão de Berlim de "acelerar" o desenvolvimento de terminais GNL (gás natural liquefeito), adiantando também que as empresas de ambos os países passariam agora a discutir sobre "o fornecimento de gás a longo prazo do Qatar para a Alemanha".
O gesto de Berlim ocorre dias antes da reunião dos líderes da União Europeia marcada para esta quinta-feira e que tem como principal intuito discutir a crise energética do bloco.
O sul da Europa também já se preparou para este encontro, com uma reunião que decorreu na passada sexta-feira entre o primeiro-ministro, António Costa, com os homólogos Mario Draghi, Pedro Sánchez e Kyriákos Mitsotákis, em Roma, Itália, onde debateram as consequências energéticas para a Europa do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Os dados de monitorização de navios indicam que o iate Solaris, de 140 metros que navega com a bandeira das Bermudas, saiu a 8 de março de um estaleiro em Barcelona, onde estava a ser reparado, rumo à cidade de Tivat, no Montenegro. Na última semana, contornou a ilha grega de Creta em direção à Turquia.
Esta segunda-feira, o iate ligado a Roman Abramovich foi visto a poucos quilómetros da costa sudoeste da Turquia, para onde seguir na direção do resort de Datça.
Roman Abramovich é um dos vários bilionários russos que foram colocados na "lista negra" da União Europeia, depois da invasão russa da Ucrânia. Nas últimas semanas, tem retirado bens de vários países europeus para evitar que sejam confiscados.
"As conversações têm de ser asseguradas e haver concordância sobre os resultados", disse Peskov, citado pela agência Reuters. "Ainda não há progressos significativos até agora."
Tal como já havia dito na semana passada, este porta-voz do governo de Putin voltou a defender que a Ucrânia está a "atrasar" estas negociações. De acordo com a Reuters, este responsável defendeu que o governo de Kiev terá feito propostas que, aos olhos da Rússia, são vistas como "inaceitáveis".
Nas mesmas declarações à imprensa, o porta-voz do Kremlin pediu aos países com maior influência nas relações com Kiev para fazerem com que a Ucrânia "seja mais favorável e construtiva nestas conversações".
As novas sanções visam dar uma "resposta forte" à crise humanitária que se vive na Ucrânia desde a invasão russa, sobretudo na cidade portuária de Mariupol, que tem chocado o Ocidente.
O embargo à energia russa é um "passo lógico" para vários países, mas a Alemanha tem alertado para os riscos de agir rápido demais numa altura de escalada dos preços da energia.
Já a França considera que a imposição de novas sanções não deve ser um tema "tabu", tendo em conta os ataques perpetrados contra civis.
Por outro lado, há quem defenda que o ataque com armas químicas ou o pesado bombardeamento de Kiev são os "gatilhos" para a Europa avançar com um embargo à energia russa.
O novo pacote de sanções poderá juntar-se ao que já está atualmente em vigor e que prevê o congelamento de ativos do banco central russo e de vários oligarcas ligados ao regime de Vladimir Putin, bem como a exclusão de sete bancos russos do sistema Swift, que permite as transações financeiras internacionais.
Em causa está o facto de, tanto os Estados Unidos como o Reino Unido, comprarem apenas "pequenas quantidades de petróleo russo", pelo que o impacto do embargo na economia russa será "pequeno".
Alexander Novak referiu ainda, segundo a agência de notícia Interfax, que a Rússia está a resolver as "questões logísticas" relacionadas com o embargo. Assegurou, no entanto, que a produção de petróleo e gás no país continua "como de costume", apesar das sanções.
Depois dos Estados Unidos e do Reino Unido, também a União Europeia está a ponderar avançar com um embargo ao petróleo russo. O tema será alvo de discussão na reunião que irá juntar esta segunda-feira os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, em Bruxelas.
Devido à invasão na Ucrânia, a Polónia tem sido um dos principais destinos dos ucranianos. De acordo com a nota da EDP, o acordo, que envolve uma doação no valor de 500 mil euros, foi formalizado durante a visita a Varsóvia de Miguel Stilwell d'Andrade, que lidera a EDP e a EDP Renováveis, com Katarzyna Scheer, presidente da Fundação Biedronka, na sede da Jerónimo Martins Polónia.
A colaboração entre as duas entidades permitirá à Fundação Biedronka utilizar o valor da doação para distribuir alimentos aos refugiados ucranianos em território polaco, em parceria com ONG que se têm mantido no terreno.
Devido à presença do grupo EDP na Polónia, Roménia e Hungria, tem existido um contacto regular com as autoridades locais, às quais será também prestada a ajuda necessária para apoiar as comunidades na fronteira com a Ucrânia.
Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP e da EDPR, considera que "estamos a lidar com uma crise humanitária devastadora. Não podemos dar-nos ao luxo de não apoiar as pessoas afetadas e que mais necessitam." Nesta nota à imprensa, o executivo indica que "unir forças é vital para o sucesso e estamos muito felizes por termos sido capazes de cooperar com uma fundação do grupo Jerónimo Martins que desenvolve um trabalho tão crucial no terreno. Continuaremos a impulsionar iniciativas para ajudar as vítimas inocentes de conflitos."
A Comissão Europeia e a Rede Europeia da Concorrência (na sigla inglesa ECN) publicaram esta segunda-feira uma declaração conjunta sobre a aplicação do direito da concorrência no contexto da invasão russa da Ucrânia.
Bruxelas esclarece que a "cooperação para assegurar a compra, fornecimento e distribuição equitativa dos produtos escassos", face ao atual cenário de crise não desencadeará uma intervenção das autoridades para a concorrência.
A ECN reconhece que "as atuais condições de crise podem desencadear a necessidade de as empresas recorrerem à cooperação" e que "tal pode incluir, por exemplo, a cooperação para assegurar a compra, fornecimento e distribuição equitativa de produtos escassos; ou atenuar as graves consequências económicas, incluindo as decorrentes do cumprimento das sanções impostas pela UE [à Rússia]", pode ler-se no comunicado publicado por Bruxelas.
Neste contexto, a ECN frisou que "não vai intervir ativamente contra iniciativas estritamente necessárias e temporárias especificamente destinadas a evitar as graves perturbações causadas pelo impacto da guerra ou das sanções no mercado único", acrescenta nota de imprensa.
Apesar de tudo, a autoridade europeia salienta que continuará a ser inflexível caso encontre alguma situação de cartel ou abuso de posição dominante, fenómeno perante a qual, "não hesitará em tomar medidas".
Wall Street arrancou a sessão mista tendo minutos depois sido puxada para o verde, à medida que os investidores se preparam para um cenário de inflação mais alta e encaram a subida dos preços do petróleo acima do patamar dos 112 dólares.
O industrial Dow Jones abriu a sessão na linha de água, estando a ganhar 0,11% para 34.793,33 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq composite arrancou no vermelho, tendo entretanto invertido para território positivo, estando a somar 0,12% para 13.886,50 pontos.
Por sua vez, o "benchmark" mundial, S&P 500, ganha 0,33% para 4.477,04 pontos, sobretudo puxado pela energia.
Estes movimentos surgem depois de estes três índices terem registado na semana passada, a melhor sequência de cinco dias, desde novembro de 2020.
Durante a sessão de hoje, o mercado estará de olho nas ações da Boeing, que seguem a cair 5,56%, depois de um dos seus modelos comprado pela China Eastern Airlines ter caído, quando transportava 132 pessoas.
Por sua vez, as ações da Nielsen Holdings estão a afundar 11%, depois de a companhia ter rejeitado uma oferta de aquisição de um grupo de "private equity", um acordo que teria concedido à empresa uma avaliação de 15 mil milhões de dólares.
Do lado dos ganhos, o foco está sobretudo no setor da energia que está a acompanhar o rali do petróleo, com a Occidental Petroleum a subir 3,43% e a Marathon Oil a somar 3,51%.
Para os analistas esta semana será determinante para avaliar o comportamento futuro do mercado acionista norte-americano. "Os próximos dias serão um teste sobre se o rali de risco da semana passada foi exagerado. As esperanças de uma resolução pacífica na Ucrânia basearam-se mais em manchetes do que em evidências", alertam Francesco Pesole e Chris Turner, do ING, numa nota de "research" citada pela Reuters.
Assim sendo, os olhos do mercado vão estar sobretudo focados no presidente norte-americano, Joe Biden, que vai reunir-se com os aliados da NATO esta quinta-feira para depois visitar a Polónia no dia a seguir.
Um momento importante numa altura em que as negociações entre Rússia e Ucrânia parecem estar paradas, já que o Kremlin, ao contrário do que transpareceu pela mensagem da Turquia no domingo, afirmou esta segunda-feira que afinal não estão a ser feitos progressos significativos para um acordo de paz.
Na semana passada, já com receio de uma aproximação excessiva entre Pequim e Moscovo, Joe Biden falou ao telefone com Xi Jinping, o Presidente chinês - uma conversa que não terá tido desenvolvimentos relevantes.
A caminhar para a marca de quase um mês de conflito na Ucrânia, o tabuleiro de xadrez parece agora estar a pender mais para o lado dos EUA no duelo entre EUA e China. Joe Biden tem vindo a público condenar por diversas vezes as ações da Vladimir Putin, assim como a União Europeia e a restante comunidade internacional.
A relutância de Xi Jinping em condenar a ação da Rússia, que invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, está a deixar a China cada vez mais isolada. "Xi parece sentir que é muito importante ter a Rússia como um contraponto estratégico aos Estados Unidos, tanto diplomaticamente como militarmente", refere Julian G. Ku, professor de direito constitucional na Universidade de Hofstra, em declarações à Bloomberg. "Mas caso Putin não tenha um cargo, ou se a Rússia enfraquecer dramaticamente, isso mina a política estratégica básica de Xi de agressivamente ponderar os interesses da China contra os EUA e outros países".
Esta decisão terá sido baseada no facto de a Meta, a empresa que controla as duas redes sociais, ter sido considerada por este tribunal como um "organização extremista".
A TASS avança ainda que este tribunal terá rejeitado o apelo da Meta, que teria pedido mais tempo para preparar a defesa. A empresa terá também questionado a legitimidade do tribunal para banir os serviços a pedido dos procuradores russos.
Este tribunal russo considerou que a Meta era uma organização "extremista" depois de a plataforma indicar que iria permitir que os utilizadores na Ucrânia partilhassem mensagens de violência contra a Rússia e as tropas de Moscovo.
Numa mensagem de vídeo apresentada numa conferência da Gulbenkian sobre o conflito, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "encontrar negociações eficazes" significa posições "sérias e não manobras de diversão para ganhar tempo".
Com "mediação à altura e uma disponibilidade diferente da parte russa que tem colocado exigências que inviabilizam" um processo de paz, considerou.
Em atualização
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estão em Bruxelas para aprovar uma resposta conjunta, mas são já evidentes as divergências entre países e não é esperada uma decisão final já está segunda-feira.
Enquanto a Lituânia e a Irlanda apoiam o corte ao petróleo russo, a Alemanha, Países Baixos e Itália (que são algumas das economias europeias mais importam petróleo à Rússia) temem que se esteja a reagir rápido demais numa altura de escalada dos preços da energia e recusam mexer nesse dossier.
Já o fim das compras de carvão à Rússia é também uma linha vermelha para países como a Alemanha, Polónia e Dinamarca, apesar de a medida contam com o apoio dos países bálticos e Irlanda.
O ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lançou esta segunda-feira a sua intervenção numa conferência da Gulbenkian sobre o conflito com um episódio que remonta a 2014, quando a Crimeia foi anexada pela Rússia.
Durão Barroso afirma que confrontou Putin sobre o assunto, e o que o presidente russo terá dito que quem estava na Crimeia "não eram tanto as forçar armadas" russas mas apenas "alguns russos".
"E acrescentou dizendo que se fossem as forças armadas russas ele me poderia garantir que em menos de duas semanas as forças tomariam Kiev", afirmou.
De acordo com o ex-presidente da Comissão Europeia, a informação foi transmitida internamente e acabou por ser publicada num jornal italiano. Putin terá alegado, segundo descreve, que as suas palavras foram retiradas de contexto.
Para o antigo primeiro-ministro português ""a NATO e UE precisam uma da outra e isso vai ser declarado em breve, formalmente, numa declaração conjunta que está a ser preparada".
Notícia em desenvolvimento
Downing Street acusou o Kremlin de estar por detrás de dois telefonemas falsos. Segundo o governo britânico, Ben Wallace, ministro da Defesa, e Priti Patel, ministra do Interior, receberam duas chamadas em que os interlocutores se fizeram passar pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.
"O Estado russo foi responsável pelos telefonemas feitos aos ministros do Reino Unido na semana passada", garantiu fonte oficial de Downing Street, citada pela imprensa britânica.
"Esta é uma prática padrão para as operações russas. A desinformação é uma tática do manual do Kremlin para tentar distrair das suas atividades ilegais na Ucrânia e das violações de direitos humanos que estão a ser praticadas", acrescentou um porta-voz, citado pelo Financial Times (FT).
"Estamos a assistir a uma série de histórias de distração e mentiras do Kremlin, que refletem o desespero do [presidente Vladimir] Putin que procura esconder a dimensão do conflito e as falhas da Rússia no campo de batalha", rematou a mesma fonte.
Esta conclusão surge uma semana depois de o ministro da Defesa ter desencadeado uma investigação para entender o que se passou. De acordo com o governo britânico, o alegado impostor falou com o braço direito de Boris Johnson através do Microsoft Teams, em videoconferência, depois do Ministério da Defesa ter recebido um email alegadamente falso da embaixada ucraniana em Londres.
O incidente foi reportado pelo próprio Wallace que escreveu no Twitter "não há campanha de desinformação ou truques sujos [do Kremlin] que nos possam distrair dos abusos de direitos humanos por parte da Rússia". Patel respondeu ao tweet: "também aconteceu comigo no início desta semana. Tentativa patética em tempos tão difíceis. Estamos com a Ucrânia".
Esta não é a primeira vez que Londres "cai" num "truque" desta natureza. Em 2018, segundo Downing Street, dois indivíduos russos estiveram ao telefone com o então ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, durante 18 minutos, depois de um deles se ter feito passar por primeiro-ministro da Arménia.
A justificar a valorização do metal precioso nos mercados está a incerteza em relação à invasão russa da Ucrânia, numa altura em que o Kremlin diz não haver ainda avanços nas negociações e a União Europeia pondera um novo pacote de sanções, incluindo o embargo ao petróleo e carvão russos.
Com os investidores a avaliar o impacto que os novos desenvolvimentos do conflito poderão ter na economia global, a procura pelos chamados "ativos de refúgio" tem aumentado, o que explica a subida do ouro.
O mesmo acontece com a prata, que está a avançar 1,45% para 25,45 dólares, e a platina, que some 1,45% para 1.041,82 dólares.
Em causa estão as declarações de Raphael Bostic, presidente da Reserva Federal de Atlanta, que disse antecipar seis aumentos de juros este ano (ao invés de sete) e dois para 2023. Esta é uma posição mais "dovish" do que a que tem sido reportada pela maioria dos membros da Fed.
A reagir a isso, o índice da Bloomberg que compara o dólar face a um cabaz de moedas rivais indica que a moeda norte-americana está a negociar estável nos 98,213.
Apesar dessa desvalorização, o euro está a cair 0,05% para 1,1046 dólares. Já a libra recupera 0,18% para 1,3202 dólares.
As declarações de Raphael Bostic surgem depois de a Fed ter aumentado a principal taxa de juro em 25 pontos base, na semana passada, tendo sido essa a primeira vez que o fez desde 2018.
Os juros da dívida soberna estão a agravar-se de forma expressiva na Zona Euro e nos EUA, num dia marcado pela continuação do apetite dos investidores pelo risco, refletido nos ganhos do mercado acionista.
As yield das bunds germânicas a 10 anos – referência para o mercado europeu – estão mais uma vez a renovar máximos de novembro de 2018, a subirem 6,8 pontos base para 0,435%. Desde o dia 31 de janeiro que os juros da dívida alemã a 10 anos estão em território positivo.
Os juros da dívida soberana italiana a 10 anos são os que registam a subida mais expressiva, com um agravamento de 7,9 pontos base para 1,967%. Em França, na mesma maturidade, seguem também esta tendência, estando a somar 6,7 pontos base para 0,891%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola a 10 anos avançam 6,3 pontos base para 1,377%, enquanto em Portugal a yield das obrigações com a mesma maturidade sobe 5,9 pontos base para 1,233%, como não era visto desde abril de 2020. Desde 7 de fevereiro que os juros da dívida nacional a 10 anos estão acima de 1%.
Do outro lado do Atrlântico, as yields das obrigações a 10 anos somam 9 pontos base para 2,239%.
O petróleo continua o seu rally pelo terceiro dia, à medida que a guerra na Ucrânia está a prestes a fazer um mês.
O West Texas Intermediate (WTI) – referência para o mercado norte-americano – para entrega e abril soma 4,86% para 109,79 dólares por barril, depois de durante o dia ter escalado mais de 6% para 111 dólares.
Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - valoriza 5,53% para 113,90 dólares.
Os investidores temem que a quinta ronda de sanções da União Europeia (EU) contra a economia russa possa incluir o mercado do petróleo.
Como sublinhou Rohan Reddy, analista da Global X Management, citado pela Bloomberg, há algumas semanas "parecia pouco realista [que a UE impusesse sanções ao setor energético russo] devido à dependência da energia russa".
Agora, caso Bruxelas decida dar este passo, o analista estima que "seja cortada entre 4% a 5% da oferta global de petróleo", já que "a Europa comprou entre 40% a 45% da produção total russa", justifica Reddy.
No início deste mês, o Brent tocou nos 140 dólares por barril, renovando máximos de 2008. Em média, as oscilações intradiárias foram de cerca de 10 dólares, provando a volatilidade que se vive no mercado do petróleo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo emitiu esta segunda-feira um comunicado, onde dá conta que convocou o embaixador norte-americano John Sullivan, em missão na Rússia, para avisar os EUA que os comentários de Joe Biden sobre Vladimir Putin tinham colocado a relação diplomática entre ambos ao países "à beira do colapso".
Na semana passada, o presidente norte-americano não poupou nas críticas contra o homólogo russo Vladimir Putin, que apelidou de "criminoso de guerra", por enviar dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia.
Para o Kremlin, "tais declarações, indignas de um estadista de tão alto escalão, colocam as relações russo-americanas à beira do colapso", disse o ministério em um comunicado. Moscovo já tinha reagido anteriormente às palavras do Ocupante da Casa Branca, classificando-as como "insultos pessoais" contra Putin.
O ministério tutelado por Sergei Lavrov revelou ainda na nota que assegurou a Sullivan que "as ações hostis contra a Rússia receberiam uma resposta firme e decisiva".
Já o Stoxx 600 - índice de referência para a Europa, que agrega as principais empresas do continente - somou uns tímidos 0,04%, depois de ter vindo da sua melhor semana desde novembro de 2020,na qual recuperou todas as perdas desde a invasão militar da Ucrânia.
Por setores, estiveram em destaque as empresas de recursos básicos, bem com as grandes energéticas do petróleo e gás. Em sentido inverso, as perdas foram lideradas pelas cotadas do mercado imobiliário e do turismo.
A analista Monica Defend, do Instituto Amundi, não espera que o recente bom desempenho das ações europeias vá durar. "Com o crescimento económica em risco, mais na Europa do que nos EUA, isso vai refletir-se num menor crescimento dos lucros e, sendo assim, esperamos que as ações não continuem com os ganhos da última semana", afirmou à Bloomberg TV.
Já os estrategas do Morgan Stanley acreditam que os ganhos por share sejam apenas de 3% em 2022, em comparação com a previsão de 10%, estimando uma recessão para a região, com os lucros das empresas a cair 15% este ano e permanecendo estáveis em 2023.
Essas duas questões serão também levadas a discussão na cimeira extraordinária da NATO e na reunião do G7 (as sete economias mais industrializadas do mundo). Mas, segundo fontes da Casa Branca, há mais um tema que Joe Biden quer colocar em cima da mesa: criar uma "barreira" entre Pequim e Moscovo.
Depois de várias conversas "inconclusivas" com o presidente chinês, Joe Biden quer coordenar com a União Europeia uma resposta forte contra Pequim, caso Xi Jinping decida fornecer apoio material à invasão russa da Ucrânia.
Os Estados Unidos estão confiantes de que também os estreitos laços económicos da China com os países mais ricos (o G7), que compram cerca de um terço das suas exportações, exercer pressão sobre o regime chinês para condenar a invasão da Ucrânia e se distanciar da retórica de Vladimir Putin.
"Putin não atacou a Ucrânia por recear que aderissem à NATO, foi um pretexto. Atacou a Ucrânia porque não queria uma Ucrânia europeia, e a Ucrânia é um caminho aberto para a Rússia. E por isso quer conquistá-la e ficar na História como um grande líder, como Estaline", indicou o político conservador finlandês, 53 anos, um dos intervenientes numa Conferência virtual organizada hoje pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sob o lema "A Invasão da Ucrânia: desafios para a Europa e o Mundo".
No decurso de uma conversa com Miguel Poiares Maduro, professor universitário e ex-ministro, Stubb sugeriu que na sequência da invasão militar da Rússia pela Ucrânia será necessário "pensar no longo prazo", ao admitir que a atual situação se poderá prolongar.
"Em última análise, haverá uma nova 'cortina de ferro' entre um agressor autoritário, a Rússia, e o resto da Europa. Terão de existir cálculos bem claros sobre os custos deste isolamento, por exemplo os turistas russos em Portugal ou os investimentos dos oligarcas", indicou.
Após referir que no campo da dependência energética a União Europeia deverá prescindir no imediato da importação de petróleo russo, e posteriormente do gás, Stubb perspetivou três possibilidades que vão determinar o desfecho da atual situação, a primeira das quais é que "Putin retire por não conseguir vencer a guerra".
"Mas não me parece provável porque esta guerra é demasiado importante para que Putin falhe. Antes disso acontecer, vai começar a usar armas químicas, não julgo que use armas nucleares, não é suicida", adiantou.
"A segunda opção é uma divisão da Ucrânia, entre leste e oeste, que não será sustentável, e a terceira opção é que esta guerra não acabe. Será uma destruição total da Ucrânia, uma nova Bósnia mas com 40 milhões de pessoas".
O político finlandês considerou que as duas últimas opções "são infelizmente as mais prováveis nesta fase, mas devemos estar preparados para tensões durante muito tempo".
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"A minha administração reitera esses avisos, com base em dados dos serviços de informações em constante evolução, de que o Governo russo está a explorar opções para possíveis ataques cibernéticos", indicou o Presidente num comunicado divulgado pela Casa Branca.
Os ataques informáticos fazem parte do "manual de estratégia" que orienta o Governo russo, insiste Joe Biden, para quem hoje é "crucial acelerar a tarefa de reforçar a segurança informática interna" norte-americana.
De acordo com a Casa Branca, infraestruturas essenciais, principalmente operadas pelo setor privado norte-americano, podem ser visadas.
"Vocês têm o poder, a capacidade e a responsabilidade de fortalecer a segurança cibernética e a resiliência dos serviços e tecnologias essenciais dos quais os norte-americanos dependem. Precisamos que todos façam a sua parte para enfrentar uma das ameaças que definem nosso tempo -- a sua vigilância e urgência hoje podem prevenir ou mitigar ataques amanhã", apelou o chefe de Estado.
Lusa
O diretor da Administração Militar Regional da região ucraniana de Zaporizhzhia denunciou, esta segunda-feira, o ataque a autocarros que retiravam civis da região. Quatro crianças terão ficado feridas, em incidentes diferentes.
"Quatro crianças foram levadas para o hospital", escreveu no Twitter Oleksandr Staruk.
??Evacuation buses with children from #Mariupol were shelled, there are children in serious condition
— NEXTA (@nexta_tv) March 21, 2022
This was announced by the head of the #Zaporizhia OVA Oleksandr Starukh. pic.twitter.com/8RPNeHtj5G
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky garantiu esta segunda-feira que a Ucrânia nunca vai ceder a ultimatos da Rússia.
Numa entrevista publicada na televisão pública ucraniana, Zelensky insistiu que cidades como Kiev, Mariupol ou Karkhiv não vão aceitar a ocupação russa. "A Ucrânia não pode aceder a ultimatos", defendeu.
Sábado
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O regulador Roskomnadzor bloqueou o website do canal euronews.com e a sua versão russa ru.euronews.com a pedido do Ministério Público, avançam as agências de noticias citadas pela Agence France Presse (AFP).
A razão para o bloqueio não foi especificada mas, desde a invasão à Ucrânia, o governo russo tem reforçado consideravelmente o seu controlo sobre as notícias transmitidas na Internet, uma das últimas áreas de livre expressão no país.
Muitos meios de comunicação social russos e estrangeiros, incluindo a BBC, foram proibidos de aceder à internet e as redes sociais americanas Facebook e Instagram foram hoje declarados "extremistas" por um tribunal de Moscovo, segundo a AFP, que recorda que o acesso ao Twitter também tem sido restringido.
Na semana passada, Roskomnadzor acusou o gigante americano Google e o seu serviço de vídeo YouTube de atividades "terroristas", sendo este considerado o primeiro passo para um possível bloqueio.
Entretanto, desde o início do mês, as autoridades passaram a prever dois novos crimes: um por divulgar informações "desacreditando" o exército russo e outro por divulgar informações "falsas" sobre as tropas russas.
Esta última infração implica penas até 15 anos de prisão e é particularmente preocupante para os opositores e meios de comunicação independentes, que receiam ser processados por reportagens realizadas sobre a guerra que começou a 24 de fevereiro.
Lusa
Um total de 9.861 soldados russos terão morrido na guerra na Ucrânia, desde que a Rússia invadiu aquele país a 24 de fevereiro, e 16.153 ficaram feridos, segundo dados do Ministério russo da Defesa revelados por um jornal pró-Kremlin, diz o The Wall Street Journal.
Komsomolskaya Pravda, the pro-Kremlin tabloid, says that according to Russian ministry of defense numbers, 9,861 Russian soldiers died in Ukraine and 16,153 were injured. The last official Russian KIA figure, on March 2, was 498. Fascinating that someone posted the leaked number. pic.twitter.com/LHrBWIQ49z
— Yaroslav Trofimov (@yarotrof) March 21, 2022
Os trabalhadores da central de Chernobyl que estiveram de serviço naquelas instalações durante as últimas três semanas, desde a invasão russa, tiveram autorização para sair, anunciou o supervisor nuclear da ONU – a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Este pessoal técnico estava em funções desde que a Rússia tomou o controlo da central e não puderam sair durante três semanas, alimentando receios acerca da segurança de Chernobyl.
Os trabalhadores que agora saíram foram substituídos por colegas ucranianos, refere o The Guardian, citando a AIEA.
Os preços do "ouro negro" continuaram hoje a subir fortemente, com os investidores a recearem que uma nova ronda de sanções da União Europeia contra a economia russa possa incluir o mercado do petróleo.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, disparou 7,85% para 116,40 dólares por barril no fixing do dia.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,57% para 112,76 dólares por barril no mercado de futuros depois de ontem ter também voltado a escalar.
"Os preços estão a subir enquanto os mercados avaliam a possibilidade de um embargo coordenado do Ocidente às exportações russas de petróleo como retaliação pela escalada do conflito na Ucrânia, que viu o bombardeio indiscriminado de alvos civis", sublinhou Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe S.A., na sua análise diária.
"De acordo com alguns relatos, a União Europeia está a considerar seguir o exemplo dos EUA e bloquear as compras de petróleo da Rússia. Um cenário que exacerbaria os problemas de fornecimento em andamento e provavelmente desencadearia um novo aumento nos preços do petróleo", apontou.
"Para somar a tudo isto, o ataque a um terminal de petróleo saudita este fim de semana está a prejudicar o sentimento do mercado. Reivindicado por rebeldes houthis, o ataque causou uma queda temporária na produção e ajudou a elevar o preço do barril de Brent a níveis não vistos há mais de uma semana", rematou Ricardo Evangelista.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está a recolher provas de crimes de guerra cometidos pelas forças russas durante a invasão da Ucrânia, para eventuais processos contra os responsáveis na justiça, divulgou hoje o porta-voz do Pentágono.
O Pentágono está a contribuir "para o processo de investigação", explicou o porta-voz, John Kirby, em conferência de imprensa.