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Ao minuto20.02.2025

Incerteza em torno da Ucrânia deixa Europa sem rumo. Repsol dispara quase 8%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.
Kai Pfaffenbach /Reuters
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20.02.2025

Incerteza em torno da Ucrânia deixa Europa sem rumo. Repsol dispara quase 8%

As bolsas europeias encerraram a sessão desta quinta-feira sem rumo, numa altura em que a incerteza marca as negociações de paz na Ucrânia e as contas trimestrais da empresa estão a dividir os investidores.

O "benchmark" da negociação europeia, Stoxx 600, caiu 0,20% para 551,01 pontos, continuando a afastar-se dos máximos históricos que atingiu na sessão de terça-feira (557,96 pontos). Os setores que compõe este índice dividiram-se entre ganhos e perdas, com o dos media a registar o pior desempenho.

Esta quinta-feira, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reuniu-se com um enviado especial da administração norte-americana em Kiev, mas, atendendo a um pedido feito pelos EUA, não foi realizada uma conferência de imprensa após a reunião.

Entre as principais movimentações de mercado, a Schneider Electric cresceu 2,99% para 254,60 euros, depois de o grupo francês ter apresentado resultados ao mercado que ficaram bastante acima das expectativas. A empresa anunciou ainda que espera ver um crescimento nas margens em 2025.

Por sua vez, a Repsol disparou 7,84% para 13,13 euros, apesar de a empresa ter registado uma queda nos lucros de 45% para 1.756 milhões de euros o ano passado – uma redução no resultado líquido inferior à antecipada.

As bolsas europeias ainda não conseguiram recuperar das quedas acentuadas que registaram na quarta-feira, depois de comentários de membros dos Banco Central Europeu terem feito soar os alarmes entre os investidores em torno do ciclo de alívio das taxas de juro.

"A volatilidade está aqui e veio para ficar, dadas as potenciais dúvidas sobre a política do BCE, a incerteza sobre as tarifas e as eleições alemãs, que podem vir a ter um impacto real nos mercados", afirma Beatrice Guedj, da Swiss Life, à Bloomberg.

20.02.2025

Juros da dívida aliviam na Zona Euro após grandes subidas na véspera

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quinta-feira, depois de na sessão anterior terem disparado à boleia dos comentários de membros do Banco Central Europeu (BCE), com especial destaque para Isabel Schnabel, sobre uma possível pausa no ciclo de corte de juros. 

Os investidores parecem estar ainda a pôr de lado as preocupações com um eventual reforço das verbas da defesa, numa altura em que as negociações entre os EUA e a Rússia para alcançar a paz na Ucrânia não estão a registar desenvolvimentos significativos. O mercado concentra-se, agora, nos dados do PMI na Zona Euro relativos a fevereiro.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, cederam 3 pontos base, para 2,963%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento recuou 2,3 pontos, para 3,151%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa desceu 2,3 pontos para 3,264% e a das "Bunds" alemãs 
registaram um decréscimo de 2,4 pontos base para 2,531%.
 
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, cederam uns modestos 0,3 pontos para 4,606%.

20.02.2025

Ouro atinge novo máximo e já pisca o olho aos 3.000 dólares

O ouro tem estado a atingir recordes sucessivos nos últimos dias e esta quinta-feira entrou também em território nunca antes explorado. O metal precioso continua a ser impulsionado pelo seu estatuto de valor-refúgio, reforçado pelas tensões geopolíticas e pelos receios de novas pressões inflacionistas nos EUA, devido às políticas protecionistas de Donald Trump.

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20.02.2025

Dólar perde força após "rally". Iene em máximos de dois meses

O "rally" do dólar foi interrompido esta quinta-feira, numa altura em que a narrativa de uma eventual guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros regista avanços e recuos. Já o iene valoriza em força contra o dólar, com o roçar dos tambores a soar cada vez mais altos para uma nova subida nos juros por parte do banco central japonês.

A esta hora, o euro avança 0,49% para 1,0474 dólares, enquanto a libra valoriza 0,43% para 1,2640 dólares. Já a "nota verde" perde 1,29% para 149,51 ienes, tocando em mínimos de dois meses.

Apesar de o estratega de mercados cambiais do Banco de Singapura, Moh Siong Sim, apontar várias razões para este "rally" do iene, o analista acredita que "os investidores ficaram excitados ao pensar que a recente subida nas 'yields' que apoiam o iene não são uma preocupação e, por isso, configuram uma luz verde para uma eventual subida nos juros muito em breve", explica.

Os mercados continuam a acompanhar os desenvolvimentos geopolíticos na Ucrânia, isto depois de o presidente dos EUA ter apelidado Volodymyr Zelensky como um "ditador" – exacerbando uma disputa entre os dois líderes que tem preocupado os líderes europeus.

Na frente comercial, Donald Trump admitiu chegar a um novo acordo com a China, afirmando ainda que espera que o presidente da nação asiática, Xi Jinping, visite território norte-americano nos próximos tempos – embora não tenha especificado uma data.

20.02.2025

Petróleo continua a subir após ataque a oleoduto russo. "Stocks" nos EUA aumentam

Os preços do petróleo estão a negociar em máximos de uma semana, numa altura em que os investidores parecem estar a dar pouca importância à subida dos "stocks" de crude nos EUA.

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para o mercado norte-americano – avança 0,42% para os 72,55 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,49% para os 76,41 dólares por barril.

Os investidores parecem estar a focar-se mais em eventuais disrupções de fornecimento de petróleo do Cazaquistão, após um ataque ucraniano a um oleoduto russo, através do qual passa 30% a 40% do crude do país. De acordo com cálculos da Reuters, um corte de 30% neste fornecimento reflete-se na perda de 380 mil barris por dia no mercado.

Nos EUA, os "stocks" de crude cresceram em 3,34 milhões de barris na semana passada, de acordo com dados do American Petroleum Institute, lançados na quarta-feira e que vão ser confirmados esta quinta pelo Departamento de Energia dos EUA.

Ainda em foco está um possível adiamento da entrada de mais petróleo no mercado por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e dos seus aliados (OPEP+). O equilíbrio entre oferta e procura continua a preocupar o cartel e a OPEP+ "está  disposta a renunciar a uma maior quota de mercado para manter os preços mais elevados", explica Arne Lohmann Rasmussen, analista da A/S Global Risk Management, à Bloomberg.

20.02.2025

Wall Street afasta-se de máximos históricos. Walmart afunda mais de 6%

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira em queda, numa altura em que o mercado encontra-se a digerir os mais recentes dados relativos aos pedidos de subsidio de desemprego, ao mesmo tempo que mantêm as tarifas de Donald Trump em foco. O sentimento está ainda a ser marcado pelas previsões de lucro pouco animadoras da Walmart para este ano.

O índice S&P 500 recua 0,60% para 6.107,44 pontos, afastando-se dos máximos históricos atingidos na sessão de quarta-feira (6.147,43 pontos). Por sua vez, o tecnológico Nasdaq perde 0,83% para 19.890,40 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,63% para 44.346,66 pontos.

A gigante de retalho Walmart arrancou a sessão a afundar 6,19% para 97,58 dólares, depois de ter apresentado contas ao mercado. Apesar de ter registado um aumento acima do esperado nos lucros do quarto trimestre, as previsões para o resultado líquido do ano fiscal terminado em janeiro de 2026 ficaram abaixo das expectativas.

A retalhista norte-americana antecipa que, finalmente, a inflação comece a pesar no consumo das famílias dos EUA e que isso se reflita nas vendas da empresa, após vários trimestres em trajetória ascendente. O pessimismo está a alastrar-se a outras empresas do ramo, com a Target e a Costco Wholesale a caírem 1,49% e 2,41%, respetivamente.

Os investidores encontram-se ainda a reagir a uma subida acima do esperado dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada. Enquanto os economistas esperavam um crescimento em torno dos mil novos pedidos, foram registados cinco mil na semana que termina a 14 de fevereiro.

Apesar do crescimento acima do esperado, o mercado laboral norte-americano continua a demonstrar grande resistência. Nas atas divulgadas na quarta-feira, os responsáveis da política monetária da Reserva Federal (Fed) do país foram bem claros: a pausa no corte dos juros vai continuar até a inflação melhorar ou o mercado laboral assim o exigir.

20.02.2025

Euribor desce a seis meses para novo mínimo de mais de dois anos

A Euribor subiu hoje a três meses e desceu a 12 e seis meses em relação a quarta-feira, neste último prazo para um mínimo desde dezembro de 2022.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,534%, continuou acima da taxa a seis meses (2,460%) e da taxa a 12 meses (2,446%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,460%, menos 0,014 pontos do que na quarta-feira e um mínimo desde 8 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou hoje, para 2,446%, menos 0,001 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 2,534%, mais 0,005 pontos do que na quarta-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

20.02.2025

Europa recupera com esperança num acordo entre EUA e China

As bolsas europeias estão a negociar no verde, à exceção das praças britânica, holandesa e grega, com o mercado otimista em relação aos resultados empresariais e às esperanças de que o Presidente dos EUA chegue a um acordo com a China quanto a políticas comerciais.

Os investidores não deixam de lado o conflito Ucrânia-Rússia e a abordagem que Donald Trump está a adotar para resolver a guerra. O mercado receia que surja uma reviravolta e que agrave o conflito. 

Além disso, os bancos centrais estão a sinalizar que os cortes nas taxas de juro podem ser limitados pelos riscos de inflação, com as atas da Reserva Federal a confirmarem que a política será estável por enquanto. A par disso, também os governadores do Banco Central Europeu têm indicado que pode estar para breve uma pausa no ciclo de alívio monetário. 

As eleições na Alemanha também estão entre as preocupações do mercado. A população da maior economia do bloco europeu vai às urnas estes domingo, 23 de fevereiro, e a decisão pode influenciar os mercados financeiros.

Após ter caído para mínimos de dois meses na última sessão, o Stoxx 600, referência para a negociação europeia, está a recuperar e sobe 0,19% para 553,13 pontos, com os setores dos "basic resources" e as seguradoras a darem ímpeto ao "benchmark". A travar o índice de maiores ganhos estão apenas os setores automóvel, da saúde e da tecnologia. 

Entre os principais movimentos de mercado, a Schneider Electric registou uma subida de 8,3%, na sequência de um relatório do quarto trimestre bastante positivo, com os analistas a destacarem o "outlooks" para 2025.

Já a Airbus perde 1,2% mesmo após ter anunciado uma subida de 12% dos lucros para 4,23 mil milhões de euros. A construtora adotou mais cautela para este ano e o objetivo de entrega de aviões ficou abaixo do limite das estimativas dos analistas. 

 

A energética espanhola Repsol teve lucros de 1.756 milhões de euros no ano passado, uma quebra de 45% face a 2023. Ainda assim, as ações da empresa sobem mais de 5%.

No automóvel, a Mercedes cede 1,5% uma vez que a fabricante alemã espera uma queda acentuada nos lucros. Também a francesa Renault cai 0,5% com resultados de 2024 "dececionantes" para o mercado.  

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX soma 0,38%, o francês CAC-40 valoriza 0,68%, o italiano FTSEMIB acelera 0,31% e o espanhol IBEX 35 avança 0,62%. Em contraciclo, o holandês AEX regista um decréscimo de 0,20%, enquanto o britânico desliza 0,15%.

20.02.2025

Juros registam ligeiro alívio na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar ligeiramente esta quinta-feira, depois de na sessão anterior terem disparado à boleia dos comentários de membros do Banco Central Europeu sobre uma possível pausa no ciclo de corte de juros. 

Os investidores vão dividindo atenções entre as declarações de Donald Trump com as tarifas e o ponto de situação com o investimento do bloco na defesa. Sem desenvolvimentos significativos em relação ao acordo de paz na Ucrânia, os investidores temem que a Europa se tenha de endividar ainda mais para financiar a segurança ucraniana, o que tem afastado os investidores das obrigações. No entanto, o cenário parece agora a mudar. 

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, cedem 0,5 pontos base, para 2,978%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento recua 0,4 pontos, para 3,169%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívidas francesa desce 0,4 pontos para 3,283% e a das "Bunds" alemãs 
registam um decréscimo de 0,2 pontos base para 2,553%.
 
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, cedem modestos 0,1 pontos para 4,608%.

20.02.2025

Acordo comercial entre EUA e China impulsiona yuan e pressiona dólar

O yuan está a registar ganhos pela primeira vez esta semana, isto depois de o Presidente dos Estados Unidos ter admitido que o país pode chegar a um acordo comercial com a China. 

Ainda que não tenha adiantado mais detalhes, o comentário de Donald Trump deu impulso à moeda chinesa e pressiona agora o dólar, que desliza 0,17% para 7,2663 yuans. 

Já o euro sobe ligeiros 0,08% para 1,0431 dólares, após ontem Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu (BCE), ter dito que o tempo para começar a falar de uma pausa ou fim de ciclo de alívio de juros está a aproximar-se - cenário que dá força à moeda única.

A nota verde perde 0,72% para 150,38 ienes. A divisa nipónica amplia assim os ganhos da sessão anterior e toca máximos de dois meses face ao dólar, com os investidores a apostarem em novas subidas de taxas de juro pelo Banco do Japão este ano. 

O índice de força do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda face às concorrentes - perde 0,20% para 106,9560 pontos. 

Trump tem anunciado uma nova onda de tarifas, tanto a automóveis, como semicondutores, medicamentos e agora já pondera impor taxas à importação de madeiras. No entanto, os analistas dizem-se menos sensíveis a estes anúncios.  

"Trump está no cargo há cerca de um mês. Inicialmente, vimos grandes impactos destes anúncios sobre políticas fiscais nos mercados financeiros, e acho que os mercados se ajustaram ao seu estilo e também à sua abordagem à formulação de políticas", começou por explicar a estratega Carol Kong, do Commonwealth Bank of Australia, à Reuters. E continuou: "Trump adora usar as tarifas como uma tática de negociação, então o que diz pode ser diferente do que realmente será imposto".

20.02.2025

Ouro bate novo recorde nos 2.948,34 dólares por onça

O "rally" do ouro não para. O metal precioso atingiu um novo máximo histórico esta manhã e está a negociar nos 2.948,34 dólares por onça, com o apetite dos investidores por ativos-refúgio em clima de incerteza a liderar o sentimento do mercado. 

 

O receio de que os EUA abandonem o apoio militar à Ucrânia, que iniciaram em 2022 aquando da invasão russa, tem agitado as águas do mercado e instaurado um clima de incerteza. Donald Trump afirmou mesmo que o presidente da Ucrânia "tinha de se mexer" para chegar a acordo com a Rússia, ou não iria ter mais país restante.

 

O conflito geopolítico tomou conta do mercado e ofuscou as atas da última reunião da Reserva Federal. O documento indicou que o banco central irá proceder a uma pausa no corte de juros até que a inflação melhorasse nos EUA. Taxas mais altas penalizam o ouro, que não remunera juros.

2024 foi um ano de brilho para o ouro, que avançou 27% - e 2025 está-se a encaminhar para mais um ano em grande.

20.02.2025

Brent avança sem acordo de paz na Ucrânia à vista

Os preços de petróleo estão a negociar sem rumo definido, num momento em que os "stocks" dos Estados Unidos e o conflito entre EUA-Ucrânia-Rússia implementam um sentimento misto entre os investidores. 

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para o mercado norte-americano – perde 0,42% para os 71,95 dólares por barril. Em contraciclo, o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,25% para os 76,23 dólares por barril

O Instituto Americano do Petróleo indicou que, na semana passada, houve um aumento de 3,3 milhões de barris nos "stocks" norte-americanos, o que, caso se venha a confirmar, será a quarta semana de aumentos, pressionando o mercado que já receia um excesso de oferta de "ouro negro". Os dados oficiais serão confirmados esta quinta-feira.

Por outro lado, a falta de um acordo entre a Rússia e a Ucrânia dá gás aos preços do Brent. Trump chamou "ditador" ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, aumentando os receios de que um acordo para pôr fim à guerra de três anos com a Rússia seja alcançado sem o envolvimento de Kiev. 

"Ainda há muita incerteza no mercado do petróleo, sem uma direção proeminente por enquanto", dado todas as incógnitas com a oferta e as posições políticas de Trump, explicou Sean Lim, analista do RHB Investment Bank, à Bloomberg. O banco prevê que o Brent atinja uma média de 75 dólares por barril este ano. 

O petróleo subiu esta semana à boleia de preocupações com a escassez da oferta, uma vez que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados parece estar disposta a adiar um aumento da produção. Além disso, as exportações do Cazaquistão foram cortadas após um ataque com drones ucranianos e o G7 ponderou um limite de preços mais apertado ao petróleo vindo da Rússia. 

20.02.2025

Incerteza sobre Trump penaliza Ásia e tecnológicas chinesas abrandam. Europa recupera

As ações caíram por toda a Ásia, numa altura em que as preocupações com um realinhamento das prioridades geopolíticas dos EUA a pesam sobre o sentimento de risco.

Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,1%. Já o Shanghai Composite ficou pratiamente inalterado. No Japão, o Topix cedeu 1,1% e o Nikkei recuou 1,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,65%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a aumentar a pressão sobre a Ucrânia para chegar a um acordo de paz com a Rússia, levantando preocupações entre os aliados europeus de que os norte-americanos vão voltar atrás após anos de apoio à Europa de Leste. Trump também aumentou a incerteza sobre as tarifas ao abordar uma taxa de 25% sobre importações de madeira.

"Os mercados estão a ficar nervosos com a abordagem que o Trump está a adotar para resolver o conflito Rússia-Ucrânia e temem uma reviravolta aqui", disse Charu Chanana, da Saxo Markets, à Bloomberg.

Trump disse ainda que seria possível chegar a um novo acordo comercial com a China, e deu a entender que está aberto a evitar uma luta entre Washington e Pequim.

Por outro lado, os resultados trimestrais ainda estão no centro das atenções dos investidores. A recuperação das ações de tecnologia fazem agora uma pausa, já que os analistas consideraram os ganhos do setor "exagerados", cita a Bloomberg, embora os recentes comentários de Trump sobre um acordo comercial com a China tenham ajudado a aliviar o nervosismo. 

Assim, as ações do Alibaba Group Holding caíram 4,6%, enquanto os investidores se concentram na apresentação dos resultados da empresa esta quinta-feira, depois de ter registado uma recuperação provocada pela DeepSeek e ter acrescentado mais de 110 mil milhões de dólares em capitalização bolsista. 

A Meituan cedeu até 6,9% após ter divulgado planos para expandir a proteção da segurança social a mais trabalhadores. 

Na Europa, as bolsas sofreram a maior queda em mais de dois meses na sessão anterior, numa altura em que os investidores digerem as novas tarifas anunciadas por Donald Trump e reagem às declarações de Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu. Os futuros da Europa apontam para pequenos ganhos, com o Stoxx 50 a avançar 0,2%.

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