Notícia
Zinco em máximo de 18 meses e Europa com maior ciclo de ganhos desde julho
Acompanhe aqui os mercados ao minuto.
Juros de Portugal renovam mínimos históricos pelo segundo dia
Os juros da dívida portuguesa estão novamente a negociar em mínimos históricos, graças a uma queda de 1,2 pontos base para os 0,018%.
Esta tendência é verificada em toda a Europa, como reação aos comentários de Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, que disse que os programas de emergência da Fed poderiam não ser renovados para o próximo ano.
Os juros da Alemanha a dez anos caíram 1,2 pontos base para os -0,584%, enquanto que a "yield" italiana a dez anos perdeu 1 ponto base para os 0,624%.
Europa fecha maior ciclo semanal de ganhos desde julho
As principais praças europeias mostraram-se unidas no otimismo, fechando a sessão no verde e encerrando a terceira semana consecutiva com saldo positivo. Este é o ciclo mais longo de ganhos semanais desde julho.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, subiu 0,46% para os 389,39 pontos, a cotar perto do máximo de 27 de fevereiro que foi atingido esta semana, no dia 16 de novembro. A semana termina com um ganho acumulado de 1,11%, depois de nos cinco dias anteriores ter somado mais de 5% e na semana antes dessa a subida ter sido maior que 7%.
O índice está a ser impulsionado pelas cotações de setores economicamente sensíveis, como é o caso das utilities e do petróleo e gás ou matérias-primas.
A sustentar o otimismo estiveram os dsenvolvimentos positivos no campo das vacinas. A farmacêutica Pfizer anunciou que vai requerer a aprovação da sua vacina para a covid-19 com caráter de urgência.
Depois de divulgada esta informação, foi noticiado que a União Europeia deverá despender 10 mil milhões de dólares em vacinas.
Euro perde tração
A moeda única europeia segue a ceder ligeiramente face à nota verde, se bem que o dólar esta a caminho de uma perda no cômputo semanal.
O euro segue a ceder 0,14% para 1,1856 dólares.
A trajetória de descida do dólar foi interrompida ontem à noite, depois de a Administração Trump anunciar que não vai prolongar os programas de financiamento de emergência do banco central (Fed) que terminam no final do ano.
Numa decisão surpresa, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que os vários programas chave de financiamento pandémico da Reserva Federal para apoiar empresas e governos regionais que irão expirar no final do ano não serão renovados – o que fez aumentar a procura pelo valor-refúgio dólar.
Este anúncio ofuscou o otimismo gerado pela notícia de que os senadores democratas e republicanos concordaram em retomar as negociações com vista à adoção de um novo pacote de estímulos à economia.
Apesar da valorização de hoje, moeda norte-americana está com saldo semanal negativo, tenho perdido terreno em oito das últimas 10 sessões devido ao maior apetite pelo risco por parte dos investidores, nomeadamente com uma aposta nas ações.
Petróleo a caminho da terceira semana de ganhos com expectativa de vacinas
As cotações do "ouro negro" estão a negociar no verde, a caminho da terceira semana consecutiva de saldo positivo mercados internacionais.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro avança 0,40% para 42,0 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, sobe 0,61% para 44,47 dólares.
As notícias promissoras sobre as vacinas contra o coronavírus desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna têm estado a animar a matéria-prima, apesar da pressão da segunda vaga da pandemia – e isto numa altura em que a data de distribuição das vacinas está ainda algures no horizonte.
A ajudar ao otimismo no mercado petrolífero continua a estar a perspetiva de que a OPEP+ se decida no final do mês por adiar entrada de mais crude no mercado
O Comité Ministerial Conjunto de Monitorização da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados – o chamado grupo OPEP+ – reuniu-se no iníco desta semana e a maioria dos países membros apoia uma extensão, por mais três meses, dos atuais níveis de corte da produção.
A OPEP+ acordou reduzir a oferta em 7,7 milhões de barris por dia entre agosto e dezembro, para depois flexibilizar esse corte em cerca de dois milhões de barris diários a partir de janeiro de 2021. Mas poderá então adiar essa entrada de mais crude no mercado e manter o atual nível de cortes durante mais tempo.
Zinco dispara com menos oferta
Há um elemento que está a revelar-se a improvável vedeta, em termos de desempenho, de entre os seis principais metais de base negociados na Bolsa de Metais de Londres (LME): o zinco.
O zinco para entrega a três meses atingiu hoje um máximo de 18 meses, nos 2.793 dólares por tonelada – e está até a superar, em performance, o cobre.
O gatilho para esta subida foi a notícia de que a mina sul-africana de Gamsberg estará fechada até mais ver, numa altura em que prosseguem as buscas por dois mineiros desaparecidos após um acidente. Este encerramento diminui a oferta no mercado.
Enquanto isso, a procura por zinco continua forte na China. O mesmo não se pode dizer do resto do mundo, mas o zinco está a ser absorvido pela cadeia de abastecimento, na qualidade de "reservas discretas" que se acumulam longe da vista do mercado, sob a forma de inventário sombra do LME e de stocks dos produtores, refere a Reuters. E isso está a ajudar à visão "bullish" para este metal.
Perspetiva de menos estímulos à economia quebra Wall Street
As três grandes bolsas norte-americanas abriram em baixa, com os investidores receosos perante o cenário de menos estímulos à economia.
O Dow Jones segue a ceder 0,19% para 29.441,59 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,16% para 3.576,27 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,17% para se fixar nos 11.883,97 pontos.
Ontem, a Administração Trump anunciou que não vai prolongar vários programas de combate ao impacto económico da pandemia, implementados em março, que terminam no final do ano. Estão em causa os programas de financiamento de emergência do banco central (Fed).
Numa decisão surpresa, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que vários programas chave de financiamento pandémico da Reserva Federal para apoiar empresas e governos regionais irão expirar no final do ano.
A decisão de terminar com os programas, que são considerados essenciais pelo banco central, surge numa altura em que os dados revelaram um aumento dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, face à semana precedente, no contexto das novas restrições para travar a propagação da covid-19.
Por outro lado, no Senado, o líder democrata, Chuck Schumer, e o líder da maioria republicana, Mitch McConnell, decidiram retomar hoje as conversações com vista à aprovação de um pacote de medidas de alívio face à covid-19.
Os olhares continuam agora muito atentos ao índice Russell 2000 (que regista o desempenho das empresas de menor capitalização [small caps]), já que continua a ganhar algum terreno. Neste momento segue a ganhar 0,28% para para 1.774,35 pontos.
As vacinas contra a covid-19 começam finalmente a ficar à vista e os investidores têm estado a celebrarar com apostas nas ações mais pequenas com maior potencial de beneficiarem da eventual reabertura da economia-norte-americana, sublinha a CNN Business.
"Os avanços nas vacinas, anunciados este mês pela Pfizer e pela Moderna, levaram a uma feroz rotação em Wall Street, que se distanciou das tecnológicas e dos títulos que mais têm beneficiado com o ‘fique em casa’, como a Zoom, Teladoc e Netflix", referiu.
"Os investidores estão a colocar dinheiro no Russell 2000, um índice de ações de pequena capitalização cujas avaliações estão grandemente associadas à evolução da economia norte-americana", salienta a CNN.
Só este mês, o Russell 2000 já disparou 15%. Se esta valorização se mantiver, será o seu melhor ganho mensal desde 2011 e ficará perto do seu melhor mês desde que foi lançado em 1984.
"Esta movimentação é incrível. Está a haver uma corrida às ‘small caps’ porque são as que mais beneficiam com a perspetiva de a economia voltar a funcionar no próximo ano", comentou Ryan Detrick, principal estratega de mercado da LPL Financial.
Juros de Portugal atingem novo mínimo histórico
Apesar do menor apetite por ativos considerados mais seguros, os investidores continuam a apostar na dívida soberana europeia devido à expetativa de reforço de estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu na reunião de dezembro.
A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos desce 0,4 pontos base para 0,029% e no início da sessão já fixou um novo mínimo histórico em 0,022%, ficando assim cada vez mais próximo de valores negativos. Apesar de sempre com descidas ligeiras, esta é já a oitava sessão em nove de descidas nos juros portugueses.
Nas bunds alemãs a taxa recua 0,4 pontos base para -0,577%.
Ouro recupera de quarto sessões em queda
O preço do metal precioso está a recuperar ligeiramente do ciclo de quatro sessões em terreno negativo que levaram a cotação do ouro para mínimos de outubro devido à aposta dos investidores em ativos de maior risco. No mercado à vista em Londres o ouro está a subir 0,05% para 1.867,43 dólares por onça.
As notícias dos progressos das farmacêuticas no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 afastaram os investidores dos ativos de refúgio, levando a que o ouro vá hoje concluir a segunda semana seguida no vermelho.
Bolsas em alta com possível aprovação de vacina em dezembro pela UE
Esta sexta-feira a imprensa internacional dá conta de que a União Europeia poderá cumprir os passos necessários à aprovação das vacinas contra a covid-19 em desenvolvimento pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna ainda durante a segunda quinzena do próximo mês de dezembro.
Esta informação está a animar os investidores, que assim veem reforçada a perspetiva de retoma económica já em 2021.
Por outro lado, no velho continente está a ser avaliado o impasse em torno da bazuca europeia no valor de 1,8 biliões de dólares, isto depois de o Conselho Europeu informal desta quinta-feira ter sido insuficiente para superar o bloqueio imposto pela Hungria e pela Polónia, dois Estados-membros que se opõem ao mecanismo recentemente aprovado que condiciona o acesso aos fundos europeus ao cumprimento das regras democráticas.
O índice de referência europeu Stoxx600 soma 0,23% para 388,50 pontos, com a generalidade dos setores europeus a impulsionarem, embora seja o retalho a registar a valorização mais expressiva. O setor do imobiliário é o que mais pressiona na Europa.
Em Lisboa, o índice PSI-20 avança 0,30% para 4.380,42 pontos sobretudo apoiado nas subidas da Galp Energia e da EDP, com as duas cotadas a ganharem em torno de 1%.
Otimismo com vacinas põe crude a caminho da terceira valorização semanal
O preço do petróleo negoceia com sentidos inversos em Londres e em Nova Iorque, contudo tanto o crude transacionado na capital inglesa (Brent) como na cidade americana (west Texas Intermediate) está a caminho de completar a terceira valorização semanal.
Esta sexta-feira, o Brent sobe 0,05% para 44,22 dólares por barril, enquanto o WTI desce 0,31% para 41,61 dólares.
O maior otimismo quanto ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 e a possibilidade de estas começarem a ser distribuídas entre o final deste ano e o início do próximo está a conferir mais confiança aos investidores, que assim acreditam que o impacto económico da crise pandémica no próximo ano seja minimizado pelo surgimento de vacinas eficazes.
Quanto mais robusta for a retoma económica maior será o consumo de petróleo, razão pela qual o valor do crude tende a subir quanto as perspetivas sobre a economia são mais favoráveis.
Dólar ganha valor após seis dias em queda
O dólar segue a valorizar, ainda que se trate de uma pequena subida, no índice da Bloomberg que mede o comportamento da divisa norte-americana contra um cabaz composto pelas principais moedas mundiais. Esta valorização interrompe um ciclo de seis sessões consecutivas em queda.
Já o euro está a depreciar ligeiros 0,02% para 1,1873 dólares.
O agravamento da situação pandémica em todo o mundo e em particular nos Estados Unidos, onde alguns estados estão a avançar com planos de confinamento, reforça o apetite dos investidores por ativos considerados mais seguros, o que acaba por se refletir numa maior aposta no dólar e consequente valorização da moeda americana.
Futuros em alta ligeira na Europa e no vermelho nos EUA
Os futuros acionistas negoceiam em alta ligeira na Europa, sentimento positivo também verificado na generalidade das bolsas asiáticas. Já os futuros recuam nos Estados Unidos.
No velho continente, os futuros do Stoxx50 ganham 0,1% e nos EUA os futuros do S&P500 perdem 0,4%. Na Ásia predominou o otimismo, com o Topix a ganhar ténues 0,1%, o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,3%, sendo que a bolsa australiana cedeu 0,1%.
Na Europa, a notícia de que a União Europeia poderá aprovar as vacinas contra a covid-19 da BioNTech e da Moderna está a animar os investidores. A aprovação poderá ser concluída ainda na segunda metade de dezembro, o que permitiria a distribuição em paralelo com os Estados Unidos.
Já nos Estados Unidos o pessimismo decorre do embate entre o responsável pelo Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o líder da Reserva Federal, Jerome Powell. Mnuchin defendeu que o Congresso deve redirecionar o financiamento à economia do programa de emergência lançado pelo banco central enquanto se aguarda pela chegada de uma vacina, contudo Powell considera que o financiamento de emergência deve servir propósitos mais específicos.