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Europa termina no verde com foco no BCE e na inflação nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta segunda-feira.
Europa termina no verde com foco no BCE e na inflação nos EUA
As bolsas europeias encerraram no verde, no arranque de uma semana que será marcada por novos dados económicos e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,49% para 509,01 pontos, com os setores dos recursos minerais e o automóvel a comandarem as subidas (1,96% e 1,29%, respetivamente).
A subida do índice de referência observa-se depois de na semana passada ter registado a primeira queda semanal desde janeiro deste ano.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,3%, o francês CAC-40 somou 0,72%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,41%, o italiano FTSE Mib registou uma subida de 0,9% e o AEX, em Amesterdão, avançou 0,48%. Só o espanhol Ibex 35 perdeu 0,04%.
O foco dos investidores está esta semana em mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. A grande questão prende-se com o "timing" em que a autoridade monetária vai começar a descer os juros, sendo que a expectativa é de que tal irá acontecer no verão.
"São esperadas poucas surpresas da reunião do BCE na próxima quinta-feira, que é considerada uma reunião de transição antes daquela que acontecerá em junho. As nossas previsões estão em linha com o consenso de mercado, uma vez que não esperamos grandes anúncios e que a tão antecipada primeira descida irá ocorrer na reunião de junho", afirmou Cristina Gavín, gestora de fundos na Ibercaja Gestión, em declarações à Bloomberg.
Já Kamil Kovar, economista na Moodys Ratings, acredita que "as pombas estão a preparar caminho" para um corte dos juros em julho, defendeu.
Além do encontro de política monetária do BCE, a leitura da inflação de março nos Estados Unidos, na quarta-feira, também será vista com atenção.
Juros agravaram-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta segunda-feira, o que significa menor apetite dos investidores por obrigações.
Esta semana vai ficar marcada por uma nova decisão relativamente às taxas de juro pelo Banco Central Europeu, que reúne esta quinta-feira em Frankfurt. Os investidores não esperam descidas anunciadas já neste encontro, mas sim que Christine Lagarde deixe mais clara a intenção de baixar os juros na reunião que está agendada para 6 de Junho.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a 10 anos, subiram 1,9 pontos base, para 3,077%, enquanto no país vizinho a "yield" agravou-se em 1,7 pontos, para 3,248%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, avançaram 3,7 pontos base, para 2,433%.
Já "yield" da dívida italiana aumentou 1,1 pontos, até aos 3,819%, e a da dívida francesa agravou-se em 1,7 pontos base, para 2,921%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica subiu 1,6 pontos base para 4,083%.
Euro ganha face ao dólar em semana de BCE
O euro está a subir face ao dólar, numa semana em que o Banco Central Europeu (BCE) tem novo encontro marcado, na quinta-feira.
A moeda única valoriza 0,16% para 1,0854 dólares.
Apesar de estar a perder contra o euro, a nota verde ganha 0,45% face ao franco suíço e 0,13% perante o iene. A moeda japonesa aproxima-se dos 152 ienes por dólares, numa altura em que os investidores testam a disponibilidade do ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, para intervir no mercado cambial.
Já face à libra, o dólar cede 0,12%.
A menor robustez do dólar observa-se antes da leitura da inflação nos Estados Unidos relativa a março, que será conhecida na quarta-feira.
Petróleo perde com redução de tropas no sul de Gaza
O petróleo desvaloriza - após ter registado um pico -, depois de Israel ter anunciado a retirada de algumas tropas de Gaza.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,87% para 86,15 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,10% para 90,17 dólares por barril.
O escalar das tensões no Médio Oriente tem feito subir os preços do petróleo, elevando possibilidade de ultrapassar os 100 dólares por barril.
No domingo, Israel anunciou a diminuição da presença militar no sul de Gaza, com o foco agora mais centrado na operação de Rafah. Ainda assim, continua o impasse acerca de um possível cessar-fogo.
De notar ainda a esperada resposta do Irão ao ataque de Israel à sua embaixada na Síria.
A afetar também a negociação do petróleo estão os dados do emprego nos Estados Unidos, divulgados na sexta-feira, que sugerem que a economia se mantém robusta, o que pode levar a Reserva Federal norte-americana a adiar o esperado corte das taxas de juro.
A atenção foca-se agora nos dados da inflação nos EUA e na China, que, além da questão das taxas de juro, ajudam a avaliar a saúde da economia dos dois maiores consumidores de petróleo do mundo.
Travão no "rally". Ouro recua depois de novo recorde
Os preços do ouro estão a recuar, horas depois de atingirem o sétimo recorde consecutivo acima dos 2.353 dólares por onça, impulsionados pelas compras dos bancos centrais e pela valorização do seu papel enquanto ativo-refúgio em clima de tensões geopolíticas, como é o caso do conflito Israel-Hamas.
Entretanto, os preços corrigiram e estão a cair 0,21% para 2,324.94 dólares por onça.
Além do Banco Popular da China, que adicionou mais 160 mil onças de ouro às suas reservas no último mês, segundo a Reuters, países como Turquia, a Índia, o Cazaquistão e outros da Europa de Leste têm aumentado as quotas de metal amarelo nos cofres nacionais, fator que faz escalar o valor do ouro.
A pressionar os preços do metal precioso no "rally", que dura há uma semana, estão dados de sexta-feira relativos ao emprego nos EUA, que revelaram um mercado de trabalho mais forte do que o esperado pelos investidores, o que pode condicionar o "timing" do corte dos juros previsto pela Reserva Federal (Fed) – cenário desfavorável para o ouro, que não remunera juros.
Na última semana, a Fed acalmou os ânimos dos investidores e sublinhou que precisa de mais provas de que a inflação está a diminuir para poder descer os juros em breve.
De acordo com a Bloomberg, o grupo UBS acredita que o ouro vai chegar aos 2.500 dólares por onça no final do ano, justificado por um "renascimento" da procura por fundos negociados em bolsa.
Wall Street arranca no verde com mira na inflação
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, depois de uma sexta-feira marcada por perdas.
O S&P 500, referência para a região, desvaloriza 0,05% para 5,201,75 pontos, o industrial Dow Jones sobe 0,16% para 38.967,18 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,13% para 16.268,86 pontos.
Os ligeiros ganhos observam-se depois de na sexta-feira os investidores terem digerido os números da criação de emprego em março, que continuam a sinalizar um mercado laboral robusto. O foco agora está nos dados da inflação no mês passado, que serão conhecidos na próxima quarta-feira.
Os economistas esperam uma queda da pressão inflacionista, mas estima que a inflação subjacente continue nos 3,7%, acima da meta de 2% da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
"A leitura da inflação desta semana dará aos investidores uma peça-chave para o puzzle da política monetária apesar de termos dúvidas de que a informação será suficientemente convincente para resolver o debate em torno dos cortes de juros este ano", afirmaram Ian Lyngen e Vail Hartman, da BMO Capital Markets, em declarações à Bloomberg.
O mercado mostra agora mais dúvidas sobre o "timing" do primeiro corte de juros. O JPMorgan adiou as previsões de uma primeira descida de junho para julho.
Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou hoje para 3,902%, permanece acima da taxa a seis meses (3,846%) e da taxa a 12 meses (3,673%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,846%, mais 0,012 pontos do que na sexta-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu hoje, para 3,673%, mais 0,017 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,902%, mais 0,017 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Esta semana, realiza-se reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira em Frankfurt.
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa maioritariamente em alta como foco no BCE
Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida esta segunda-feira, numa semana em que serão divulgados vários indicadores económicos, e com uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu a arrancar na quarta-feira.
O índice de referência, Stoxx 600, soma 0,12% para 507,15 pontos, com a maioria dos setores em alta. A registar os maiores ganhos estão o setor mineiro e o automóvel.
Entre os principais movimentos de mercado está a Believe que desce quase 10%, depois de a Warner Music ter revelado que não ia fazer uma oferta pela produtora francesa.
O "benchmark" europeu assinalou na semana passada uma queda semanal de 1%, depois da mais longa série de ganhos semanais desde 2012. As atenções devem agora virar-se para o encontro de política monetária do BCE com os investidores à procura de pistas sobre um possível corte de juros em junho.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,35%, o francês CAC-40 valoriza 0,36% e o italiano FTSEMIB ganha 0,36%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,08%.
Pela negativa o britânico FTSE 100 cede 0,04% e o espanhol IBEX 35 recua 0,28%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta segunda-feira, o que significa uma menor aposta em obrigações, num início de semana com poucos catalisadores. As atenções deverão estar no encontro de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 4,3 pontos base para 3,1% e os juros da dívida espanhola somam 3,6 pontos para 3,266%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agrava-se 4 pontos base para 2,436%.
Os juros da dívida italiana avançam 4,4 pontos base para 3,851% e os da dívida francesa registam um acréscimo de 3,6 pontos para 2,940%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se 3,7 pontos base para 4,105%.
Dólar em ligeira alta com inflação nos EUA em foco
O dólar está a negociar ligeiramente em alta face às principais divisas rivais. Depois dos números do emprego acima do esperado, que foram conhecidos na sexta-feira, os investidores centra agora atenções na inflação de março na maior economia mundial, que será divulgada na quarta-feira.
O dólar avança 0,03% para 0,9231 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - soma 0,07% para 104,365 dólares.
O dólar "pode manter-se robusto esta semana se o índice de inflação nos EUA se mantiver sólido, como expectável", afirmaram à Reuters os analistas do Commonwealth Bank of Australia.
Com a crescente especulação de que a Reserva Federal poderá adiar o primeiro corte de juros além de junho, como estava a ser previsto, os números que dão conta da subida dos preços serão de elevada importância, uma vez que vai ser possível confirmar se a aceleração da inflação no início do ano já se está a reduzir.
"Rally" do ouro continua em força. Metal precioso alcança novos máximos históricos
O ouro está a valorizar esta segunda-feira, dando continuidade ao "rally" que tem levado o metal precioso a máximos históricos. Os preços estão a ser sustentados por compra especulativa e continuadas tensões no Médio Oriente, que se vão sobrepondo aos robustos números do mercado laboral dos Estados Unidos.
O metal amarelo sobe 0,29% para 2.336,51 dólares por onça, depois de ter chegado ainda hoje a tocar máximos históricos nos 2.353,95 dólares. Desde o início do ano o ouro ganha cerca de 12%.
"Se olharmos para os preços dos futuros, vemos sinais de que há alguma procura [pelos investidores] por este bom momento no mercado a um nível em que estamos a ver um pouco de otimismo excessivo sobre as perspetivas para o ouro", justificou o analista Kyle Rodda da Capital.com à Reuters.
Israel retira tropas do sul de Gaza e está dsposta a conversações para cessar-fogo. Petróleo alivia mais de 1%
Os preços do petróleo estão a cair em mais de um dólar esta segunda-feira, com as tensões no Médio Oriente a mostrarem alguns sinais de alívio depois de Israel ter retirado soldados da zona sudeste de Gaza e se ter comprometido a novas conversações com o Hamas para um cessar-fogo.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,6% para 85,52 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,65% para 89,67 dólares por barril.
Tanto Israel como o Hamas enviaram delegações para o Egito para novas conversações sobre um cessar-fogo, aliviando as tensões na região que levaram os preços do crude a escalar mais de 4% na semana passada.
"Parece que o catalisador é Israel ter revelado que retirou todas as tropas, exceto uma brigada, do sul da faixa de Gaza, provavelmente em resposta à crescente pressão internacional e também para diminuir as tensões depois de ter matado comandantes iranianos na Síria na semana passada", explica à Reuters o analista da IG, Tony Sycamore.
Futuros da Europa sem tendência definida. Ásia em alta
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão sem tendência definida, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,05%.
Na Ásia, as principais praças acompanharam a sessão de sexta-feira em Wall Street, em que os investidores se focaram mais no impacto positivo para a economia dos números da criação de emprego nos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado, e deram menos importância à perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) possa adiar ainda mais o corte das taxas diretoras.
Na China, os índices continentais - que voltaram a negociar esta segunda-feira após uma pausa - estão a desvalorizar, ao passo que Hong Kong negoceia no verde, numa altura em que o mercado avalia dados robustos sobre os gastos no período de férias, bem como riscos de falta de liquidez na economia. Isto depois de um banco estatal ter pedido a declaração de falência e liquidação do grupo imobiliário Shimao.
A recuperação das ações chinesas tem tido dificuldade em ganhar um novo impulso desde a subida de 9,4% em fevereiro no índice de referência CSI 300. A retomada dos ganhos pode ajudar a impulsionar a região, particularmente caso as recentes subidas no Japão e a Índia se comecem a reduzir.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,2% e o Shanghai Composite perde 0,7%. No Japão, o Nikkei ganha 0,79% e o Topix sobe 0,81%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi avança 0,31%.