Notícia
Corte jumbo da Fed leva ouro a recorde de 2.600 dólares. Wall Street celebra
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
Bolsas e ouro sobem, dívida recua após decisão da Fed
Wall Street está a subir após a decisão da Reserva Federal de reduzir a taxa dos fundos federais em 50 pontos base - um corte jumbo que era visto como pouco provável pelo mercado. A decisão alimenta a perspetiva de que o banco central consiga uma aterragem suave da economia.
O S&P 500 segue a somar 0,5% para 5.663,34 pontos, caminhando para um novo máximo de fecho. Na dívida, a "yield" das Treasuries a dois anos cedem em dois pontos base para 3,58%, enquanto o dólar também recua.
Por seu turno, o ouro fixou um novo recorde, ao atingir mesmo os 2.600 dólares por onça. Uma redução das taxas de juros tende a beneficiar o metal precioso, uma vez que não remunera os investimentos, ao contrário das obrigações.
"Os mercados conseguiram o que queriam - um primeiro grande corte por parte da Fed. Agora veremos se continuam satisfeitos", diz Chris Larkin, do Morgan Stanley, citado pela Bloomberg. "A Fed tem uma merecida reputação de não se apressar, pelo que existe o potencial de alguma desilusão se for vista como estando a avançar demasiado devagar, especialmente se os dados económicos continuarem a abrandar. Mas hoje cumpriram o prometido".
O mercado de "swaps" está a agora a indicar apostas numa maior flexibilização por parte da Fed este ano. As projeções divulgadas após a reunião de dois dias mostraram que uma estreita maioria, 10 dos 19 decisores, é favorável a uma redução das taxas em pelo menos 50 pontos base nas duas reuniões restantes de 2024.
Europa fecha sessão pintada de vermelho. Atenções estão centradas na Fed
Os principais índices europeus caíram no fecho da sessão desta quarta-feira com as atenções a virarem-se para a decisão altamente antecipada da Reserva Federal norte-americana (Fed) sobre as taxas de juro e quaisquer sinais sobre as suas perspetivas de política monetária.
O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – recuou 0,50%, para os 514,59 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,08%, o holandês AEX registou perdas de 0,85%, o francês CAC-40 recuou 0,57%, o espanhol IBEX 35 perdeu 0,16% e também o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,37 pontos.
Entre os setores, a principal queda registou-se nos alimentos, que derrapou 1,02%. Por outro lado, com a única valorização esteve o petróleo e gás, que avançou 0,13% no fecho da sessão desta quarta-feira.
Quanto aos principais movimentos de mercado, a Novo Nordisk caiu mais de 2% depois de afirmar que é "muito provável" que o seu medicamento para a diabetes, o Ozempic, seja um dos próximos medicamentos a sofrer uma redução de preço no âmbito de um acordo com o programa Medicare do governo dos EUA.
Depois de o Banco Central Europeu ter reduzido as taxas na semana passada, as atenções centram-se na reunião da Fed, onde se espera que os responsáveis baixem as taxas pela primeira vez em quatro anos. Os investidores estão divididos entre apostas numa redução de 25 e 50 pontos-base. Amanhã haverá reunião do Banco de Inglaterra (BoE), mas não são esperadas alterações à política monetária em curso.
Juros das dívidas soberanas europeias registaram agravamentos
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta segunda-feira, num dia também marcado pela queda generalizada dos principais índices do continente.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, avançaram 6,1 pontos base, para 2,769%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento subiu 5,9 pontos, para 2,994%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu também, 6,1 pontos base, para 2,915%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 4,7 pontos, para 2,188%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somaram 7,9 pontos base para 3,845%.
Dólar perde força à boleia de esperada redução das taxas diretoras nos EUA
Esta quarta-feira, a Reserva-Federal norte-americana (Fed) irá delinear os seus planos para a política monetária no país, e espera-se um anúncio de um alívio da política monetária. Entretanto, o dólar segue a perder força face ao iene, euro e libra. A probabilidade de uma descida de 50 pontos base por parte da Fed ronda os 60%.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda norte-americana face às principais rivais - mantém-se praticamente inalterado, ao somar 0,05% para 100,945 pontos.
Face à divisa japonesa, a "nota verde" cede 0,31% para os 141,970 ienes.
Na Europa, o euro soma 0,02%, para os 1,112 dólares, enquanto a libra ganha 0,3% para os 1,320 dólares.
Ouro valoriza à espera de anúncio da Fed
O ouro segue a valorizar antes do tão esperado anúncio em relação à política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). Os investidores esperam que a Fed corte as taxas ainda esta quarta-feira, embora não seja claro se o banco central dos EUA irá optar por uma redução das taxas diretoras em 25 ou 50 pontos base. Taxas mais baixas tendem a beneficiar o ouro, que não paga juros.
O metal amarelo segue a avançar 0,10%, para os 2.572,070 dólares por onça.
À Bloomberg, especialistas do Goldman Sachs referiram que o metal precioso enfrentaria um pequeno revés a curto prazo se a Fed cortasse apenas em 25 pontos base. Ainda assim, o banco de investimento considera que é provável que o ouro suba para os 2.700 dólares por onça no início do próximo ano.
Preços do petróleo valorizam ligeiramente
Os preços do petróleo continuam a valorizar, após duas sessões de ganhos, depois de um relatório da indústria ter mostrado uma descida dos inventários de petróleo e combustível nos EUA, compensando o aumento da tensão no Médio Oriente e o impacto de um corte nas taxas diretoras norte-americanas.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 0,38% para os 71,46 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,12% para os 73,79 dólares por barril.
Os inventários de crude nos EUA caíram em 1,6 milhões de barris para 417,5 milhões de barris na semana que terminou a 13 de setembro, disse a Energy Information Administration (EIA). Estes números destoam das expectativas dos analistas, que numa sondagem da Reuters previam uma queda de 500.000 barris. Esta foi a terceira semana consecutiva de redução dos "stocks" de crude no país.
A matéria-prima continua a registar uma descida acentuada no acumulado do ano, refletindo as perspectivas sombrias da procura da China e os planos da OPEP+ para, eventualmente, restaurar alguma produção encerrada. Os ventos contrários foram parcialmente contrariados pelas interrupções da oferta na Líbia e nos EUA e pelas perspetivas de flexibilização monetária, com os investidores a esperarem que a Reserva Federal norte-americana comece a baixar as taxas de juro já esta quarta-feira.
Wall Street negoceia em terreno misto. Índices sofrem poucas alterações em dia de anúncio da Fed
A poucas horas de ser conhecida a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) em relação ao esperado corte nas taxas diretoras, Wall Street arranca a sessão em terreno misto, com ligeiras alterações nos índices.
O S&P 500 recua 0,03% para 5.632,27 pontos e o Dow Jones perde 0,10% para 41.565,38 pontos. Já o Nasdaq Composite segue praticamente inalterado, ao valorizar 0,02% para 17.631,44 pontos.
Os investidores estão divididos quanto à possibilidade de o banco central dos EUA anunciar um corte de 25 ou 50 pontos base esta quarta-feira, com as probabilidades implícitas no mercado a apontarem atualmente para uma probabilidade de 55% de a Fed avançar com um corte mais agressivo, de 50 pontos-base.
Os investidores esperam que a Fed flexibilize suficientemente a política monetária, para responder aos recentes sinais de fraqueza da maior economia mundial, conseguindo uma aterragem suave sem suscitar preocupações de que as condições são piores do que os mercados apontam.
"Se [a Fed vai cortar em] 25 pontos-base desta vez, a probabilidade de chegarem a 100 pontos-base até ao final do ano é bastante reduzida", disse à Bloomberg Justin Onuekwusi, diretor de investimentos da St. James Place Management. "Por isso, se não chegarmos aos 50 [pontos-base], vamos ter movimentos significativos nos preços de mercado", apontou.
Quanto aos principais movimentos de mercado, as ações da Davide Campari NV, fabricante do Aperol, seguem a ceder mais de 6%, depois do diretor executivo da empresa se ter demitido ao fim de apenas cinco meses no cargo.
Entre as "big tech", a Apple avança 1,01%, a Nvidia cede 0,54%, a Amazon desvaloriza 0,80%, a Microsoft perde 0,52%, enquanto a Alphabet avança 0,22%. A Meta segue inalterada.
Taxas euribor caem e a 12 meses para um novo mínimo desde dezembro de 2022
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, e no prazo mais longo para um novo mínimo desde 15 de dezembro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 3,458%, continuou acima da taxa a seis meses (3,239%) e da taxa a 12 meses (2,921%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, recuou hoje para 3,239%, menos 0,029 pontos que na anterior sessão.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também desceu hoje, para 2,921%, menos 0,027 pontos e um novo mínimo desde 15 de dezembro de 2022.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 3,458%, menos 0,022 pontos.
Na mais recente reunião de política monetária, na passada quinta-feira, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa mista à espera de Powell
Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida, com as atenções viradas para o fim de um encontro de dois dias do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) nos Estados Unidos. Os investidores estão entre uma descida de 25 ou de 50 pontos base.
O mercado deverá ainda estar atento ao "dot plot" - o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas futuras nos juros diretores.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,24% para 515,96, com o setor da tecnologia a ser o que mais penaliza, juntamente com o mineiro.
Entre os principais movimentos de mercado, as ações da Novo Nordisk perdem quase 2%, depois de a empresa ter revelado que é "muito provável" que o seu fármaco para a diabetes, o Ozempic, seja um dos medicamentos que terá que descer o preço nos Estados Unidos, devido ao programa Medicare do governo norte-americano.
Também o grupo Campari cai mais de 5%, após o CEO se ter demitido do cargo. Já a francesa Ubisoft avança mais de 3% depois de uma atualização do preço-alvo por um analista.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 perde 0,22%, o britânico FTSE 100 cai 0,3% e, em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,35%.
Pela positiva, o alemão Dax e o espanhol IBEX 35 avançam ambos 0,02% e o italiano FTSEMIB soma 0,04%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se ligeiramente esta quarta-feira, com os investidores a optarem por ativos de menor risco.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, somam 3,2 pontos base, para 2,740%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe 3,1 pontos, para 2,966%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce também 3,1 pontos base, para 2,884%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 2,1 pontos, para 2,161%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 3,2 pontos base para 3,798%.
Dólar pressionado por cenário de corte de 50 pontos base pela Fed
A possibilidade de um corte de juros de maior dimensão pela Reserva Federal esta quarta-feira está a penalizar a moeda norte-americana.
O dólar perde 0,45% para 141,77 ienes e desvaloriza 0,14% para 0,8985 euros. Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda face a 10 divisas rivais - cede 0,08% para 100,812 pontos.
A probabilidade de uma descida de 50 pontos base pela Fed ronda os 60%.
"Um Fed dovish numa trajetória de flexibilização substancial da política monetária deverá conduzir a um dólar mais fraco", explicou à Reuters Nathan Swami, analista do Citi em Singapura.
Ouro inalterado à espera de Fed
O ouro está a negociar inalterado, depois de durante a sessão asiática ter estado a desafiar máximos históricos alcançados na segunda-feira, antes de ser conhecida uma decisão de política monetária da Reserva Federal.
O metal amarelo avança 0,01% para 2.569,83 dólares por onça.
O ouro desvalorizou esta terça-feira, depois de dados das vendas a retalho terem mostrado um aumento do consumo. No entanto, este indicador não ofereceu novas pistas que permitam saber a dimensão de um corte de juros pela Fed.
Se a descida for de 25 pontos base os preços do metal deverão sofrer uma correção, escreveram analistas do Goldman Sachs numa nota consultada pela Reuters. No entanto, ainda estimam que o preço por onça chegue aos 2.700 dólares no início de 2025.
Petróleo em queda presionado por baixos níveis de procura
Os preços do petróleo estão a desvalorizar, após duas sessões de ganhos, com os dados macroeconómicos menos robustos a pesarem nas perspetivas de procura. Isto apesar da possibilidade de maior violência no Médio Oriente.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, cai 0,74%, para os 70,66 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, recua 0,71% para 73,18 dólares.
Ainda assim, a decisão de corte de juros pela Fed poderá ser um estímulo para a procura de combustíveis nos Estados Unidos e enfraquecer o dólar, o que seria positivo para o crude.
Hoje são ainda conhecidos os números oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), que divulga os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina.
Futuros da Europa inalterados. Ásia valoriza ligeiramente
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão praticamente inalterado, antes de uma reunião da Reserva Federal altamente antecipada pelos investidores. A atenção continua a centrar-se na dimensão de uma já incorporada descida de juros, de 25 ou 50 pontos base.
O mercado deverá ainda estar atento ao "dot plot" - o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas futuras nos juros diretores.
Os futuros do Euro Stoxx 50 avançam 0,04%.
Na Ásia, os principais índices valorizam, embora com uma subida contida, numa altura em que aguardam a reunião da Fed. No entanto, os índices em Hong Kong e na Coreia do Sul estiveram encerrados devido a um feriado.
Pela China, o Shanghai Composite soma 0,49%. No Japão, o Nikkei sobe 0,49% e o Topix valoriza 0,38%.