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"Earnings season" animam Europa. Só britânico FTSE 100 perdeu
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
"Earnings season" animam Europa. Só britânico FTSE 100 perdeu
As bolsas europeias terminaram a última sessão de outubro com ganhos. Isto num dia em que algumas empresas apresentaram resultados acima do esperado.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,59% para 433,66 pontos, com praticamente todos os setores a registarem ganhos. O do imobiliário (2,68%) foi o que mais ganhou, seguido pelo dos químicos (1,68%) e da tecnologia (1,52%), enquanto o do petróleo & gás comandou as quedas (-0,84%).
Entre as principais movimentações, a Stellantis valorizou 3,29% para 17,6 euros no dia em que reportou um crescimento de dois dígitos das receitas nos primeiros nove meses deste ano. A faturação do grupo automóvel, que é liderado pelo português Carlos Tavares, subiu 10% para 143,5 mil milhões de euros de janeiro a setembro.
Também a Anheuser-Busch InBev, fabricante de cervejas, viu as ações subirem 5,47% para 53,63 euros, depois de ter divulgado que as receitas cresceram 5% no terceiro trimestre e de ter reiterado as previsões para os lucros este ano.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,64%, o francês CAC-40 valorizou 0,89%, o italiano FTSE Mib somou 1,47%, o espanhol Ibex 35 avançou 0,04% e o AEX, em Amesterdão, subiu 0,64%. Apenas o britânico FTSE 100 desvalorizou (-0,08%).
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que significa que os investidores privilegiaram as obrigações. A maior procura pela dívida pública verificou-se num dia em que foi conhecido que a região registou uma ligeira contração no terceiro trimestre, tendo o produto interno bruto (PIB) caído 0,1% de julho a setembro.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aliviou 3,5 pontos base para 3,449% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, desceu 1,6 pontos base para 2,803%.
A rendibilidade da dívida italiana caiu 1 ponto base para 4,720%, os juros da dívida francesa cederam 0,7 pontos base para 3,424% e os juros da dívida espanhola recuaram 1,1 pontos base para 3,977%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida pública britânica aliviaram 4,8 pontos base para 4,507%.
Ouro desliza com dólar mais forte
Os preços do ouro estão a descer, penalizados pela força do dólar. A valorização da moeda norte-americana tende a prejudicar o metal precioso, que por ser cotado na nota verde se torna menos atrativo para quem compra com moedas estrangeiras.
O ouro perde 0,09% para 1.994,22 dólares por onça. Já metais preciosos como a platina e o paládio estão a valorizar, com ganhos de 0,58% para 941,19 dólares e 0,09% para 1.130,65 dólares, respetivamente.
No mercado cambial, o euro cede face ao dólar, num dia em que foi conhecido que o PIB da Zona Euro contraiu 0,1% no terceiro trimestre deste ano.
A moeda única europeia recua 0,29% para 1,0584 dólares.
Petróleo em níveis pré-guerra Israel - Hamas
O petróleo oscila em níveis próximos dos registados antes do início da guerra Israel - Hamas, após sinais de que o conflito se poderá manter contido e, por isso, não levará a uma acentuada subida da procura.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,50% para 82,72 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,47% para 87,86 dólares por barril.
Os preços já praticamente anularam os ganhos obtidos desde 7 de outubro, altura do ataque do Hamas a Israel, com os fluxos de petróleo normalizados, apesar do conflito.
Israel rejeita um cessar-fogo em Gaza e, ainda que a guerra não se tenha alastrado a outros países da região, o mercado continua atento às tomadas de decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Tanto o Brent como o WTI estão prestes a registar o seu primeiro mês de queda desde maio, com os receios de uma recessão global a voltarem a estar em primeiro plano. Na China, a atividade da indústria transformadora voltou a contrair em outubro. Ao mesmo tempo, a BP indicou que as margens dos retalhistas de combustíveis enfrentam dificuldades, já que os mercados de gasóleo e gasolina estão com excesso de oferta.
Wall Street abre mista antes de reunião da Fed
As bolsas norte-americanas abriram mistas, num dia em que os investidores assimilam mais uma série de resultados corporativos. Isto ao mesmo tempo que acompanham atentamente o desenvolvimento do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas, de modo a tentar perceber se este poderá ter implicações no resto da região do Médio Oriente.
O S&P 500, índice de referência, sobe 0,12% para 4.171,81 pontos, o industrial Dow Jones cede 0,22% para 32.855,62 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,51% para 12.724,55 pontos.
Entre as principais movimentações, a Caterpillar desliza 5,43% para 229,02 dólares, depois de ter apresentado os resultados do terceiro trimestre. Apesar de ter registado um aumento dos lucros, reportou uma queda das encomendas. Já a JetBlue Airways cai 13,93% para 3,62 dólares, depois de ter apresentado contas abaixo do esperado pelo mercado e ter anunciado que espera terminar o quarto trimestre com prejuízos.
Os investidores mostram uma maior cautela na última sessão antes de ser conhecida a conclusão de mais uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Média mensal das Euribor volta a subir nos três prazos em outubro
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a doze meses face a segunda-feira, mas a média mensal de outubro voltou a subir nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela segunda sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
No entanto, em outubro, as médias das Euribor a três, a seis e a 12 meses subiram respetivamente para 3,968% (mais 0,088 pontos que em setembro), 4,115% (mais 0,085 pontos) e 4,160% (mais 0,011 pontos).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 4,052%, menos 0,026 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a 12 meses subiu de 4,149% em setembro para 4,160% em outubro, mais 0,011 pontos.
Durante o atual ciclo de subida, a média da Euribor nos três prazos só desceu no prazo de 12 meses em agosto face a julho.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também recuou hoje, para 4,092%, menos 0,017 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A média da Euribor a seis meses subiu de 4,030% em setembro para 4,115% em outubro, mais 0,085 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,972%, mais 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Já a média da Euribor a três meses subiu de 3,880% em setembro para 3,968% em outubro, mais 0,088 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Dólar recua ligeiramente. Iene centra atenções após reunião do BoJ
O dólar está a desvalorizar ligeiramente face às principais divisas rivais, com os investidores focados numa reunião de política monetária da Reserva Federal, cuja decisão será anunciada na quarta-feira.
O mercado vai estando focado também nos dados da inflação e do PIB na Zona Euro que serão conhecidos esta terça-feira.
O euro avança 0,23% para 1,0639 dólares, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – cede 0,05% para 106,07 pontos.
Ainda a centrar atenções está o iene, que chegou a negociar em mínimos do ano face ao dólar, depois de o Banco do Japão (BoJ) ter tomado um passo para terminar com a sua política de estímulo monetário, mas que falhou em agradar os investidores.
O BoJ revelou que ia manter a "yield" da dívida soberana em torno dos 0%, definida na sua política de controlo da "yield". No entanto, o banco redefiniu 1% como a "gama mais elevada" ao invés de um tecto máximo rígido.
O iene desvaloriza 0,91% para 0,0066 dólares.
Europa abre em alta com Fed e "earnings season" na mira
Os principais índices europeus abriram em alta esta terça-feira, com os investidores focados nos resultados das empresas, antes de ser conhecida a decisão de política monetária da Reserva Federal norte-americana na quarta-feira, onde é largamente esperado que as taxas de juro diretoras permaneçam inalteradas.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,44% para 433,13 pontos, como todos os setores no verde, à exceção do petróleo e gás, que foi penalizado pelos resultados da BP. Ainda assim, o "benchmark" europeu está a caminho da maior queda no mês de outubro desde 2020 e também perto de anular os ganhos de 2023 e confirmar uma correção técnica.
A petrolífera britânica registou uma queda de 53% dos lucros ajustados nos primeiros nove meses do ano para 10,8 mil milhões de dólares. Este resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, o que está a penalizar a multinacional. Em bolsa a BP cai 4,14%.
Em sentido oposto, a Stellantis sobe 2,45%, depois de ter apresentado receitas melhores do que o esperado para 143,5 mil milhões de euros entre janeiro e setembro, uma subida de 10% face ao ano passado. Os resultados foram impulsionados pela estabilidade dos preços, a melhoria da logística e procura robusta.
"Os mercados caíram demasiado em pouco tempo. Se a Fed mantiver as taxas de juro inalteradas e talvez indique que não existirão mais subidas, devemos ver o mercado a ganhar força em novembro e dezembro", disse à Bloomberg o analista da Liberum Capital, Joachim Klement.
"A preocupação é, claro, se a Fed indica a possibilidade de novas subidas de juros ou a guerra em Israel escala", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,23%, o francês CAC-40 valoriza 0,75%, o italiano FTSEMIB ganha 0,95%, o britânico FTSE 100 sobe 0,38% e o espanhol IBEX 35 pula 0,24%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,81%.
Em Lisboa, o PSI cede 0,17%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que significa uma maior aposta dos investidores nas obrigações.
Os investidores viram-se agora para os números do PIB e da inflação na Zona Euro, que permitirão melhor compreender o estado da economia europeia.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 4 pontos base para 2,779%, enquanto os juros da dívida portuguesa recuam 5 pontos base para 3,434%.
A rendibilidade da dívida espanhola cede 3,4 pontos base para 3,853%, os juros da dívida italiana caem 3 pontos base para 4,699% e os juros da dívida francesa descem 3,9 pontos base para 3,392%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 7 pontos base para 4,484%.
Ouro sobe e caminha para maior ganho mensal desde novembro
O ouro está a valorizar ligeiramente, com os investidores focados nas reuniões de política monetária dos bancos centrais, à procura de pistas sobre o estado da economia global.
O metal avança 0,07% para 1.997,5 dólares por onça. Apesar da subida, o metal amarelo segue a caminho de caminho de um ganho mensal de quase 8% em outubro, o maior desde novembro de 2022.
"Parece que Israel está a ter uma abordagem mais contida a Gaza, o que está a reduzir receios de um escalar desta crise no Médio Oriente", afirmou à Reuters o analista Kyle Rodd da Capital.com.
"Ainda assim, a subida acima dos 2.000 dólares é apenas marginal e o preço ainda reflete os riscos de uma escalada do conflito", completou.
Petróleo corrige em alta. Médio Oriente centra atenções
Os preços do petróleo estão a valorizar esta quarta-feira, depois de uma queda superior a 3% na sessão desta terça-feira. As preocupações relativamente ao escalar de tensões em Gaza estão a sobrepor-se aos dados divulgados sobre a economia chinesa que mostraram uma contração da atividade industrial.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, soma 0,4% para 82,64 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,53% para 87,91 dólares por barril.
Ambos os índices caminham para terminar outubro com uma perda semanal, numa altura em que os riscos sobre uma escalada da guerra começam a reduzir-se.
A correção dos preços do petróleo deverá depender da evolução do conflito no Médio Oriente. "Caso envolva uma invasão em larga escala e haja um envolvimento do Irão, podem voltar a aparecer receios de uma redução no fornecimento desta matéria-prima", disse à Reuters Leon Li, analista da CMC Markets.
Futuros da Europa inalterados. Ásia penalizada por dados da China
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão praticamente inalterado, depois de terem sido conhecidos dados sobre a produção industrial na China que ficaram abaixo do esperado.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,15%.
Os investidores deverão centrar-se hoje numa leitura do PIB da Zona Euro relativo ao terceiro trimestre.
Na Ásia, os dados da economia chinesa estiveram a penalizar o sentimento e a reavivar preocupações relativamente ao estado da segunda maior economia mundial.
A produção industrial na China voltou a registar uma contração em outubro, gerando novamente dúvidas relativamente às últimas estatísticas que davam conta de uma melhoria da economia chinesa.
Ainda a centrar atenções esteve uma reunião de política monetária do Banco do Japão, depois de a autoridade monetária ter anunciado alterações no seu mecanismo de controlo da "yield" das obrigações soberanas. Os analistas avaliaram esta decisão como uma antecipação para o fim da política monetária "ultra-loose" dos últimos tempos.
Pela Ásia, na China, Xangai cede 0,2%, após cinco dias de ganhos consecutivos. Já o Hang Seng, em Hong Kong, perdeu 1,5%. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 0,34%. No Japão, o Nikkei caiu 1,41% e o Topix subiu 1,01%.