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Grandes petrolíferas deixam Europa no vermelho
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Grandes petrolíferas deixam Europa no vermelho
As bolsas europeias fecharam no vermelho, numa altura em que o número de desempregados na Alemanha aumentou acima das expectativas dos analistas, enfraquecendo assim as esperanças de uma recuperação económica na maior potência europeia.
Segundo dados da agência federal de emprego alemã, a taxa de desemprego no país atingiu os 5,8% em maio, um aumento de três décimas quando comparado com o período homólogo. No entanto, em termos de variação mensal, a taxa de desemprego decresceu duas décimas.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, desceu 0,54% para 517,05 pontos, com o setor mineiro e da banca a serem os mais penalizados, perdendo ambos mais de 2%. A maioria dos setores ficaram no vermelho, mas a liderar a tabela dos ganhos ficou o das "utilities" (água, eletricidade, gás), que cresceu 0,61%.
As bolsas europeias foram especialmente pressionadas pela queda de grandes petrolíferas, com a BP, a Shell e a TotalEnergies a desvalorizarem 3,80%, 1,51% e 2,41%, respetivamente. As empresas foram penalizadas pelos preços cada vez mais em baixa do "ouro negro" nos principais mercados internacionais, depois da OPEP+ ter revelado que iria começar a abrir as torneiras a partir de outubro (no que diz respeito a um dos acordos de corte voluntário da oferta) - caso as condições do mercado o permitissem.
Já o setor bancário foi sobretudo afetado pela queda nas ações da italiana UniCredit, que encerrou a sessão a desvalorizar 4,16% para 35,29 euros. Isto acontece numa altura em que, apesar dos investidores anteciparem uma diminuição nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu já na quinta-feira, os novos dados económicos da Zona Euro revelam uma inflação persistente, o que pode restringir os próximos passos do banco central.
As ações da Maersk, que por momentos até lideraram os ganhos do Stoxx 600, encerraram as negociações a desvalorizar 0,58% para 11 985 coroas dinamarquesas, depois de o grupo ter revisto em alta as perspetivas de lucros para 2024, à boleia de maior procura pelo mercado de contentores.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,09%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,75%, o italiano FTSEMIB recuou 1,14%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,37% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,97%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,38%.
Juros cedem na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores em obrigações, à medida em que se aproxima a reunião de política monetário do Banco Central Europeu, que vai decorrer esta quinta-feira, 6 de junho, em Frankfurt.
A "yield" da dívida pública portuguesa, com maturidade a dez anos, desceu 2,8 pontos base para uma taxa de 3,121%. Já a das "bunds" alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aliviou 4,6 pontos para 2,531%.
A rendibilidade da dívida italiana diminuiu 1 ponto base para 3,865%. Por sua vez, a da dívida pública espanhola cedeu 2,4 pontos para 3,270% e a da dívida francesa caiu 3,8 pontos para 3,012%.
Fora da Zona Euro, os juros das dívidas britânicas aliviaram 4,3 pontos base para 4,177%.
Petróleo continua a cair com perspetiva de OPEP+ colocar mais crude no mercado
A organização de produtores e os seus aliados anunciou que começará a abrir as torneiras a partir de outubro. E embora tenha dito que isso só acontecerá se as condições de mercado o permitirem, os investidores estão a reagir com ceticismo. Entenda como estão distribuídos os atuais três "acordos" de corte da oferta.
Os preços do "ouro negro" prosseguem em baixa nos principais mercados internacionais, devido ao ceticismo em torno da decisão dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) no passado domingo, 2 de junho.
A OPEP+ anunciou uma manutenção dos cortes de oferta, mas disse também que a partir do quarto trimestre deste ano poderia começar a colocar gradualmente mais crude no mercado - isto no que diz respeito a um dos acordos de corte voluntário da oferta. Atendendo a que a procura tem dado sinais de alguma debilidad, o mercado está a reagir com ceticismo, mas o cartel e seus aliados deixaram também o "recado" de que só começariam a abrir as torneiras se as condições de mercado assim o permitissem.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ceder 1,75% para 72,92 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desce 1,67% para 77,05 dólares, em mínimos de quatro meses.
Ouro cede 1% face à força do dólar
O ouro segue a negociação desta terça-feira em terreno negativo e eliminou os ganhos acumulados da sessão anterior (na qual registou o maior avanço das duas últimas semanas), pressionado por um dólar mais forte.
O metal amarelo cede 1% para 2.327,34 dólares por onça, reduzindo assim para 13% o seu ganho anual.
A queda do ouro dá-se depois de divulgados os dados relativamente à abertura de vagas de emprego em abril do outro lado do Atlântico, que caíram para o nível mais baixo em três anos: abriram menos 296 mil vagas, para um total de 8,059 milhões, de acordo com dados estatísticos do Departamento de Trabalho dos EUA. O arrefecimento da economia dos EUA poderá ajudar a Reserva Federal na luta contra a inflação elevada.
"É um pouco estranho que os preços do ouro estejam a cair, já que os juros da dívida também estão", disse Bart Melek, da TD Securities à Bloomberg. "Acho que o mercado está finalmente a perceber que a Fed poderá ser lenta com os cortes. Basta uma perda de impulso e um desconforto técnico para puxar os preços para baixo", acrescentou.
Outros metais preciosos também seguem a mesma tendência de queda: a prata cai 3,90%, a platina 2% e o paládio 1,78%.
Dólar recupera terreno contra o euro após dados do emprego nos EUA
O dólar está a ganhar terreno face ao euro, numa altura em que o mercado laboral norte-americano dá sinais de arrefecimento - o que significa que a Fed poderá vir mesmo a começar a descer os juros diretores já este ano, o que sustenta a moeda.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelou que o número de ofertas de emprego em abril se fixou em 8,059 milhões. O valor marca um decréscimo face aos 8,35 milhões em março.
A "nota verde" valoriza 0,24% para 0,9190 euros – depois de ter atingido um mínimo contra a divisa europeia –, e aumenta 0,23% para 0,7824 libras contra a moeda britânica.
Em relação à moeda japonesa, a divisa norte-americana está, contudo, a ceder 0,69% para 155,0080 ienes. Isto depois de o vice-governador do Banco do Japão, Ryozo Himino, ter dito que o banco central tem que permanecer "muito vigilante" em relação ao impacto que a flutuação do iene poderá ter na inflação.
Wall Street abre no vermelho com dúvidas sobre força da economia dos EUA
As bolsas de Wall Street abriram em terreno negativo, à medida que a preocupação dos investidores relativamente à força da maior economia do mundo aumenta, ao mesmo tempo que aguardam uma série de dados atualizados semana para avaliar quanto abrandou o crescimento.
Em maio, a atividade industrial dos EUA desacelerou mais do que aquilo que o mercado previa, a par da queda dos gastos com a construção em abril - cenário que continua a pesar nas ações.
"Ontem, o setor industrial do ISM indicava uma desaceleração no crescimento ou uma diminuição na atividade, e se observarmos uma desaceleração na criação de emprego, isso será mais um sinal de alerta", explicou à Reuters Robert Pavlik, da Dakota Wealth.
Os investidores aguardam por dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados esta terça-feira, assim como os dados sobre encomendas às fábricas. Na sexta-feira será conhecida a criação de emprego na maior economia mundial referentes a maio.
Os fortes lucros empresariais, juntamente com um crescimento económico aparentemente resiliente, mantiveram Wall Street otimista e impulsionaram as ações durante os últimos meses. No entanto, uma série de dados recentes levou ao surgimento de preocupações, mesmo que os mercados continuem a apostar num corte das taxas de juro em setembro.
O índice industrial Dow Jones abriu a sessão a derrapar 0,20% para 38.492,27 pontos, ao passo que o S&P 500 cai 0,25% para 5.270,75 pontos, fazendo uma pausa nos ganhos das duas últimas sessões Já o tecnológico Nasdaq Composite registou uma queda de 0,1% para 16.791,61 pontos.
As ações das maiores petrolíferas derraparam à medida em que o crude tocou nos valores mais baixos desde fevereiro, com descidas na Exxon, na Mobil, na ConocoPhillips e na Chevron.
A centrar atenções esteve também a GameStop, que caiu 10% e corrigiu os ganhos do dia anterior, quando uma publicação no Reddit impulsionou as ações da empresa.
Do lado dos ganhos, as ações da biofarmaceutica Anexon subiram mais de 30% depois de ter agendado uma reunião para discutir a terceira fase do tratamento para uma doença autoimune rara que estão a desenvolver.
Com o mesmo valor de subida estiveram as ações da Core Scientific, numa altura em que a Bitcoin assinou contratos de 12 anos com a startup de inteligência artificial CoreWeav.
Após o fecho da sessão, a Hewlett Packard deverá divulgar os lucros trimestrais.
Energia e telecomunicações presssionam bolsas europeias
Depois de um início de semana positivo, os principais índices estão esta terça-feira a negociar no vermelho, com os investidores centrados na reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quinta-feira, onde é esperada a primeira descida de juros desde o início do ciclo de agravamento.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, desce 0,34% para 518,08 pontos, com os setores de petróleo e gás, penalizado pela queda dos preços do crude, e das telecomunicações a registarem as maiores quedas, acima de 1%.
Também a penalizar o setor energético está a gigante do petróleo britânica BP que perde 2,98% para 466,85 cêntimos de libra, depois de a S&P ter revisto em baixa o rating da empresa.
Já nas telecomunicações, a Deutsche Telekom perde 2,21% para 22,14 euros, depois de o Estado alemão ter vendido uma particpação de 2,5 mil milhões de euros na companhia.
Entre outras empresas em destaque, a Maersk sobe 2,87% para 12.280 coroas dinamarquesas, depois de o grupo ter revisto em alta as perspetivas de lucros para 2024, à boleia de maior procura pelo mercado de contentores. A Allianz, por sua vez, desce 2,44% para 264,2 euros, após o Citi ter revisto em baixa a recomendação para as ações da seguradora de "comprar" para "neutral".
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,4%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,72%, o italiano FTSEMIB recua 0,64%, o britânico FTSE 100 perde 0,38% e o espanhol IBEX 35 cai 0,42%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,47%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar ligeiramente esta terça-feira.
As "yields" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos recuam 2 pontos base para 3,129% e as da dívida espanhola cedem 2,4 pontos base para 3,270%.
Já as "yields" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, de referência para a região, aliviam 2,8 pontos para 2,549%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana decresce 0,8 pontos base para 3,867% e a da dívida francesa recua 2,7 pontos para 3,023%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, com prazo a dez anos, aliviam 1,9 pontos base para 4,201%.
Dólar inalterado. Investidores aguardam dados do emprego nos EUA
O dólar está a negociar sem tendência definida face às principais divisas rivais, depois de esta madrugada ter caído para minímos de março face ao euro e libra, com os dados sobre a economia dos EUA a darem força à possibilidade de a Fed poder vir a cortar juros ainda este ano.
A "nota verde" soma 0,08% para 0,9178 euros, enquanto o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - cede 0,02% para 104,116 dólares.
"A política da Reserva Federal de taxas de juro elevadas está sob escrutínio, uma vez que continua a pesar sobre a economia norte-americana", afirmou à Reuters James Kniveton, analista da Convera. "Os analistas estão a acompanhar de perto os próximos dados do emprego para obter indicações de um maior alívio da economia", completou.
Ouro desvaloriza após registar maior subida das últimas duas semanas
O ouro está a desvalorizar depois de esta segunda-feira ter registado a maior subida das últimas duas semanas. Isto após terem sido conhecidos os números de maio da produção industrial nos Estados Unidos que ficaram abaixo do esperado e geraram expectativas de um abrandamento da economia norte-americana, o que permitiria a Reserva Federal cortar juros este ano.
O metal amarelo recua 0,25% para 2.344,89 dólares por onça.
Os contratos de "swaps" relacionados com as próximas reuniões de política monetária da Fed continuam a incorporar um corte de 25 pontos base este ano.
Possibilidade de excedente no final de 2024 penaliza petróleo
Os preços do petróleo estão a desvalorizar de forma significativa esta terça-feira, com as perspetivas de um excedente de crude no mercado face a perspetivas de menor consumo nos Estados Unidos a penalizarem as cotações da matéria-prima.
Isto depois de ontem os dois "benchmarks" terem descido para o valor mais baixo dos últimos quatro meses.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, perde 1,21%% para 73,32 dólares por barril.
Por seu lado, o barril de Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,96% para 77,61 dólares, depois de ter caído ontem abaixo dos 80 dólares pela primeira vez desde fevereiro.
No domingo os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o grupo OPEP+) decidiram prolongar até ao final de 2025 os cortes voluntários na produção, acordados desde o final de 2022.
Foi ainda anunciado o prolongamento de um outro corte, de 2,2 milhões de barris diários, em três meses, até setembro de 2024, mas que será depois gradualmente eliminado durante um ano até setembro de 2025. É esta segunda nuance que tem penalizado os preços, dado o cenário de maior crude no mercado.
"Ultimamente, os preços do petróleo têm enfrentado um duplo golpe, com a história da oferta a ser influenciada pela orientação da OPEP+ de começar a reduzir alguns cortes na produção a partir de outubro de 2024, enquanto as condições da procura não têm sido bem suportadas com a produção industrial nos EUA em níveis abaixo do previsto", explica à Reuters Yeap Jun Rong, estratega da IG.
Futuros da Europa inalterados. Ásia no vermelho com índices indianos a caírem mais de 5%
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura morna, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 praticamente inalterados.
Isto depois de uma primeira sessão da semana positiva, numa altura em que todas as atenções dos investidores estão viradas para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na quinta-feira, onde é esperada a primeira descida de juros desde o início do ciclo de agravamento.
Na Ásia, os principais índices negociaram no vermelho, com os números de maio da produção industrial nos Estados Unidos abaixo do esperado a gerarem preocupações de uma desaceleração do crescimento da maior economia mundial.
Embora os dados tenham ajudado a reavivar a expectativa de flexibilização da política monetária da Reserva Federal, também suscitaram preocupações quanto ao potencial abrandamento das economias asiáticas.
Os principais índices indianos estiveram entre as maiores quedas - ao contrário do registado na segunda-feira, em que foram os que mais valorizaram - com os últimos números das sondagens a indicarem que a vitória de Narendra Modi poderá ser por uma menor margem do que se estimava.
"Após a forte valorização, espera-se também alguma tomada de mais-valias", afirmou à Bloomberg Kranthi Bathini, estratega da WealthMills Securities.
"Embora não sejam muitos os investidores que esperam uma derrota para a coligação liderada pelo BJP, se o partido no poder obtiver significativamente menos lugares do que o previsto inicialmente, podemos assistir a uma inversão acentuada", acrescentou.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, ganha 0,58% e o Shanghai Composite soma 0,27%. No Japão, o Nikkei recua 0,22% e o Topix desce 0,38%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi regista um decréscimo de 0,38%.
Em Nova Deli, o índice alargado Sensex caiu 5,51% e o Nifty 50 desvalorizou 5,85%.