Notícia
Stoxx 600 vai mais longe e define novos máximos históricos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta quarta-feira.
Stoxx 600 vai mais longe e define novos máximos históricos em dia verde na Europa
As bolsas europeias terminaram o dia maioritariamente no verde, com o Stoxx 600 novamente em máximos históricos.
O índice de referência subiu 0,16% para 507,33 pontos, um novo máximo histórico. Durante a negociação chegou mesmo a ir mais longe, tendo chegado aos 508,34 pontos.
Dos 20 setores que compõem o índice, os do retalho e dos recursos naturais foram os que mais valorizaram, com subidas de 3,27% e de 1,34%, respetivamente. Já o setor automóvel caiu 1,23%, arrastado pela Volkswagen, que perdeu mais de 4% esta quarta-feira, após apresentar contas.
Entre as principais movimentações, a Zalando somou 18,9% para 22,77 euros, após ter divulgado perspetivas para o ano acima do esperado pelos analistas. Já a dona da Zara valorizou 7,74% para 44,26 euros no dia em que reportou lucros recorde relativos a 2023 e que pretende aumentar o dividendo distribuído aos acionistas em 28% para 1,54 euros por ação (também o mais elevado de sempre).
Nas principais praças europeias, o francês CAC-40 ganhou 0,62%, o espanhol Ibex 35 subiu 1,65%, o britânico FTSE Mib cresceu 0,31% e o italiano FTSE Mib avançou 0,39%. Já o AEX, em Amesterdão, perdeu 0,07% e o alemão Dax cedeu 0,02%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Itália escapa a subida
À exceção dos italianos, os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta quarta-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações.
A diminuição da procura por dívida pública acontece no mesmo dia em que há um reforço das perspetivas de corte nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, com o governador do banco de França a prever uma descida "mais provável em junho" do que em abril.
No dia em que Portugal foi ao mercado pela primeira vez desde que obteve "rating" A, a "yield" da dívida pública com maturidade a dez anos subiu 2,6 pontos base para 2,978%.
Já a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou 3,7 pontos para 2,365%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana aliviou 1,2 pontos base para 3,589%. Em sentido contrário, a da dívida francesa subiu 2,7 pontos para 2,801% e a da dívida espanhola aumentou 2 pontos para 3,155%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, agravaram-se 7,4 pontos base para 4,018%.
Petróleo sobe 2% após ataque a refinaria russa
O petróleo valoriza, após um drone ucraniano ter atingido uma das maiores refinarias russas, e com novos dados que apontam para uma redução dos stocks de petróleo nos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para o mercado norte-americano, soma 2,08% para 79,17 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,94% para 83,51 dólares.
O ataque à refinaria Rosneft PJSC, com capacidade para produzir 340 mil barris de crude por dia, foi a mais recente investida a instalações processadoras de petróleo na Rússia.
A dar gás aos preços do ouro negro está também um relatório que estima que os stocks de petróleo nos Estados Unidos tenham diminuído em 5,5 milhões de barris na semana passada, o que representaria a primeira queda em seis semanas - são dados que serão confirmados pelo Governo ainda esta quarta-feira.
Na terça-feira, os preços do petróleo caíram depois de a OPEP ter indicado que a estratégia de cortes de oferta tinha sofrido um revés, com o Irão ainda a produzir acima da quota. A pressionar os preços ontem estiveram também os novos dados na inflação norte-americana, que revelaram um aumento acima do esperado.
Euro valoriza face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, beneficiando da ligeira queda da nota verde numa altura em que os investidores aguardam por novos dados económicos nos Estados Unidos.
A moeda única da Zona Euro sobe 0,16% para 1,0944 dólares.
O aumento dos preços no consumidor nos Estados Unidos registou uma subida homóloga de 3,2% em fevereiro, ligeiramente acima dos 3,1% previstos pelos economistas.
A leitura acima do esperado não levou a uma alteração das perspetivas quanto ao "timing" do primeiro corte dos juros, com o mercado a apontar para junho. Ainda assim, a aposta na nota verde reduziu ligeiramente esta quarta-feira, com os investidores à espera de novos dados que permitam obter mais pistas sobre o curso da política monetária.
Além de estar a desvalorizar face ao euro, o dólar cede ainda 0,05% perante o franco suíço e a libra. Já face ao iene ganha 0,04%.
Ouro valoriza apesar da subida da inflação
Os preços do ouro estão a subir, depois de uma queda de 1,1% na terça-feira, a primeira em dez sessões, enquanto os investidores digerem os dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que aumentou para os 3,2% em fevereiro.
O metal precioso valoriza 0,59% para os 2,171.04 dólares por onça.
O índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,4% em fevereiro, acima das expectativas do mercado, o que significa uma maior rigidez na inflação, pressionando a Reserva Federal (Fed) a manter as taxas de juro elevadas durante mais tempo – cenário desfavorável para o ouro, que não remunera juros.
Mesmo assim, a expectativa dos "traders" de um corte em junho continua forte, apesar da queda de 10 pontos percentuais para os 62%, segundo a Bloomberg.
As atenções estão agora voltadas para dados divulgados esta quinta-feira sobre o índice de preços ao produtor, assim como números das vendas do retalho norte-americano, que podem ditar mais pistas sobre o "timing" dos cortes de juro pela Fed.
Noutros metais preciosos, a prata, a platina e o paládio seguem a ganhar.
Wall Street mista à espera de novos dados sobre a economia dos EUA
Os principais índices em Wall Street abriram sem tendência definida, depois de o "benchmark" mundial, S&P 500, ter ontem atingido máximos históricos ao alcançar os 5.179,57 pontos.
Depois dos números da inflação nos Estados Unidos, divulgados na terça-feira, terem ficado acima do esperado, os investidores estão a aguardar os dados dos preços no produtor e as vendas a retalho.
O S&P 500, referência para a região, cede 0,11% para 5.117,94 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,41% para 16.019,27 pontos. Já o industrial Dow Jones soma 0,12% para 38.769,66 pontos.
"Apesar da subida da inflação, acreditamos que a economia norte-americana continua a estar em boa forma e está a caminho de um 'soft-landing'", disse à Reuters Mark Hafaele, "chief investment officer" do UBS.
Entre os principais movimentos de mercado está a Nvidia desvaloriza mais de 3%, depois de ter subido mais de 7% na terça-feira. Já a Tesla recua 2%, depois de o Wells Fargo ter revisto em baixa a recomendação para as ações da fabricante de veículos elétricos.
Bitcoin atinge novo máximo ao ultrapassar 73.600 dólares
A bitcoin, a criptomoeda mais utilizada no mercado, superou esta quarta-feira o nível de 73.600 dólares e alcançou um novo máximo, segundo dados da Bloomberg recolhidos pela Efe. Às 7:15 em Lisboa, a criptomoeda ultrapassou os 73.000 dólares e às 8:44 atingiu um novo máximo de 73.664,23 dólares, mas entretanto desceu e às 12:15 estava a ser negociada a 73.175,01 dólares.
Há mais de uma semana que a bitcoin não para de renovar máximos, tendo a 5 de janeiro atingido 69.191,9 dólares e ultrapassado o máximo histórico de 68.991 dólares fixado em 10 de novembro de 2021.
Desde 23 de janeiro, quando a bitcoin caiu para um mínimo de 38.509 dólares, a criptomoeda já se valorizou quase 90%.
Analistas citados pela Efe atribuem a forte subida da bitcoin à decisão da "Securities and Exchange Commision (SEC), a entidade que supervisiona o mercado bolsista norte-americano, de autorizar "exchange-traded funds (ETF) ligados ao preço à vista desta criptomoeda. Um ETF é um cabaz de títulos que compra ou vende através de uma empresa de corretagem numa bolsa de valores.
A subida da bitcoin está também a ser impulsionada pela redução para metade, em abril, da recompensa obtida pelos mineradores de bitcoin, o que reduzirá a criação de novas moedas.
Em declarações à EFE, o diretor de formação institucional da Bit2Me, Javier Pastor, destacou o ritmo de compras da criptomoeda, que ronda em média os 4.500 bitcoins por dia. A este propósito, referiu que ainda que na terça-feira a BlackRock chegou a adquirir um recorde de cerca de 1.000 milhões de dólares em bitcoins.
"Continuamos a assistir a uma compra sustentada que deverá acelerar com a aprovação dos ETFs em Hong Kong e também dos ETMs no Reino Unido", afirmou Pastor, que disse ainda que a subida do preço da criptomoeda se deve à proximidade cada vez maior dos cortes de taxas por parte dos bancos centrais, à "redução para metade" e ao "choque" da oferta.
"Isto ainda agora começou e a questão que temos de nos colocar é se será diferente de outros ciclos, em que houve uma explosão de preços e depois uma queda de 60% ou 70% ou mais. Penso que provavelmente não se repetirá da mesma forma e veremos um comportamento diferente, apesar de uma subida explosiva", concluiu.
Frankfurt atinge valor recorde
Por volta das 08:10 de Lisboa, o índice alemão atingiu 18.001,42 pontos, mais 0,15% e um novo recorde histórico, num contexto de queda da inflação na Zona Euro "que torna muito provável um corte nas taxas de juro directoras [pelo Banco Central Europeu] em junho", de acordo com Jochen Stanzl, analista da CMC Markets, citado pela Efe.
Também as outras principais praças europeias mantinham-se a negociar em alta, após a divulgação do produto interno bruto (PIB) do Reino Unido que cresceu 0,2% em janeiro, depois de ter entrado em recessão em 2023.
Lusa
Europa tímida após alcançar máximos históricos. Inditex ganha mais de 5%
Os principais índices abriram tímidos esta quarta-feira, depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter alcançado máximos históricos e de fecho.
As declarações do governador do Banco de França e membro do Conselho do Banco Central Europeu estão a centrar atenções. François Villeroy de Galhau afirmou que há acordo entre os decisores para uma descida de juros na primavera, "de abril a junho".
Por outro lado, os números da inflação dos EUA continuam na mira, com os investidores a tentar perceber o que acontecerá do lado de lá do Atlântico em termos de política monetária.
O "benchmark" europeu desliza 0,03% para 506,35 pontos, com a maioria dos setores em ligeira queda. A exceção é o setor do retalho que ganha mais de 2,5% e as "utilities" (água, luz, gás) que valorizaram mais de 1%.
A sustentar o retalho estão as perspetivas positivas para este ano da Zalando e as contas da Inditex. A dona da Zara, líder mundial de venda de roupa a retalho, fechou 2023 com 5.381 milhões de euros de lucros, o maior de sempre.
O resultado líquido aumentou 30,3% e as vendas do grupo registaram também um recorde, alcançando os 35.947 milhões de euros no último ano fiscal (1 de fevereiro de 2023 a 31 de janeiro de 2024). A empresa revelou também que vai aumentar em 28% o dividendo e valoriza 5%.
Entre outros movimentos de mercado, a Vallourec pula mais de 7% depois de a ArcelorMittal ter anunciado a aquisição de uma particpação minoritária avaliada em 955 milhões de euros.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax avança 0,06%, o francês CAC-40 soma 0,15%, o italiano FTSEMIB ganha 0,23% e o espanhol IBEX 35 pula 1,02%.
Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,06% e o britânico FTSE 100 cede 0,04%.
Juros aliviam na Zona Euro à boleia de comentários de membro do BCE
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores nas obrigações.
Os investidores estão a reagir às declarações do governador do Banco de França e membro do Conselho do Banco Central Europeu, François Villeroy de Galhau que afirmou que há acordo entre os decisores para uma descida de juros na primavera, "de abril a junho".
Os juros da dívida portuguesa a dez anos vão reagindo ao resultado das eleições legislativas nacionais e recuam 1,9 pontos base para 2,933%. Já os juros da dívida espanhola cedem 2,3 pontos para 3,112%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 2,5 pontos base para 2,303%.
Os juros da dívida italiana recuam 2,6 pontos base para 3,575% e os da dívida francesa registam um decréscimo de 2,5 pontos para 2,750%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica agrava-se em 0,5 pontos base para 3,949%.
Dólar inalterado com Fed a centrar atenções. Iene recua
O dólar está a negociar sem tendência definida face às principais divisas rivais, numa altura em que os investidores avaliam o impacto de uma subida da inflação superior ao esperado nas decisões de política monetária da Reserva Federal.
O dólar desliza 0,01% para 0,9151 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - cede 0,02% para os 102,935 pontos.
"[O presidente da Fed] Jeromw Powell deverá estar arrependido de ter falado em cortes de juros no seu testemunho na semana passado, suspeito que é por isso que os futuros relativos à taxa de fundos federais da Fed ainda estão a incorporar um corte dos juros em junho", afirmou à Reuters Matt Simpson, analista da City Index.
Já o iene está a negociar em baixa face às principais divisas rivais, depois de ter valorizado esta madrugada depois de a Toyota ter chegado a acordo com a sua comissão de trabalhadores para aumentar os salários e os prémios.
Tal foi visto como progresso no aumento do salário nacional, o que poderia permitir ao Banco do Japão começar a subir os juros diretores na próxima reunião. Os investidores aguardam as conclusões da ronda de negociações salariais que se realiza de forma anual, conhecido como "Shunto", e que termina na sexta-feira.
Ouro recupera de pior sessão em um mês
O ouro está a negociar em ligeira alta esta quarta-feira, após ter registado a maior queda (-1,1%) em um mês na terça-feira, depois de os números da inflação nos Estados Unidos terem ficado acima do esperado e gerado dúvidas se a Reserva Federal poderá adiar um corte de juros que estava a ser apontado para junho.
O ouro avança 0,04% para 2.159,14 dólares por onça.
Face aos números da subida dos preços noa EUA os "traders" reduziram ligeiramente as expectativas de um corte em junho de 72% para 67%, segundo dados da Reuters.
Maior procura sustenta ganhos do petróleo
Os preços do petróleo estão a valorizar após quatro sessões consecutivas de perdas. Um possível aumento da procura, incluindo por parte do maior consumidor mundial, os Estados Unidos, está a impulsionar a negociação.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para o mercado norte-americano, soma 0,58% para 78,01 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,56% para 82,38 dólares.
Os investidores vão avaliando os números da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que manteve as suas estimativas de um crescimento da procura por crude relativamente robusto em 2024 e 2025. O grupo perspetiva que o consumo mundial aumente este ano para 2,25 milhões de barris por dia e 1,85 milhões de barris em 2025.
Ainda a centrar atenções estão os números dos inventários de crude divulgados pela associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) que mostrou uma descida dos "stocks" na última semana - a primeira queda em sete semanas, caso estes números sejam confirmados pelos indicadores oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original).
Bolsas asiáticas e europeias com leituras diferentes da inflação nos EUA
Depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter alcançado máximos históricos e de fecho, os futuros sobre os principais índices europeus apontam hoje para uma abertura praticamente inalterada. Já na Ásia, os índices negoceiam no vermelho.
Os investidores deverão continuar a digerir os números da inflação de fevereiro nos Estados Unidos, que mostrou uma subida superior ao esperado, o que poderá levar ao adiamento de um possível corte das taxas de juro no país.
Na Europa, tal não foi suficiente para travar o apetite pelo risco. Contudo a situação é diferente nas bolsas asiáticas. "Um dólar mais forte está a atingir os mercados 'offshore', depois da leitura da inflação nos EUA, explicou à Bloomberg o analista Matthew Haupt da Wilson Asset Management.
"É provável que o dólar fique forte no curto-prazo e que o potencial para cortes de taxas de juro na China em particular possa ser reduzido dados os possíveis adiamentos pela Fed", acrescentou.
No Japão, a sessão foi maioritariamente negativa depois de a Toyota ter chegado a acordo com a sua comissão de trabalhadores para aumentar os salários e os prémios. Tal foi visto como progresso no aumento do salário nacional, o que poderia permitir ao Banco do Japão começar a subir os juros diretores na próxima reunião.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, desliza 0,04% e o Shanghai Composite recua 0,4%. No Japão, o Nikkei cede 0,26% e o Topix desvalorizou 0,33%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi somou 0,44%.