Notícia
Europa fecha no vermelho. Juros da dívida portuguesa em mínimos de três meses
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha no vermelho. Apenas retalho ganha no Stoxx 600
As bolsas europeias fecharam em terreno negativo, pressionadas pela incerteza sobre o futuro económico à medida que o fim do ano se aproxima.
O Stoxx 600, referência para a Europa, cedeu 0,62% para os 436,20 pontos, fechando assim o quarto dia consecutivo de perdas. Dos 20 setores que compõem o índice, 19 registaram perdas, tendo apenas o setor do retalho fechado com ganhos (0,20%).
Nas praças europeias, o alemão Dax desceu 0,57%, o francês CAC-40 recuou 0,41%, o italiano FTSE Mib desvalorizou 0,10% e o espanhol Ibex caiu 0,50%. Já o AEX, em Amesterdão, perdeu 0,74%, enquanto o britânico FTSE 100 cedeu 0,43%.
Depois de várias semanas de ganhos, as bolsas europeias foram apanhadas pela incerteza sobre quão longe o aumento das taxas de juro por parte dos bancos centrais poderá ir.
A contribuir para este travão ao otimismo estiveram dados económicos, como o emprego, acima do esperado do outro lado do Atlântico. Também a balança comercial na China agravou o sentimento, com as importações e exportações a caírem a um ritmo mais acelerado do que o previsto em novembro.
Juros da dívida portuguesa a dez anos em mínimos de três meses
Os juros da dívida soberana seguem a aliviar na Zona Euro, numa altura em que permanece em aberto qual o próximo passo dos bancos centrais.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos recuou 4,9 pontos base para 2,659%, tendo caído para mínimos de três meses. Já os juros das Bunds alemãs, referência para a região, cederam 1,5 pontos base para 1,773%, enquanto a "yield" da dívida pública italiana aliviou 4,4 pontos base para 3,593%.
Os juros da dívida espanhola, por sua vez, baixaram em 2,8 pontos base para 2,754% e a "yield" da dívida francesa perdeu 1,4 pontos base para 2,231%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica recuaram 3,3 pontos base para 3,037%.
Ouro sobe ligeiramente com investidores de olhos postos na Fed
O ouro segue a valorizar, numa altura em que os investidores já estão de olho na reunião da próxima semana da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O metal amarelo soma 0,45% para os 1.778,98 dólares por onça, enquanto o paládio avança 0,42% para 1.859,67 dólares e a platina cresce 1,71% para 1.008,41 dólares.
O ouro tem sido penalizado ao longo do ano pelas taxas de juro mais agressivas, uma vez que não remunera juros. Contudo, as últimas semanas deram algum alívio ao metal precioso, que viu alguma recuperação à boleia das expetativas de que o período mais "hawkish" poderá já ter passado.
Euro avança face ao dólar
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a subir 0,38% para os 1,0508 dólares. A nota verde está a ser penalizada pela incerteza quanto ao futuro da economia, com os investidores ainda a tentar perceber se a Fed irá aumentar as taxas de juro em 50 ou 75 pontos base.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da moeda dos EUA contra dez divisas rivais - cede 0,43% para os 105,143 pontos.
Petróleo recupera com mira na procura chinesa e oferta russa
Os preços do petróleo seguem em alta, depois de já terem estado a rondar mínimos do ano.
A animar a matéria-prima está a expectativa de uma maior procura por parte da China e os receios em torno da oferta russa – devido a atrasos nos petroleiros em águas turcas –, o que está a ofuscar a preocupação relativamente a uma recessão global.
a perder terreno, com o sentimento dos investidores ainda abalado pelos sinais de que os juros diretores dos EUA poderão continuar mais elevados durante mais tempo do que se previa.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 0,91% para 80,07 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,75% para 74,81 dólares.
Wall Street abre no vermelho com dados da China. "Yields" miram recessão
Wall Street arrancou a sessão predominantemente no vermelho, num dia em que os investidores digerem os mais recentes dados económicos vindos da China, o que pode fornecer algumas pistas sobre a saúde da economia global.
O S&P 500 perde 0,11% para 3.936,98 pontos, depois de na véspera ter encerrado uma quarta sessão consecutiva de perdas, apagando os ganhos arrecadados a semana passada, após o discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Jerome Powell deu na altura sinais de que era possível abrandar o ritmo da subida das taxas de juro já na reunião deste mês.
Por sua vez, o industrial Dow Jones negoceia na linha d' água mais inclinado para o vermelho (-0,02%) para 33.588,78 pontos, enquanto o Nasdaq desliza 0,49% para 10.944,19 pontos.
Tantos as importações como as exportações da China contraíram de forma acentuada em novembro, dando assim a indicação de uma redução da procura.
No mercado de dívida também já se sentem os sinais palpáveis de uma possível recessão, com a "yield" da dívida a dez anos abaixo dos juros das obrigações a dois anos, uma inversão da curva das "yields" como não era vista desde o início de 1980.
As atenções dos investidores começam agora a virar-se para a reunião de política monetária da Fed que decorre nas próximas terça e quarta-feira.
"Os mais recentes dados económicos geram incerteza sobre as perspetivas acerca da economia e sobre a Fed", considera o UBS Global Wealth Management numa nota de "research" citada pela Bloomberg.
"Esperamos mais volatilidade e mantemos a nossa posição defensiva", acrescenta o banco suíço.
Taxas Euribor invertem tendência e caem a três, seis e 12 meses
As taxas Euribor desceram hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira, invertendo a tendência das últimas sessões.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, baixou hoje, para 2,442%, menos 0,001 pontos, contra o novo máximo desde janeiro de 2009, de 2,443%, verificado em 6 de dezembro.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também desceu hoje, ao ser fixada em 1,977%, menos 0,016 pontos que na terça-feira, dia em que subiu até 1,993%, um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro.
No prazo de 12 meses, a Euribor também recuou hoje, ao ser fixada em 2,864%, menos 0,006 pontos do que na terça-feira, contra 2,892% em 28 e 29 de novembro, um máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa mista. Stoxx 600 negativo
Os principais índices europeus estão a negociar mistos, com as "commodities" a liderar as perdas, numa altura de grande incerteza económica na China, mesmo apesar de algumas medidas de alívio das regras relativas à política de covid-zero.
A China divulgou esta quarta-feira dados relativos às importações e exportações, que registaram ambos uma contração, o que também está a pesar no sentimento dos investidores.
O "benchmark" Stoxx 600 perde 0,08% para os 438,55 pontos, com os setores do petróleo e gás a liderar as perdas (-1,46%), seguido pelo setor mineiro (-1,69%).
O índice de referência da Europa ocidental segue a caminho do melhor quarto semestre desde 2015, mas os analistas estão convencidos de que esta tendência não vá persistir.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o AEX, em Amesterdão, regista um decréscimo de 0,45% e o alemão Dax cede 0,09%.
A registar ganhos está o britânico FTSE 100 a subir 0,32%, o italiano FTSEMIB que ganha 0,24%, o espanhol IBEX a somar 0,07% e o CAC-40 que avança apenas 0,01%.
Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha e Itália recuam ao valor mais baixo desde setembro e agosto
Os juros da dívida soberana seguem a aliviar na Zona Euro, com os juros da dívida alemã e italiana a atingirem os valores mais baixos desde setembro e outubro, respetivamente.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos alivia 2,1 pontos base para 1,767%, enquanto os juros da dívida soberana italiana cedem 4 pontos base para 3,598%.
Já os juros da dívida pública francesa recuam 2,3 pontos base para 2,222%, ao passo que a "yield" da dívida espanhola cai 3 pontos base para 2,753%. Por cá, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade perdem 4,4 pontos base para 2,664%, sendo a que mais alivia na Zona Euro.
A União Europeia regressa hoje ao mercado para colocar dívida de curto prazo à venda. O leilão de Bilhetes, que será o último do ano, tem em vista o financiamento da chamada bazuca, que visa ajudar os países na recuperação pós-pandémica.
Ouro beneficia de queda do dólar e valoriza ligeiramente
O ouro está a subir ligeiramente, com os investidores a aguardarem dados relativos aos preços no produtor que vão ser divulgados esta sexta-feira nos Estados Unidos e que vão permitir perceber o caminho a seguir pela Fed.
O metal precioso está ainda a beneficiar da queda do dólar, que depois de dois dias de ganhos vai desvalorizando face ao euro.
O ouro sobe 0,08% para 1.772,45 dólares por onça. Ao passo que a nota verde desce 0,1% para 1,0476 euros.
Já o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais - negoceia inalterado nos 105,582 pontos.
O metal precioso tem vindo a desvalorizar ao longo do ano, prejudicado pelo ritmo de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana que tem levado a uma alta do dólar.
No entanto, nas últimas semanas o metal amarelo tem conseguido recuperar com expectativas de que a Fed já tivesses ultrapassado o seu período mais "hawkish".
"O 'rally' no ouro pode durar até à próxima reunião da Fed", revelou o analista Gnanasekar Thiagarajan, da Commtrendz Risk Management Services à Bloomberg.
Petróleo continua em queda. Gás inalterado
O petróleo está a desvalorizar ligeiramente depois de três dias de perdas, numa altura em que bancos preveem um ano de 2023 difícil para esta matéria-prima, com a redução da procura e do apetite por ativos de risco, incluindo as commodities.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a recuar 0,26% para 79,14 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,38% para 73,97 dólares.
No mercado do gás, reina a expetativa à medida que os países do norte da europa começam a ligar os aquecimentos, devido ao arrefecimento da temperatura.
Apesar de os armazenamentos de gás estarem cheios e os países continuarem a comprar gás natural liquefeito, os riscos continuam caso as baixas temperaturas sejam sentidas por muito tempo, o que pode deixar o Velho Continente exposto a novos cortes no abastecimento.
Os contratos do gás a um ano negociados em Amesterdão (TTF), referência para o mercado europeu, estão inalterados nos 138 euros por megawatt-hora.
Futuros da Europa com leve subida. Ganhos na Ásia abrandam
As principais praças europeias estão a apontar para uma abertura sem rumo definido, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a subirem apenas 0,1%.
Esta quarta-feira os investidores vão estar atentos à divulgação do PIB e emprego na Zona Euro, relativos ao terceiro trimestre.
Na Ásia, a negociação foi negativa, embora comecem a surgir indicações de que as autoridades da China continental vão permitir que a quarentena, no caso de infeção por covid-19, seja cumprida em casa, diminuindo também a necessidade de testes à doença.
O "benchmark" asiático, MSCI Asia Pacific, tem vindo a subir mais de 17% desde outubro, com expectativas de uma reabertura da China e o fim da política monetária mais agressiva por parte da Reserva Federal norte-americana. Este "rally" tem, no entanto, acalmado nos últimos dias, com preocupações com a economia norte-americana a regressarem à superfície.
Pela China, Xangai desceu 0,4%, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,2%. Pelo Japão, o Topix avançou 0,1% e o Nikkei perdeu 0,5%. Já na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,2%.