Notícia
Europa pintada de verde com maioria dos setores com ganhos, à exceção das telecom. Petróleo a ceder
Acompanhe aqui o dia dos mercados.
- Wall Street abre mista. Atenções viram-se para dona da Google
- Europa pintada de verde. UBS dispara mais de 6%
- Bunds germânicas regressam acima da linha de água
- Ouro continua a recuperar da queda da semana passada
- Nervosismo e volatilidade dominam cotação do petróleo
- Tesouro norte-americano alivia preocupações na Europa
- Petróleo cede à espera da OPEP+
- Europa pintada de verde. Só setor das telecom fechou no vermelho

Depois de um janeiro altamente volátil, Wall Street abriu a primeira sessão de fevereiro mista, motivada pela "earnings season" e pelas declarações de altos cargos da administração norte-americana e da Reserva Federal dos EUA.
O índice industrial Dow Jones arrancou a sessão a somar 0,19% para 35.199,14 pontos. Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,14% para 4.522,03 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite segue a deslizar 0,05%, uma perda ligeira que indica uma correção técnica, depois de esta segunda-feira ter encerrado a sessão a escalar 3,41% (depois de já ter subido 3,13% na passada sexta-feira), para 14.239,88 pontos.
Esta segunda-feira, o secretário adjunto de Política Económica, Ben Harris, previu que "as pressões sobre a inflação devem diminuir já este ano, devido a uma procura cada vez mais fraca, que acabará por aliviar as cadeias de abastecimento".
Por sua vez, a responsável pelo braço da Fed em São Francisco, Mary Daky e a presidente da organização na região do Kansas, Esther George, frisaram que "não é do interesse de ninguém que a Fed tome medidas inesperadas" e que a subida das taxas de juro "será avisada no tempo devido".
"É uma boa notícia que os membros da Fed estejam a tentar acalmar os nervos dos EUA, mas tudo depende de como e quando a organização irá subir as taxas de juro. Até lá, a volatilidade será a realidade do mercado de ações", comentou Ipek Ozkardeskaya, analista sénior do Swissquote, em entrevista à Bloomberg TV.
Para além destas declarações, o apetite dos investidores adeptos do ‘buy the dip’ (que aproveitam as quedas para comprarem depois as ações a preços mais baixos) estão a ajudar uma vez mais a animar a negociação.
Em plena época de resultados, e com algumas tecnológicas de peso a terem já apresentado as suas contas, hoje as atenções vão estar viradas para a Alphabet. Após o fecho de Wall Street, a dona da Google vai mostrar os números do seu desempenho no ano passado e os resultados prometem agitar os mercados.
Na quarta-feira será a vez da Meta e no dia seguinte será a Amazon que irá divulgar os seus resultados ao mercado.

As ações europeias acompanharam o otimismo no fim da sessão de Wall Street e começaram o dia no verde, com os investidores concentrados na "earning seasons" em alguns dos maiores "players" financeiros do bloco.
Depois de terminado janeiro com o pior desempenho mensal em mais de um ano, o Stoxx 600 arrancou a sessão a valorizar 1,15% para 424,72 pontos. Dos vinte setores que compõe o índice de referência europeu, apenas as telecomunicações abriram no vermelho com uma queda de 0,32%.
A lista dos vencedores do início da sessão é liderada pelo setor dos serviços financeiros (2,42%), tecnologia (2,03%) e banca (1,03%). O banco suíço UBS é a figura de proa da sessão, estando as ações a subir mais de 6%, depois do relatório e contas da instituição dar conta que os lucros em 2021 superaram a estimativa dos analistas. O lucro do banco subiu para 713 milhões de euros.
No resto da Europa, o espanhol IBEX valoriza 0,73%, o alemão DAX sobe 1,16%, o francês CAC 40 soma 1,18%e o britânico FTSE aumenta 0,89%. Amesterdão registava há pouco a subida mais expressiva (1,23%), seguida de Roma (1,17%). Por cá, o PSI-20 valoriza 0,59% puxado por um ganho de mais de 1% da EDP.
"Daqui para a frente o choque inicial sobre uma política monetária mais apertada da Reserva Federal norte-americana (Fed) já passou, pelo que tudo indica que as ações europeias vão recuperar da queda de janeiro", comentou Jaime Espejo, responsável pelo departamento de análise do mercado de ações da Imantia Capital, em declarações à Bloomberg.
Além da "earnings seasons", as praças europeias estão a ser motivadas pelas declarações do Tesouro norte-americano, proferidas durante o dia de ontem.
Esta segunda-feira, já depois de ter terminado a sessão no "Velho Continente", o secretário adjunto de Política Económica, Ben Harris, previu que "as pressões sobre a inflação devem diminuir já este ano, devido a uma procura cada vez mais fraca, que acabará por aliviar as cadeias de abastecimento".

Os juros das dívidas europeias estão à procura de tendência, num dia em que foi divulgado o inquérito da Bloomberg ao mercado, que dá conta que os agentes esperam uma subida antecipada das taxas de juro, por parte do Banco Central Europeu já em setembro e depois do gabinete de estatística alemão ter anunciado que em janeiro a inflação subiu, mas abaixo do nível esperado.
As bunds germânicas, vistas como a referência na zona euro, estão a aliviar ligeiramente (-0,4 pontos base) nas obrigações com maturidade a dez anos. Ainda assim, a taxa mantém-se acima da linha de água, em 0,003%, depois de há duas semanas já ter subido para o patamar dos 0%, pela primeira vez desde 2019.
A taxa de inflação homóloga da Alemanha subiu em janeiro, mas a um ritmo mais lento do que em dezembro, quando registou a leitura mais elevada desde o verão de 1992, de acordo com dados preliminares divulgados pelo gabinete de estatísticas Destatis esta segunda-feira.
Os preços no consumidor subiram 4,9% em termos homólogos medidos pelos padrões nacionais, acima dos 4,3% previstos por economistas sondados pelo The Wall Street Journal.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha recuam cada um 0,2 pontos base para 0,657% e para 0,741% respetivamente. Em Itália, os juros da dívida a dez anos estão a avançar 0,1 pontos base, para uma taxa de 1,363%.

O "metal amarelo" soma 0,32% para 1.802,92 dólares a onça. Prata e platina seguem esta tendência positiva, enquanto o paládio está em queda.
"A subida do ouro pode já ter ido longe de mais. Há sinais de que assim que a Fed indicar que vai subir as taxas de juro, os investidores irão recorrer ao ouro, vendendo-o", estima Edward Moya, analista sénior de mercados da Oanda Corp, citado pela Bloomberg.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg - que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais - está a descer 0,12% para 96,42 pontos, depois de no final da semana passada ter atingido os 97,44 pontos, renovando um máximo de meados de 2020.
Já o euro segue a tendência positiva dos últimos dias, somando 0,17% para 1,1254 dólares. No entanto, os analistas contactados pela Reuters alertam para o facto de poder haver uma descida da cotação do euro. O Banco Central Europeu tem reunião marcada para esta quinta-feira. Embora não se espere uma mudança de política, os analistas começam a avisar de que a aproximação das subidas de taxas por parte da Fed irá diminuir a janela de ação do BCE.

O nervosismo e a volatilidade estão a dominar a cotação do petróleo, numa altura em que os stocks de algumas das principais economias do mundo caíram para os níveis mais baixos, desde há uma década.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março segue a desvalorizar 0,06% para 88,10 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,11%, para 89,16 dólares, depois de ontem ter tocado no mais alto nível desde outubro de 2014.
Os níveis de armazenamento dos países da OCDE bateram em mínimos de sete anos em novembro e devem cair mais em dezembro, de acordo com as previsões da Agência Internacional de Energia (AIE).
A Europa e a Ásia, com destaque para o Japão e para o Coreia do Sul, foram os mais afetados. Em julho de 2020, os stocks dispararam para 3,2 mil milhões de barris, mas desde então atingiram os 2,8 mil milhões, segundo os dados AIE.
Nos últimos dias, os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, sustentados pela desvalorização do dólar e pelas tensões entre a Rússia e a Ucrânia.

Os futuros das principais praças europeias apontam para uma abertura no verde, sobretudo impulsionadas pelas mais recentes declarações do Tesouro norte-americano.
Esta segunda-feira, já depois de ter terminado a sessão no "Velho Continente", o secretário adjunto de Política Económica, Ben Harris, previu que "as pressões sobre a inflação devem diminuir já este ano, devido a uma procura cada vez mais fraca, que acabará por aliviar as cadeias de abastecimento".
Os futuros sobre o Stoxx 600 – o índice de referência europeu - estão a subir 1,3%. O alemão DAX segue esta onda de otimismo registando um crescimento de 1,1%, a par do britânico FTSE que valoriza 0,8%.
Estes números trazem algum alívio ao o 'benchmark' europeu, que em janeiro registou o por mês, desde o final de 2020.
Na Ásia, esta onda de otimismo também se fez sentir, numa altura em que uma série de índices estão encerrados, principalmente na China continental, para as festividades do ano novo chinês. Em Hong Kong, o Hang Seng a avançou 1,02%. No Japão, o Nikkei subiu 0,25% e o Topix 0,02%.

Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em baixa nos principais mercados internacionais, pressionados pela especulação de que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) poderão aumentar a oferta em mais do que o esperado.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em março segue a recuar 0,6% para 87,60 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, cai 0,7%, para 88,63 dólares, depois de ontem negociar no mais alto nível desde outubro de 2014.

A grande maioria dos setores encerrou o dia com ganhos, com exceção do setor das telecomunicações, que cede 0,07%. Do lado dos ganhos destacaram-se as empresas dos setores dos recursos básicos (3,53%) e as empresas de banca (2,4%) e o setor dos serviços financeiros (2,09%).
As ações da UBS estiveram entre as maiores subidas na Europa, a valorizar 8%, assim como a Volvo Car, que avançou 6,1%.
O PSI-20 valorizou 1,1%, o espanhol IBEX avançou 1,32%, enquanto o alemão DAX apreciou 0,96%. O francês CAC 40 subiu 1,43%, enquanto o FTSE avançou 0,96%. Em Amesterdão o índice de referência apreciou 1,33% e em Milão a bolsa valorizou 1,53%.