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Bolsas europeias recuperam com aposta dos investidores no "buy the dip"
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Bolsas europeias recuperam com aposta dos investidores no "buy the dip"
As bolsas europeias regressaram às subidas, depois do tombo de ontem, com algum apetite pelo risco a regressar ao mercado. Os investidores aproveitaram as quedas para comprar – o chamado ‘buy the dip’.
Ainda assim, o posicionamento foi cauteloso, devido ao endurecimento das medidas de combate à pandemia em cada vez mais países – se bem que as novas declarações quanto à eficácia de uma terceira dose das vacinas da Pfizer e da Moderna contra a variante ómicron do coronavírus tenham ajudado ao otimismo.
O Stoxx 600 fechou a somar 1,39%, para se estabelecer nos 473,84 pontos, naquele que foi o maior ganho das últimas duas semanas. Isto depois de ontem ter perdido 1,4% (o maior mergulho em três semanas).
As cotadas tecnológicas lideraram os ganhos, com destaque para as empresas de semicondutores.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,4%, o francês CAC-40 valorizou 1,4%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,8%, o britânico FTSE 100 subiu 1,4% e o espanhol IBEX 35 pulou 1.8%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,6%.
"As ações europeias subiram, a par dos EUA. Mesmo que o sentimento de mercado continue pressionado pela perspetiva de novas restrições devido ao aumento de casos de covid-19, os investidores mantêm a esperança de que a eficácia da vacinação ajude a colmatar o impacto da variante ómicron", salienta Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
Assim, "a incerteza global permanece, enquanto o mundo tenta perceber de que forma esta nova variante afetará as economias e as políticas monetárias, especialmente num momento em que os bancos centrais começam a alterar a sua postura. Esta situação está a favorecer ativos considerados portos seguros, como o ouro, devido à redução da exposição ao risco, o que está a cancelar o habitual rally de Natal nas bolsas", acrescenta.
"Ainda que a ómicron venha a ter impacto na vida real e na economia real durante algumas semanas, os mercados estão com esperança de que esta nova variante da covid não conduza ao que todos receiam, que é uma desaceleração económica mundial", comentou por sua vez à Reuters um gestor de carteiras da Unigestion, Olivier Marciot.
Ouro sobe em contraciclo com o dólar. Euro vive incerteza
O ouro está a valorizar 0,04%, para os 1791,60 dólares, a onça. A prata e o paládio seguem esta tendência positiva. Já a platina está em terreno negativo.
O "metal dourado" está obedecer ao velho padrão que dita o contraciclo com o dólar, numa altura em que o Índice do Dólar da Bloomberg - que compara a "nota verde" com 16 divisas rivais – está a registar uma queda de 0,02% para 96,5.
Para Edward Moya, analista na Oanda Corp, "apesar de ainda não ser claro qual será o caminho do ouro, nos próximos tempos, caso o dólar continue a apresentar sinais de fraqueza, é provável que o ouro salte para o patamar dos 1.800 dólares a [onça]".
Já o euro segue a cair 0,03% para os 1,1276 dólares. Contactado pela Bloomberg, o estratega Vassilis Karamanis da FX salientou que "a variação do euro dá sinais de que os tempos que se seguem são de incerteza".
"Apesar de o BCE ter tomado uma posição menos" hawkish" que a Reserva Federal norte-americana (Fed), os investidores temem que a instituição esteja apenas a tentar ganhar tempo, para uma política mais restritiva", acrescentou Vassilis Karamanis.
Na semana passada, o BCE anunciou que vai reforçar o programa de compra de dívida que tem em curso para compensar o fim do envelope criado somente para a pandemia, o PEPP. O programa, que tem o fim marcado para março, vai sofrer um prolongamento do período de reinvestimentos como forma de minimizar o impacto da retirada.
Já o presidente da Fed, Jerome Powell revelou que o banco central vai acelerar a diminuição da compra de dívida. Indicou também que vai subir juros três vezes no próximo ano.
Petróleo soma mais de 3% a recuperar do tombo da véspera
Os preços do "ouro negro" estão a subir, recuperando das fortes quedas de ontem, numa sessão em que o apetite dos investidores pelo risco regressou, se bem que permaneçam cautelosos devido à rápida propagação da variante ómicron do coronavírus.
O endurecimento das restrições, especialmente na Europa, ameaça travar o consumo de combustíveis, pelo que os intervenientes de mercado, embora mais otimistas devido às boas notícias na frente vacinal, preferem agir com prudência. Ainda assim, hoje é dia de ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro segue a somar 3,31% para 70,88 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 2,84% para 73,55 dólares.
Nos EUA, estima-se que os stocks de crude tenham caído na semana passada – o que, a acontecer, será a quarta semana consecutiva de queda –, animando também o sentimento do mercado.
Juros novamente a subir na Zona Euro
Os juros da dívida soberana voltaram a subir na Zona Euro esta terça-feira, com subidas expressivas nos juros de Portugal e e Espanha, num dia em que o apetite dos investidores está virado para ativos de maior risco.
As "bunds" germânicas, a referência na Zona Euro, estão a subir 6,2 pontos base nas obrigações a dez anos para -0,313%.
Em Itália, os juros com a mesma maturidade estão a agravar-se 7,7 pontos base para 1,004%, já acima da fasquia de 1%.
Na Península Ibérica, os juros espanhóis estão a subir oito pontos base para 0,437%. Em Portugal, a subida é de 8,1 pontos base, para uma taxa de 0,339%.
Wall Street em terreno positivo e a recuperar das quedas trazidas pela ómicron
Os três principais índices norte-americanos começam a sessão em terreno positivo, a recuperar das quedas da sessão anterior, trazidas pelos receios ligados à variante ómicron e à possibilidade de novas restrições.
O industrial Dow Jones avança 1,03% no arranque, para 35.291,12 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq ganha 1,09% para 15.143,67 pontos. Já o S&P 500 valoriza 0,9% para 4.609,34 pontos.
As notícias ligadas às vacinas, nomeadamente a entrevista dada pelo CEO da Moderna, que avançou que são necessários "pequenos ajustes" para a ómicron, estão a gerar algum otimismo e a ajudar à recuperação dos prinicpais índices.
"Há mais incerteza do que muitas pessoas pensariam, já que havia alguma antecipação de um "rally" do Pai Natal", nota Victoria Fernandez, da Crossmark Global Investments, à Bloomberg TV. "A volatilidade e a incerteza são os termos-chave que vão comandar-nos no novo ano".
Empresas como a Nike estão em destaque nas subidas. A gigante de artigos desportivos está a valorizar 5,88% para 166,13 dólares. A empresa reveleou esta terça-feira que superou as estimativas dos analistas no que toca a vendas. Também a Micron Technology está em alta, a valorizar 9,67% para 89,96 dólares por ação, depois de a empresa ter partilhado o "outlook" sobre receitas.
Otimismo perdura na Europa. Banca, tecnologia e energia são os setores que mais sobem
As bolsas europeias estão a prolongar os ganhos registados no início da sessão desta terça-feira, depois de terem registado a maior queda das últimas três semanas.
Embora o aumento de casos de ómicron continue a assustar os mercados, há uma maior confiança na eficácia das vacinas. Isto depois de as farmacêuticas Pfizer e Moderna terem revelado que uma terceira dose da vacina contra a covid-19 permite um combate eficaz à nova variante.
A reagir a essas boas notícias, o Stoxx 600, índice que agrupa as maiores empresas europeias, está a subir 1,10%, com 519 cotadas a negociar no "verde".
A contribuir para a valorização do índice estão as subidas dos setores da banca (+1,65%), tecnologia (+1,90%) e do petróleo e gás (+1,90%).
Neste meio de sessão, a bolsa nacional está também em alta, ao registar uma subida de 1,17%. A Mota-Engil continua a ser a cotada que mais sobe, com um disparo de 3%. Com ganhos superiores a 1% estão também a EDP, EDP Renováveis, BCP e Galp. Esta última cotada está a ser beneficiada pela subida do petróleo, que afundou cerca de 5% na última sessão.
Nas restantes praças europeias, o alemão DAX avança 1,09%, o francês CAC-40 sobe 0,96%, o espanhol IBEX ganha 1,31%, o italiano FSTE MIB cresce 0,91% e o britânico FSTE regista uma subida de 0,98%.
Bolsas europeias recuperam da pior queda em três semanas
As bolsas europeias estão a recuperar esta terça-feira da pior queda em três semanas registada na última sessão, com a perspetiva de que as vacinas são eficazes no combate à ómicron e de que a retoma económica vai manter-se apesar das restrições.
Com o apetite pelo risco em alta, o Stoxx 600, que agrupa as maiores empresas europeias, está a somar 0,89% para 471,50 euros. Das cotadas que compõem o índice, 538 estão em terreno positivo e apenas 60 contrariam essa tendência.
A puxar pelo Stoxx 600 estão sobretudo as cotadas ligadas ao petróleo e gás, que somam em conjunto 1,33%, e a banca, que está a registar uma subida de 1,28%.
O setor da tecnologia está também a avançar 1,03%, depois de a norte-americana Micron Technology ter anunciado lucros de 2,3 mil milhões de euros no primeiro trimestre fiscal, superando as previsões do mercado.
Por cá, o PSI-20 soma 0,98%, enquanto o índice alemão DAX avança 0,69%, o francês CAC-40 sobe 0,94% e o espanhol IBEX valoriza 0,73%.
Apetite pelo risco faz agravar juros na zona euro
Os juros das dívidas na zona euro continuam a agravar, numa altura em que os investidores aliviam os receios com a variante ómicron e apostam em ativos de maior risco.
A yield das "bunds" germânicas a 10 anos, que servem de referência para a Zona Euro, está a subir 0,6 pontos base para -0,370%.
Em Portugal, os juros com a mesma maturidade avançam 0,1 pontos base para 0,258%. Em Espanha, os os juros a dez anos sobem também 0,1 pontos base para 0,358%.
Já em Itália, verifica-se um agravamento de 0,8 pontos base na yield a dez anos para 0,935%.
Ouro negoceia na linha de água e euro ganha força face ao dólar
O ouro está novamente a negociar muito perto da linha de água, depois de ter estado a cair na última sessão. O metal precioso está a somar ligeiramente 0,05% esta segunda-feira, com a onça a negociar nos 1.791,75 dólares.
A onça está assim a caminhar para a primeira perda anual em três anos, à medida que os bancos centrais reduzem os estímulos da era pandémica para combater a inflação. Os investidores também estão a avaliar a ameaça do ómicron à medida que alguns países aumentam as restrições e eventos, como o Fórum Económico Mundial, são adiados.
Com as vacinas da Moderna e da Pfizer a mostrarem serem eficazes na prevenção da variante ómicron, os investidores estão mais tranquilos e mais aptos para o risco, o que faz tropeçar o ouro, que é percecionado como um ativo-refúgio.
O mesmo acontece com o dólar, que está esta segunda-feira em queda. O índice que mede a moeda norte-americana frente a um cabaz de divisas rivais está a cair 0,11% para 96,438.
Enquanto isso, o euro e a libra ganham força. A moeda única europeia está a somar 0,13% para 1,1294 dólares, enquanto a libra avança 0,11% para 1,3222 dólares.
Petróleo recupera das perdas com uma subida superior a 1%
O petróleo está de regresso aos ganhos esta terça-feira, depois de afundado mais de 5% na sessão anterior. Agora, o mercado petrolífero está a recuperar das perdas, com os investidores a avaliarem ainda as perspetivas para a procura atendendo à rápida transmissão da variante ómicron.
O brent do Mar do Norte, que serve de referência para o mercado português, está agora a valorizar 1,01% para 72,23 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a somar 1,33% para 69,52 dólares.
Embora a ómicron não tenha ainda causado um grande impacto na procura pelo "ouro negro", teme-se que essa quebra possa acontecer agora com a entrada em vigor de novos confinamentos, como no caso dos Países Baixos. À medida que a ómicron se vai alastrado, outros países têm vindo a anunciar também medidas mais restritivas, o que pode impactar com a procura da matéria-prima.
"É um impacto psicológico mais do que qualquer outra coisa", refere John Driscoll, estrategista-chefe da JTD Energy Services. "A OPEP+ tem a capacidade de gerir o mercado se ele ficar muito mal".
Futuros apontam para regresso aos ganhos na Europa. Eficácia das vacinas motiva otimismo
Os futuros da Europa antecipam uma abertura em alta, depois das pesadas perdas com que as principais praças europeias arrancaram a semana. Embora o aumento de casos de ómicron continue a preocupar os investidores, estes mostram-se mais confiantes na eficácia das vacinas.
Os estudos apresentados pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna sobre a eficácia da terceira dose para combater a ómicron está a dar fôlego aos mercados. Segundo o estudo, à terceira dose, as vacinas conseguem um nível de anticorpos semelhante às doses normais contra outras variantes.
Tal como o Pfizer já tinha revelado, também a Moderna está a desenvolver uma vacina específica para a nova variante da covid-19, cujos ensaios clínicos devem arrancar no início do próximo ano.
Já a vacina da Novavax vai passar a ser distribuída, a partir de 2022. A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) aprovou esta segunda-feira a nova vacina, que será administrada em duas doses e que tem uma eficácia de 90%.
A reagir a isso, o índice Stoxx 50, que reúne as maiores empresas da Europa, está a negociar na pré-abertura em terreno positivo: soma 1,406%.
Nas bolsas asiáticas, que já terminaram sessão, predominou também o sentimento positivo. No Japão, o Nikkei e o Topix fecharam com ganhos de 2,08% e 1,47%, respetivamente. O Hang Seng, em Hong Kong, avançou 1,50%, enquanto a bolsa de Xangai fechou a valorizar 0,88%.