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Europa tem pior dia em mais de um mês. Fed e tecnologia ensombram ações
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Europa tem pior dia em mais de um mês. Fed e tecnológicas ensombram ações
As principais bolsas europeias terminaram a sessão desta quinta-feira no vermelho. Os investidores parecem estar a fugir de ativos de risco, depois de a Reserva Federal dos EUA ter dito que vai diminuir os cortes de juros em 2025.
O presidente do banco central, Jerome Powell, disse que futuras descidas estão dependentes de dados que demonstrem uma redução da inflação, que insiste em manter-se alta. O sentimento negativo está a contagiar a Europa.
O índice de referência para o bloco, o Stoxx 600, recuou 1,51% e atingiu o valor mais baixo do último mês. Todos os 20 setores terminaram o dia com perdas. A pressionar o "benchmark" estiveram, sobretudo, as ações ligadas ao imobiliário, à tecnologia e aos "basic resources".
Entre os principais movimentos de mercado, as tecnológicas ASML, Infineon Technologies e STMicroelectronics caíram 3,69%, 5,39% e 6,2%, respetivamente, pressionadas pela queda das ações do setor do lado de lá do Atlântico, como é o caso da Micron.
Já a suíça a SoftwareOne Holding subiu 7% depois de ter fechado acordo para comprar o grupo norueguês Crayon, cujas ações caíram 4%.
Também a retalhista Hugo Boss saltou quase 6% depois de ter tido registado uma subida no preço-alvo das ações por algumas casas de investimento.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o britânico FTSE 100 perdeu 1,14% depois de o Banco de Inglaterra ter mantido as taxas inalteradas em 4,75% - movimento esperado pelo mercado, embora os responsáveis terem admitido que havia uma divisão quanto à decisão.
Já o italiano FTSEMIB recuou 1,78% e, em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,55%. Em Espanha, o Ibex caiu 1,53% e, na Alemanha, o Dax perdeu 1,35%.
Juros da Zona Euro agravam-se. "Gilts" sobem após Banco de Inglaterra
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aceleraram esta quinta-feira. O bloco parece estar a ser contagiado pela revisão em baixa dos cortes de juros da Reserva Federal dos EUA para 2025.
As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, subiram 5,8 ponto base para 2,301%. Já os juros da dívida francesa saltaram 6,9 pontos base para 3,114%, ainda perto da rendibilidade da dívida da Grécia, que se situa em 3,152%.
Por cá, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos agravou-se 6 pontos base para 2,773%. No país vizinho, a rendibilidade da dívida espanhola registou um acréscimo de 6,7 pontos base 3,001%.
O destaque do dia vai para os juros das "Gilts" britânicas, fora do bloco. O Banco de Inglaterra deixou as taxas de juro inalteradas em 4,75%, mas deu indicação de que três responsáveis votaram a favor de uma descida imediata, pressionando a libra e a rendibilidade da dívida do país, que subiu 2 pontos base para 4,576%.
Dólar recua após PIB dos EUA mais forte. Iene e libra caem
O dólar recuou de máximos de dois anos atingidos na sessão anterior, depois de a Reserva Federal ter sinalizado um ritmo muito mais lento de cortes nas taxas em 2025. A queda do dólar estancou após a leitura final do PIB dos EUA no terceiro trimestre ter mostrado que a economia cresceu a uma taxa anual de 3,3%, uma subida mais forte do que a leitura anterior de 3% e as previsões médias dos economistas de 3,1%.
O dólar está praticamente inalterado face à moeda única, nos 0,9657 euros. Face à divisa nipónica, salta 1,87% para 157,69 ienes - o nível mais alto desde julho. A moeda do Japão tem estado a perder terreno depois de o Banco do Japão ter mantido as taxas de juro inalteradas.
No Reino Unido, a libra caiu 0,35% para 1,253 dólares e 0,39% para 0,8266 euros, depois de o Banco de Inglaterra também ter deixado as taxas de juros inalteradas em 4,75%, apesar de ter havido três responsáveis a votarem a favor de um corte.
Ouro recupera ligeiramente do discurso agressivo da Fed
O ouro está a corrigir da queda registada esta manhã, quando caiu para mínimos de um mês (18 de novembro). Os mercados dos metais preciosos recuaram logo depois de o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, ter ontem dito que irá haver menos cortes de juros em 2025 - apenas dois, ao contrário dos quatro anunciados em setembro.
Mas, o mercado recuperou-se rapidamente assim que os investidores reconheceram que uma flexibilização gradual já estava alinhado com as previsões recentes, disse à Reuters a StoneX.
O metal amarelo está a subir 0,24% para 2.591,50 dólares.
Powell descansou ainda os investidores ao ter retirado de cima da mesa uma subida dos juros federais, uma vez que o banco central está ainda a trabalhar para que a inflação chegue à meta de 2%.
O ouro está também a beneficiar da ameaça de "shutdown" do Governo, feita por Donald Trump. Em cenários de incerteza, os investidores tendem a recorrer ao ouro como um ativo-refúgio para se protegerem.
O foco dos "traders" estará agora no indicador favorito da Fed para avaliar a inflação dos EUA - o PCE, índice de preços com despesas no consumo pessoal -, amanhã divulgado.
Petróleo continua a perder terreno após Fed
Os preços do "ouro negro" estão a perder terreno a esta hora, num momento em que os mercados estão a recuperar de um discurso mais "hawkish" da Reserva Federal, depois de o banco central ter revisto em baixa o número de descidas dos juros diretores em 2025 - de quatro anunciados em setembro para dois.
O anúncio fez com que o dólar norte-americano saltasse para o nível mais alto em dois anos, pressionado as cotações de crude, isto mesmo depois de a Fed ter cortado as taxas de juro em 25 pontos base.
A esta hora, o contrato de fevereiro do barril do Brent, referência para a Europa, perde 0,25%, para 70,40 dólares por barril, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de janeiro do West Texas Intermediate (WTI) está a recuar 0,11% inalterado nos 70,50 dólares.
Os futuros estão a caminhar para o intervalo de preços mais estreito desde 2019, marcando uma interrupção de anos de grandes oscilações, na sequência da pandemia e das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente.
O mercado está também atento a uma nova onda de pessimismo gerada pelas necessidades de combustível para transporte da China, o maior importador mundial de crude. A maior refinaria de petróleo do país afirmou que a procura de gasolina terá atingido máximos, embora tenha acrescentado que o forte crescimento do consumo de produtos petroquímicos possa continuar.
Wall Street recupera após tombo provocado pela Fed
As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão em alta, depois de ontem terem sido derrubadas pelas projeções da Reserva Federal (Fed) para o ano. A Fed prevê apenas duas descidas dos juros em 2025, ao invés das quatro anteriores. Além disso, aumentou as previsões de inflação para o primeiro ano dos EUA nas mãos do novo Governo de Donald Trump.
O corte de juros de 25 pontos base também anunciado pelo banco central já tinha sido incorporado pelo mercado e, assim, os investidores aguardavam apenas pistas sobre o que se segue na política monetária. A mudança agressiva da Fed acontece apenas três meses depois de o banco central ter iniciado o ciclo de flexibilização monetária com um corte de 50 pontos base, o que estimulou o apetite ao risco e ajudou a elevar Wall Street a recordes.
Os investidores estão também a digerir a leitura final do PIB dos EUA, que foi revisto em alta para 3,1%. Além disso, o número de pedidos por subsídio de desemprego caiu mais do que o esperado - dados consistentes com o arrefecimento nas condições do mercado de trabalho.
Depois de os três principais índices do lado de lá do Atlântico terem registado as maiores quedas desde agosto, as ações estão agora a recuperar. O S&P 500 avança mais de 1% para 5.932,44 pontos, enquanto o Nasdaq Composite soma 1,16% para 19.602,92 pontos. Já o industrial Dow Jones ganha também acima de 1% para 42.784,86 pontos.
Euribor cai e a três meses para um novo mínimo desde março de 2023
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo mínimo desde março de 2023.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,839%, continuou acima da taxa a seis meses (2,637%) e da taxa a 12 meses (2,469%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, desceu hoje para 2,637%, menos 0,015 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também baixou hoje, para 2,469%, menos 0,005 pontos que na quarta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 2,839%, menos 0,013 pontos do que na sessão anterior.
A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.
A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) tinha descido as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda vez consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Fed pinta Europa de vermelho. Fabricantes de "chips" afundam
Com a Reserva Federal (Fed) norte-americana a prever menos cortes nas taxas de juro do que antecipado, as bolsas mundiais estão a ressentir-se – e a Europa não escapa a este sentimento pessimista. As principais praças do continente arrancaram a negociação desta quinta-feira com perdas consideráveis e, a esta hora, só Lisboa consegue permanecer à tona.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua 1,16% para 508,47 pontos e encaminha-se para registar a maior perda diária em cinco semanas. Todos os setores encontram-se a negociar em território negativo, com as ações tecnológicas a registarem o pior desempenho esta manhã.
Para além de uma narrativa "hawkish" vinda dos EUA, este setor está ainda a ser pressionado pelas quedas das fabricantes de semicondutores, depois de a norte-americana Mícron Technology ter revelado as suas previsões de lucro para o próximo trimestre. As expectativas ficaram, consideravelmente, abaixo do que estava a ser previsto por parte dos analistas e o pessimismo alastrou-se às empresas europeias, com a ASML, a Infineon Technologies e a STMicroelectronics a afundarem entre os 3,47% e os 4,96%.
O Stoxx 600 encontra-se, agora, 3,5% abaixo dos máximos históricos que atingiu em setembro, com o habitual "rally" de fim de ano a ser eclipsado pela turbulência política na França e na Alemanha, bem como por sinais "hawkish" por parte de bancos centrais mundiais. Esta quinta-feira, o Banco de Inglaterra deve manter as taxas de juro inalteradas, numa altura em que as pressões inflacionistas continuam a assombrar o país e a economia encontra-se em clara desaceleração.
Entre as principais movimentações de mercado, a SoftwareOne Holding dispara mais de 10% para 6,49 francos suíços depois da tecnológica ter revelado um acordo para comprar o Crayon Group, que avalia o seu rival norueguês em 1,34 mil milhões de dólares. Em resposta, as ações desta última estão a cair mais de 2% para 11,13 euros.
As principais praças da Europa Ocidental negoceiam, na sua maioria, com perdas acima do 1%. Madrid recua 1,16%, Frankfurt desvaloriza 0,95%, Paris cede 1,10%, Londres desliza 1,09%, Amesterdão cai 1,10% e Milão regista um decréscimo de 0,99%.
Fed mais "hawkish" leva juros da Zona Euro a disparar
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, depois de a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter reduzido as suas previsões de alívio da política monetária para o próximo ano. Em resposta, os investidores estão também a rever em baixa as suas expectativas em relação ao número de cortes por parte do Banco Central Europeu em 2025.
As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, avançam 4,4 pontos base para 2,287%, enquanto os juros da "Gilts" do Reino Unido, fora da Zona Euro, somam 37,8 pontos para 4,633%.
O Banco de Inglaterra vai reunir esta quinta-feira e os mercados antecipam uma manutenção das taxas de juro nos 4,75%, numa altura em que as pressões inflacionistas continuam vivas no país e a economia encontra-se em desaceleração. O "spread" entre as obrigações alemãs e as britânicas continuam a aumentar e a negociar acima de máximos de 1990, nos 234,2 pontos.
Por sua vez, os juros da dívida francesa, também a dez anos, agravam 5,9 pontos base para 3,104%, enquanto a "yield" da dívida italiana a dez anos aumenta 7,1 pontos base para 3,472%.
Já as "yields" da dívida portuguesa a dez anos foram crescem 6 pontos base para 2,773%, enquanto os juros da dívida espanhola somam também 6 pontos para 2,994%.
Dólar corrige de máximos de quase dois anos. Iene continua em queda
Após ter disparado à boleia de uma Reserva Federal (Fed) norte-americana mais "hawkish", o dólar encontra-se a corrigir de máximos de quase dois anos em relação aos seus principais concorrentes. A negociação face ao iene é a exceção, num dia em que o Banco do Japão decidiu manter inalteradas as taxas de juro, adiando o que ainda parece ser uma inevitável restrição da política monetária no país.
A esta hora, o euro está a recuperar 0,65% para 1,0420 dólares, depois de ter caído 1,34% na quarta-feira. Já a libra – hoje também em foco devido à reunião do Banco de Inglaterra – avança 0,64% para 1,2655 dólares, após ter tocado em mínimos de três semanas durante a sessão de ontem.
Já em relação à divisa japonesa, o dólar valoriza 1,38% para 156,93 ienes, com os investidores incertos em relação ao futuro da política monetária nipónica. Apesar de não retirar um aumento nas taxas de juro de cima da mesa, o presidente do Banco do Japão (BOJ), Kazuo Ueda, reiterou que a autoridade necessita de mais tempo para avaliar a situação económica no país e as implicações da presidência de Donald Trump.
"A pausa da Fed e a relutância do BOJ sugerem que o par dólar/iene pode continuar a negociar em território positivo", afirma Christopher Wong, analista da OCBC, à Reuters. Os mercados esperam que esta pausa do banco central norte-americano seja extensa e que a Fed só volte a cortar nos juros no segundo semestre de 2025.
Ouro recupera terreno após atingir mínimos de um mês
Depois de ter atingido mínimos de um mês imediatamente após a Reserva Federal (Fed) ter adotado uma postura mais "hawkish" para o próximo ano, o ouro encontra-se agora a corrigir das perdas e a negociar em território positivo.
O metal precioso avança 1,29% para 2.618,59 dólares por onça, depois de ter chegado a desvalorizar mais de 2% e tocado em mínimos de 18 de novembro. O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros e é vendido no mercado internacional em dólares.
Após a reunião do banco central, Jerome Powell indicou que novas reduções nas taxas diretoras teriam de estar sempre dependentes de sinais de recuo da inflação, que continua a apresentar grande resistência aos esforços da Fed. "A grande questão que se coloca aqui é: como o banco central diz que continuará a depender dos dados, se as políticas de Trump levarem a um aumento da inflação, podemos ter o risco da Fed não reduzir as taxas de juro no próximo ano", explica Kelvin Wong, analista de mercados sénior da OANDA, à Reuters.
Antes da semana acabar, os investidores vão ainda conhecer novos dados económicos que podem influenciar a posição da Reserva Federal no próximo ano. Esta quinta-feira, vão ser conhecidos os dados finais da evolução do PIB nos EUA no terceiro trimestre do ano, bem como os pedidos de subsídio de desemprego relativos à semana passada.
Petróleo desliza com um dólar mais robusto
Os preços do petróleo estão a negociar no vermelho, pressionados por um dólar mais forte à boleia de uma posição mais "hawkish" da Reserva Federal (Fed) norte-americana para 2025. Apesar de ter cortado as taxas de juro em 25 pontos base, o banco central prevê apenas dois alívios da mesma magnitude para o próximo ano. Em setembro, a expectativa era de quatro.
A esta hora, o contrato de fevereiro do barril do Brent, referência para a Europa, recua 0,59%, para 72,96 dólares por barril, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de janeiro do West Texas Intermediate (WTI) perde 0,61% para 70,15 dólares. No entanto, estas quedas não estão a ser suficientes para compensar os ganhos registados na quarta-feira, quando os dois "benchmarks" aceleraram com o quarto recuo consecutivo nas reservas de petróleo do país.
O crude tem negociado num intervalo bastante limitado desde meados de outubro, com sinais contraditórios a levarem os preços da matéria-prima a oscilarem perto da marca dos 70 dólares. As preocupações com a vitalidade da economia chinesa – maior importador de petróleo do mundo – têm exercido pressão sobre o crude, mas o aumento das tensões geopolíticas a nível mundial e perspetivas de novas sanções sobre o petróleo iraniano por parte da administração Trump estão a impedir maiores quedas.
"O mercado petrolífero está a rever as perspetivas para 2025 e a tornar-se cada vez menos pessimista", começa por afirmar Vikas Dwivedi, do Macquarie, numa nota acedida pela Bloomberg. O analista considera que o Brent a 70 dólares por barril pode tornar-se um "nível de apoio fundamental e técnico" para a matéria-prima no próximo ano, com as previsões a apontarem para uma manutenção de uma procura anémica por crude.
Fed atira bolsas mundiais para o vermelho. Futuros europeus perdem mais de 1%
Uma Reserva Federal (Fed) mais "hawkish" está a causar estragos nos mercados mundiais. Depois de o S&P 500 ter registado a maior queda diária desde agosto, as bolsas asiáticas seguiram o mesmo caminho e terminaram a sessão no vermelho. Já a Europa aponta para uma abertura em território negativo, com os futuros do Euro Stoxx 50 a recuarem 1,6%.
A Fed cortou as taxas de juro em 25 pontos base, um movimento já largamente incorporado no mercado. No entanto, o banco central não foi contagiado pelo espírito natalício e, para 2025, prevê apenas dois cortes nesta magnitude, ao invés dos anteriores quatro. Tal sinaliza uma descida de apenas 50 pontos base no próximo ano, com Jerome Powell, presidente do banco central, a afirmar que "avançámos rápido para chegar a este ponto, mas agora vamos continuar mais devagar".
Pela China, as quedas não foram tão acentuadas como nas bolsas norte-americanas, mas o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite encerraram a perder 0,6% e 0,4%, respetivamente. Para além do pessimismo em torno da política monetária nos EUA, os índices asiáticos estiveram ainda a ser pressionados por um recuo nas ações das fabricantes de "chips", depois de a norte-americana Mícron Technology ter apresentado uma previsão de receitas dececionante para este ano.
Já no Japão, a decisão do banco central em manter a política monetária inalterada, adiando o que parece ser uma inevitável subida nas taxas de juro do país, não constituiu uma surpresa para os mercados. Mesmo assim, o Topix e o Nikkei não se conseguiram manter à tona e encerraram com quedas de 0,22% e de 0,69%, respetivamente.
Ainda esta quinta-feira, existem mais decisões de política monetária a centrar atenções. O Banco de Inglaterra deve manter as taxas de juro inalteradas nos 4,75%, mesmo com sinais de que a economia britânica está a desacelerar. As pressões inflacionistas continuam vivas no país e os analistas abordados pela Reuters esperam um novo corte apenas na reunião de fevereiro. 2025 deve encerrar com as taxas de juro nos 4%.