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Fecho dos mercados: Juros recuam e matérias-primas valorizam

As acções europeias oscilaram entre ganhos e perdas, levando o índice Stoxx 600 a encerrar inalterado. Os juros da dívida nacional aliviaram, reduzindo o "spread" face à Alemanha. O petróleo e o café avançaram para máximos de vários meses.

Bloomberg
17 de Maio de 2016 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,13% para 4.850,73 pontos

Stoxx 600 inalterado em 334,72 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,26% para 2.061,22 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 6,4 pontos base para 3,071%

Euro avança 0,13% para 1,3336 dólares

Petróleo sobe 1,02% para 49,47 dólares por barril, em Londres

 

Acções europeias encerram inalteradas

As bolsas europeias oscilaram entre ganhos e perdas. O Stoxx 600 encerrou inalterado, tendo variado entre uma valorização de 1,19% e uma perda de 0,43%, durante a sessão. As acções do sector automóvel foram as que mais penalizaram o índice, contrariando os ganhos das produtoras de matérias-primas. As principais praças europeias registaram variações inferiores a 1%, com excepção da Grécia, que avançou 1,63% e Itália que caiu 1,34%.

 

Em Lisboa, o PSI-20 encerrou a desvalorizar 0,13%, pela terceira sessão consecutiva. A Nos foi a cotada que mais penalizou o índice de referência nacional, ao desvalorizar 2,85% para 6,179 eurosTambém a pressionar a bolsa nacional esteve a Galp Energia que perdeu 0,63% para 11,865 euros.

 

Juros recuam antes de leilão

Os juros da dívida portuguesa recuaram, acompanhando a tendência na Europa, na véspera de Portugal realizar um duplo leilão de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses. A "yield" das obrigações nacionais a dez anos caiu 6,4 pontos base para 3,071%. Uma queda superior às pares, que fez recuar o prémio de risco para 293,96 pontos, perante os juros das "bunds" alemãs, que recuaram 1,1 pontos base para 0,132%.

 

Euribor a nove e 12 meses sobem

As taxas Euribor a três e seis meses ficaram inalteradas, e as Euribor a nove e 12 meses avançaram. O indexante a três meses manteve-se em -0,257%, acima do actual mínimo histórico de -0,260%. A taxa a seis meses também ficou inalterada em -0,143%. A Euribor a nove meses subiu de -0,079% para -0,077%. A taxa a 12 meses avançou para -0,011%.

 

Libra valoriza após sondagem

A libra está a valorizar, após uma sondagem publicada no Reino Unido esta segunda-feira indicar um aumento do apoio à permanência do país na União Europeia. A sondagem da ORB e Telegraph indica que 55% dos eleitores pretendem ficar na UE. A divisa está a avançar 0,42% para 1,2775 euros. E avança 0,54% face à nota norte-americana, para 1,4480 dólares. Já avançou um máximo de 0,85% para 1,4524 dólares, o maior ganho desde Abril.

 

Crude em máximos de sete meses

O petróleo está a valorizar perto de 1% nos mercados internacionais, negociando próximo de máximos de sete meses. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,24% para 48,31 dólares por barril. Tocou nos 48,42 dólares, o valor mais elevado desde 13 de Outubro. O Brent, negociado em Londres, valoriza 1,02% para 49,47, o valor mais elevado desde Novembro.

 

A impulsionar as cotações está a expectativa de um novo declínio na oferta nos EUA, após as reservas terem diminuído na semana passada. Além disso, as interrupções no Canadá e na Nigéria estão também a contribuir para a redução do excedente – o Goldman Sachs aponta para um défice no mercado em Maio.

 

Café sobe pela décima sessão

O café arábica para entrega em Julho avança 0,6% para 1,3445 dólares pela décima sessão consecutiva, a série mais longa de ganhos desde 1980. Também o café robusta sobe 1,3% para 1,707 dólares, o valor mais elevado em quase nove meses (desde 19 de Agosto). Uma seca no Vietname está a ameaçar a colheita, impulsionando as cotações. No Brasil e Indonésia a produção também deverá recuar, sustentando a expectativa de uma redução da oferta. 

 

Destaques do dia

 

BdP: Processos de contraordenação triplicaram em 2015. Os processos de contraordenação instaurados pelo Banco de Portugal triplicaram no ano passado. O segmento de crédito ao consumo foi o grande responsável pelo aumento

 

Governo admite estudar financiamento da Segurança Social com impostos sobre lucros. O financiamento da Segurança Social com impostos sobre os lucros é uma hipótese que o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social admitiu hoje estudar, mas desde que substitua fontes de financiamento e não aumente a taxa contributiva

 

Costa garante 35 horas para todos a 1 de Julho. O primeiro-ministro está "surpreendido pela polémica" em torno da aplicação das 35 horas de trabalho, afirmando que "não haverá aplicação faseada" e sim uma entrada em vigor a 1 de Julho para todos os trabalhadores com funções públicas.

 

Empresas americanas reforçam compra de acções próprias. As cotadas norte-americanas continuam a reforçar os seus programas de "buybacks". O primeiro trimestre do ano foi um dos mais fortes de sempre em operações de recompra de acções

 

Wall Street no vermelho com maior aumento na inflação em três anos. O maior aumento mensal da inflação em mais de três anos está a pressionar as principais praças bolsistas dos Estados Unidos.

 

BlackRock alerta: Todos temos que estar preocupados com a China. A China continua a ser alvo de preocupação junto de grandes investidores. Para a BlackRock, o elevado endividamento da economia chinesa é um problema e é insustentável que a dívida cresça mais do que a economia.

 

George Soros reduz investimento em acções e aposta no ouro. George Soros está a privilegiar uma estratégia mais conservadora. O investidor reduziu em mais de um terço a exposição a acções norte-americanas

 

O que vai acontecer amanhã

 

PIB do Japão. O Japão publica o produto interno bruto (PIB), relativo ao primeiro trimestre. Os economistas consultados pela Bloomberg apontam para um ligeiro crescimento de 0,1%.

 

Emissão de dívida. O IGCP realiza um duplo leilão de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses

 

Inflação na Zona Euro. O Eurostat divulga a segunda estimativa do índice de preços no consumidor na Zona Euro, relativo a Abril.

 

Minutas da Fed. A Reserva Federal dos EUA publica as minutas da reunião de política monetária realizada a 26 e 27 de Abril

 

Estatísticas do INE. O INE publica a síntese económica de conjuntura, relativa a Abril

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