Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,77% para 5.153,65 pontos

Stoxx 600 deslizou 0,07% para 340,07 pontos

S&P 500 perde 0,30% para 2.043,65 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 0,5 pontos base para 2,928%

Euro desvaloriza 0,41% para 1,1171 dólares

Petróleo recua 2,56% para 40,72 dólares por barril, em Londres

Sectores energético e mineiro pressionam bolsas europeias

A maioria principais praças europeias encerraram em queda esta quarta-feira. O Stoxx 600, índice europeu de referência, perdeu 0,07% para 340,07 pontos, numa sessão em que pesaram os desempenhos das cotadas energéticas e mineiras. Mas a liderar as quedas esteve o italiano FTSE MIB, ao cair 1,26% para 18.462,88 pontos. Uma tendência seguida pelo espanhol Ibex (-0,72%) e pelo francês CAC40. Já o alemão Dax e o britânico Ftse escaparam à tendência negativa, valorizando 0,33% e 0,10%, respectivamente.

Por cá, o PSI-20 fechou a perder 0,77% para 5.153,65 pontos. A pressionar o principal índice bolsista nacional esteve o sector da banca, com o BCP a afundar 3,27% para 4,44 cêntimos e o BPI a cair 1,89% para 1,30 euros. Entre as energéticas, a Galp perdeu 1,43% para 11,05 euros e a EDP caiu 1,16% para 3,056 euros, ao passo que a EDP Renováveis contrariou a tendência e somou 2,05% para 6,866 euros. Já REN valorizou 0,21% para 2,855 euros.

Juros da dívida com subida ligeira

Os juros da dívida soberana portuguesa encerraram esta sessão a subir ligeiramente. A taxa das obrigações a dez anos está a subir 0,5 pontos base para 2,928%, num sessão em que chegou a subir 5,3 pontos. Em alta esta quarta-feira estão também a negociar os juros de Espanha e da Alemanha. Já a "yield" a dez anos da Alemanha recuou 1,7 pontos para 0,194%, levando o prémio de risco de Portugal a subir para 273,4 pontos.

Euribor voltam a cair em todos os prazos

As taxas Euribor recuaram esta quarta-feira. A taxa a três meses caiu de -0,239% para -0,241%, um novo mínimo histórico. Já a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante no crédito à habitação, deslizou de -0,132% para -0,133%. A taxa a 12 meses, por seu lado, recuou de -0,002% para -0,003%.

Apelos a subida dos juros em Abril impulsionam dólar

O dólar está a registar um forte ganho esta quarta-feira. O índice que mede o desempenho da moeda face às dez principais congéneres valoriza 0,67% para 1.199,14 pontos, o maior ganho diário desde Fevereiro. Isto num dia em que o presidente da Fed de St Louis, James Bullard, defendeu que o banco central deve ponderar uma nova subida dos juros em Abril, defendendo a robustez da economia norte-americana. O responsável é, assim, o terceiro membro da instituição a fazer este comentário, depois de os presidentes da Fed de São Francisco e Atlanta terem dito frases semelhantes na passada segunda-feira.

Maiores reservas nos EUA pesam no petróleo

O petróleo está a recuar esta quarta-feira. O Brent, negociado em Londres, está a cair 2,56% para 40,72 dólares por barril, numa sessão em que o West Texas Intermediate (WTI) desvaloriza 3,16% para 40,14 dólares. A pesar na cotação da matéria-prima estão as reservas nos Estados Unidos. Isto porque a Administração de Informação de Energia norte-americana revelou que os inventários no país aumentaram em 9,36 milhões de barris na semana passada, aumentado a expectativa de excesso de oferta no mercado.

Ouro penalizado por possível subida dos juros nos EUA

A turbulência nos mercados accionistas e o abrandamento económico da China levaram o euro a registar fortes subidas este ano. Mas o desempenho positivo tem sido afectado esta semana, com os vários membros da Fed a apontarem para uma possível subida dos juros em Abril. As afirmações mais recentes vieram esta quarta-feira de James Bullard, presidente da Fed de Saint Louis, o que está a levar o ouro a cair 1,98% para 1.223,66 dólares por onça. Este é o pior desempenho diário desde Dezembro.

Destaques do dia

BCP negoceia ActivoBank com fundo inglês. O Atlântico saiu da corrida pelo banco electrónico do grupo BCP. Há, agora, negociações exclusivas com o Cabot Square para a venda do ActivoBank. Mas a hipótese de não vender continua em cima da mesa.

Portucel vai pagar mais 23,7 cêntimos por acção. Após ter pago 18,13 cêntimos por acção em Dezembro, entre distribuição de resultados e de reservas livres a empresa deverá pagar mais 23,7 cêntimos.

Trabalhadores dos CTT com aumentos salariais entre 0,7% e 1,3%. Os sindicatos que representam os trabalhadores dos CTT chegaram a acordo com a administração do grupo para a actualização da tabela salarial para este ano. Os aumentos variam entre 0,7% e 1,3%.

Portugal emite 1.007 milhões com juros mais baixos. O instituto liderado por Cristina Casalinho colocou um montante ligeiramente superior ao previsto. Isto num duplo leilão que alcançou taxas de juro mais baixas na maturidade a cinco anos, face ao registado no início de Março.

CEO do Credit Suisse desconhecia posições de maior risco. O líder do banco suíço garante que desconhecia que havia funcionários a assumir posições de maior risco, que custaram uma quebra de mais de 40% às receitas de negociação da instituição nos primeiros três meses.

Gestoras travam novas entradas nos fundos com elevada procura. Perante as baixas perspectivas de retorno nos activos tradicionais, os investidores têm procurado fundos que apostam numa estratégia de investimento alternativa. A elevada procura tem obrigado as gestoras a fechar novas entradas nestes fundos.

O que vai acontecer amanhã

Dados do INE. O Instituto Nacional de Estatística divulga o inquérito à Avaliação Bancária na Habitação relativo a Fevereiro, bem como as contas nacionais trimestrais por sector institucional, no quarto trimestre de 2015.

Boletim BCE. O Banco Central Europeu divulga o seu Boletim Económico, no qual projecta as suas expectativas para a economia da Zona Euro.

Resultados da Oi. A empresa brasileira de telecomunicações irá divulgar os resultados relativos ao exercício de 2015.

Dados nos EUA. Os investidores ficarão a conhecer a evolução das encomendas de bens duradouros nos EUA em Fevereiro, bem como a evolução dos pedidos de subsídios de desemprego na semana passada.