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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo em alta, dólar recua

As principais praças europeias encerraram em alta esta quarta-feira. A liderar esteve o grego FTASE, numa sessão em que o petróleo também está a valorizar. Já o dólar continua a perder valor, depois do discurso de Janet Yellen na terça-feira.

Bloomberg
30 de Março de 2016 às 17:24
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Os mercados em números

PSI-20 valorizou 1,59% para 5.045,61 pontos

Stoxx 600 ganhou 1,30% para 341,18 pontos

S&P 500 sobe 0,50% para 2.065,34 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avançou 2,3 pontos base para 2,940%

Euro valoriza 0,28% para 1,1322 dólares

Petróleo ganha 1,02% para 39,54 dólares por barril, em Londres

 

Discurso de Yellen anima praças europeias

As principais bolsas do Velho Continente encerraram em alta esta quarta-feira. O Stoxx 600, índice europeu de referência, valorizou 1,30% para 341,18, a beneficiar das palavras de Janet Yellen na terça-feira. É que a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos apontou para um subida dos juros mais lenta do que estava a começar a ser percepcionado pelos investidores. Mas a liderar a sessão esteve o grego FTASE, que subiu 2,51% para 160.36 pontos. Um desempenho seguido pelo francês CAC40 e pelo alemão DAX, que avançaram 1,78% para 4.444,42 pontos e 1,60% para 10.046,61 pontos, respectivamente.

Por cá, o PSI-20 encerrou com um ganho de 1,59% para 5.125,59 pontos. Numa sessão em que 13 cotadas valorizaram e cinco recuaram, a Gal Energia esteve em destaque ao disparar 4,20% para 11,41 euros. Também em alta negociaram a EDP e a EDP Renováveis, que subiram, respectivamente, 3,02% para 3,176 euros e 1,30% para 6,78 euros. Em destaque esteve ainda a Jerónimo Martins, cujos títulos somaram 2,05% para 14,445 euros.

 

Juros da dívida registam ligeira subida

Os juros da dívida soberana portuguesa voltaram a registar uma sessão sem grandes oscilações. A taxa a dez anos subiu 2,3 pontos base para 2,940%, o mesmo nível que regista desde o início de Março. Em sentido contrário negociaram as "yields" de Espanha e Itália, que registaram quedas ligeiras. Já a taxa das obrigações alemãs a dez anos avançou 1,9 pontos para 0,156%, levando o prémio de risco de Portugal a subir para 278,4 pontos.

 

Euribor a três meses atinge novo mínimo histórico

As taxas Euribor registaram evoluções contrárias esta quarta-feira. A taxa a três meses recuou de -0,242% para -0,243%, um novo mínimo histórico. Já a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante no crédito à habitação, subiu de -0,134% para -0,132%. Igual tendência foi registada pela taxa a 12 meses, que passou de -0,006% para -0,004%.

 

Dólar cai para mínimo de nove meses

A tendência de desvalorização do dólar continua. O índice que mede a moeda norte-americana face às dez principais congéneres recua 0,31% para 1.183,74 pontos. Mas já chegou a negociar nos 1.180,19 pontos, o valor mais baixo desde o final de Junho de 2015. A pressionar o dólar estão a palavras de Janet Yellen na terça-feira. A presidente da Reserva Federal pediu cautela na subida dos juros, acalmando a crescente expectativa de que o banco central voltaria a actuar já na reunião de Abril.

 

Petróleo avança graças à desvalorização do dólar

Após quatro sessões de queda, o petróleo está a negociar em alta esta quarta-feira. O Brent, em Londres, avança 1,02% para 39,54 dólares por barril, ao passo que o West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, ganha 0,81% para 38,59 dólares. A impulsionar as cotações da matéria-prima está a desvalorização do dólar. Uma vez que os preços do petróleo são denominados na moeda norte-americana, a desvalorização desta aumenta os dólares a pagar por barril.

 

Robustez laboral nos EUA apaga ganhos do ouro

O ouro está a regista mais uma sessão negativa. O metal precioso está a desvalorizar esta quarta-feira 0,29% para 1.183,88 dólares por onça. Um desempenho que retira o sinal de "mais" ao balanço do mês de Março, um período no qual agora perde 3,73%. O ouro está a ser pressionado pelos dados do mercado laboral norte-americano. Isto porque os indicadores continuam a revelar melhorias significativas, reduzindo a procura por um activo refúgio.

 

Destaques do dia

 

Haitong: BCP precisaria de 4,6 mil milhões de euros para comprar Novo Banco. Para entrar na corrida ao banco saído da resolução do BES, o BCP precisaria de um aumento de capital de 3,85 mil milhões de euros, além do pagamento de 750 milhões de euros ao Estado, calcula o Haitong.

 

BCP avalia forma de entrar na corrida ao Novo Banco. O BCP está a avaliar alternativas que lhe permitam entrar na corrida à compra do Novo Banco. A equipa de Nuno Amado está consciente de que é muito difícil obter luz verde de Bruxelas. Mas admite pedir autorização, o que ainda não aconteceu.

 

A fusão de acções será boa ou má para o BCP? O banco liderado por Nuno Amado quer sair do grupo das chamadas "acções de cêntimos" e dar maior estabilidade aos títulos. Para os analistas, a operação traz vantagens mas também desvantagens. No longo prazo, contudo, o balanço será favorável para o BCP.

 

Queda do dólar e Irão impulsionam petróleo. O petróleo negoceia em alta pela primeira vez em cinco sessões, beneficiando da queda do dólar e da confirmação da presença do Irão na reunião de exportadores no Qatar.

 

Espanha já colocou 47.600 milhões de euros em dívida a juros negativos. O Tesouro espanhol realizou 20 operações de financiamento com juros abaixo de 0% desde Abril de 2015. Quase metade do valor - 22,6 mil milhões de euros - foi emitida no primeiro trimestre deste ano.

Dúvidas de Yellen sobre juros agitam investidores. Janet Yellen colocou um travão nas sucessivas referências de que os juros estariam prestes a subir nos EUA. É que os riscos à economia ainda são elevados. Declarações que animaram os investidores, mas pesaram no dólar.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Inflação na Zona Euro – O Eurostat divulga a evolução do índice de preços no consumidor em Março. A previsão é que suba de -0,2% para -0,1%.

 

Desemprego na Alemanha – Será conhecida a taxa de desemprego na Alemanha, desta feita relativa a Março.

 

Mercado laboral nos EUA – A evolução dos novos e dos continuados pedidos de subsídios de desemprego nos EUA serão revelados.

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