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Fecho dos mercados: Bolsas e euro em queda, petróleo valoriza

Numa sessão marcada pela queda dos sectores da energia e da banca, a maioria das praças europeias encerrou em queda. Uma tendência também registada pela moeda única, pressionada pela perspectiva de que o BCE deverá mesmo apresentar mais estímulos à economia em Março.

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The Stoxx Europe 600 Index Falls 0.2%
18 de Fevereiro de 2016 às 17:34
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,49% para 4.749,09 pontos

Stoxx 600 avançou 0,04% para 328,91 pontos

S&P 500 cai 0,15% para 1.923,93 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 7,5 pontos base para 3,403%

Euro desce 0,20% para 1,1105 dólares

Petróleo sobe 0,35% para 34,63 dólares, em Londres

 

Banca e energia pressionam praças europeias

Grande parte das principais bolsas da Europa encerrou a sessão desta quinta-feira em queda. Numa sessão em que os sectores da banca e da energia pressionaram os índices, o italiano FTSE MIB liderou as quedas. Perdeu 1,53% para 17.112,36 pontos, logo seguido pela queda de 0,97% do britânico FTSE. Já o STOXX 600, índice europeu de referência, foi uma das poucas excepções, ao ganhar 0,04% para 328,91 pontos.

A tendência por cá foi também negativa, com o PSI-20 a perder 0,49% para 4.749,09 pontos. Com 9 cotadas em queda e 8 em alta, o destaque foi para a Galp Energia, que afundou 4,17% para 10,455 euros por acção. Ainda no sector energético, a EDP Renováveis recuou 2,05% para 6,437 euros por acção, ao passo que a EDP subiu 1,13% para 2,872 euros. A marcar a sessão esteve ainda o BCE, cujas acções desvalorizaram 3,16% para 3,37 cêntimos.

Juros da dívida recuam pela segunda sessão

Os juros da dívida soberana portuguesa caíram esta quinta-feira, fazendo desta a segunda sessão consecutiva. A taxa a 10 anos recuou 7,5 pontos base para 3,403%, numa sessão em que chegou a tocar num mínimo de 3,2228%. Uma tendência seguida pelos juros de Espanha e Itália, mas também da dívida alemã. Mas a taxa a 10 anos das obrigações da maior economia europeia ter recuado 5,1 pontos para 0,218%, o prémio de risco de Portugal caiu para 318,5 pontos.

Taxas Euribor renovam mínimos

As taxas Euribor voltaram a recuar esta quinta-feira, registando novos mínimos históricos. A Euribor a três meses caiu de -0,189% para -0,125%, ao passo que a taxa a 12 meses recuou de -0,011% para -0,014%. Já a Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal como indexante do crédito à habitação, desceu de -0,121% para -0,124%.

BCE pondera mais estímulos e pressiona euro

A moeda está novamente em queda. O euro desvaloriza 0,20% para 1,1105 dólares, naquela que é a quinta sessão consecutiva de perdas. Isto num dia em que foram divulgados os relatos da mais recente reunião de política monetária do BCE. O documento revelou que os membros reconhecem os maiores riscos à recuperação da inflação na Zona Euro e que, por isso, vão reavaliar as medidas de política monetária já em Março.

Petróleo sobe apesar de reservas nos EUA em máximos

Após ter estado a subir mais de 3%, o preço do petróleo recuou esta quinta-feira. Mas logo inverteu, com o Brent, negociado em Londres, a ganhar agora 0,35% para 34,63 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate, em Nova Iorque, sobe 1,11% para 31,0 dólares. Isto apesar de serem conhecidos os dados das reservas nos EUA, que aumentaram em 2,15 milhões de barris para 504,1 milhões na semana passada. Este é o valor mais elevado dos últimos 86 anos, o que aumenta a expectativa de que o excedente no mercado mundial deverá continuar.

Ouro ganha com investidores de olho nos EUA

Após três sessões consecutivas em queda, o ouro registada agora a segunda sessão consecutiva de ganhos. Valoriza 1,04% para 1.2221,06 dólares por onça, tendo chegado a subir um máximo de 1,12%. O ouro está a beneficiar das minutas da Reserva Federal dos EUA na quarta-feira, na qual o banco central reconhece os maiores riscos globais. Um factor que adensa a perspectiva de que a instituição poderá não subir os juros este ano.

Destaques do dia

Goldman Sachs corta avaliações e aconselha "vender" EDP e EDP Renováveis. A EDP tem demasiada dívida, vai ter lucros inferiores e vai distribuir menos dividendos do que o esperado, acredita o Goldman Sachs. A avaliação está, por isso, elevada, tal como a da EDP Renováveis, que terá de continuar a vender activos.

Peter Praet sugeriu rever medidas do BCE em Março. Os governadores aceitaram. Mario Draghi lançou a bomba: o BCE pode anunciar mais medidas em Março. Um sinal que, devido à sua força, surpreendeu os investidores. Mas os relatos do banco central vieram revelar que essa foi uma sugestão de Peter Praet na última reunião, com a qual grande parte dos membros concordou.

Portuguesa Azorean estreia-se na bolsa de Paris. A Azorean começou a negociar esta quinta-feira no segmento Marché Libre, da bolsa de Paris. As acções estrearam-se com um preço de 0,60 euros, o que avalia a companhia portuguesa acima de três milhões de euros.

Fundo da Noruega vai voltar a comprar obrigações do Irão. O fundo soberano da Noruega levantou as restrições que mantinha em relação à compra de obrigações do Irão, num momento em que o país começa a sentir o alívio das sanções económicas devido ao seu programa nuclear.

Reino Unido na UE: Empresas torcem pelo "sim" e preparam-se para o "não". A esmagadora maioria dos empresários britânicos defende a manutenção do país na União Europeia, mas perante a evolução recente das sondagens – que revelam uma sociedade partida ao meio – aceleraram a preparação de planos de contingência.

Ciaran O'Hagan: "Sem reformas, ficaremos à espera da subida do 'rating' de Portugal". Ciaran O'Hagan acredita que a meta de 2,2% para o défice é exequível. Mas é preciso o Governo querer. Desdramatiza o menor ritmo de consolidação, mas alerta que é preciso mais para Portugal sair de "lixo".

"BCE pode privilegiar mais obrigações de Portugal, Espanha e Itália", diz Ciaran O'Hagan. O director de estratégia de dívida do Société Générale desdramatiza a possibilidade de o BCE abandonar a chave de capital nas compras de activos. E admite mesmo que a periferia, incluindo Portugal, poderá ser mais beneficiada.

 

O que vai acontecer amanhã


Dados do Banco de Portugal.
O regular da banca nacional irá divulgar os indicadores coincidentes, relativos a Janeiro.


Confiança na Zona Euro.
Será conhecido na sexta-feira o indicador de confiança dos consumidores da Zona Euro, relativo a Fevereiro.

"Rating" da Grécia. A Moody’s tem agendada uma possível revisão à notação financeira que atribui à dívida helénica.

Inflação nos EUA. A evolução da inflação nos EUA em Janeiro será conhecida esta sexta-feira.

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