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Fecho dos mercados: Bolsas afundam, juros disparam. Petróleo nos 26 dólares.

As bolsas europeias afundaram para o valor mais baixo em 15 meses, numa sessão em que o petróleo está a transaccionar abaixo dos 26 dólares por barril. Os juros da dívida soberana e o prémio de risco subiram.

Bloomberg
20 de Janeiro de 2016 às 17:35
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 2,56% para 4.559,11 pontos

Stoxx 600 caiu 3,20% para 322,29 pontos

S&P 500 desvaloriza 2,98% para 1825,27 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 15,9 pontos base para 2,926%

Euro avança 0,00% para 1,0908 dólares

Petróleo cai 6,50% para 26,61 dólares por barril, em Nova Iorque

 

Bolsas europeias afundam para mínimo de 15 meses

As bolsas europeias regressaram às quedas, com perdas superiores a 2%, após a subida de terça-feira. Os receios em torno da economia chinesa e o colapso dos preços do petróleo estão a levar os investidores a afastar-se do risco e a procurar activos de refúgio. O Stoxx 600 caiu 3,20% para 322,29 pontos, um mínimo de 15 meses. Os resultados e estimativas pessimistas de empresas como a Zurich Insurance e Royal Dutch Shell, apresentados esta quarta-feira, pressionaram as cotações, ao aumentarem os receios dos investidores, castigando também o índice. Entre as principais praças europeias, a Grécia liderou as perdas, com uma queda de 7,37%, seguida por Itália, que desceu 4,83%. O Footsie britânico cedeu 3,46%, entrando em "mercado urso", ao recuar mais de 20% desde o pico.

A bolsa de Lisboa acompanhou a tendência de queda das congéneres europeias. O PSI-20 caiu 2,56% para 4559,11 pontos, com 16 cotadas no "vermelho". A Galp Energia foi a cotada que mais penalizou a bolsa nacional, com um decréscimo de 5,16% para 9,095 euros, reflectindo a descida dos preços do petróleo. O BCP desvalorizou 4,25% para 0,0338 euros, depois de ter chegado a tocar nos 0,0312 euros, um mínimo de Setembro de 2012.

Juros aproximam-se dos 3%

Os juros da dívida soberana portuguesa subiram no mercado secundário, numa sessão em que o IGCP realizou um duplo leilão de bilhetes do Tesouro, tendo obtido mais financiamento do que o previsto e com juros negativos no prazo a seis meses. A "yield" das obrigações a 10 anos disparou 15,9 pontos base para os 2,926%, perto da fasquia dos 3%, após os analistas da Natixis recomendarem a aposta na queda da dívida portuguesa.

A tendência de subida dos juros registou-se também nos outros países periféricos da Zona Euro, nomeadamente em Espanha, onde os juros subiram 8,1 pontos base para 1,785%. Pelo contrário, a procura de refúgio fez recuar os juros das "bunds" alemãs. Caíram 6,7 pontos para 0,482%. Assim, o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã subiu para 244,4 pontos.

Taxas Euribor em mínimos históricos

As Euribor a três, seis e nove meses caíram para mínimos históricos. A Euribor a três meses caiu de -0,143% para -0,144%, o actual valor mais baixo de sempre. A taxa a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação em Portugal, caiu de -0,057%, o anterior mínimo histórico, para -0,061%. A Euribor a nove meses caiu para -0,013% e a taxa a 12 meses desceu para 0,045%.

 

Rublo fixa novo mínimo histórico

O rublo fixou um novo mínimo histórico, esta quarta-feira, pressionado pela queda do preço do petróleo, uma importante fonte de receitas da economia russa, que está em recessão. A divisa está a depreciar-se em 4,33% para 0,01215 dólares, ou seja um dólar vale 82,3197 rublos. E os analistas consultados pela Bloomberg consideram que a moeda irá continuar a desvalorizar.

"Não excluo níveis mais baixos no início de Fevereiro, quando o mercado perceber que estes níveis do petróleo vão durar", antecipa à Bloomberg o analista na PAO Promsvyazbank, em Moscovo. "Uma vez que não há uma convicção sobre o fim da queda do petróleo, é difícil prever que o rublo recupere", concorda Ivan Tchakarov, analista no Citigroup, considerando que uma intervenção do banco central é improvável.

Petróleo nos 36 dólares

O petróleo está a afundar nos mercados internacionais, renovando mínimos de 2003. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a desvalorizar 7,06% para 26,45 dólares por barril. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência às importações europeias, recua 4,59% para 27,44 dólares. Chegou a cair 5,11% para 27,29 dólares durante a sessão.


As reservas de petróleo nos EUA, cujos dados oficiais serão revelados esta quinta-feira pela Administração de Informação em Energia norte-americana, deverão ter aumentado 2,5 milhões de barris na semana passada, de acordo com uma estimativa da Bloomberg. O aumento dos inventários é mais um elemento do excesso de oferta nos mercados que tem pressionado os preços.

 

Ouro brilha com procura de refúgio  

O ouro está a subir 1,53% para 1.104,02 dólares por onça, beneficiando do interesse dos investidores no tradicional activo de refúgio, numa sessão em que as acções estão a recuar. O panorama da economia mundial, com receios renovados em torno da China, está a levar os investidores e economias a rever as previsões para a subida dos juros pela Reserva Federal dos EUA este ano. Uma subida mais gradual dos juros torna o investimento em ouro mais atractivo.

 

Destaques do dia

 

Juros a dez anos aproximam-se da fasquia de 3%Os juros implícitos das obrigações portuguesas a dez anos sobem para 2,908%, o valor mais alto desde Julho do ano passado.

 

Natixis recomenda aposta na descida das obrigações portuguesas. O banco de investimento considera que existe o risco de instabilidade política e mostra-se preocupado com a decisão da DBRS sobre o ‘rating’ de Portugal.

 

Portugal coloca mais dívida que o previsto e com juros negativos. O IGCP conseguiu colocar mais dívida que o pretendido. E apesar da tensão nos mercados, o juro no prazo a seis meses foi negativo.

 

Governo prevê entregar Orçamento na primeira semana de Fevereiro.O Orçamento do Estado e Grandes Opções do Plano chegam juntos ao Parlamento. É este o objectivo em que o Governo está a trabalhar.

 

Os cinco factores que estão a arrastar as acções do BCP O impacto do Novo Banco para o sector financeiro, a incerteza regulatória na Polónia e a subida do prémio de risco são alguns dos factores que estão a afundar as acções do banco português.

 

Investidores tiraram 75 milhões dos fundos do Banif em Dezembro Os portugueses retiraram dinheiro dos fundos do Banif no mês em que o banco foi intervencionado e que culminou com a venda da área do retalho ao Santander. A gestora perdeu quase 75 milhões de euros.

 

Petróleo leva rublo russo para mínimo histórico. A queda do petróleo está a afundar a economia russa, levando o rublo a fixar um novo mínimo histórico, esta quarta-feira. Os analistas antecipam a continuação da queda da divisa russa.

 

O que vai acontecer amanhã

Reunião do BCE. Conclusão da reunião de política monetária do Banco Central Europeu, com a divulgação da decisão acerca das taxas de juro.

  1. Davos. Prossegue o Fórum Económico Mundial, que decorre até 23 de Janeiro, no qual participam nomes de relevo no panorama político e empresarial de todo o mundo.

Boletim Estatístico. O Banco de Portugal publica o Boletim Estatístico de Janeiro.

Confiança na Zona Euro. O Eurostat publica o índice de confiança dos investidores, relativo a Janeiro

Desemprego nos EUA. Os EUA publicam os dados semanais dos subsídios de desemprego (novos e continuados).

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