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Fecho dos mercados: Vírus chinês continua a atingir bolsas e petróleo

As bolsas uniram-se no vermelho, num dia em que preocupam as consequências económicas que podem advir do vírus que já vitimou 17 cidadãos na China. O petróleo também se ressente e cai para mínimos de quase sete semanas.

reuters
Ana Batalha Oliveira anabatalha@negocios.pt 22 de Janeiro de 2020 às 17:36
Os mercados em números
PSI-20 resvalou 0,23% para os 5.263,81 pontos
Stoxx 600 perdeu 0,08% para os 423,04 pontos
S&P500 valoriza 0,31% para os 3.331,21 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1,1 pontos base para os 0,450%
Euro soma 0,06% para os 1,1089 dólares
Petróleo em Londres cede 2,18% para os 63,18 dólares por barril

Europa cai pela terceira sessão

O Stoxx600, o índice de referência que agrega 600 cotadas europeias, está a deslizar pela terceira sessão consecutiva, depois de, durante a sessão, ter chegado a atingir um novo máximo histórico. No fecho, contudo, perdeu 0,08% para os 423,04 pontos.

Lá fora, o vírus mortal que tem proliferado na China – e que já resultou no falecimento de 17 pessoas – continua a preocupar os mercados. Isto porque está a ser feito o paralelo com um surto semelhante que se verificou em 2003 na China e cujas 700 mortes se refletiram numa quebra de 0,8 pontos percentuais no PIB. Por esta altura, em que se celebra o ano novo chinês, o consumo associado às festividades pode ser severamente abalado.

Já dentro do Velho Continente, a Itália é o maior foco de preocupação, num dia em que vários jornais italianos noticiam que Luigi Di Maio, o líder do Movimento 5 Estrelas (anti-establishment), vai demitir-se, o que poderá dar azo a uma nova crise política no país.

Por cá, o PSI-20 resvala 0,23% para os 5.263,81 pontos, pressionado sobretudo pelo desempenho da Galp, que cedeu quase 2%.

Juros da dívida caem há quatro sessões
Os juros da dívida a dez anos de Portugal recuam 1,1 pontos base para os 0,450%, o quarto alívio consecutivo nesta taxa. Na Alemanha, a tendência é a mesma há três sessões, e os juros destas obrigações cedem 1,1 pontos base para os -0,261%. Deste modo, o prémio da dívida portuguesa face à alemã fixa-se nos 71,1 pontos base. 

Em Itália, os juros das obrigações descem em linha com os da Europa. Recuaram 2,3 pontos base para os 1,346%.

Euro aguenta no verde em véspera de BCE

A moeda única europeia segue a somar uns ligeiros 0,06% para os 1,1089 dólares, na véspera de mais uma reunião do Banco Central Europeu (BCE). A instituição liderado por Christine Lagarde deve fornecer "algumas pistas" sobre a direção futura da política monetária, "mas nada em concreto", diz Neil Wilson, analista chefe de mercado da Markets.com, antes da reunião de política monetária.

Petróleo em mínimo de quase sete semanas

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, está a cair pela segunda sessão consecutiva, 2,18% para os 63,18 dólares. As cotações já chegaram a descer 2,55% para os 62,94 dólares, para um mínimo de dia 6 de dezembro. A proliferação do vírus chinês afeta este mercado na medida em que pode levar a uma redução da procura pela matéria-prima. Segundo o Goldman Sachs, a procura pode cair 260.000 barris por dia este ano, em resultado da crise de saúde na China.

Ouro perde pela segunda sessão

Apesar do tumulto nos mercados acionistas, o ouro não tem beneficiado do estatuto de ativo refúgio, numa altura em que os investidores ainda estão a considerar o possível efeito de contramedidas a adotar pelo Governo chinês. O metal amarelo segue pouco alterado, com uma quebra de 0,08% para os 1.446,98 dólares – a segunda descida consecutiva.

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