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Fecho dos mercados: Trump eleva bolsas e afunda petróleo. Juros portugueses renovam mínimos
As bolsas subiram para máximos de quatro meses e o petróleo está a cair mais de 3%, naquela que é a maior descida desde dezembro. E o denominador é comum: Donald Trump. Em Portugal continua a destacar-se a queda dos juros para mínimos históricos.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,01% para 5.153,23 pontos
Stoxx 600 avançou 0,26% para 372,18 pontos
S&P 500 valoriza 0,6% para 2.809,41 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,1 pontos base para 1,464%
Euro sobe 0,03% para 1,1338 dólares
Petróleo cai 3,5% para 64,77 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias sobem para máximos de quatro meses
As bolsas europeias fecharam em alta, a beneficiar dos "progressos substanciais" nas conversações entre os EUA e a China para um acordo comercial, com o Stoxx600 a tocar em máximos de outubro de 2018.
O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou este fim de semana que houve "progressos substanciais" nas negociações comerciais entre Washington e Pequim, estendendo o período de tréguas entre os dois países, que terminava a 1 de março.
Este anúncio elevou a expectativa dos investidores, com os setores automóvel e banca a destacarem-se nos ganhos. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 0,26%, negociando assim em máximos de quatro meses.
O verde foi a cor que imperou por toda a Europa, com Portugal a destacar-se pela timidez dos ganhos. O PSI-20 fechou a sessão a subir apenas 0,01%, numa sessão em que o BCP e a Jerónimo Martins subiram cerca de 1%. Do lado oposto, a travar a subida do índice, estiveram a EDP e a Galp Energia.
Juros portugueses renovam mínimos históricos
As taxas de juro associadas à dívida nacional estão a descer em todos os prazos, com a "yield" a 10 anos a tocar num novo mínimo histórico. A taxa de juro associada à dívida a 10 anos de Portugal desce 2,1 pontos base para 1,464%, negociando no nível mais baixo de sempre. Já a taxa da bund alemã sobe 1,3 pontos para 0,109%, uma evolução que reduz o prémio de risco da dívida portuguesa para 135 pontos base, o valor mais baixo desde setembro do ano passado.
A dívida nacional continua a atrair interesse dos investidores, numa altura em que a incerteza continua a ser um dos pontos fortes de Espanha e de Itália.
Dólar cai com "boas novas" da guerra comercial
A moeda americana tem beneficiado da guerra comercial entre os EUA e a China, com os investidores a usarem a divisa americana como refúgio num ambiente de elevada incerteza. Com a perspetiva de que estas questões sejam resolvidas em breve, o dólar perde este brilho e desvaloriza.
Trump provoca a maior queda do petróleo desde dezembro
O presidente dos EUA está a ter um papel determinante no desempenho dos mercados. E não é só nas bolsas. O preço do petróleo está a cair mais de 3%, a refletir a mensagem que Trump enviou para os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
O preço do petróleo está "muito alto", criticou Trump, através do Twitter. Por isso pede à OPEP que "relaxe" e "tenha calma", pois o mundo não pode lidar com um novo aumento acentuado da matéria-prima.
Este alerta foi suficiente para provocar uma queda pronunciada do petróleo. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a perder 3,5% para 64,77 dólares, registando assim descida mais acentuada desde dezembro.
Cobre volta aos 6.500 dólares
O cobre está a subir e a negociar em máximos de quase sete meses. A beneficiar esta matéria-prima está precisamente a expectativa de que a guerra comercial tenha fim à vista. O cobre avança 0,3% para 6.500 dólares por tonelada, elevando para mais de 9% o ganho desde o início do ano.