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Fecho dos mercados: Promessas de estímulos da Alemanha animam bolsas, elevam juros e petróleo

As bolsas europeias fecharam com ganhos significativos depois de ter sido noticiado que o Executivo da Alemanha está disponível para implementar estímulos económicos e evitar que a maior economia do mundo entre em recessão. O petróleo está a subir, assim como os juros. Já o euro está a cair.

Reuters
16 de Agosto de 2019 às 17:11
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Os mercados em números

PSI-20 ganhou 1,82% para 4.804,19 pontos

Stoxx 600 apreciou 1,24% para 369,63 pontos

S&P500 avança 1,37% para 2.886,72 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,4 pontos base para 0,092%

Euro recua 0,1% para 1,1096 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,89% para 58,75 dólares o barril

 

Bolsas europeias sobem com promessas de estímulos económicos

A promessa de mais estímulos económicos animou os investidores, que provocaram subidas nas bolsas europeias e acabaram por ditar a subida dos juros, do petróleo e do ouro. Os investidores assumiram uma posição de maior risco depois da Alemanha ter admitido avançar com estímulos económicos.

 

Segundo a publicação alemã, o Executivo de Angela Merkel está preparado para aumentar a despesa pública caso a maior economia europeia fique à beira da recessão. O debate sobre a possibilidade da Alemanha utilizar estímulos orçamentais para combater o abrandamento da economia ganhou força nos últimos dias, sobretudo depois de se saber que o PIB da maior economia europeia recuou 0,1% no segundo trimestre.

 

Desde 2014, com Wolfgang Schaeuble à frente das Finanças, a Alemanha nunca gerou défices orçamentais, sendo que o atual titular da pasta, Olaf Scholz, manteve até agora o compromisso. 

 

Os investidores gostaram da notícia do jornal alemão que a Alemanha poderá abandonar a estratégia de equilíbrio orçamental, pois os índices acionistas acentuaram de forma expressiva os ganhos que já registavam da parte da manhã. Já as taxas de juro das obrigações soberanas estão em alta, invertendo a tendência de queda para mínimos históricos nas últimas sessões.

Ainda ontem, Olli Rehn, ex-comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e atual governador do Banco da Finlândia, apelou ao Banco Central Europeu (BCE) para que anuncie um pacote de estímulos "significativo e impactante" que apanhe de surpresa os investidores.

 

O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, subiu 1,24% para 369,63 pontos, num dia em que o verde foi a cor que imperou por toda a Europa. Portugal não foi exceção, com PSI-20 avançou 1,82% para 4.804,19 pontos, com o BCP a destacar-se, ao disparar 5,5%.

 

Juros sobem com menores receios

Este contexto de mais estímulos económicos fazem com que os investidores apostem em ativos de maior risco, o que provoca a subida dos juros associados às dívidas soberanas. A taxa implícita na dívida portuguesa a 10 anos, que ontem tocou em níveis nunca antes vistos, negociando abaixo de 0,1%, subiu hoje 3,4 pontos base para 0,092%. A "yield" alemã avançou 2,7 pontos para -0,690%.

 

Euro cai com mais estímulos

A perspetiva de mais estímulos na Zona Euro penaliza o euro, porque há a expectativa de injeções de liquidez e de manutenção de políticas de juros baixos por mais tempo. O euro está a ceder 0,1% para 1,1096 dólares, acumulando uma descida de quase 1% na semana, o que corresponde a maior descida em seis semanas.

 

Petróleo sobe na semana com alívio da guerra comercial

Os preços do petróleo subiram ligeiramente no acumulado da semana, sendo esta a primeira vez em três semanas em que esta matéria-prima acumula valor, a beneficiar dos sinais que foram deixados sobre uma nova aproximação entre os EUA e a China, que deverão retomar as negociações comerciais. Donald Trump disse mesmo esta quinta-feira que está confiante que o diferendo com Pequim se resolva com brevidade. 

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal está hoje a subir 0,89% para 58,75 dólares.

 

Ouro cai mais de 1% com regresso ao risco

O preço do ouro está em queda acentuada, num dia em que os investidores voltaram a apostar em ativos mais arriscados, elevando as bolsas e pressionando o ouro e os juros da dívida. O ouro está a desvalorizar 0,72% para 1.512,32 dólares por onça. 

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