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Fecho dos mercados: Petróleo dispara e sustenta bolsas. Euro afunda
As bolsas europeias fecharam em alta, a beneficiar do alívio de pressão relacionado com a guerra comercial e dos ganhos do sector petrolífero. Já o euro está a deslizar, numa semana marcada pela Cimeira Europeia.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,35% para 5.591,62 pontos
Stoxx 600 avançou 0,72% para 379,97 pontos
S&P 500 valoriza 0,42% para 2.734,58 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 3,6 pontos base para 1,848%
Euro desce 0,5% para 1,1589 dólares
Petróleo sobe 2,35% para 78,10 dólares por barril, em Londres
Europa sobe à boleia do petróleo e do alívio da guerra comercial
A Europa fechou em alta, com as principais praças a exibirem ganhos e o Stoxx600 a somar 0,72% para os 379,97 pontos. Todos os sectores registaram subidas, com destaque para o sector petrolífero, que avançou 2,50%, apoiado pelo bom desempenho da matéria-prima.
Esta quarta-feira, Trump permitiu também o alívio nos mercados internacionais, ao sinalizar que será mais brando do que o esperado com os investimentos chineses em tecnologia norte-americana.
As praças ibéricas alinharam no sentimento positivo mas foram das que conseguiram subidas menos expressivas. O PSI-20 apreciou 0,35% para 5.591,62 pontos. A Galp, a ilustrar o bom momento do mercado do "ouro negro", impulsionou o índice, também sustentado pela EDP e pelo sector do papel. No sentido oposto puxou o BCP, que, contagiado pela banca europeia – o único grupo de cotadas em queda dentro do Stoxx600 – caiu quase 1,5%.
Juros europeus caem
As taxas de juro implícitas das obrigações europeias têm estado sob alguma pressão nos últimos tempos, sobretudo devido a alguma instabilidade política que se viveu em Itália e Espanha. Depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter prolongado as expectativas em torno da subida de juros na Zona Euro, os receios acalmaram-se e as taxas de juro aliviaram, mantendo um desempenho moderado.
A taxa de juro da dívida a 10 anos de Portugal desceu esta sessão 3,6 pontos base para 1,848%, num comportamento que foi partilhado pela generalidade dos países.
Taxa Euribor a três meses recua
A taxa Euribor a três meses desceu esta quarta-feira para -0,324%. Já nos restantes prazos o dia foi de estabilização. A taxa a seis meses manteve-se nos -0,270%, a nove meses nos -0,214% e a 12 meses nos -0,181%.
Euro desliza com divisões políticas na Europa
O euro está a deslizar 0,5% contra o dólar, pressionado pelos receios em torno do risco de uma crise política na Alemanha, devido a questões de migração, bem como de uma divisão no seio da região, numa semana marcada pela cimeira europeia, onde serão discutidas questões como a reforma da Zona Euro, política migratória e o Brexit.
Aliado a estas questões está o reforço do dólar, que está a beneficiar de um alívio de pressão relacionado com a guerra comercial entre os EUA e a China, depois de Donald Trump ter moderado as exigências que poderão ser feitas a empresas chinesas que invistam nos EUA.
Petróleo dispara para máximos de três anos e meio com queda das reservas nos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em forte alta, fixando-se em máximos de finais de 2014, sustentados pela redução dos stocks norte-americanos de crude na semana passada. Os inventários de crude nos EUA diminuíram em 9,89 milhões de barris, naquela que foi a maior queda desde Setembro de 2016. A isto junta-se a ameaça feita ontem pelo presidente Donald Trump de impor sanções aos países que até 4 de Novembro não deixem de comprar petróleo ao Irão, que é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a somar 2,35% para 78,10 dólares por barril. Já o contrato de Agosto do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a ganhar 3,32% para 72,87 dólares.
Ouro regressa aos ganhos
O metal amarelo não tem sido, nas últimas sessões, o valor-refúgio preferido dos investidores, à conta das constantes mudanças de opinião de Donald Trump sobre o rumo a seguir em várias questões-chave, o que tem levado a que as aplicações de refúgio se centrem mais no mercado cambial, com destaque para o dólar, franco suíço e iene. E assim continua a ser, tendo o ouro caído para um novo mínimo de seis meses esta quarta-feira, numa sessão em que o dólar está a fortalecer, tornando o metal precioso (que é denominado na nota verde) mais caro para quem o compra usando outras moedas.
O ouro para entrega imediata desce 0,30% para 1.254,91 dólares por onça em Londres (depois de ter atingido mínimos de meados de Dezembro passado, nos 1.253 dólares), ao passo que os futuros do metal amarelo cedem 0,20% no mercado nova-iorquino, para 1.257 dólares por onça.