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Fecho dos mercados: Petróleo afunda, libra dispara e bolsas recuperam

Os progressos nas negociações sobre o Brexit e as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China deram um impulso à cotação da libra, do euro e das acções a nível global. O petróleo continua a afundar e já está em mínimos do ano em Nova Iorque.

Reuters
13 de Novembro de 2018 às 17:36
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,73% para 4.955,60 pontos

Stoxx 600 valorizou 0,67% para 364,44 pontos

S&P 500 ganha 0,63% para 2.743,4 pontos

Yield 10 anos de Portugal cede 0,6 pontos base para 1,84%

Euro aprecia 0,64% para 1,1289 dólares

Brent, em Londres, desce 4,09% para 67,25 dólares

 

Bolsas europeias recuperam

As bolsas estão a recuperar das quedas acentuadas da véspera, que afectaram sobretudo Wall Street, uma vez que cresceram as expectativas sobre um desfecho positivo na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.   

 

O secretário de Estado americano, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, reataram as negociações, abrindo caminho para um encontro entre os líderes dos dois países. O conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse à CNBC que os EUA e a China estão a negociar em todos os níveis governamentais.   

 

O Stoxx600 valorizou 0,67% para 364,44 pontos, apoiado nas subidas registadas pelas cotadas dos sectores das telecomunicações e automóvel. A britânica Vodafone destacou-se com uma valorização de 7,79%, em reacção aos resultados trimestrais que apresentou esta terça-feira.  

 

A praça lisboeta contrariou a tendência altista que predominou nas principais praças do Velho Continente, numa sessão em que o índice português foi penalizado pela Galp Energia. O PSI-20 encerrou a sessão a perder 0,73% para 4.955,60 pontos, com nove cotadas em queda, sete em alta e duas inalteradas, isto no terceiro dias seguido em que a bolsa nacional negociou no vermelho. 

Libra e euro disparam com acordo sobre o Brexit

A libra reagiu em forte alta às notícias da imprensa britânica que dão conta de que Bruxelas e Londres chegaram a acordo sobre a fronteira irlandesa uma vez consumado o Brexit. Theresa May já convocou um conselho de ministros do seu governo para ratificar o acordo, o que está a ter um impacto relevante no mercado cambial.

 

A libra disparou de imediato e já ganha 1,41% para 1,3030 dólares. O euro está também a beneficiar, valorizando 0,64% para 1,1289 dólares, depois de ontem ter tocado em mínimos de 18 meses.  

 

Valentin Marinov, do Credit Agricole, refere à Bloomberg que a "libra está a reagir ao avanço nas negociações", sendo que "resta agora saber se o governo britânico vai concordar com o texto do acordo". 

 

Juros de Itália estáveis no último dia para responder a Bruxelas

O Governo italiano não deverá mexer no seu orçamento como a Comissão Europeia solicitou, mas o mercado não está a mostrar nervosismo com o braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas. A "yield" das obrigações italianas a 10 anos segue estável nos 3,44%, neste que é o último dia que o Governo italiano tem para responder à Comissão Europeia. A imprensa italiana noticiava esta manhã que o governo italiano iria ceder na questão do crescimento económico, com a revisão da meta para 1,2% ou 1,3%, mas o ministro das Finanças já veio esclarecer que a estimativa de 1,5% é para manter.   

 

Em Portugal, na véspera da realização de um leilão de dívida de longo prazo, as taxas também estão estáveis. A "yield" dos títulos a 10 anos cede 0,6 pontos base para 1,84%. As bunds alemãs com a mesma maturidade negoceiam com uma taxa de 0,408%, o que representa um agravamento de 1 ponto base.

 

Taxa Euribor sobe no prazo a 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e nove meses, tendo aumentado apenas no prazo mais longo. A taxa a três meses permaneceu em -0,316%, a seis meses em -0,257% e a nove meses nos -0,196%. Já a Euribor a 12 meses subiu 0,1 pontos base para -0,147%, o que comprara com o mínimo de sempre, de -0,194%, atingido pela primeira vez em 18 de Dezembro de 2017.

 

Petróleo afunda mais de 5% e atinge mínimo do ano

Bastou um tweet de Donald Trump para contrariar o efeito do anúncio de que a Arábia Saudita ia cortar a produção e pretendia que os restantes membros da OPEP fizessem o mesmo. O presidente dos Estados Unidos defendeu na noite de segunda-feira que os preços do petróleo deviam estar muito mais baixos e a cotação da matéria-prima passou para o vermelho. Hoje a tendência de queda está a acentuar-se, até porque a própria OPEP estimou que em 2019 a procura de petróleo produzido pelos membros da OPEP vai baixar.

 

O WTI em Nova Iorque desce 4,10% para 57,47 dólares e já chegou a cair 5,14% para 56,85 dólares, o que representa a cotação mais baixa deste ano. Esta é já a 12.ª sessão consecutiva de perdas para o WTI em Nova Iorque, o que representa o ciclo de quedas mais prolongado de sempre, que neste período perdeu mais de 15%. No início de Outubro tinha atingido um máximo de quatro anos nos 76,90 dólares. Nas últimas 12 sessões está a recuar 14%.

 

Já o Brent, que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas, está a cair 4,09% para 67,25 dólares. Já esteve hoje a transaccionar nos 66,65 dólares, o valor mais baixo desde Abril.
 

Ouro sobe após sete sessões em queda

O metal precioso está a recuperar de forma ligeira das quedas sofridas ao longo das últimas sessões, altura em que o ouro foi penalizado pela força do dólar contra as principais moedas mundiais. Com a moeda norte-americana hoje a perder terreno, o ouro está a subir 0,16% para 1.202,25 dólares a onça.   

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