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Fecho dos mercados: Ouro em máximos de duas semanas e Europa na quinta sessão de ganhos
Na Europa os ganhos em bolsa são generalizados, com destaque para Londres, onde o Governo de May assiste a várias alterações. No mercado das matérias-primas, o ouro volta aos ganhos.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,77% para os 5.642,86 pontos
Stoxx 600 subiu 0,58% para os 384,59 pontos
"Yield 10 anos de Portugal recuou 2,1 pontos base para os 1,783%
Euro avança 0,38% para os 1,1781dólares
Petróleo sobe 1,14% para os 77,99 dólares por barril em Londres
Europa ganha "o penta"
A Europa fechou com nota positiva nas várias praças bolsistas. O agregador de referência, o Stoxx 600, soma 0,58% para os 384,59 pontos, totalizando cinco sessões de ganhos consecutivos. As maiores subidas acontecem nas cotadas do sector das matérias-primas, que valorizam 2%.
A bolsa britânica destacou-se, com o índice de referência, o FTSE, a somar mais de 1%, acima da maioria das pares. Isto acontece num contexto de várias demissões no governo de Theresa May, a primeira-ministra. A última baixa, aprovada pela mesma, foi a de Boris Johnson, que largou a pasta dos Negócios Estrangeiros. Antes desta mudança, David Davis, o ministro do Brexit, abdicou da posição, e saiu acompanhado de Steve Baker, o seu número dois. Os ministros demitiram-se pois não se revêem no plano para o Reino Unido que May fechou na última sexta-feira.
Em Portugal, o PSI-20 avançou pela quarta sessão consecutiva, voltando a máximos de meados de Junho. O índice nacional valorizou 0,77% para os 5.642,86 pontos. A impulsionar esteve a Galp, que com uma apreciação de 1,63% para os 17,19 euros voltou a cotar em máximos de 22 de Maio.
Juros da dívida portuguesa de volta ao vermelho
As "yields" da dívida soberana a dez anos recuaram 2,1 pontos base para os 1,783%, em contramão com os juros germânicos, que subiram 0,9 pontos base para os 0,3%, colocando o prémio da dívida portuguesa face à alemã nos 148,3 pontos base. No Reino Unido, as demissões no Governo de May beneficiam as bolsas mas também os juros para a maturidade de referência. Estes caem 1,4 pontos base para os 1,252%.
Euro ganha à boleia banco central
Num dia de discursos confiantes de responsáveis do Banco Central Europeu, os quais antecedem o do próprio presidente, Mario Draghi, a moeda única europeia valorizou face à nota verde.
O euro está a avançar 0,38% para os 1,1791 dólares. O governador Ewald Nowotny afirmou que o medo da inflação está ultrapassado. Já um dos membros do Conselho, Benoit Coeure, garantiu que o nível actual das tensões comerciais não vai ditar deslizes no crescimento das economias da Zona Euro.
Líbia faz Brent subir
O barril de Brent, referência para a Europa, está a apreciar 1,14% para os 77,99 dólares. O "ouro negro" beneficia das declarações do responsável pela empresa estatal que produz esta matéria-prima na Líbia. Mustafa Sanalla, o presidente da empresa, apontou para quebras diárias na produção no caso de a situação dos portos não se alterar. De acordo com o mesmo, a Líbia estava a produzir mais do dobro dos barris, comparando com o nível actual, antes de conflitos políticos terem ditado o fecho de vários portos em Fevereiro.
Ouro atinge pico de duas semanas
O metal amarelo volta ao verde em força. Está a valorizar 0,46% para os 1.261,30 dólares por onça, mas já chegou a tocar os 1.265,99 dólares durante a sessão – um máximo de duas semanas.
O ouro brilha e o activo que lhe "puxa o lustro" é a nota verde, o dólar, que está enfraquecido. Tanto a guerra comercial entre EUA e China como os dados dos salários pesam na valorização da divisa norte-americana, na qual o ouro é denominado. Também as actas da última reunião da Fed, publicadas na passada sexta-feira, indicam aos investidores que a Reserva Federal não está sob forte pressão para acelerar o anunciado aumento da taxa de juro directora.