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Fecho dos mercados: Mineiras travam bolsas europeias. PSI-20 soma e segue. Juros abaixo de 3,5%

Em dia de decisão da Reserva Federal dos EUA, o dólar apresentou um comportamento tranquilo. Nas bolsas, o principal destaque negativo foram as mineiras, pressionadas pela quebra dos preços dos metais. Em Lisboa, o PSI-20 subiu para o valor mais alto desde Março do ano passado.

Bloomberg
03 de Maio de 2017 às 17:23
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,52% para 5.144,84 pontos

Stoxx 600 desceu 0,04% para 389,37 pontos

S&P 500 perde 0,25% para 2.385,29 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 9,9 pontos base para 3,465%

Euro perde 0,08% para 1,0922 dólares

Brent perde 0,14% para 50,39 dólares por barril

Mineiras impedem novos ganhos nas bolsas

Depois dos máximos de 2015, o Stoxx 600 desvalorizou pressionado pelas cotadas do sector mineiro. O índice que mede o desempenho das bolsas europeias cedeu 0,04%. As mineiras tiveram o pior desempenho, com a Glencore, a Anglo American e a ArcelorMittal a desvalorizarem mais de 3%, prejudicadas pelas correcções nos preços de metais como o cobre, o níquel e a prata. Também os sectores da construção e do automóvel travaram o Stoxx 600, com os respectivos índices a perderem 0,91% e 0,68%.

Essas quedas anularam o efeito das subidas das farmacêuticas. O índice desse sector avançou 0,60% com a Novo Nordisk a disparar 6,76% após ter mostrado resultados acima do esperado. Também as cotadas da indústria química, puxadas pelos resultados melhor que o esperado de algumas empresas, e os bancos viveram uma sessão positiva, com subidas acima de 0,50%.

Já o PSI-20 evitou as descidas e marcou um novo máximo desde Março do ano passado. O índice avançou 0,52%, impulsionado pelas subidas de 1,74% da EDP e de 1,49% da REN. A Jerónimo Martins e a Nos também deram apoio, com valorizações de cerca de 0,80%. E a Corticeira Amorim bateu um novo máximo, após ter avançado 3,59%. Estas subidas permitiram compensar a descida de 0,84% da EDP Renováveis e de cerca de 0,70% da Galp e da Sonae.

Taxa a dez anos abaixo de 3,5%

A taxa portuguesa a dez anos voltou a passar abaixo de 3,5%. Desceu 9,9 pontos base para 3,465%, perto do valor mais baixo de 2017. Também as "yields" espanhola e italiana desceram 4,1 e 4,5 pontos base, respectivamente, para 1,612% e 2,261%. Já a taxa germânica a dez anos teve uma descida mais moderada de 0,2 pontos base para 0,326%, o que permitiu ao prémio de risco da dívida portuguesa baixar para 313,9 pontos base.

 

Euribor a 6 e 12 meses em mínimos

As taxas Euribor tiveram comportamentos distintos esta quarta-feira. A taxa a seis meses baixou 0,2 pontos base para -0,251%, um novo mínimo histórico. O indexante a 12 meses também registou um novo recorde negativo, ao cair 0,4 pontos base para -0,125%. Já a Euribor a três meses não sofreu alterações, mantendo-se em -0,329%.

Dólar em alta antes da Fed

O índice que mede a força do dólar contra dez grandes divisas mundiais recupera horas antes da Reserva Federal dos EUA anunciar as decisões de política monetária. No mercado não se antecipam mexidas por parte da entidade liderada por Janet Yellen. Ainda assim, a nota verde aproveita para subir 0,14% para 1.217,79 pontos, com alguns investidores a encerrarem posições a apostar na descida, segundo a Bloomberg.

Petróleo em queda ligeira após reservas nos EUA

Após terem atingido mínimos do ano na sessão anterior, os preços do petróleo têm oscilado esta quarta-feira entre ganhos e perdas, com o mercado a digerir os dados das reservas nos EUA. O "stock" de petróleo até baixou na semana terminada a 28 de Abril. Mas o decréscimo foi inferior ao estimado. As reservas tiveram uma quebra semanal de 930 mil barris, o que compara com a previsão de uma descida de 2,3 milhões dos analistas sondados pela Reuters.

O Brent segue a desvalorizar 0,14% para 50,39 dólares. Mas já esteve a subir 1,35% para 51,14 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desce 0,18% para 47,48 dólares. Mas esta sessão já esteve a ganhar 1,20% para 48,23 dólares.

Prata com pior sequência desde 2001. Cobre derrapa

O preço da prata desce pela 12.ª sessão, a pior sequência desde 2001, segundo dados da Bloomberg. Após um bom desempenho nos primeiros meses do ano, em que beneficiou pela procura do mercado por metais preciosos e das expectativas de que o consumo para fins industriais crescesse, o metal precioso corrige depois de terem sido divulgados dados económicos abaixo do estimado nos EUA e na China. Esta quarta-feira, a prata perde 1,69% para 16,55 dólares.

Os dados piores que o estimado da actividade industrial na China, a par da subida dos inventários, também arrastaram os preços dos metais industriais. O cobre para entrega a três meses, por exemplo, perdia 3,5% em Londres para 5.601,50 dólares por tonelada métrica.

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