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Fecho dos mercados: Juros ultrapassam os 2%. Euro com maior ciclo de ganhos em dois meses

A expectativa de que o fim dos estímulos do BCE está mais próximo levou ao agravamento dos juros em Portugal e Itália. Por outro lado, o euro avança face ao dólar com o maior ciclo de ganhos em dois meses.

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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,2% para 5.624,61 pontos
Stoxx 600 perdeu 0,24% para 385,94 pontos
S&P 500 recua 0,09% para 2.769,97 pontos 
Yield 10 anos de Portugal sobe 8,5 pontos base para os 2,031%
Euro sobe 0,36% para 1,1816 dólares
Petróleo sobe 1,92% para 76,81 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias com a maior série de quedas desde Março
As bolsas europeias caíram, acumulando três dias de quedas consecutivas, o que corresponde ao maior ciclo de descidas desde Março. A contribuir para esta queda esteve, sobretudo, o economista-chefe do BCE, que referiu o crescimento económico robusto da Zona Euro. Isto numa altura em que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) apontam para um abrandamento da economia.

As declarações do responsável aumentaram a especulação em torno do fim dos estímulos económicos do BCE. Na próxima semana há uma reunião do banco central, onde se espera que seja discutido o fim do programa de compra de activos. E as apostas de que a "torneira" do BCE vai fechar estão a aumentar.

Já o PSI-20 contrariou a tendência e subiu 0,20% para 5.624,61 pontos, num dia em que a Altri e a Navigator voltaram a subir para novos máximos históricos, e a Galp Energia apreciou quase 1,5%.

Juros portugueses voltam a ultrapassar os 2% e italianos os 3%
Depois de aliviarem nos últimos dias, os juros de Portugal e Itália voltaram a dar um salto. No caso português, os juros estão novamente acima dos 2%. A taxa de juro a dez anos da dívida portuguesa sobe 8,5 pontos base para os 2,031%, aproximando-se dos valores que se registaram na semana passada com o pico da crise política italiana.

Em Itália, os juros também ultrapassaram a barreira dos 3%. A taxa de juro a dez anos sobe 12,3 pontos base para os 3,062%. Já em Espanha, os juros continuam a aliviar: a taxa de juro a dez anos desce 3,1 pontos base para os 1,471%.

A influenciar esta tendência no mercado secundário de dívida está a crescente expectativa em torno da próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE), que decorre daqui a uma semana. Os sinais de que o fim dos estímulos está cada vez mais perto está a marcar os desenvolvimentos dos mercados.

Euribor desce a nove meses
A Euribor a nove meses desceu e fixou-se em -0,212%, menos 0,002 pontos. Já nos restantes prazos a Euribor manteve-se inalterada. A três meses a Euribor continua a -0,321%, um máximo de ano e meio. A seis meses está a -0,269% e a 12 meses fixou-se em -0,180%.

Euro sobe há quatro dias consecutivos
O euro continua a ganhar terreno face à nota verde, numa altura em que os investidores continuam a digerir os sinais de que o Banco Central Europeu vai debater, na reunião de 14 de Junho, o fim do programa de estímulos. A moeda única europeia segue em alta, pela quarta sessão consecutiva – na maior série de ganhos dos últimos dois meses –, a ganhar 0,36% para 1,1816 dólares (o que corresponde ao mais alto nível em três semanas).

Petróleo regressa aos ganhos com expectativa em torno da OPEP
As cotações do crude seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, com os investidores a acreditarem que na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não fique definido um aumento oferta mundial em cerca de um milhão de barris por dia, como chegou a ser avançado. Os ministros da Energia da Arábia Saudita e da Rússia, os dois maiores produtores mundiais de petróleo, estiveram reunidos no mês passado em São Petersburgo para analisarem os termos da oferta internacional de crude no âmbito do acordo que está em vigor há 17 meses. E tudo apontava para que se decidisse um aumento das exportações em cerca de um milhão de barris por dia na reunião deste mês em Viena, mas agora cresce a convicção de que não haverá unanimidade quanto à necessidade de alterar os termos do acordo.

As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a subir 1,92% para 76,81 dólares por barril. Também o contrato de Julho do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue em alta, com os preços a somarem 1,58% para 65,75 dólares.

Índice de matérias-primas animado com debilidade do dólar
Há a seca nos campos de trigo em todo o mundo, a redução dos stocks de cobre, o petróleo a subir com a expectativa de que a OPEP não irá aumentar a produção… e, juntando a tudo isto o facto de o dólar estar a desvalorizar (o que torna mais atractivos os activos denominados nesta divisa, como acontece com a maioria das matérias-primas), faz com que o Índice de Commodities da Bloomberg – que acompanha o desempenho de 22 componentes – esteja a subir pela terceira sessão consecutiva.

Os produtos agrícolas e o petróleo lideram entre as categorias de matérias-primas que mais sobem no índice, com destaque para o facto de o trigo estar a subir 2% devido ao tempo seco na Europa e na Rússia.
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