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Fecho dos mercados: Juros sobem e bolsas corrigem de máximos após vitória de Macron

Após a primeira volta das presidenciais francesas, há duas semanas, as bolsas dispararam e os juros afundaram. Mas com a vitória de Macron na segunda volta a ficar descontada pelos investidores, esse efeito perdeu força.

Reuters
08 de Maio de 2017 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 corrigiu 0,42% para 5.235,50 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,13% 394,04 pontos

S&P 500 cai 0,14% para 2.396,02 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 1,4 pontos base para 3,404%

Euro desce 0,66% para 1,0925 dólares

Brent desvaloriza 0,86% para 48,68 dólares por barril

Mineiras travam efeito Macron

As bolsas europeias até registaram ganhos ligeiros no início da sessão. Mas o efeito que Macron teve rapidamente se desvaneceu, com o Stoxx 600 a descer 0,14%. Por um lado, a vitória do centrista era já antecipada pelo mercado. Por outro, após os ganhos das últimas semanas, os investidores fizeram uma pausa para respirar e fazer algumas mais-valias, depois das acções europeias terem registado sucessivos máximos de quase dois anos na semana passada.

A juntar a isso houve sectores que pressionaram as bolsas. Os metais como o cobre acumulam desvalorizações, o que levou o índice das mineiras europeias a descer 1,14% esta segunda-feira, com a Anglo American e a Antofagasta a perderem mais de 2%. Também a banca tirou força às bolsas. Se há duas semanas o índice do sector ganhou quase 5% após a vitória de Macron na primeira volta, esta sessão desceu 0,60%. O CaixaBank, o Société Générale e o UBS corrigiram mais de 2%.A impedir descidas de maior esteve o sector imobiliário e de turismo e lazer, com os respectivos índices a ganharem 1,17% e 0,77%.

O PSI-20 também aliviou dos máximos de final de 2015. Desceu 0,42%, pressionado pelo BCP. As acções do banco corrigiram 2,35%. Após o fecho do mercado, a entidade reportou uma subida do lucro para 50,1 milhões de euros. Também a EDP e a Jerónimo Martins tiraram energia à bolsa, com descidas de 0,74% e 0,67%. A impedir descidas de maior dimensão estiveram os ganhos de 2,81% dos CTT e de mais de 1% da Altri e da Navigator.

Taxas de juro sobem

Após a primeira volta das eleições francesas, as taxas de juro das obrigações europeias tiveram descidas expressivas. Mas depois da segunda volta, e mesmo com a vitória de Emmanuel Macron, as "yields" registaram subidas ligeiras. Alguns bancos de investimento, como o Commerzbank, realçaram que o desenlace das eleições estava já descontado pelo mercado. E que, dada a valorização das obrigações nas últimas semanas, havia potencial para tomada de mais-valias. Além disso, com o risco político a diminuir o foco do mercado deverá agora centrar-se no guião de retirada dos estímulos por parte do BCE.

A taxa portuguesa seguiu esta tendência. Aumentou 1,4 pontos base para 3,404% a dez anos. Isto na semana em que o Tesouro regressa ao mercado. Em Itália e Espanha as taxas agravaram 7,8 e 3 pontos base, respectivamente, para 2,243% e 1,588%. A "yield" francesa ficou inalterada em 0,845%. Também a taxa alemã ficou estável em 0,418%, o que levou o prémio de risco, de Portugal a aumentar para 298 pontos base.

Euribor mantém-se a três e a 12 meses. Desce a seis meses

As Euribor tiveram comportamentos distintos esta segunda-feira. A taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos contratos de crédito à habitação, desceu 0,1 pontos base -0,249%. Já as Euribor a três e a 12 meses ficaram inalteradas, voltando a ser fixadas em -0,329% e -0,124%, respectivamente. No caso da taxa a três meses, há nove sessões que nãos existam mudanças.

Tomada de mais-valias no euro após vitória de Macron

O euro até teve uma reacção inicial positiva à vitória do centrista Emmanuel Macron. Nas presidenciais francesas. Mas depois de ter estado a valorizar 0,23% para 1,1023 dólares, o valor mais alto desde Novembro do ano passado, segue a descer 0,66% para 1,0925 dólares. Os analistas até encararam a eleição de Macron como positiva para a moeda única. Mas "traders" citados pela Bloomberg indicaram que os investidores aproveitaram as subidas para realizar mais-valias, o que explica este desempenho da moeda única.

Nem os sinais de Riade e Moscovo puxam pelo petróleo

Os ministros da Energia da Arábia Saudita e da Rússia fizeram declarações a indicar que o prazo acordado para os cortes de produção poderia ser prolongado. A expectativa de que a OPEP e outros produtores reforcem a política de cortes para conseguir um equilíbrio no mercado até levou o petróleo a somar ganhos de mais de 1% esta sessão. Mas rapidamente se desvaneceram, depois da Bloomberg ter noticiado que apesar do prolongamento dos cortes estar em discussão, ainda não existe consenso. O Brent segue a descer 0,86% para 48,68 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cede 0,61% para 45,94 dólares.

China leva cobre a mínimos de Janeiro

O cobre voltou a cair, levando o preço do metal para o valor mais baixo dos últimos quatro meses. A cotação da matéria-prima desce 1,7% para 5.489 dólares por tonelada métrica, em Londres. Depois de ter tido ganhos robustos em Janeiro, o cobre leva já uma sequência de três quedas mensais. A pressionar a cotação está a diminuição das importações chinesas e o aumento dos inventários.

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