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Fecho dos mercados: Juros portugueses renovam mínimos de Maio. Petróleo de novo abaixo dos 60 dólares

Os juros a dez anos da dívida portuguesa aliviam há sete sessões consecutivas. O petróleo também está em queda, tendo baixado novamente da barreira dos 60 dólares.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 1,52% para 4.730,62 pontos
Stoxx 600 recuou 1,14% para 343,26 pontos
S&P 500 desvaloriza 0,36% para 2.590,60 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal alivia 1,3 pontos base para 1,651%
Euro avança 0,29% para 1,1339 dólares
Petróleo deprecia 0,97% para 59,70 dólares por barril, em Londres

Incerteza global pressiona bolsas europeias
As bolsas europeias estiveram sob pressão no arranque da semana. Os últimos dados económicos têm apontado para um abrandamento da economia mundial, isto num contexto de grande incerteza em torno de vários factores que pesam no sentimento dos investidores, nomeadamente a guerra comercial entre os EUA e a China e as dúvidas em torno do acordo sobre o Brexit.  
 
Esta segunda-feira, a pesar na negociação esteve também o sector do retalho depois de várias empresas terem emitido alertas sobre o mês de Novembro. Depois de na semana passada a Sports Direct ter revelado que o mês de Novembro foi "incrivelmente mau", hoje foi a vez de a Asos rever em baixa as suas estimativas, o que pressionou o sector europeu.
 
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, acabou por ceder à pressão, caindo 1,14% para 343,26 pontos. Também o PSI-20 foi arrastado por esta maré vermelha, com a bolsa nacional a descer 1,52% para 4.730,62 pontos, pressionada sobretudo pela queda expressiva da EDP e do BCP.
 
Nos EUA, a tendência também é de queda. O foco vira-se agora para a última reunião do ano da Reserva Federal dos EUA. Os responsáveis pela política monetária reúnem-se nos próximos dois dias e é dado como certo que será anunciado o quarto aumento de juros deste ano.

Juros portugueses renovam mínimos de Maio
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão a descer pela sétima sessão consecutiva, renovando mínimos do início de Maio deste ano, período anterior à turbulência dos mercados face a Itália que afectou Portugal parcialmente. Os juros aliviam 1,3 pontos base para 1,651% nesta segunda-feira, 12 de Dezembro.

Quanto aos restantes países europeus, o destaque vai para Itália e França. Os juros italianos estão a subir 2,1 pontos base para os 2,96%, mas mantêm-se perto de mínimos de Outubro deste ano - numa altura em que o Governo italiano se aproxima das exigência de Bruxelas face ao défice.

Já os juros franceses sobem 2,6 pontos base para os 1,159% depois de o Governo francês ter anunciado uma série de medidas que vão levar o défice para lá do limite dos 3% imposto pelas regras europeias.

Euro ganha terreno com queda do dólar
O euro está a valorizar face ao dólar nesta sessão, beneficiando da queda da divisa norte-americana. O dólar tinha atingido máximos de 18 meses na sessão anterior e desvaloriza neste momento em antecipação da reunião da Fed. O índice da Bloomberg para o dólar regista uma queda de 0,31%.

A Reserva Federal deverá aumentar os juros ao mesmo tempo que sinaliza um tom mais cauteloso quanto ao próximo ano. Os investidores antecipam que a Fed possa colocar esta trajectória de subida dos juros em pausa em 2019. 

Apesar de a inflação ter travado mais do que o previsto na Zona Euro e o Banco Central Europeu (BCE) se ter mostrado na semana passada menos optimista quanto à evolução da economia europeia, o euro está a subir 0,29% para os 1,1339 dólares. A divisa europeia poderá estar a beneficiar de uma correcção parcial face às quedas da semana passada e, além disso, da redução do défice em Itália e da diminuição da incerteza em França face aos protestos das últimas semanas. 

Inventários dos EUA continuam a aumentar. Petróleo abaixo dos 60 dólares
O "ouro negro" está a desvalorizar nesta sessão, depois de ter sido noticiado que os inventários norte-americanos continuam a aumentar, crescendo o receio de que haja oferta em demasia no mercado quando a economia está em desaceleração. 

Os investidores aguardam para perceber se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados, como a Rússia, conseguirão cortar a produção de forma a fazer impulsionar os preços desta matéria-prima.

Anteriormente a esta queda, a cotação do barril estava a subir perante a depreciação do dólar. Agora o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,96% para os 59,70 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, perde 1,97% para os 50,19 dólares, negociando perto de mínimos de Outubro do ano passado.

"Commodities" com ano mau. Ouro avança com Fed à porta
O ouro está a valorizar - sobe 0,35% para os 1.243,35 dólares por onça - pela primeira vez em três sessões num dia em que o dólar desce devido ao último encontro da Reserva Federal para decidir a evolução da política monetária. Os investidores aguardam uma subida dos juros por parte de Jerome Powell, presidente da Fed, pela quarta vez este ano.

Com as acções também em baixa, o ouro tem conseguido recuperar ligeiramente no quarto trimestre deste ano. Isto num ano que tem sido particularmente penalizador para as "commodities", incluindo o metal precioso. O índice da Bloomberg, que agrega várias "commodities", está em queda, aproximando-se do nível mais baixo do último ano e meio.
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