Notícia
Lisboa acompanha Europa e recua 1,5%
A praça portuguesa caiu 1,52%, pressionada sobretudo pelas perdas da EDP, mas também do BCP. Isto num dia marcado pela queda expressiva das bolsas europeias.
A praça portuguesa renovou mínimos de Março de 2017, numa sessão dominada por perdas acentuadas na Europa. Por cá, foi a EDP e o BCP que mantiveram o índice nacional sob pressão.
O PSI-20 fechou a sessão a cair 1,52% para 4.730,62 pontos. Das 18 cotadas que compõem o índice, 16 recuaram, enquanto duas subiram.
Os últimos dados económicos têm apontado para um abrandamento da economia mundial, isto num contexto de grande incerteza em torno de vários factores que pesam no sentimento dos investidores, nomeadamente a guerra comercial entre os EUA e a China e as dúvidas em torno do acordo sobre o Brexit.
Nos EUA, o foco vira-se para a última reunião do ano da Reserva Federal dos EUA. Os responsáveis pela política monetária reúnem-se nos próximos dois dias e é dado como certo que será anunciado o quarto aumento de juros deste ano. Isto ao mesmo tempo que o presidente norte-americano volta a criticar o banco central por "sequer considerar" subir os juros.
Todos estes factores pressionaram as bolsas europeias e Lisboa não escapou à tendência. A pressionar a praça portuguesa seguiu sobretudo a EDP. A energética caiu 2,48% para 3,027 euros. Já a EDP Renováveis perdeu 1,36% para 7,64 euros, no dia em que anunciou um novo contrato de 20 anos na Grécia.
Destaque negativo ainda para as papeleiras. A Altri perdeu 2,50% para 5,47 euros, ao passo que a Navigator desceu 2,51% para 3,424 euros e a Semapa recuou 1,99% para 12,78 euros.
Apenas duas cotadas escaparam a esta tendência. Enquanto os CTT subiram 0,13% para 3,202 euros, a Sonae Capital avançou 0,33% para 89,9 cêntimos.