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Fecho dos mercados: Juros em mínimos e Bolsas europeias sem rumo definido
As principais praças europeias negociaram sem tendência definida, enquanto os juros da dívida pública lusa se mantiveram em mínimos, assim como o risco da dívida portuguesa. Petróleo sobe para máximos em Nova Iorque e ouro valoriza pelo segundo dia.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,25% para 5.305,06 pontos
Stoxx 600 perdeu 0,27% para 387,06 pontos
S&P 500 cai 0,10% para 2.596,56 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 0,8 pontos base para 1,909%
Euro soma 0,43% para 1,1789 dólares
Petróleo sobe 0,72% para 63,02 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias sem tendência definida
As principais bolsas da Europa não registaram uma tendência definida. O índice de referência europeu Stoxx 600 caiu pela terceira (-0,27% para 387,06 pontos) sessão seguida apesar de durante o dia ter chegado a tocar no valor mais elevado desde 10 de Novembro. Também o alemão DAX e a bolsa grega registaram quedas, isto num momento de indefinição na Alemanha depois de fracassada a tentativa de formação de uma coligação de governo com apoio maioritário no Bundestag.
Já o PSI-20 acompanhou praças como a espanhola e a britânica tendo valorizado 0,25% para 5.305,06 pontos. A impulsionar a bolsa lisboeta esteve a Pharol, que somou 8% e a Mota-Engil, que ganhou acima de 5%.
Juros em mínimos de sete meses
Os juros da dívida pública portuguesa negociaram em mínimos de 28 de Abril, ao tocar nos 1,897% no prazo a 10 anos, na terceira sessão consecutiva de quedas nesta maturidade. No prazo a 10 anos a "yield" associada às obrigações lusas segue agora a cair 0,8 pontos base para 1,909%.
Nos periféricos da Zona Euro mantém-se esta tendência, com a taxa de juro associada às obrigações a 10 anos da Espanha e da Itália a caírem respectivamente 2,5 e 1,4 pontos base para 1,453% e 1,763%.
Já a dívida pública da Alemanha está a subir em quase todas as maturidades, com excepção para os prazos mais longos (15, 20 e 30 anos). No prazo a 10 anos, as "bunds" germânicas sobe ligeiros 0,1 pontos base para 0,352%.
O risco da dívida portuguesa está no valor mais baixo desde 10 de Abril de 2015, estando nos 155,8 pontos.
Euribor sobe a seis meses
As taxas Euribor permaneceram inalteradas nos prazos a três, nove e 12 meses, tendo aumentado a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal na concessão de créditos à habitação.
A três meses continuou em -0,329%, a nove meses em -0,218% e a 12 meses em -0,186%. Já a seis meses subiu para -0,272%.
Euro volta a valorizar contra o dólar
A moeda única europeia ganhou terreno face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, isto no dia em que serão divulgadas as actas referentes ao encontro de Outubro da Reserva Federal dos Estados Unidos. O euro valoriza 0,43% para 1,1789 dólares.
Os analistas acreditam que o documento dê sinais sobre uma provável subida dos juros em Dezembro, o que a acontecer será o terceiro aumento dos custos do dinheiro decretado pela Fed em 2017.
No entanto, a demissão de Janet Yellen, que no próximo ano abandonará não apenas a presidência da instituição mas também o lugar no conselho de governadores do banco central, tem vindo a pressionar a divisa norte-americana. Esta quarta-feira, o dólar voltou a desvalorizar face a cabaz de 10 moedas internacionais que mede o comportamento da divisa americana.
Crude negociado nos EUA em máximos de mais de dois anos
O petróleo volta a transaccionar em alta, com o preço da matéria-prima negociada em Nova Iorque a registar o valor mais alto desde Julho de 2015, ao tocar nos 58,05 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI) segue agora a ganhar 1,83% para 57,87 dólares por barril.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, acompanha a tendência ao subir 0,72% para 63,02 dólares.
Ainda assim, o WTI moderou os ganhos verificados esta manhã depois de os dados revelados hoje pelo governo dos Estados Unidos terem mostrado que a redução das reservas petrolíferas americanas foi menor do que era esperado.
Na semana passada, as reservas americanas caíram em 1,86 milhões de barris, abaixo da previsão de um inquérito realizado pela Bloomberg que antecipava uma quebra de 2,2 milhões.
Ouro sobe pelo segundo dia
Depois de na última sessão ter recuperado da maior queda em praticamente dois meses, o ouro valoriza pelo segundo dia consecutivo estando nesta altura a valorizar 0,82% para 1.291,02 dólares por onça. O metal precioso voltou assim a beneficiar da desvalorização do dólar para se afirmar como activo de refúgio.