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Fecho dos mercados: Juros com maior ciclo de quedas desde 2015. Petróleo com maior queda mensal em 10 anos

As bolsas europeias negociaram predominantemente em queda, com o luso PSI-20 a contrariar a tendência mas, mesmo assim, a concluir o quarto mês seguido com saldo mensal negativo. Já os juros da dívida portuguesa caíram pela nona sessão consecutiva, o mais longo ciclo de quedas desde 2015. Nota ainda para o petróleo que registou a maior desvalorização mensal em mais de 10 anos.

Reuters

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,18% para 4.914,14 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,17% para 357,49 pontos

S&P 500 sobe 0,23% para 2.744,02 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal cai 1,5 pontos base para 1,82%

Euro cai 0,66% para 1,1319 dólares

Petróleo recua 1,48% para 58,63 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas caem após dados económicos desapontantes na China

A generalidade das principais praças europeias fecharam a última sessão semanal a negociar no vermelho, influenciadas negativamente pela queda do índice PMI para a indústria na China.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 recuou 0,17% para 357,49 pontos, com os sectores do retalho e automóvel a pressionarem e o sector das telecomunicações a impedir uma descida mais acentuada. Já o lisboeta PSI-20 terminou o dia a ganhar 0,18% para 4.914,14 pontos, fechando o quarto mês seguido a acumular perdas, o maior ciclo de desvalorizações mensais desde 2016. Nota ainda para o alemão DAX que ao fechar o quarto mês seguido com saldo acumulado negativo, completou o mais o mais longo ciclo de perdas mensais desde 2008.

 

Os investidores estão ainda na expectativa pelos resultados da cimeira do G20 que decorre hoje e sábado em Buenos Aires, sendo que se esperam novidades quanto à disputa comercial entre os Estados Unidos e a China depois do encontro marcado para amanhã entre os presidentes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, respectivamente.

 

Juros de Portugal com maior ciclo de quedas desde 2015

Os juros das dívidas soberanas negociaram sem rumo definido esta sexta-feira. A taxa de juro associada às obrigações portuguesas a 10 anos recua 1,5 pontos base para 1,82%, no nono dia consecutivo de quedas e que representa a maior série de recuos desde Julho de 2015.
 

Sendo que estas quedas permitem aliviar as subidas que haviam sido registadas em 10 das 11 sessões anteriores ao início deste ciclo.

 

Já a "yield" correspondente aos títulos soberanos de Itália sobe após três dias a aliviar, isto depois de hoje o Istat ter revelado que a economia transalpina recuou 0,1% no terceiro trimestre.

 

Nota ainda para as "bunds" germânicas cuja taxa de juro no prazo a 10 anos recuou pelo quarto dia consecutivo para negociar em mínimos de 28 de Agosto.

 

Taxas Euribor sobem a 6 e 9 meses

As taxas Euribor mantiveram-se inalteradas a três (-0,316%) e 12 meses (-0,146%), tendo subido respectivamente a seis e nove meses para -0,251% e -0,194%.

 

Euro deprecia contra o dólar

Depois de duas subidas contra o dólar a beneficiar do facto de a evolução da taxa de inflação nos EUA ter desiludido os investidores, a moeda única europeia desvalorizou hoje 0,66% face à divisa norte-americana para 1,1319 dólares.

 

O dólar está a perder terreno depois de a Reserva Federal ter revelado que pretende moderar a partir de 2019 a política de normalização monetária assente na subida dos juros.

 

Destaque ainda para a libra que valorizou nos mercados cambiais após três sessões seguidas a cair em relação ao euro, isto depois de a primeira-ministra britânica Theresa May ter dito que não está focado num plano B para o Brexit mas sim em convencer os deputados a apoiarem o acordo de saída fechado com Bruxelas.

Rússia pode não acompanhar corte da OPEP e quebra petróleo

As cotações do "ouro negro" continuam a perder terreno, depois de o ministro russo da Energia, Alexander Novak, ter dito que os actuais níveis de preços estão óptimos, o que pode indiciar que Moscovo não vai acompanhar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no esperado corte de produção que deverá ser anunciado na reunião ministerial do cartel que decorre a 6 de Dezembro em Viena. Este é o pior mês do petróleo, em termos de desempenho em bolsa, desde Outubro de 2008.

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em Janeiro segue a recuar 1,75% para 50,55 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no vermelho, com os preços do contrato para entrega em Janeiro a cederem 1,48% para 58,63 dólares.

 

Ouro a caminho do primeiro ganho mensal desde Janeiro

Os preços do ouro seguem em alta, a caminho do primeiro ganho mensal desde Janeiro, isto depois de o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, ter aberto a porta a uma desaceleração no ritmo de subida das taxas de juro. Essas declarações levaram a que o dólar cedesse parte das subidas, o que torna mais atractivos os activos denominados na nota verde, como é o caso dos metais preciosos.

Também o paládio continua a escalar posições, tendo esta sexta-feira marcado um novo máximo histórico, nos 1.999,18 dólares por onça – e prestes, assim, a superar o patamar dos 1.200 dólares.

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